Olá Bia!!!

// Este cachorinho  foi treinado para deixar apenas você entrar aqui. Ele é incansável em sua missão.  Não se preocupe, esta carta está segura.  Ah!!! Não se esqueça de trazer um osso para ele,  de vez em quando.//

 De certo você  ficará surpresa com esta carta.  Apesar de  você merecer muito mais, acho que,  desta forma, é a primeira que você recebe, ou estou errado?!   

Pois  bem dona Bia!!!  Eu nunca abandono uma correspondencia... Nem as pessoas que frequentam a minha vida...

Há uma moça em BH, que troca correspondências comigo há mais de 10 anos. Começou quando eu morava em Juiz de Fora. Eu encontrei uma carta que ela escreveu para uma amiga. Estava já aberta, então, eu a li. violar uma correspondencia é crime. Ler uma correspondencia ja aberta é apenas uma falta de comnpostura ou de etica. No minimo um gesto indecente...  Mas...  Dentre tantas coisas, ela pedia à amiga um namorado pelo correio. Eu escrevi a primeira carta, como se eu estivesse me candidando a tal cargo. Ela respondeu e assim foi...  A gente nunca se conheceu.  Por  apenas duas ou três vezes nos falamos ao telefone -Em uma época de extrema necessidade-.  Ela se casou, tem  filhos e continuamos esta ""estranha amizade"". Eu digo "estranha"  aos olhos das pessoas ditas normais. Eu acho muito saudável e muito natural, apesar de ser meio insólito.

• Temos planos de escrever um livro. Aliás, 2 livros. Temos varias idéias. Uma delas, eu escrever um livro baseado nas cartas dela e vice versa. Ou então, ela devolver as minhas correspondências e eu devolver as delas. Dai, cada um escreve um livro sobre o que escreveu nestes anos todos.   Outra coisa  é :   cada um tirar xerox da correspondência que tem e enviar para o outro. Cada um escreve um livro baseado em todas as correspondências. Idéias brotam de uma relação assim.
• Claro  que há algumas curiosidades nesta relação.  Ela impôs como condição para o casamento continuar a trocar cartas comigo.  Em uma época difícil eu cheguei a enviar dinheiro para ela.  Ela pagou tudo de volta.  Certa vez, bem no início,  ela  sabia que eu estaria no litoral do ES e enviou uma amiga para me conhecer, sem que eu soubesse.  Eu acabei por namorar a  amiga dela por um verão.  Só fiquei sabendo disto algum tempo depois.  Outros detalhes curiosos e engraçados aconteceram.  Sobre alguns, eu diria mesmo que parecem anedotas ou histórias de ficção.
• Bem... É uma história fascinante. E trocamos cartas, postais, fotos e outras formas de carinho até hoje.  Fotos nossas,  nós evitamos trocar,  mas tenho umas poucas dela e vice-versa, normalmente de longe em meio a outras pessoas. Eu acho que eu não a reconheceria se a visse. De certo ela me reconheceria logo de cara, por motivos óbvios. O que no início parecia um jogo, e estávamos ávidos por saber  quem  venceria, considerando o caso de uma desistência, se tornou uma fonte de prazer e de amizade.  É uma amiga que eu tenho!!! E ela pensa o mesmo de mim.
• Ela ainda diz que não vai perder, eu digo que não perco.  Assim, continuamos nos correspondendo. Mas não fazemos isto por obrigação ou por mero capricho, como se fosse um jogo. É um tipo de jogo, mas , por raro  acaso. É realmente uma bela  história. E algo muito engraçado é que eu morei em BH por 4 anos.  Lá, nós combinávamos de deixar  correspondências  um para o outro  nos locais mais estranhos. Escolhíamos um prédio aleatório próximo de onde o outro passava e deixávamos uma carta, uma lembrança, um chocolate, uma garrafa de vinho, etc... Era muito divertido...  E ainda é.

• Por que eu comecei falando isto?!?!  Sera que a   Bia deve estar pensando nisto agora?  ou não?  ou folda-se? Bem... Depois dela, tantas se passaram e algumas nem noticias eu tenho mais... E minha família continua morando no mesmo lugar, com o mesmo telefone... E eu não ando muito distante do meio academico... Facil de me achar... Mesmo assim... (Praga da cigana? ou nao? Acho que agora é folda-se mesmo...)

