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PERGUNTAS e RESPOSTAS
1 Eu não sei a hora em que nasci. Há algum meio de descobrir?
Para descobrir a hora exata do nascimento, nada melhor do que perguntar aos seus pais, que podem ter registrado este dado em algum lugar. Você pode ainda tentar contactar o hospital onde ocorreu seu nascimento para verificar se há algum registro, ou mesmo tentar descobrir na sua certidão de nascimento. Se nada disso der certo, é possível tentar alguma técnica astrológica de retificação do mapa, com base nas influências astrológicas presentes em eventos de grande importância na sua vida, tais como o casamento, o nascimento de um filho, a morte dos pais ou outros eventos a serem verificados. É preciso que você entenda, contudo, que tal método nem sempre leva a resultados concretos, de tal modo que se não for possível saber com exatidão a hora do seu nascimento, a leitura da carta natal ficará restrita a alguns aspectos, sem ser possível saber em que áreas concretas da vida os traços se manifestarão.
2 Eu nasci no dia em que o Sol muda de signo e portanto não tenho certeza em que signo nasci. Como posso descobrir?
O signo em que o Sol recai num mapa depende exatamente do momento do seu nascimento. Portanto, para se saber o signo solar é necessário se conhecer a hora do nascimento. Com ela, não só se saberá o seu signo solar, mas também os signos de todos os outros nove corpos mais importantes que compõem nosso sistema solar e que são utilizados na leitura do mapa.
3 O signo solar é tudo que importa para a definição astrológica da personalidade e posteriores previsões, ou há algo mais para a Astrologia?
Muita gente crê que a Astrologia classifica as pessoas em doze categorias por meio do signo do Sol. Com base nessa tendência é que muitos jornais e revistas populares publicam colunas diárias de 'horóscopos', onde são feitas previsões para cada um dos signos solares. Contudo, tais predições nada mais são do que uma fonte de entretenimento, pois, para serem realizadas previsões mais acuradas, a Astrologia leva em conta a existência de todos os demais nove astros além do Sol, isto é, são consideradas também as posições exatas da Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão, bem como outros pontos da carta natal. Portanto, apesar da posição zodiacal do Sol ser um dos elementos da interpretação de qualquer carta, e por isso não se possa dizer que as colunas astrológicas dos jornais sejam mera fantasia, evidentemente elas abrangem uma parte muito pequena do que há para ser lido.
4 Quais são os signos solares que são compatíveis com o meu?
Em geral as pessoas acham que outras que tenham o Sol no mesmo elemento (fogo, terra, ar e água) que o seu próprio tendem a ser mais compatíveis. Assim, por exemplo, alguém com o Sol em Aries tenderia a ter mais afinidade com outra que tivesse o Sol em Leo ou em Sagitário, já que estes três signos pertencem à mesma categoria elementar, no caso aos signos de fogo. Há ainda outras classificações possíveis, mas da mesma forma que foi dito na resposta anterior, não se trata apenas de observar a posição solar na leitura mais especializada envolvendo a compatibilidade entre pessoas, pois em realidade a compatibilidade é decorrente de todo o mapa de cada uma delas e não apenas em função da posição do Sol encontrada nas cartas.
5 Será que o amor da minha vida está escrito nas estrelas?
Se estar escrito nas estrelas significa encontrar no mapa astral as características mais relevantes daquele/daquela que pode vir a ser seu companheiro(a), então está escrito. Contudo, não está escrito, certamente, o nome do seu amor. Aliás, na carta estão escritas características mais genéricas, como, por exemplo, o grau de dificuldade/facilidade de se encontrar um grande amor, em que circunstâncias isso pode se dar, os maiores desafios/facilidades que a pessoa terá na convivência com seu amor, o grau de satisfação que obterá ou o grau de longevidade que um grande amor terá. Estas últimas leituras costumam ser obtidas da análise conjunta dos dois mapas do casal, tal como explicado na pergunta seguinte. Clicando no botão Ajudando a interpretar seu mapa você poderá verificar inúmeras leituras de padrão amoroso que poderão auxiliar no caso de você já ter o seu mapa calculado. Dê um pulinho lá e confira.
