Um estudo detalhado sobre a gonorréia

............................Gonorréia..............................

A gonorréia ou blenorragia é uma infecção venérea largamente difundida no mundo inteiro, provocada por um microorganismo, o gonococo, ou Neisseria gonorrhoeae.

A gonorréia é uma enfermidade altamente contagiante, com um período de incubação variante de 24 horas a algumas dias (vinte de regra, 2 a 21). Note-se, no entanto, e isto é muito importante, que há casos com período de incubação muito maior. Há, nos consultórios, pacientes contaminados pela gonorréia, com sintomas surgindo a 15 e mesmo mais dias após o coito infectante.

A gonorréia é geralmente adquirida através do coito vaginal, mas pode ser também contraída através do coito anal (com pederastas passivos e mulheres que se prestam a esta prática). Pode, ainda, vir a ser contraída através do coito oral, conhecido pelo nome de felação (isto é, pênis na boca da mulher ou do homossexual, com sucção), já que o gonococo pode alojar-se, também nas amígdalas e na faringe.

Cerca de dois a três dias, em média, após o contágio, surgem ardor, edema e hiperemia do meato (a abertura da glande por onde sai a urina). Começa a fluir pus abundante. A secreção é descrita pelo médico como purulenta, mucopurulenta, escassa e mucóide.

Geralmente, o sintoma mais precoce (antes de surgir o pus) é um prurido que começa na frente e vai se estendendo, depois, a toda a uretra.

Em muitos casos, surge, também, uma vontade frequënte de urinar, assemelhando-se ao que se sente em uma cistite.

Mulher Infectada:

Nas mulheres, via de regra, é o canal do colo uterino o foco mais comum da permanência da gonorréia crônica.

A bartolinite, quando constatada pelo médico, leva, logo de início, à suspeita de uma gonorréia (o que se confirma ou não com exame de laboratório).

Nos homossexuais passivos, os sintomas podem apresentar dor (tenesmo é o esforço doloroso realizado para evacuar os intestinos ou a bexiga, sem que saiam fezes ou urina), prurido, pus e sangue na evacuação.

Pacientes Assintomáticos

É necessário ter sempre em mente que cerca de 30% das mulheres (ou um pouco mais) não apresentam sintomas agudos da moléstia, dificultando sua percepção, mormente, se a paciente for dada a hábitos regulares de higiene íntima, ou se ela já vinha apresentando antes um corrimento que considerava habitual ou normal.

Cerca de 3% dos homens também não apresentam sintomas, ou os contatam de vez em quando e fracamente, sem corrimento visível.

Também são comuns, em certos casos agudos, as ereções contra a vontade dos pacientes, que chegam às vezes a durar certo tempo e a produzir hemorragia da mucosa uretral com dor.

Na mulher, além de corrimento purulento e por vezes ardor e vontade frequënte de urinar, pode surgir também, na fase aguda, a inflamação das glândulas parauretrais de Skene e das glândulas de Bartholin (provocando a esquenite e a bartolinite).

Complicações da Gonorréia no Homem

São várias as complicações a que podem levar uma blenorragia não curada ou insuficientemente tratada, como:

......1. Taisonite: Infecção de uma ou das duas glândulas de Tyson, que se apresentam inchadas e dolorosas, ao lado do frênulo.

......2. Litrite: Infecção das glândulas periuretrais de Littré

......3. Cauperite: Inflamação de uma ou das duas glândulas de Cowper, por vezes responsável até pela cronicidade de uma blenorragia.

......4. Protatite: Na forma aguda, ocorrem defecação dolorosa, febre, disúria, corrimento uretral (que pode ser espesso e mais pela manhã), além do itumescimento da glândula, que se apresenta dolorosa ao toque retal. Na forma subaguda, os sintomas são os mesmos, mas bem menos severos. Já na fase crônica, os sintomas podem nem surgirem, mas ocorre, às vezes, um certo desconforto no períneo ou no meato, bem como ocasionalmente uma pequena secreção matinal na uretra ou então, crostas no meato. Devido aos empregos dos antibióticos, a prostatite crônica é hoje, um caso raro.

......5. Vesiculite: É a infecção de uma ou das duas vesículas seminais, geralmente diagnosticada não só pela coexistência da gonorréia, como, também, pelo aparecimento da hematospermia (sangue no esperma).