 

 Falando de mim (porque eu ainda nada falei de mim....):

 Nasci em uma "cidadinha" pouco maior que minha casa. Ela fica situada bem aos pés da serra da mantiqueira, em Minas Gerais.  Desde que nasci a cidade diminuiu ainda mais. Em 1970 havia 5 mil pessoas. Hoje,  não  passam  de  3000. A casinha da fazenda, ainda continua por lá... Apenas um  retrato  em 3 dimensões da  antológica   história  de minha doce infância!!!   Eu adorava as noites de lua nova porque era possível ver  muito mais estrelas. Meu universo,  de então, terminava onde minha vista alcançava: uma cadeia de montanhas onde  o sol  dormia.

Lá, naquela casa sem trancas firmes, eu era feliz.  Uma cerca de arame era suficiente  para me dar proteção e me isolar  dos  fantasmas do mundo exterior. Eu tinha meus próprios fantasmas!!!

Das lembranças que eu tenho, - e são muito vivas!!! Esta casa   é mais ou menos como esta ai do lado. Perdoe-me,  mas eu não consigo deixar de  desenhá-la de forma bem pitoresca!!! / Esta casa está na página da minha namorada,  lembra-se dela??

 

• Na minha pequena cidade natal, as  pessoas se conhecem por nome ou por apelido ou por grau de parentesco. Tipo assim:  Filho do Sô Tatão,  Maria do Vadin,  Chico da Quitanda, Jorgin do buteco, etc... Lá eu sou o Kim Matias...
• Muito cedo eu aprendi a ler e a escrever. Meu pai me colocou para estudar junto com um grupo de pessoas em um programa de alfabetização  para adultos.   Nesta época, com 4 anos e meio,  eu estava morando em uma fazenda.  Éramos muito pobres e muito felizes.   Hoje não somos  assim tão pobres e, deveras, somos muito mais  felizes.  Quando entrei na escola, fui acompanhando os colegas de classe sempre com uma diferença de um ano e meio em média, já que eu sou de junho.
• Até os 10 anos houve  alguns arranhões,  um braço quebrado,  alguns tombos dos cavalos,  etc., nada de anormal.  Aos 10 anos, enfim, fiquei completamente soterrado.  É que eu e alguns amigos brincávamos de Batman e de cavernas em barrancos. Por 15 minutos ou mais fiquei entre a fronteira de dois mundos.  Dizem que eu mudei desde então.  Há lendas a respeito disto,  lá nesta tal cidadinha,  até hoje. Depois disto, uns dizem que eu fiquei louco, outros  dizem outras besteiras. É fato que eu fiquei muito mais feliz e que nunca deixei de ser a criança que eu era desde então... Mora em mim aquela criança que eu era aos 10 anos... Não posso negar que a parte mais feliz de mim   é esta criança. Em outras palavras, sempre que eu estou feliz eu me sinto como aquela criança de 10 anos... Ou uma outra versão é que a alma que habitava aquele corpo foi substituída por outra. Sendo assim, aquela criança morreu e outra renasceu (incorporou?!?!) naquele corpo... Bem... apenas historias...

Muito cedo eu já sabia o que seria: um cientista. E,  ao que parece, é o que sou. Terminei a graduação em Juiz de fora. Química – Licenciatura e Bacharelado.  Montei meu primeiro projeto, de mestrado, sobre determinação de berílio em minérios diretamente da fonte sem pré-tratamentos. Um método lindo. Pena não estar sendo aplicado. A tese enfeita uma prateleira até hoje. O Brasil, Minas propriamente, é o maior produtor  de minério de berílio do mundo, cerca de 56% da produção mundial.  A exportação desta riqueza continua, e ninguém deu valor ao meu método. O que os japoneses dizem que tem de  teor de berílio no minério eles pagam. Dá para advinhar o que acontece, não é mesmo?!?!

Há mais de 5 anos estou aqui em Campinas. Montei um projeto para medir fuligem e monóxido de carbono via sensores com fibras ópticas. Um método muito bonito também.  Desta vez, se não aplicarem meu método por aqui eu vou passear em outro lugar.  Denver-USA ou Manchester-UK.