6 Como se pode prever a natureza de um relacionamento usando a Astrologia?
A técnica mais comum para se determinar a sua natureza é chamada de 'sinastria', que implica na comparação da posição de todos os planetas da carta de uma das pessoas na carta da outra. Assim, procura-se determinar em que casas caem os planetas de uma pessoa na outra carta ou se os planetas se encontram em posições angulares relevantes, o que é obtido pelo cálculo de interaspectos. Mas há ainda outros modos de se avaliar com base no cálculo de cartas compostas e ainda de cartas do relacionamento. Além disso, a técnica empregada depende da natureza do relacionamento estudado, como, por exemplo, se este se dá entre pessoas de mesmo sexo ou não, e ainda o seu tipo, isto é, se se trata de um casamento, de um negócio, se envolve pais e filhos ou superiores e subordinados, e assim por diante. Você poderá solicitar a análise de seu relacionamento clicando no botão A AstroService e seus serviços existente nesta página.
7 A Astrologia controla meu futuro? É 'errado' usar a Astrologia para conhecer o que o futuro reserva pra mim? Tenho medo...
A Astrologia não crê que os ciclos associados aos planetas controle o futuro de quem quer que seja. Acredita-se, isso sim, que a pessoa é quem detém o controle último do seu futuro através do exercício da sua vontade. Os ciclos planetários apenas indicam algumas tendências inerentes à personalidade e às condições que cercam as várias áreas da vida humana. Não se pode determinar, com precisão, o que irá ocorrer momento a momento na vida de qualquer um, mas apenas que tipo de influência se estará sujeito num dado instante. Há um famoso ditado que diz: 'As estrelas inclinam, mas não determinam.' Dentro do contexto situacional e psicológico descrito na carta natal, somos livres para agir e reagir de acordo com nossa vontade, que normalmente é guiada pela sabedoria que possuímos e nosso estágio de desenvolvimento espiritual. Assim, para o bem ou para o mal, não há nada 'errado' em se saber que tipo de situação haveremos de encontrar pela vida, mas parece ser uma vantagem se saber antecipadamente que influências estão por vir, de modo que possamos nos preparar e controlar melhor nossas ações e assim trabalhar em harmonia com os ciclos celestes. De qualquer modo, no mapa astral parece claro que sempre estarão presentes características envolvendo tanto uma grande parcela onde a vontade é o próprio motor do nosso comportamento, como outra 'herdada', que nos sujeita a situações recorrentes que, queiramos ou não, devemos enfrentar como sendo parte do nosso próprio destino.
8 Será que a Astrologia pode me ajudar a ganhar na loteria?
Bem, a Astrologia não tem este poder, porque se tivesse os astrólogos estariam ricos, não é mesmo? Contudo, o que a Astrologia pode sim lhe dizer é se você tem mais ou menos chances de ganhar algum dia. Além disso, podem ser feitas previsões acerca dos períodos mais propícios para se ganhar em jogos, mormente para aqueles mais sintônicos a esta possibilidade eventualmente oferecida pelo mapa astral da pessoa.
9 Tenho visto pessoas que nasceram com horas ou dias de diferença cujas vidas são muito distintas. Como pode?
Mesmo alguns minutos de diferença, no momento ou no local do nascimento, são suficientes para modificar qualquer mapa astral. Obviamente, duas pessoas que tenham apenas o mesmo dia e mês de nascimento terão cartas natais distintas. Já que a Terra é o único planeta que leva exatamente um ano para dar uma volta em torno do Sol, todos os outros planetas estarão em posições muito diferentes em anos distintos. Mas mesmo pessoas que nasceram no mesmo dia poderão ter mapas diferentes tendo em vista que a Lua se move cerca de 13 graus por dia e as casas astrológicas se movem pelo zodíaco inteiro em igual período, sendo ainda afetadas pela latitude do local para o qual o mapa é calculado. Além disso, mesmo que existam dois mapas idênticos, o que é raro, outros fatores poderão influenciar o modo como o mapa é expresso, pois muitas pessoas tendem a operar a um nível material, enquanto outras operam mais a nível espiritual, e o mapa pode ser expresso em qualquer um destes níveis.
