Um site para o cientista não-luddista


Sabe aquela pessoa que tem horror a computador? Só confia no arquivo de papel. Para ela, e-mail  é algo tão hermético quanto o código morse.

Se, num acesso de modernidade, ela decide programar o microondas, logo é tomada pelo pânico, devido ao surgimento inexorável da palavra error.gif (1077 bytes) no painel da máquina maluca. Eis a prova cabal de que "essas porcarias nunca funcionam mesmo!"  

Você conhece alguém assim? Você conhece um luddita, sabia?

 

TESTE: Veja se você é um luddita

 

 

 

 

 

Você sabe o que é Luddismo?

Neo-luddistas em ação!

Em seu sentido atual, "luddisrno" -- ou seja, "o medo da tecnologia e a resistência ao progresso"-- significa uma rejeição lamentável a uma grande idéia. Mas os ludditas históricos apresentam outra estória, mais complexa e mais interessante. E, embora seus dias sob o sol tenham sido breves (1811-1816), suas preocupações aindam são pertinentes.

O movimento pretensamente adotou seu nome a partir de Ned Ludd, um descontente cidadão do condado inglês de Leicestershire, que o Oxford English Dictionary define como um "lunático que viveu por volta de 1779". Ninguém sabe exatamente o que Ludd perpretou, mas uma estória diz que ele destruiu uma máquina de tricotar meias, na fábrica onde trabalhava, por ter sido repreendido pelo patrão. Não importa o que realmente aconteceu, o fato é que Ludd tornou-se um herói popular na região rural, e o pseudônimo "King Ludd" e "General Ludd" foram adotados por alguns rebeldes anti-industriais.

Ao contrário de Ludd, os ludditas do início do século XIX não eram operários de fábrica, ou pelo menos não tiveram este começo. Eram, na maioria, artesãos extremamente hábeis das aldeias, principalmente de Yorkshire, que lidavam com vários tipos de comércio na indústria de lã. Eram bem pagos e, o que é mais importante, eram líderes comunitários de sólidas relações familiares, com devoção pela tradição e pela indústria doméstica.

Mas as coisas estavam mudando rapidamente. Atingida pela revolução americana e pelas guerras napoleônicas, a economia inglesa estava encolhendo. Ao mesmo tempo, o industrialismo estava velozmente ganhando impulso, à medida que as fábricas e a maquinaria automatizada se espalhavam para o interior.

Homens, mulheres e crianças eram forçados para as fábricas e os métodos tradicionais tiveram de dar lugar à disciplina do local de trabalho. Para os artesãos, isso significava tanto a destruição de seus pequenos negócios como o dilaceramento da estrutura doméstica e da vida em comunidade.

De uma maneira altamente organizada e sistemática, os artesãos e seus aliados -- os "ludditas" -- penetraram nas fábricas à noite e reduziram a pedaços as máquinas de tecelagem.

Rebelião justa ou terrorismo industrial? A História pertence aos vitoriosos e os derrotados pagaram caro. Muitos foram mortos a tiros, outros enforcados. A raiva compreensível dos artesãos de Yorkshire contra os capitalistas (não contra as máquinas) é atualmente colocada nos mesmos termos que a recusa quixotesca de comprar uma secretária eletrônica, por exemplo, com base em princípios. Naturalmente, poucos acreditam hoje em dia que se possa deter o progresso da tecnologia, mas naquela época não se podia prever o desfecho do caso.

Nos Estados Unidos, vive-se uma onda nostálgica neoluddita. O filósofo dos neoluddistas é Kirkpatrick Sale, autor do livro Rebels against The Future.

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Você conhece algum luddita?

Claro, mande para alguém que vai mostrar à ele