1. A clareza na definição do problema e do objetivo da
investigação mostra sua
importância na etapa de análise dos dados
2. É importante determinar quais serão as categorias de
análise. Isso significa que
o investigador deve ter clareza não só no entendimento
das variáveis com as quais
está trabalhando, mas também dos valores que estas podem
assumir.
3. Procure tabular os dados.
4. Se possível, organize os dados sob o formato de tabela, pois isto ajudará na análise.
5. Caso seja necessário, utilize gráficos para representar os resultados.
6. Em relação às análises estatísticas,
procure utilizar tanto a estatística descritiva, quanto a
estatística inferencial.
Organização dos dados
Os psicólogos há muito adotam preferencialmente
os métodos quantitativos de
análise. A transformação de dados em números
possui a vantagem não só de
facilitar a organização do material, como também
de propiciar a escolha mais
adequada do teste estatístico a ser utilizado. Assim sendo,
vejamos como os
dados da pesquisa psicológica podem ser quantificados.
Os níveis de mensuração
Suponha que você queira apresentar organizadamente
algumas conclusões
acerca da altura dos seus colegas de sala de aula. Em um primeiro momento,
você simplesmente poderia incluir a todos os seus doze colegas
em dois grupos:
os altos e os baixos. Você teria então os seguintes valores
para a altura dos
seus colegas de sala:
|
|
|
|
|
Claro que esta tabela já fornece algumas informações
importaantes, mas claramente
falta alguma coisa. Observe que esta mesma tabela poderia ser apresentada
de uma
outra forma:
|
|
|
|
|
Veja que neste caso, apenas substituímos o
rótulo 'altos' pela valor I e o rótulo 'baixos' pelo valor
II. Note também que os valores numéricos colocados no topo
da tabela são meramente convencionais, que eu poderia atribuir o
valor I para a categoria 'baixos' e o valor II para a categoria 'altos'.
Isto é muito importante, pois um dos erros mais comuns aos e analisar
dados desta natureza é o de confundir o rótulo da categoria
com a frequência que esta categoria obteve ou com um pretenso valor
maior ou menor atribuível ao rótulo.
Eis alguns exemplos de medida obtidas em um nível
de mensuração nominal:
Número de pessoas que frequentam a biblioteca central
Categoria
I
II
III
IV
Estudantes
Funcionários
Professores Outros
200
38
76
12
Intenção de votos nas próximas eleições
Categoria
I
II
III
Seu Zé
Seu Manoel Seu Onofre
200
112
195
O que este nível de mensuração,
denominado nominal, consegue realizar é o de
alocar pessoas, objetos ou atributos em categorias e estabelecer
a frequência em
que as pessoas, objetos ou atributos estão alocadas dentro destas
categorias. Claro
que isto é muito pouco, pois como afirmamos anteriormente, muitas
informações
deixam de ser consideradas quando trabalhamos com este nível
de mensuração.
Decorre daí a necessidade de se trabalhar com escalas de mensuração
mais
sofisticadas.Observe que você pode, sem qualquer instrumento,
conseguir um nível
mais elevado de mensuração dos seus colegas de sala.
Basta que você utiliza um
níveld e mensuração que lhe permita determinar
a posição ocupada por um ítem em
um grupo. Considere mais uma vez o exemplo dos seus colegas de sala.
Neste caso,
basta que você os organize em fila, digamos, começando
pelo mais alto. Claro que
ocorrerão algumas controvérsias, mas ao final do trabalho
você terá obtido com
facilidade um ranking em que as pessoas estão alocadas
pela ordem que você
priorizou. Assim, seus doze colegas poderiam ser assim ordenados:
A) ana
B) beatriz
C) carlos
D) debora
E) eduardo
F) flavio
G) gilda
H) hércules
I) ilze
J) josé
K) katia
L) luiz
mais alto H F L I C A D J K G B E mais baixo
Observe que neste nível de mensuração,
denominado ordinal, você já pode contar
com algumas informações adicionais. Já sabe, por
exemplo, que Hércules é o mais
alto, que Eduardo é o mais baixo e que Débora é
mais alta do que Gilda e mais baixa
do que Ilze. Contudo, você não tem condições
de saber, através deste nível de
mensuração quão mais alto Hercules é do
que Eduardo, nem as diferenças de
altura entre Débora, Gilda e Ilze.