10 De onde surgiu a Astrologia e porque ela chegou até nós?
A Astrologia surgiu há vários milênios na Caldéia - atual Iraque - situada entre os rios Tigre e Eufrates. Os antigos caldeus eram povos pastores e habitavam uma terra selvagem, uma vasta planície originariamente coberta pelo mar, onde os chacais e outros predadores vagavam esperando a oportunidade de se lançar sobre uma ovelha desgarrada, razão pela qual os pastores permaneciam vigilantes aos ataques dia e noite. Sem montanhas e poucas nuvens para obstruir sua visada dos céus, era de se esperar que os pastores tivessem voltado sua atenção para o firmamento e estudado os movimentos das estrelas e planetas. E da mesma forma como as crianças conectam pontos para formar uma figura, os Caldeus fizeram isso mentalmente com as estrelas fazendo figuras dos seus deuses ou dos animais familiares do seu ambiente: o carneiro, Aries; o touro, Touro; o cachorro, Canis; o urso, Ursa; o leão, Leo; e assim por diante.

O movimento noturno de configurações estelares ao longo do ano ajudou aos Caldeus a marcar o tempo e daí predizer as mudanças sazonais que ocorriam na Terra, bem como estabelecer algum tipo de correspondência entre os fenômenos celestiais e os eventos terrestres. Para tanto, as estrelas formavam uma espécie de pano de fundo contra o qual certas luzes, principalmente a Lua, pareciam viajar num caminho predizível. Quando estas estrelas errantes (os planetas) entravam em certas constelações, os Caldeus notavam certas correspondências com fenômenos naturais na Terra. Mais tarde os Babilônicos liberaram certas pessoas, a quem chamavam de sacerdotes, da tarefa mundana de guardar o rebanho de modo a devotar todo o seu tempo ao estudo dos céus e ao presságio das estrelas.

Os Caldeus e os Babilônicos associaram o significado da Astrologia com o destino das nações, tribos e seus líderes. Foi deixado para mais tarde, aos observadores gregos, personalizar a Astrologia para o indivíduo. Pode ter sido o astrônomo grego Anaximandro, por volta de 600 AC, quem primeiro pensou na Terra como uma esfera e não um plano. Cerca de 100 anos mais tarde, Pitágoras elaborou esta idéia e fundou um novo sistema matemático, uma ferramenta necessária para o melhor entendimento dos céus. Mais tarde ainda o filósofo grego Platão, juntamente com Aristarco de Samos e Eudoxo de Cnidos, reconheceram que os planetas variavam em sua distância e velocidade à medida que se moviam ao redor do Sol. Eratóstenes, que os seguiu, foi o primeiro a estimar a circunferência da Terra. Hiparco foi o primeiro a reconhecer a natureza cíclica dos corpos celestes em relação aos eventos terrenos e sobre suas observações foi baseado o trabalho monumental do astrônomo Cláudio Ptolomeu que, em aproximadamente 130 DC em Alexandria, formulou muito da nossa teoria astrológica moderna no seu famoso tratado denominado Tetrabiblos.

