WB01057_.GIF (1221 bytes)WB01057_.GIF (1221 bytes)WB01057_.GIF (1221 bytes)

Anterior                      Seguinte

WB01057_.GIF (1221 bytes)WB01057_.GIF (1221 bytes)WB01057_.GIF (1221 bytes)

 

ÊXTASE SEXUAL

 

Chamamento Reencarnatório, Maternidade, Construção Da Alma

 

Pelos conceitos emitidos até ao momento podemos aquilatar da importância da energética sexual nos respaldos da própria vida. Energia criativa, por excelência, tem tido por parte da ciência avaliações bastante superficiais. Entretanto, lembramos que Freud percebeu alguns dos seus ângulos mais profundos, como também, alguns dos seus desvios; os seus estudos atingiram exclusivamente a zona física, não conseguindo penetrar a grande fonte em que a vida se esteia.

Apesar de tudo, mesmo com as avaliações psicológicas mais superficiais que são as mais comuns, ficamos diante de um imenso quadro ainda por ser equacionado e definido. As manifestações sexuais da zona física, ligadas à zona do psiquismo consciente, já nos fornece um manancial bastante expressivo de análises. Se tentarmos traduzir o êxtase sexual, manifestação magnética desenvolvida pelo encontro dos dois pólos (masculino e feminino), ficamos reduzidos na avaliação, devido aos ainda limitados campos perceptivos da nossa intelectualidade. Será que o êxtase sexual teria a finalidade de atender aos sentidos e assegurar a reprodução? Será que funcionaria como exclusivo mecanismo de conservação da espécie? Será que a descarga energética propiciada pelo êxtase sexual visaria, com exclusividade, um "bem-estar bioquímico"? ou será que o êxtase sexual constituiria algo mais além da finalidade evolutiva?

Acreditamos que o êxtase sexual, esta grande reacção da vida, além de atender a necessidade procriativa, seria um mecanismo de profundas trocas energéticas entre dois seres. As polaridades sexuais necessitam de intercâmbio para complemento mútuo. As forças sexuais da organização física encontram-se ora na posição masculina, ora na feminina, com a finalidade de se juntarem pelo desenvolvimento evolutivo. Seriam pólos em constante atracção um pelo outro, a fim de se constituírem energeticamente. Tudo se iria fazendo de modo que, pelas vias reencarnatórias, tanto o sector masculino quanto o feminino fossem adquirindo independência pela ampliação das aptidões.

O homem no início da sua evolução vive pelos sentidos materiais. A pouco e pouco, as fontes profundas do espírito vão-se deixando mostrar diante das forças sexuais em evidência. Quanto mais evoluídos os seres, mais conscientes do processo espiritual em actividade; isto é, quando o amor se desenvolve com profundidade espiritual, o vórtice do êxtase sexual permitiria uma construção específica, entre o homem e a mulher, onde as suas respectivas fontes seriam locupletadas e abastecidas. Quando o relacionamento entre o homem e a mulher representa a penas um encontro superficial e de simples descargas de energias, o resultado ficará na superfície, na zona física, sem atingir a s forças profundas da alma, porque as suas finalidades foram superficiais e sem a construção espiritual que o amor sério e harmonioso pode propiciar. Compreender um mecanismo desse quilate e entender a sua finalidade não será somente consequência de intelectualidade e cultura, mas, possivelmente, o resultado de um processo maturativo alcançado por evolução. Em "A Grande Síntese", no capítulo As vias da evolução humana, informa-nos P. Ubaldi: " os instintos inferiores, as paixões tempestuosas, são os antagonistas na grande luta interior. As grandes renúncias — pobreza, castidade, obediência— são os decisivos embates dos quais a animalidade sai desfalecida, mas que, convém lembrar, só poderão ter valor quando se souber ao mesmo tempo reconstruir, substituindo aqueles instintos e paixões por mais altas qualidades: amores, domínios e paixões mais espirituais; de outro modo, o ser perder-se-á no vácuo de uma infrutífera asfixia. Se ao ser se impõe uma morte no nível animalidade, deveis oferecer-lhe um renascimento no nível espiritualidade. As paixões são grandes forças que não deveis tentar destruir, mas utilizá-las e elevá-las, porque na evolução tudo procede por continuidade."

 

In: As Forças Sexuais da Alma. Jorge Andrea

Som de fundo: Celebração de PAZ. Rao Kyao