Com paciência e humildade, constrói-se a grandeza d'alma!

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Origem de Jesus

 

Dentro dos limites em que lhe cumpria desempenhar a sua missão terrena, S. Paulo ignorava e tinha que ignorar a natureza e a origem espirituais de Jesus, a sua posição espírita com relação a Deus e ao planeta terreno e a natureza do corpo que revestira para fazer o seu aparecimento e a sua passagem pela Terra. Tinha Paulo que ignorar tudo isso, porque aos homens só é dado aquilo que podem suportar e porque só a revelação predita e prometida do Espírito da Verdade deveria, quando eles se houvessem tornado capazes de a receber, pôr a descoberto o que estava oculto, dar a conhecer o que era secreto, iniciando-os nos segredos de além-túmulo.

Para aquele apóstolo, como para todos os outros discípulos e para a multidão, Jesus era um ente excepcional que a inteligência humana não sabia definir; que tinha, sob a capa do mistério, uma origem e uma natureza, ao mesmo tempo, humanas e extra-humanas, divinas. As crenças que, durante e após o desempenho da sua missão terrena, se desenvolveram segundo os preconceitos, as tradições, a letra da revelação hebraica e da do anjo a Maria e a José, em face e por efeito da obra daquela missão, de acordo com o estado das inteligências, as necessidades e aspirações da época, é que haviam de levar os homens, com o caminhar dos tempos, a ver em Jesus-Cristo um homem qual os do planeta terrestre, quanto ao invólucro corporal, e um Deus, como filho de Deus, encarnado no seio de Maria virgem, uma parte destacada de Deus, embora inseparável dele, igual a Deus.

Essa origem e essa natureza humanas de Jesus, eis como o apóstolo Paulo as proclama:

Dá-o como, "segundo a carne, provindo dos patriarcas, pais dos israelitas". (Epístola aos Romanos, IX, vv 3, 4-5); como "provindo, pois, da humanidade, sujeito, portanto à morte, como nós, "morto" pelos pecados dos homens e "ressuscitado". (1ª Epístola aos Coríntios, XV, vv. 13-16 e Epístola aos Romanos, VIII, v. 34) – "Que é o homem, pois que (Deus) se lembra dele; e que é o filho do homem, pois que o visita? – Deus o tornou um pouco menor do que os anjos, o coroou de glória e de honra, por causa da "morte" que sofreu, tendo o mesmo Deus querido que ele por todos morresse. – Porque , bem digno era de Deus, par quem e por quem todas as coisas são , que, querendo conduzir à glória muitos filhos, consumasse, aperfeiçoasse pelo sofrimento aquele que havia de ser o chefe e o autor da salvação deles e ao qual Deus sujeitou todas as coisas, pondo-as debaixo dos seus pés". (Epístola aos Hebreus, II, vv. 6-7 e 9-10) – "Ele se tornou, não o libertador dos anjos, mas o libertador da raça de Abraão. Eis por que importava que fosse, em tudo, semelhante aos seus irmãos, para ser perante Deus um pontífice misericordioso e fiel no seu ministério, a fim de expiar os pecados do povo, pois é das penas e sofrimentos mesmos, pelos quais foi tentado e experimentado, que ele tira o poder de socorrer os que também são tentados. Como pois, os filhos que Deus lhe deu são de uma natureza mortal, composta de carne e de sangue, ele por isso, participou dessa mesma natureza, a fim de destruir pela morte o princípio da morte, isto é: o diabo". (Epístola aos Hebreus, II, vv. 16-17 e 13-14)

O mesmo apóstolo Paulo que, segundo a letra da revelação hebraica, proclamou a existência de uma natureza e de uma origem humanas em Jesus, também oportunamente proclamou ter Ele uma origem e uma natureza extra-humanas, estranhas a quaisquer concepção e nascimento, seja meramente humanos, como filho de Maria e de José. Seja por efeito de uma maternidade "milagrosa" de Maria, sendo ela virgem.

Comprovou assim que a concepção e a gestação em Maria e, por conseguinte, a sua gravidez e o seu parto por obra do Espírito Santo, destinados a ser tidos como reais pelos homens, foram apenas aparentes. Comprovou, pois , que o que se formara no seio de Maria, por obra do Espírito Santo, fora simplesmente aparente, fora obra espírita e não uma realidade material, que não houvera realmente concepção, gravidez e parto, os quais, na Terra não podem verificar-se sem o concurso dos dois sexos.

Apreciemos as palavras com que ele proclamou a origem e a natureza extra-humanas de Jesus.