A partir daí, o saber astrológico se propagou pela Idade Média na Europa, como bem mostra a frase de São Tomás de Aquino, no século XIII, para quem 'os corpos celestes são a causa de tudo o que ocorre no mundo sublunar', numa referência aos modelos sub e supra lunares aristotélicos. Contudo, durante o Renascimento, o pensamento de Nicolau de Cusa e Giordano Bruno provocou a superação do postulado aristotélico da divisão do cosmo nas parcelas sub e supra lunares. Ao mesmo tempo, Copérnico, no ano de 1543, bem próximo da sua morte, propunha o heliocentrismo sustentando que era o Sol quem ocupava o centro do universo, assim como Galileu demonstrava claramente em 1609 que a Terra não era fixa, mas se movia por si mesma. Evidentemente a Igreja foi contra esses pensamentos, que contestavam os dogmas religiosos que sustentavam o teocentrismo e colocava Deus no centro do universo, como também o Homem, criado a sua semelhança, razão pela qual muitos sofreram perseguições impostas pela Inquisição. Para a Astrologia, entretanto, esse período representou muitas inovações no âmbito da Igreja Católica, na medida em que os papas se dedicaram a esses estudos entre 1450 e 1650. Talvez por isso Lutero tenha se oposto a Astrologia, pois ela estava muito em voga no Vaticano na época. No século XVIII cabe destacar o papel de Isaac Newton que, mesmo formulando as bases de nossa moderna Física com suas leis do movimento e da gravitação universal, não desprezava a Astrologia. Com tudo isso foram definidas, juntamente com a descoberta de novos planetas, as bases da Astrologia moderna. Com o uso de telescópios e o emprego das leis de newtonianas, planetas antes invisíveis puderam ser descobertos e incorporados a Astrologia como corpos do nosso sistema solar. Por essa razão foi fundamental a descoberta de Urano por William Herschel em 1781, de Netuno em 1846 pelos matemáticos John Adams e Urbain LeVerrier, e ainda de Plutão em 1930 por Clyde Tombaugh com base nos cálculos de Persival Lowell.

Porque tal saber permaneceu ativo ao longo de milhares de anos? É difícil de se responder, muito embora este fato possa constituir prova do vigor desta disciplina milenar. Seria a Astrologia capaz de enganar tantas pessoas por tanto tempo? Impossível. E de onde vem o tamanho fascínio que ela desperta há tanto tempo? Provavelmente pelo seu poder de predição do futuro, o que também dá margem a sua apropriação por pessoas menos escrupulosas que se evocam detentoras de poderes sobrenaturais capazes 'ler' o futuro sem mesmo a necessidade de se ater ao que mostra qualquer mapa, o que constitui com frequência mera adivinhação e certamente afeta sua reputação. Contudo, a Astrologia, quando considerada como um conjunto de sistemas simbólicos semelhantes aos que correntemente são empregados na comunicação, como a linguagem e outros sistemas iconográficos, permite compreender nossos comportamentos e exprimir nossos relacionamentos com o ambiente. Assim, nas mãos do psicólogo astrólogo ela se transforma numa ferramenta valiosa para nos ajudar a entender nosso comportamento, e o porque de pensarmos e agirmos de certa forma. Talvez seja esta sim a principal função que a Astrologia modernamente pode e deve assumir.
11 Qual é a diferença entre a Astronomia e a Astrologia? E porque certos astrônomos são enfáticos ao dizer que a Astrologia é uma fantasia? Afinal, elas são sócias ou inimigas?
A principal diferença diz respeito ao objetivo de cada uma delas. Enquanto a Astronomia objetiva estudar os céus e os fenômenos estelares, limitando-se a apenas coletar informações acerca da posição e constituição física dos diferentes corpos estelares, a Astrologia, por seu turno, se interessa em obter um modelo de leitura que interesse aos seres humanos com base na posição dos astros do sistema solar que habitam a chamada faixa zodiacal dos céus onde todos os corpos do nosso sistema viajam. Assim, em duas palavras, a Astrologia é a Astronomia do sistema solar com sentido humano. Portanto, neste particular elas são sócias no sentido de que o mapa astral é obtido com rigor matemático oriundo dos estudos do movimento dos corpos do sistema solar realizados pela Astronomia. Contudo, a Astrologia vai mais longe no sentido de tentar atribuir um sentido humano às posições bem definidas astronomicamente, sendo esta atribuição aquilo que as diferencia e que as torna antagônicas. Isso porque os astrônomos, provavelmente em nome do saber científico de que tanto se orgulham, geralmente desprezam estas leituras das posições planetárias e tentam até ridicularizá-las em nome de serem os guardiões da ciência, pois para eles o sentido humano atribuído indica apenas um devaneio nada científico e que só tem lugar na categoria da literatura exótica. Ou seja, isso constitui outra das suas diferenças fundamentais, pois enquanto a Astronomia é uma ciência que se limita a utilizar o método científico, a Astrologia é uma disciplina, onde o modo de obtenção do seu saber não pode ser verificado por qualquer um utilizando este método, o que, entretanto, não significa que ela se confunda com uma panacéia e que seja livre aos astrólogos dizer sobre qualquer configuração particular encontrada nos mapas astrais aquilo que ele queira. Por isso mesmo ela é dita como sendo uma disciplina, rigorosa quanto aos cálculos astronômicos que emprega, e que se baseia em ensinamentos milenares acumulados ao longo da história no que tange as suas interpretações humanas. Mas é justamente este lado poético, por assim dizer, não científico ou que só poderia ter comprovação estatística ainda não realizada, é que encanta e tanto atrai, cada vez mais, estudiosos dos mais diferentes lugares da Terra.