• Passo os dias a ler e a escrever artigos.  Passo as noites a escrever poesias, tomar cervejas e assistir a uns poucos programas na TV. Discoveery Channel e GNT. Eu gosto muito de cinema. Vou sempre. Filmes em vídeo eu adoro também.  Minhas contas em locadoras disputam com minhas contas em bares. No momento eu instalei a NET e estou meio afastado de cinemas e locadoras...
• Em casa, moro na moradia da unicamp, é muito legal, todo dia tem alegria. Divido  o espaço com mais 2 amigos. Morei sozinho por muitos anos, mas me adapto bem quando estou perto dos seres humanos... Eu sou um eremita que convive bem com  os grupos sociais...
• No momento, estou aprendendo um pouco sobre jiu-jtsu, e descobrindo o que é realmente. Algo totalmente diferente do que a mídia diz,...,  aquelas coisas de gang e etc.  Tem muito de filosofia. Parece um jogo de xadrez que se joga com o corpo.  Tem algo em comum com a capoeira, que eu cheguei a praticar antes.   Mas, tem algo diferente. Capoeira é de pouco contacto corporal ou nenhum. Não se faz jiu-jitsu sem contacto  corporal.

E hoje,  Quarta feira, chegamos ao presente. Eu escrevendo uma carta para a  Bia. Será que eu me esqueci de alguma coisa????

• Se você quer entender o universo masculino tomando-me como exemplo,  acho que você, talvez,  só entenderá apenas o universo de um único homem. Eu sou diferente.  Sei que todos são diferentes e que só a ovelhinha  Dolly é igual, mas... Eu  sou um "diferente" diferente.  Sou muito sensível. Este "defeito" é raro nos homens de hoje.

 Eu escrevo demais.  Eu posso escrever mais do que qualquer pessoa esteja disposta a ler. Se você quiser, pode pular umas partes e ir direto ao fim...

Eu bem que gostaria de saber mais sobre a nossa Língua, mas... Dá para o gasto o que eu sei. E, como sempre escrevo de forma irreverente, um errinho ou outro é passível de perdão...

Ah!!!  Como são estranhas as  coisas do coração!!! Um exemplo disto: eu aqui, escrevendo  uma carta para você.

Estranho sim, mas, estou fazendo isto com dada alegria. Ainda não sei exatamente se  estou  encontrando as palavras certas para colocar aqui, no entanto, estou tentando.

• Espero que  minha inspiração não me abandone neste momento.  Por enquanto, adianto meu pedido de desculpas por estar usando esta máquina fria para escrever para você. Infelizmente,  a caneta e o papel estão perdendo lugar  neste futuro que está cada vez mais presente. Talvez a humanidade venha a sentir falta das cartas de amor escritas com caneta tinteiro à luz de um lampião. De qualquer forma,  palavras transcendem um computador  e podem ser, ainda  assim, palavras de amor.  Neste caso,  esta carta seria  um exemplo disto?  Bem... Deixe-me pensar... Uma carta, escrita à mão ou não,     que contenha em si o aval do coração é  sempre uma carta de  amor. De certo,  não importa  se é para  uma namorada, para  um amigo, para os pais, para alguém que não conhecemos de fato, ou para Papai  Noel.   O que faz ser de amor é  o toque do  coração.
• Em tempo: você já escreveu cartinha para Papai Noel?  O que você pedia?

Sendo assim, então, esta deve ser uma carta de amor. De certo é o oposto de uma carta de ódio. (Em tempo: "...O ódio não é real é a ausência do amor.."  Raul  Seixas).   Por outro lado, não  há histórias de amor sem cartas escritas à mão. Até mesmo em contos de fadas há cartas, bilhetes e mensageiros  a cavalo ou  com carruagem.

    Já que mencionei os contos de fada, vou fazer um "adendo", aqui seguem três perguntas:

1- A Bia sabe  porque  os contos de fadas são maravilhosos?

2- E  sabe porque, nestas histórias, tudo é encantado?

3- E também  sabe porque  todos os filmes onde os personagens abandonam  toda a  rotina   para realizar um desejo  da alma fazem tanto sucesso?

