Para esta tarefa, utilizamos uma observação sistemática com uma amostra temporal que ia das 20h às 24h. Também foi definido, após um pré-teste, que observaríamos o maior númeropossível de casais dentro deste intervalo de tempo, porém um de cada vez, demorando-nos em cada um dez minutos. Para que fosse considerado o toque, levamos em conta a pessoa que efetuou o movimento (intencional ou não), contando para esta o toque. Consideramos ainda a duração de um toque, bem como a mudança deste para outras regiões do corpo, ou seu afastamento deste.
Parávamos do lado da praça, dentro de um automóvel, e ficávamos conversando por algum tempo para que a atenção dos casais não fosse desviada para o carro e, consequentemente, comprometesse a nossa observação. Logo após, definíamos qual casal seria observado de acordo com sua proximidade do carro (5 a 10 m) e a facilidade de visualização por todos o membros da equipe. Em seguida, classificávamos a posição do casal - como ocupavam o banco ou espaço da praça - e o horário de início da observação para que todos começassem a observar no mesmo minuto.
Os dados eram recolhidos em uma planilha. neste os toques dados pelos homens e pelas mulheres eram diferencialemte anotados por cores ou símbolos cuja determinação ficava a critério do observador. A observação terminava ao final dos dez minutos ou se o casal se retirasse da praça antes do término destes. Apartir daí, passávamos a observar outrop casal seguindo o mesmo procedimentop até que o horário limite fosse cumprido.
Dispomos, para tal experimento, de um automóvel, uma planilha pré- elaborada, além de lápis, caneta, borracha e apoiadores.
De acordo com as observações obtivemos os seguinte resultados. Os toques mais frequentes dados pelos homens foram o toque na cintura (87), seguido de beijo na boca (75) e pescoço (40). Já as mulheres, tiveram como toques mais frequentes o beijo na boca (83), seguido de toque no tronco (38) e ombro (36). Por outro lado, as regiões menos tocadas pelos homens foram: joelho e mãos, ambos com uma frequencia de 2 toques. As mulheres apresentaram como região menos tocada a coxa(6) e as mãos (2). Também devemos ressaltar que as mulheres não tocaram as regiões das zonas erógenas e dos joelhos. Os homens tocaram, pelo menos uma vez, em todas regiões. Cabe a nós frisarmos que as frequencias apresentadas acima referem-se ao somatório de cada padrão de comportamenbto de toque, conforme podemos observar no gráfico abaixo:
Fonte: casais observados em praças públicas
em Juiz de Fora, entre os dias 20 e 30 de julho de 1999.
Foi
possível concluirmos, a partir das observações feitas,
que os padrões de toques entre homens e mulheres não tiveram
uma diferença significativa, exceto no padrão de comportamento
de tocar as zonas erógenas. Este padrão
de toques foi significativo para os homens, em praça pública.