......6. Trigonitite: Uma das características da trigonitite é o aparecimento de sangue vivo no fim da micção, devido à ruptura dos vasos sangüíneos, congestionados, do trígono, provocada pela forte contração dos músculos elevadores do ânus sobre a bexiga, para eliminar o restante da urina.

......7. Epididimite: Infecção de um ou dos dois epidídimos.

......8. Estenose: Estreitamento da uretra, obrigando a manobras tendentes a desfazer ou, ao menos, minimizar os efeitos da contrição provocada.

......9. Infecção da rafe mediana do pênis: Uma infecção bastante rara, e quando ocorre, se constitui na única manifestação de uma blenorragia crônica. Nota-se uma linha vermelha, ocasionada pela inflamação, que termina em um orifício minúsculo, do qual se pode fazer sair um pequenina gota de pus pela expressão manual do local.

......10. Adenite inguinal: pode seguir-se de uma infecção blenorrágica, de um ou dos dois lados, com surgimento de um pouco de dor.

......11. Flebite das veias penianas e linfangite da veia dorsal do pênis: raramente são verificados estes casos em uma infeção blenorrágica, visto serem mais produtos de traumatismos.

ö.ööö Complicações da gonorréia na mulher

Como no homem, a mulher pode apresentar também uma trigonite ou uma adenite inguinal. Mas as complicações mais habituais e mais sérias são expostas a seguir:

......1. Esquenite: Inflamação das glândulas de Skene.

......2. Bartolinite: Inflamação das glândulas de Bartholin.

......3. Salpingite: Apresenta-se sob uma variedade de denominações, das quais a mais usada é "doença inflamatória pélvica", DIP. A DIP compreende as inflamações e infeções que se situam do colo do útero para cima, atingindo, portanto, o corpo do útero, as trompas, os ovários e o peritônio pélvico.

......4. Septimecia gonocócica: Rara devido aos antibióticos, é a responsável por dermatites, artrites, endocardites, perihepatites, e meningites, entre outros.

......5. Vulvites: Compreendem as infeções gonocócicas representadas pela bartolinite e a esquenite, bem como pela uretrite, tratando-se de uma denominação genérica para as infecções da vulva.

......6. Cistite e trigonite: Ardor ou dificuldade na micção, fluxo purulento.

......7. Colpite: São as afecções mais comuns da vagina, cujo epitélio não está protegido por uma camada córnea, sendo, assim, facilmente atacado pelos microorganismos patogênicos.

......8. Endometrite cervical: São quase sempre provocadas pelo gonococo, que pode originar saplingites e perviperitonite, quando se propaga para cima; parametrite, quando de propagação lateral; e colpite, para baixo. A menstruação provoca uma exacerbação do processo inflamatório.

Gonorréia em crianças

A infecção no recém - nascido surge pelo contato do nascituro com as secreções da mãe contaminada pela gonorréia.

Numa menina na idade pré - pubertária, tanto a vulva como a vagina não apresentam resistência à infecção pelo gonococo, daí a facilidade de uma vulvovaginite gonocócica pelo contato com adulto infectado ou objetos contaminados, como toalhas e tampas de privadas.

Tratamento

O tratamento da gonorréia, como de qualquer outra moléstia, deve ser feito sempre por médicos, visto a ingestão desordenada de antibióticos, nem sempre indicados no caso, com doses insuficientes, horários de tomada erradamente estabelecidos, etc., pode dar origem a complicações por vezes sérias, com a propagação dos gonococos para a próstata, as vesículas seminais, os epidídimos e os testículos, no homem, ou para o útero, as trompas, os ovários e os anexos, nas mulheres.

Antes de tudo, a quem deseja estar livre da gonorréia, é preciso que se previna...

Prevenção

Pessoas com apenas um parceiro sexual têm menos chances de adquirir Gonorréia. É muito importante o uso de camisinha e espermicidas. A camisinha é uma barreira entre o organismo e a bactéria causadora da Gonorréia. Os espermicidas ajudam a eliminar qualquer micro-organismo que entre em contato com eles.

Conclusão

A gonorréia é causada pelo agente etiológico Neisseria gonorrheae. É transmitida pelas relações anais, vaginais e orais e ainda ao nascimento por uma mãe contaminada, no momento do parto.

Seus sintomas resumem-se em grande ardência nos órgãos sexuais, ínguas nas virilhas, produção de pus espesso (que sai pela uretra ou pela vagina).

A melhor prevenção é que se tenha apenas um parceiro sexual fixo, e que ainda, haja o uso da camisinha e de espermicidas

Pesquisa feita por grupo de estudantes

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