A resposta é óbvia: porque neles, os sonhos e a realidade se fundem e se transformam em felicidade. O que esta palavrinha representa é o objetivo final de nossas vidas.  Não se esqueça disto.  Ao final de tudo queremos sempre a mesma coisa: felicidade. Por isto eu sou um caçador de felicidade. Aliás, eu tenho um personagem com este nome. Há passagens muito bonitas envolvendo este personagem. Eu virei um personagem de mim mesmo. E o importante é que eu não tenho que interpretar nada, apenas viver. (Veja bem: "...Todos os homens morrem. Nem todos os homens vivem..."  Do filme "Brave Heart", por sinal, lindíssimo)  Naturalmente, há muitos momentos felizes  quando estamos à procura da felicidade. E, por inacreditável que pareça ser, não é impossível muito menos proibido ser feliz. Mas, as pessoas não se dão conta disto.

•  Minha idéia sobre a  felicidade é esta: ela existe, mas, só pode permanecer com ela não obrigatoriamente quem faz por merecê-la, mas, quem está determindo a não perdê-la. E, em caso de perda ou extravio, quem está disposto a encontrá-la... ou... quem tem coragem e determinação para caçá-la.... Será que você tem feito isto?!?! Veja um trecho do caçador... é mais ou menos assim:

"...Eu não acredito que a felicidade, em um  mero dia de sua rotina, venha a invadir a sua adormecida alma e por ali permaneça para sempre. Talvez você a encontre, mas, em meio à monotonia do cotidiano, de certo você irá perdê-la... Ah!!! E não me diga que a felicidade é efêmera. Ela é permanente e pode até mesmo  te acompanhar para sempre. E não se trata de ter sorte ou encontrá-la por acaso. Não existe sorte nem acaso quando o   objetivo é a felicidade. É preciso, apenas,  andar pelos caminhos  por  onde ela passa com mais freqüência. É preciso cuidar muito bem de sua alma e evitar  que qualquer coisa possa transtorná-la.   Assim que você encontrar a felicidade, ou um pedacinho dela, de certo, ela não vai fugir. Pedaços?!?!  Sim. A felicidade existe sempre aos pedaços, nunca inteira e definitiva. Para sermos felizes precisamos juntá-los ao longo de nossas vidas.  E, se você permanecer  próximo dos lugares por onde estes pedaços de felicidade  vagam, claro está:  eles não  irão  fugir de você nem te abandonar. O Matias  acredita  que é assim. E eu luto por tudo aquilo em que eu acredito.  Nunca se esqueça disto..."  Eu acabei por escrever algo sobre os  pensamentos do caçador... Mas, estamos mesmo fundidos com uma só alma... Eu escrevo em terceira pessoa as passagens e pensamentos dele por uma questão poética. Na verdade, é apenas mais um caso de fusão entre autor e personagem, muitas vezes, inevitável.  Bem...

 

 Pois bem,   Dona  Bia,   eu estou  escrevendo um pouquinho sobre este moço que,  de vez em quando,  passeia pela NET. Este moço que escreve poesias e que adora ir para São Thomé das Letras  e por outros lugares deste Brasil.  Minhas viagens são sempre uma acventura (aventura é diferente de irresponsabilidade ou de programa de índio!!!)  Eu  sei que você saberá que sou uma  criatura séria e sincera. Muito sorridente e com uma alma de criança, porém,  não menos séria por isto. Eu corro atrás de minhas responsabilidades, mas nunca abandonei  aquele cantinho do meu cérebro responsável por algumas travessuras. As pessoas têm, geralmente,  este canto atrofiado ou inexistente. O pequeno príncipe retrata bem isto. Leia-o  novamente prestando atenção nestas passagens.

•  Eu tenho intuição. Claro que este não é um sentido nato masculino. Naturalmente se você me permite fazer uso deste sentido que é exclusivo das mulheres. Como eu digo sempre: é o tal "sexto sentido maior que a razão" que a Rita Lee descreveu em  uma música, por sinal, belíssima. Entretanto, os homens de fina  sensibilidade também têm este raro privilégio uma vez ou outra. Eu me coloco neste seleto grupo sem  cerimônias e sem convites.
• No mundo de hoje, as pessoas ditas normais, pensam que é um defeito antes de ser uma  virtude. Certas coisas, como estes pensamentos  insanos, por exemplo, não se discute, apenas se lamenta. Não um lamento do tipo: "...podia ser diferente..." Apenas um lamento, nada mais...
• De qualquer forma, tenho os pés no chão. Eu sei que histórias de príncipes e princesas com castelos encantados são mera fantasia. Eu sempre trago comigo a lembrança de um filme, sobre um castelo e quase tudo  era a tradução da felicidade para o príncipe que encontrou sua princesa e morava nele.