12 O que é um mapa astral e para que ele serve? E os planetas, signos, casas e aspectos, o que significa tudo isso?
O mapa astral ou carta natal ou ainda 'horóscopo' é uma 'fotografia do céu' do plano da eclíptica no momento de um nascimento, seja de uma pessoa, de um evento ou de uma empresa, onde são mostradas as posições das constelações e planetas, estabelecendo uma ligação entre o ser que ali nasce e o universo, ou, em termos mais propriamente esotéricos, entre o micro e o macrocosmo. Esta foto encerra as principais tendências que estarão se manifestando ao longo da história do ser para o qual a carta foi traçada. A foto do céu, exibida pelo mapa, leva em conta a visada do ponto da Terra onde ocorreu o nascimento que ela exprime, de tal forma que os planetas são fixados na carta de acordo com a posição que eles ocupavam naquele momento para o lugar considerado, de acordo com cálculos astronômicos precisos que levam em conta o movimento de cada um dos planetas tal como observado daquele local.

Como o plano da eclíptica corresponde ao caminho diário aparente do Sol em redor da Terra, todos os demais planetas estão contidos neste plano e portanto figuram na carta. Este plano vertical para qualquer observador da Terra marca a eterna rotação de todos os astros ao seu redor em função da rotação da Terra em torno do seu eixo, razão pela qual o mapa não só leva em conta a translação própria de todos os planetas em redor do Sol como também o movimento diário de rotação da Terra. Por tudo isso, os planetas na carta representam sua posição rigorosa em relação ao local considerado, podendo estar visíveis no céu quando acima do horizonte traçado para aquele local ou abaixo, quando então não teriam sido vistos no momento considerado.

Além dos planetas são posicionados os signos, isto é, as constelações do zodíaco tropical nas quais cada um destes planetas se encontrava naquele momento, calculadas as linhas básicas do meridiano definidoras dos chamados Meio-do-Céu e Fundo-do-Céu, como também a linha do horizonte, que estabelecem os quatro diferentes quadrantes no mapa que são depois subdivididos em três espaços denominados casas astrológicas, e calculados os aspectos, isto é, as distâncias angulares que separam os planetas entre si. Deste modo, planetas, signos, casas e aspectos constituem o referencial básico, os quatro sistemas de símbolos genéricos empregados na Astrologia, que permitirá e leitura do mapa pelo astrólogo.
13 O que faz a Astrologia funcionar?
Há pelo menos duas escolas de pensamento. Uma explicação corrente é aquela envolvendo o conceito de sincronicidade, um princípio de ligação acausal entre eventos proposto por Carl Jung. Neste caso a idéia central que permeia toda a explicação é que eventos na Terra de uma dada natureza coincidem no tempo com eventos astronômicos de natureza similar expressos pelo simbolismo dos planetas e seu relacionamento nos céus. Apesar da sincronicidade operar por todo o universo, os planetas são mais importantes por serem parte da experiência coletiva e por isso disporem de um significado presente no 'inconsciente coletivo'. Contudo, o princípio da sincronicidade de Jung é ainda um princípio hipotético e ainda não muito bem entendido, apesar de ser bastante similar à idéia antiga da atração entre similares no micro e macrocosmo, que essencialmente compartilham um projeto comum, e que servia para explicar a correspondência entre os eventos mundanos e cósmicos.

