A condenação do lider do MST - José Rainha - a 26 anos de reclusão é apenas mais um fiasco jurídico no país. Elimina-se um líder pela morte ou pela cadeia, sobretudo quando não é representante das elites.
Para um judiciário desgastado, a eficiência da condenação com provas tão inconsistentes é apenas a comprovação de que o julgamento é político, e condenado foi a liberdade, a dignidade, o direito de ser feliz num país mais justo.
Talvez em setembro, na ocasião do novo julgamento, justiça seja feita: se culpado deve ser condenado, mas para tal, é necessário que as provas e o julgamento sejam transparentes. Se condenado à revelia da Constituição, então terá chegado o momento do povo, do campo e da cidade, protestar pelas ruas, e em vez de 30.000 cidadãos em Pedro Canário, seremos 3 milhões. Ai não há injustiça que sobreviva, pois a verdadeira justiça se dá por leis justas ou na força da espada.
Insurgência já!
Evandro B. Sathler