Ah!!!   Havia porém um detalhe: o dragão cumedor de felicidade que rondava o castelo!!! Você já reparou que nada pode ser perfeito por inteiro?!?!?  Sempre há um dragão em filmes assim.  O único prazer que  tal  criatura tem é o de destruir o que foi programado para ser perfeito...  Ou estarei eu deturpando os fatos?!?!

• Mas não devemos desistir por isto!!! Vencer o dragão faz parte da história. Como se fosse uma pitada de aventura   para temperar a monotonia dos dias de sol,  com ventos vindos das colinas,  e das noites estreladas,  com suas luas alternadas!!!
• Minha meiga Senhorita Bia: eu estou sendo claro em minhas analogias?!??!

    Como você já sabe, eu moro em  Campinas e odeio esta merda aqui, mas sou mineiro do interior  (zona da mata mineira). Sempre que possível, eu viajo para lá. Eu  adoro viajar. Como digo sempre, diferente das pessoas que adoram viajar mas, entra ano e sai ano,  estão no mesmo lugar, eu ando mesmo. Conheço  muito do Brasil.  E vou conhece-lo bem mais. Em Julho do ano passado eu estive em Natal, no Agosto seguinte em São Luís do Maranhão e  em outros lugares próximos de que já nem me lembro...
 
 

Eu adoro fotografar. Eu perco minhas câmeras e aquelas dos amigos que me emprestam. Estou devendo umas 3. No momento estou com mais uma emprestadaque nem sei por onde anda. (Nunca me empreste uma câmera fotográfica) Vou comprar mais uma por estes dias. Aliás, eu tenho uma  comprada em loja de 1,99. Fiz fotos lindas com ela. Algumas estão  aqui em minha "Room Page". E é room mesmo: eu moro na sala da casa.

•  Por aqui em Campinas, como você deve saber, os bares fecham cedo: bem antes das duas da madrugada.  (Em BH, onde morei antes é bem diferente.)  Assim, restam  as boates, normalmente destinadas aos adolescentes,  com música alta e de péssima qualidade. Aquele ritmo cansativo e repetitivo de sempre: Pô-porô.
• Toda vez que eu posso - e eu faço poder-   vou  em festas de rodeios e eventos diversos aqui na região mesmo. Eu nasci em uma fazenda e fui criado por lá até os 16 anos de  idade. Está em minha alma gostar disto. E na cidade grande, só posso ver bois e cavalos nestas situações.
•  Do lado profissional, posso dizer que estou perto de começar minha carreira, ou dar continuidade a ela, como até prefiro dizer. Eu termoinei a pós-graduação em Química. O título do trabalho é: "Sensores químicos com fibras ópticas para medidas de fuligem e de monóxido de carbono emitidos por veículos automotores". Há  muitos pesquisadores no mundo que trabalham com   estes sensores, porém, desconheço quem os utilize para medidas de poluentes emitidos por veículos automotores.  O método também é  pouco usual: Reflectância Difusa.  Bem, esqueçamos os detalhes que, talvez,  possam não lhe interessar.  Importante é saber que eu consegui. E, quando ninguém acreditava que era possível eu comecei a pesquisar. Hoje já não vejo mais aqueles sorrisos mesquinhos de quem  duvidava. Eles ficaram, eu caminhei com meu sonho, já não posso vê-los mais. Pertencem ao passado... Incrível, mas eu sou um doutor. Poderia até exigir isto em uma identidade... Mas é  coisa brega que ninguem faz... Alias, ninguem que eu conheça faz questão de  ser chamado por este  túitulo.  Na verdade, quem gosta disto é médico (desculpe-me mas é a realidade),  quem fez curso técnico de odontologia (Vai me dizer que nao  é um curso técnico?!?!?!), Delegado (Inclusive os analfavetos),  quem fez os cursos de condicionamento (Eu me refiro aos engenheiros) e  outras criaturas do genero... Bem...
•  Durante o dia passo o tempo todo na unicamp.  Talvez eu preste um concurso em alguma universidade, ou órgão de pesquisa.  Por outro lado, pesquisa no Brasil é coisa de entidades públicas. Neste caso,  preciso abrir mão  do dinheiro, uma vez que a remuneração do sistema público do país é péssima. Como dinheiro é imprescindível a uma vida mais cômoda, a idéia de eu trabalhar em uma universidade particular de bom nome e que pague bem é tentadora. E eu ja fiz isto. Passei na primeira etapa da UNIBAN.  Vou ainda pensar. Talvez um pós-doc na Ingalaterra com um   indiano naturalizado britânico que também trabalha com sensores. Talvez em Denver-USA, com uma equipe de pesquisadores que medem monóxido de carbono. Eu tive convite do indiano e vou ter  convite  destes  pesquisadores de Denver - Permita-me a falta de modéstia.  Estou a pensar. Quando esteve no Brasil há dois anos,  a convite do  meu grupo de pesquisa, este indiano gostou muito do meu trabalho. É uma proposta tentadora também.  Eu acho que eu já havia falado sobre minha tese antes, mas...