Uma outra explicação menos popular é aquela que postula que existem forças e energias desconhecidas e atualmente ainda não detectadas que emanam dos planetas e afetam a vida na Terra, muito embora tal tipo de explicação seja muito rejeitada pelos físicos, que acreditam que todas as forças existentes no universo já tenham sido conhecidas. As evidências biológicas mostrando a harmonia entre os ritmos celestes e biológicos sugerem que as forças planetárias, conhecidas ou não, operam sobre os organismos a nível material, às vezes através de mudanças no padrão de radiação solar. Tais efeitos biológicos podem alterar o processamento psicológico e assim as ações humanas e os eventos daí decorrentes.

Qualquer que seja a explicação oferecida, é evidente pela experiência e pesquisas já realizadas que a Astrologia, de fato, funciona. Suas ricas teorias descritivas que remontam há milhares de anos permitem extrair muitas características de um mapa astral e fazer previsões acerca de circunstâncias que poderão prevalecer em determinados períodos da vida. Mesmo que, como em muitas outras áreas do saber humano, a teoria que explique a estrutura e o funcionamento das descrições disponíveis esteja ainda por ser rigorosamente estabelecida.
14 Porque os astrólogos não consideram o fato de que quando o Sol está no signo de Aries ele realmente não está na constelação de Aries?
Se você já observou atentamente a faixa zodiacal onde estão as doze constelações que servem de pano de fundo para a translação de todos os astros do sistema solar considerados na Astrologia, deve ter notado que elas são muito desiguais no espaço que ocupam. Por exemplo, a constelação de Libra ocupa apenas a metade do espaço usado pela constelação de Virgem ao seu lado. Assim, se os astrólogos utilizassem em suas leituras o chamado zodíaco sideral, aquele formado pelas constelações, o que teríamos? Certamente muitos virginianos e poucos librianos em função do espaço ocupado pelas constelações, razão porque de modo a evitar tais transtornos foi elaborado um outro zodíaco, denominado zodíaco tropical, em que todos os signos ocupam faixas iguais de 30 graus. Este zodíaco não mais se baseia nas constelações, mas sim no chamado equinócio vernal, que ocorre próximo do dia 20 de março de cada ano, dia este que tem a particularidade do Sol se encontrar acima e abaixo do horizonte exatamente 12 horas. Este dia não só marca o início da primavera no hemisfério norte como também a entrada do Sol no signo tropical de Aries, que é seguido sequencialmente pelos demais signos tropicais que também interceptam arcos de 30 graus cada um. Além disso, em função do chamado movimento de 'Precessão dos Equinócios', decorrente do movimento do eixo da Terra em relação ao centro do planeta, ambos os zodíacos sideral e tropical tinham seus pontos iniciais coincidentes ao redor do ano de 217 DC, isto é, nesta época o início do signo tropical de Aries coincidia com o início da constelação de Aries, o que, devido a este movimento, não mais acontece nos dias de hoje. Por isso, não há mais correspondência entre a constelação e o seu correlato signo tropical.

Mas porque os signos tropicais têm os mesmos nomes e toda a sua simbologia associada com as constelações com as quais estavam alinhadas há cerca de 2000 anos atrás? Não poderia o zodíaco sideral ser a fonte de todos os significados do zodíaco tropical? E assim, não deveriam os astrólogos retirar da constelação mais aproximadamente alinhada nos dias de hoje com um dado signo tropical todo o seu simbolismo? Este argumento advém do pressuposto de que os significados dos signos provêm da natureza dos símbolos nos céus conhecidos por constelações. Contudo, este não é o caso, já que existiam zodíacos tropicais desde os egípcios, que dispunham de um calendário solar há 5000 anos atrás, onde a relação direta entre os meses do calendário solar e os signos do zodíaco tropical claramente sugeria a existência deste zodíaco também. Além disso calendários tropicais como os encontrados nas ruínas de Stonehenge, construídos entre 5000 e 1000 AC, mostram que estes zodíacos tropicais já eram há muito conhecidos. Assim, em função da obscura origem das constelações zodiacais tais como as conhecemos atualmente, é difícil se saber se as constelações realmente legaram aos signos tropicais seu significado à época em que o zodíaco tropical foi elaborado. Estas constelações parecem ter sido definidas pelos babilônicos, muito embora tenham sido definidas 36 constelações e somente algumas coincidem com os modernos signos tropicais. Sabe-se ainda que alguns dos simbolismos utilizados nos signos tropicais são recentes tendo em vista que a palavra zodíaco deriva da palavra grega 'zoidiakos' que denotava 'círculo de animais' e hoje em dia nem todos os signos são traduzidos iconograficamente por animais.

