ÉTICA E INTERNET


Com o advento da mídia eletrônica, os meios de comunicação social adquiriram uma nova pujança. A força de impacto, o marketing de efeito, a informação planejada, tornam-se capazes de gerar efeitos definitivos nas massas que atingem. O perfil psicológico do usuário, modificado por este forte veículo de comunicação, logo se molda nesta nova estrutura de "ver sem pensar" e pior que isso, orienta como muito bem entende a opinião pública! Surge assim, uma geração de indivíduos esculpidos numa cultura onde "o pensar" já vem pronto, plasmada na sociedade materialista e materializante que vivemos!

A Internet mais que a televisão, possibilita o acesso a inúmeras fontes de informação, abrindo horizontes a perder de vista, encaminhando a humanidade ao mundo virtual, onde pondera o conhecimento, a idéia sem contato com o mundo real.
À semelhança do que acontece com outros meios de comunicação social, há que levantar a problemática da questão ética. Até que ponto a Internet pode ser útil ao homem, ajudando-o a progredir, contribuindo para a construção de um mundo melhor ou, até que ponto pode ser nefasta, avassaladora, desumanizando ainda mais o homem? Tudo vai depender dos critérios e valores estabelecidos. Se logo de início não se tomarem as medidas cabíveis, no futuro, o controle tornar-se-á praticamente impossível. Será necessário então, sérias restrições, implantadas por dispositivos bloqueadores de acesso que restringem a liberdade individual do usuário.

Uma vez mais, torna-se imperativo alertar, que a uma informação, corresponde apenas uma opinião, e que esta pode ou não corresponder à verdade. Muito mais que criar dispositivos legais ou técnicos que bloqueiem ou dificultem o acesso a determinadas informações, urge uma mudança de atitude perante esta questão que se traduz no plano teórico, a médio e longo prazo, numa nova educação. Na prática, à formação de grupos organizados capazes de ecoarem junto à opinião pública, interferindo de forma consciente e positiva naquilo que melhor convém ao homem e à sociedade como um todo.


Fernando Figueirinhas


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