   

Eu acho que diante de tanta tentação  atacando meu lado profissional, acabei  esquecendo um pouco do meu lado  pessoal. Aquele lado onde quem manda é o coração. Não tem  outro jeito. Neste campo eu estou apanhando há muitos anos. E a Bia?!?!?! Como está se saindo neste campo?

Já que me lembrei do coração,  confesso,  sem remorsos, que sou uma  pessoa muito sensível.  Eu acho que já falei isto também. É quase um defeito que eu tenho ser muito emotivo e muito  romântico. Romântico do tipo que  manda flores e presentes inesperados... Romântico do tipo que nem em filmes de amor existe mais... Talvez em ums poucos e específicos...  Assistiu ao filme  ": "A garota dos meus sonhos"???(Brandon Fraiser)  e  "Antes do amanhecer"?  Assista-os. (Ethan Halke e Julie Delphy)

 Eu já disse isto também. Estarei  eu sendo cansativo?!?!

Houve tempos em que eu escondia isto. Hoje é algo escancarado. Eu choro  em filmes de amor. Chorei tanto em "Meu primeiro amor" com Mackaule kauke, em "Adoráveis mulheres" com a Winona Rider e em "Brave Heart" com o Mel Gibson. (Obs: é assim que escreve os nomes dos artistas????) Eu choro quando vejo reportagens sobre crianças e mesmo adultos em dificuldades (fome, doença e etc).  Eu  observo que  as pessoas estão perdendo  a sensibilidade com esta nova era da globalização, principalmente os homens.  Daí, os raros remanescentes se tornam uma espécie de seres ainda inadaptados, ou defeituosos aos olhos daqueles que estão acompanhando o dito progresso.  Ih!!!  Acho que já havia  escrito algo assim também. Vou terminando... Acho que fui repetitivo em alguns pontos, talvez vago em outros, mas... Estou aberto a perguntas... E continuo  insistindo na idéia de que o bem deve ser feito em nome da paz. Em nome de líderes religiosos, está mais que provado que não funciona. Veja o exemplo dos conflitos entre católicos, muçulmanos, ortodoxos, e etc... que tem por ai. E todos  dizem pregar o bem. E até pregam, mas uns querem  se  impor aos outros e estão dispostos à uma guerra em nome disto... Como se o bem  praticado em nome de Cristo fosse melhor que o bem praticado em nome de Buda, de Alah ou  de  Jeová. E não é assim.  Nem é melhor que o bem desprovido de venerações... Podemos falar mais sobre isto.

Carinho do coração,

Pense nisto:

"...Não ande sempre por caminhos já traçados. Estes sempre conduzem  apenas até  onde  outras pessoas já foram..."  (???)

Eu sempre escrevo demais... Coisas de quem deveria ter sido escritor mas,  que se enveredou pelos não menos  maravilhosos caminhos da Química.  Bem... Estou terminando!!!

 

"...A Terra gira e, se ficarmos sempre  com os pés no chão, acabamos   por ficar tontos ou passar por lugares onde não gostaríamos de  estar.   Quando tiramos os pés dos chão podemos ir  para onde desejarmos..."  (Matias)

 

E aqui, o outro cachorrinho que vigia a entrada   dos fundos!!! Traga um osso para ele também,   assim,  você estará sendo justa e evitará uma discórdia!!!!