O que pode ser assegurado é que a simbologia associada a cada um dos signos tropicais utilizados modernamente permite descrições funcionais acuradas. E até existem modernas escolas astrológicas, como a escola uraniana alemã onde nem mesmo são utilizados os conceitos de signos, tropicais ou não, e que nem por isso deixaram de apresentar descrições convincentes, tendo em vista a existência de outros elementos simbólicos utilizados na leitura astrológica que não dependem da definição dos signos.
15 O que significa a chamada 'Era de Aquário'?
Para bem explicar o que isso significa é necessário conhecer um outro importante movimento da Terra chamado 'Precessão dos Equinócios', que consiste na rotação do eixo da Terra em relação ao centro do planeta. Ou seja, o eixo da Terra não apenas sofre uma translação anual em redor do Sol a cada 365 dias ou uma rotação diária a cada 24 horas, pois ele também se move lentamente em relação ao seu centro, como um pião. Só que esta rotação é muito vagarosa, a uma taxa de um grau para cada 72 anos de translação, o que daria a enorme cifra de 25920 anos para que ocorresse uma única rotação em relação ao centro da Terra. Este espaço de tempo é então chamado de 'O Grande Ano', que pode ser dividido em doze 'Grandes Meses' compreendendo 2160 anos cada um deles, meses estes que também se denominam eras. Assim, a 'Era de Aquário' nada mais é do que um destes meses, que sucederá a chamada 'Era de Peixes' na qual nos encontramos atualmente. Como esta era se iniciou com o advento do cristianismo há cerca de 2000 anos atrás, a chamada 'Era de Aquário' está cada vez mais próxima, razão porque pode-se dizer que estamos no alvorecer de uma nova era, que certamente significará a expansão de moderníssimas tecnologias na qual o computador será um dos elementos centrais e as viagens estelares muito comuns.
16 Todas as pessoas mais esclarecidas sabem que a Astrologia é uma fantasia, então porque as pessoas perdem seu tempo com isso?
Bem, pessoas que pensam assim acreditam apenas na ciência, entendida pelo que é ensinado em universidades, e na maioria das vezes excluem a Astrologia sem qualquer análise mais cuidadosa. Como esclarecimento para aqueles que pensam assim e acreditam na ciência apenas, deve ser lembrado o que Isaac Newton, como se sabe um dos maiores físicos de todos os tempos, disse em 1680 a Edmond Halley, o descobridor do cometa de mesmo nome, acerca das bases da Astrologia: 'Sir, I have studied it, you have not!' ('Senhor, eu a estudei, o senhor não!').
17 Vocês não sabem que não existe nenhuma causa conhecida para os efeitos astrológicos? Portanto, estes efeitos não podem existir...