O Filho de Deus ao entrar no mundo diz: "Não quiseste hóstia nem oblata, mas me formaste um corpo".

Depois de por essa forma, haver dito que Deus formou um corpo para Jesus, proclama que este, como Melquisedec, é sem pai, sem mãe, sem genealogia, dizendo:

Pois este Melquisedec, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que veio ao encontro de Abraão, quando este voltava da matança dos reis, e o abençoou e com quem Abraão repartiu o dízimo de tudo, e que se chama, primeiramente, por interpretação do seu nome, rei de justiça, depois, rei de Salém, que quer dizer rei de paz, que É sem pai, sem mãe, sem genealogia, que não tem começo de seus dias nem fim de vida, semelhante assim ao filho de Deus, continua sacerdote para sempre". (Epístola aos Hebreus, VII, v. 1-3)

Desse modo, numa linguagem velada pela letra, Paulo declara que Jesus surgiu na Terra e fez a sua passagem por este planeta, cumpriu a sua missão terrena, com um corpo que não se formou mediante concepção, gravidez, gestação e parto humanos, quer como obra humana de Maria e José, quer como obra milagrosa produzida em Maria virgem, e sim com um corpo formado por Deus, isto é: de acordo com as leis naturais e imutáveis que Deus instituiu de toda a eternidade, mas diversas das que, no nosso planeta, regem a formação do corpo humano, exigindo para esse efeito o concurso dos dois sexos.

Paulo proclama ainda, também sob o véu da letra, que aquele corpo que Jesus tomara, que constituía, ao ver dos homens, a sua vida e que não era idêntico aos corpos humanos da Terra,, não estava sujeito, como estes, à morte. De sorte que a sua morte no Gólgota, destinada a ser pelos homens considerada real, foi apenas aparente, como apenas aparentes forma – a concepção, a gravidez, a gestação e o parto em Maria virgem, por obra do Espírito Santo, a maternidade humana de Maria e a paternidade humana de José, enquanto Ele desempenhou a sua missão terrena, a maternidade de Maria virgem, depois do desempenho daquela missão. assim, igualmente, e pela mesma razão, apenas aparente foi a sua vida "humana", porquanto, segundo o espírito oculto pela letra, o seu aparecimento e a passagem de Melquisedec, que veio ao encontro de Abraão e que, semelhante a Jesus, era sem pai, sem mãe, sem genealogia – uma manifestação espírita, uma aparição, ora visível e tangível ao mesmo tempo, ora simplesmente visível, de acordo com as necessidades e as circunstâncias da missão que viera desempenhar, antes e depois do sacrifício da Gólgota.

Declarando que Jesus era sem pai, e sem mãe, sem genealogia, e que, para entrar no mundo, Deus lhe formara um corpo e acrescentando que esse corpo era a imagem de substância de Deus, o apóstolo Paulo comprova e proclama, sob o véu da letra, que Jesus fez o seu aparecimento e a sua passagem pela Terra com um corpo fluídico semelhante ao do homem terreno, mas não da mesma natureza. Comprova portanto, e proclama que Jesus fora sempre espírito nesse corpo fluídico apto a longa tangibilidade, sujeito inteiramente À acção da sua vontade e que era, desse modo, dada a correlação que existe entre o finito e o infinito, entre a criatura e o Criador incriado, a imagem da substância de Deus, de Deus que é espírito na substância; inteligência, pensamento, fluido; de Deus para quem o fluido universal, que d’Ele emana e o toca de perto, constitui o instrumento e o meio pelos quais opera todas as criações, assim de ordem espiritual e de ordem material, como de ordem fluídica, fluido universal esse que se acha na culminância de tudo quanto d’Ele provém.

Eis como Paulo se refere a este facto: "Jesus é o esplendor da glória de Deus, a imagem Da sua substância". (Epístola aos Hebreus, I, v.3) – "Nem toda a carne é a mesma carne. Há corpos terrestres e corpos celestes. O primeiro homem é o da Terra, o terreno; o segundo homem é o do céu, o celeste. O primeiro Adão foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante". (1ª Epístola aos Coríntios, XV, vv. 39 – 40 e 45 –47)

Mas por seu turno é o próprio Jesus-Cristo que define sob uma forma velada, e ao mesmo tempo entendível pelos que a escutaram: "Deixo a vida para a retomar; ninguém ma tira, sou eu que a deixo por mim mesmo; tenho o poder de a deixar e tenho o poder de a retomar; ESTE O MANDAMENTO QUE RECEBI DE MEU PAI".

 

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