Para se obter as informações que faltam,
faz-se necessário recorrer a um nível ainda
mais sofisticado de mensuração. Neste caso, já
precisaremos de um instrumento, no
caso, uma fita métrica. Após fazermos as medidas, já
podemos determinar que a
diferença de altura entre Hércules e Eduardo é
de quinze centímetros e que as
diferenças entre as alturas de Débora, Gilda e Ilze ficam
na casa dos dois centímetros.
Observe que as variáveis, desta vez, são medidas através
de uma unidade claramente
estabelecida, no caso, o centímetro. Este nível de mensuração
é denominado de
intervalar. Agora note que você não pode ter uma
pessoa com a altura de zero
centímetros. Claro que se você estiver estudando um outro
assunto, por exemplo,
o tempo de reação, você contará com
a possibilidade de lidar com o ponto zero
de uma escala. Uma escala intervalar que possui um ponto zero é
denominada de
escala de razão.
Portanto, os dados podem ser organizados quantitativamente
de acordo com quatro
niveis distintos de mensuração:
nominal: escala em que os números, se usados, indicam apenas
rótulos.
ordinal: usada nos casos em que podemos estabelecer posições
dentro de uma hierrquia.
intervalar: nível em que cada unidade mensura uma quantidade
igual
razão: nível em que cada unidade mensura uma quantidade
igual e existe um zero absoluto
Tabelas, gráficos e análises estatísticas
A elaboração de tabelas, gráficos
e análises estatísticas é um procedimento hoje
em dia realizado através de programas de computadores especialmente
designados
para esta tarefa. Claro que você precisa saber o que está
fazendo e necessita
conhecer o programa que irá utilizar. O software EPINFO,
atende bastante bem
esta necessidade. Em uma outra disciplina, apresentamos uma breve introdução
a
este software. Caso você não tenha mais este roteiro
de utilização do EPINFO,
clique aqui para baixá-lo diretamente
para o seu computador. Você deverá ler o
roteiro utilizando o software Word for Windows.
Caso você não tenha o EPINFO,
clique aqui para baixá- lo diretamente
para o seu computador.
7.1 Identifique os polos cronológicos da análise do conteúdo
1. a pré-análise
2. a exploração do material
3. o tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação
7.1.1. A pré-análise
* a leitura flutuante
* a escolha dos documentos
- constituição de um corpus de documentos, a partir
das seguintes regras:
a) a regra da exaustividade;
b) a regra da representatividade;
c) a regra da homogeneidade;
d) a regra da pertinência
* a formulação das hipóteses e dos objetivos
* a referenciação dos índices e elaboração
de indicadores
- desde a pré-análise devem ser determinadas algumas
operações: de recorte do texto em
unidades comparáveis de categorização para análise
temática e de modalidade de codificação
para o registro de dados.
* a preparação do material
7.1.2. A exploração do material
Uma fase mecânica, longa, trabalhosa
e fastidiosa, consistindo essencialmente de operações de
codificação e enumeração, em função
das regras previamente formuladas.
7.1.3. Tratamento dos resultados obtidos e interpretação
Os dados brutos devem ser tratados de forma
a ganharem significado.
Isso pode ser feito através da realização
de operações estatísticas simples (percentagens),
que
permitem estabelecer quadros de resultados, diagramas, figuras e modelos,
os quais condensam e
evidenciam as informações fornecidas pela análise
Para um maior rigor, esses resultados devem
ser submetidos a provas estatísticas, assim como
a testes de validação.
Com base nesses resultados, o investigador
pode propor inferências e adiantar interpretações a
propósito dos objetivos previstos.
8. Tratar o material é codificá-lo. A organização
da codificação compreende três escolhas:
o recorte, a enumeração e a classificação.
a) o recorte ou escolha das unidades:
- a unidade de registro
* palavra
* tema
* objeto ou referente
* personagem
* acontecimento
* documento
- a unidade de contexto
b) regras de enumeração
- a presença ou a ausência
- a freqüência
- a intensidade
- a ordem
- a co-ocorrência
c) Classificação
* a categorização
Para a realização da categorização
dependemos dos seguintes passos:
1. o inventário: isolar os elementos
2. a classificação: repartir
os elementos, ou seja, procurar impor uma certa organização
aos mesmos.
Atributos para construir boas categorias:
- a exclusão mútua
- a homogeneidade
- a pertinência
- a objetividade e fidelidade
- a produtividade
* a inferência
Polos da análise:
1. o emissor
2. o receptor
3. a mensagem
4. o código
5. a significação
6. o meio