Existem de fato muitas variações desta dúvida muito popular. Uma delas aponta para o efeito produzido pelas mãos do médico que retira o bebê do útero da mãe, que teria um efeito gravitacional bem mais forte do que qualquer planeta poderia ter. Aqui também seria encontrado o argumento citado para o qual onde não há causas não podem haver efeitos. Contudo o conhecimento científico é baseado em evidências empíricas mesmo que não existam teorias explicatórias disponíveis. Tal se deu com a Genética, por exemplo, que foi aceita como uma das disciplinas do saber médico muito antes das descobertas acerca da estrutura do DNA que ainda hoje não têm as cadeias de aminoácidos totalmente mapeadas. Assim, vastas áreas da ciência que dispõem de explicações causais fazem previsões específicas que não podem ser derivadas diretamente da causa atribuída, mas são baseadas na evidência empírica e nas teorias descritivas inerente aos seus dados, tal como, por exemplo, as tabelas de maré, calculadas empiricamente. Muito embora os físicos conheçam o bastante sobre os processos envolvidos nas marés para achar plausível que ocorram duas marés diárias, apesar da Terra girar apenas uma vez por dia, não existem ainda formulações matemáticas capazes de relacionar este movimento terrestre com as marés observadas.

Abordando a questão da causalidade em solo filosófico, vê-se que nem aqui as coisas estão solidamente estabelecidas, tendo em vista que a busca das causas dos eventos parece ser para muitos filósofos muito mais uma função da percepção humana do que uma propriedade do universo. Mesmo um cientista pragmático como Isaac Newton argumentou que o apelo a uma causa é desnecessário na medida que os tipos de leis que ele descobriu, que são de natureza puramente descritiva, são suficientemente poderosas para predizer eventos e dar conta de todos os dados disponíveis. Assim, as teorias descritivas da Astrologia, as relações que foram descobertas e exportadas por milhares de anos, podem não torná-las capazes de explicar os fenômenos em termos causais, da mesma forma como a lei do movimento de Newton também não, o que, entretanto, nem de longe significa invalidá-las. É que a natureza não está preocupada com as suas causas e esta busca é meramente uma ocupações da mente humana.
18 Como podem as forças planetárias, de qualquer natureza, atuarem sobre o bebê quando já fora do corpo materno, mas não quando ainda um feto no interior do útero? Porque tais forças apenas atuam a partir do momento do nascimento?
Considerando que não se dispõe ainda de uma explicação para o fenômeno astrológico, não se pode assumir que a correspondência astrológica seja devida a alguma força, como a gravidade por exemplo, que viaje através do corpo da mãe da mesma forma que pelas paredes do hospital. Além disso, há questões muito importantes relativas à herança de características dos pais, tal como comprovado em pesquisas de campo, sugerindo que não seja propriamente a exposição ao ar que produza certo efeito astrológico. Ao contrário, o bebê é predestinado, por razões desconhecidas, a nascer num dado momento e a reter as características astrológicas deste instante.
19 Será que os astrólogos não perceberam que a Astronomia não é mais geocêntrica como Copérnico, desde 1530, já sustentava que era o Sol quem ocupava o centro do universo? Por isso a Astrologia não pode funcionar porque ela depende da visão de que nós é que estamos no centro do universo, o que não é verdade...
Apesar de ser comum este tipo de argumento, é importante dizer que ele nunca ocorreu ao próprio Copérnico, que usava largamente a Astrologia. Isso porque seja o sistema empregado heliocêntrico ou geocêntrico, caberá sempre interpretar as posições planetárias em ambos os casos, razão pela qual tal argumento não invalida a existência da Astrologia, mas simplesmente permite que se tenha duas Astrologias homólogas, uma de base geocêntrica e outra heliocêntrica. Contudo, a Astrologia é muito mais comumente definida como a Astrologia de quem vê da Terra e portanto se usa normalmente o sistema geocêntrico, sem que isso implique na necessidade de estarmos no centro do universo ou não, da mesma forma como os astrônomos avaliam o efeito gravitacional da Terra sobre o Sol sem necessidade de acreditar que o Sol orbita a Terra.
20 Bem, está tudo muito bom, mas eu queria saber outra coisa. Posso perguntar?
Sim, claro. Para tanto utilize o botão Clique aqui para me enviar um e-mail logo aí abaixo e faça a sua pergunta. Mas tenha paciência porque são muitas perguntas e poderá haver algum atraso no envio da resposta em função de certo volume de perguntas a ser atendido. De qualquer modo a AstroService agradece desde já seu interesse. Muito obrigado!

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