O Autor
 
 

Alberto na sala de controle do telescópio de 1,52m do ESO. Foto de janeiro de 1998

 

Alberto Silva Betzler, natural da cidade do Rio de Janeiro, é bacharel em Astronomia pela UFRJ. Seu interesse por esta fascinante ciência surgiu aos 6 anos de idade, quando assistiu a série de TV Cosmos do astrônomo americano Carl Sagan e a diversos filmes de ficção fantástica da década de 1980.

O sonho de ser um cientista foi incentivado por familiares, amigos e professores, em especial, à partir do antigo primeiro grau que cursou na E. M. Camilo Castelo Branco. Nesta escola, onde era membro do clube de ciências, participou de diversas atividades ligadas a divulgação em ciências biológicas e físicas. Houve oportunidades, inclusive, onde lecionou no lugar de professores de ciências e geografia quando o tema de suas aulas era a Astronomia. Nesta mesma época, participou do curso de construção de telescópios do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MCT/MAST), onde foi o mais jovem (13 anos) a conseguir montar um telescópio. Em 1989, fez um estágio no Observatório Astronômico de Búzios, onde tomou contato com um instrumental sofisticado, o qual utilizou para fazer observações fotográficas da Lua e do Sol. Na Lua, observou uma série de Fenômenos Transientes Lunares* durante a lunação de julho daquele ano. Em 1993, ingressou no curso de Astronomia e no ano seguinte iniciou um estágio em ciências planetárias no Observatório Nacional (MCT/ON). Neste estágio, participou de um série de trabalhos sobre cometas e asteróides que foram publicados em revistas especializadas nacionais e do  exterior. Estes trabalhos se valeram de dados que foram coletados, pelo próprio, em observatórios no Brasil (Laboratório Nacional de Astrofísica, MCT/LNA) e Chile (European Southern Observatory, ESO).

Depois de uma curta passagem pelo mestrado em Astronomia do MCT/ON, leciona em instituições de ensino fundamental, médio e superior além de trabalhar com divulgação científica nas áreas de Astronomia e Física.  
 

Ao lado da cúpula do telescópio IAG de 0,6m 
do
Observatório do Pico-dos-Dias (MCT/LNA). Foto de outubro de 1997

Na estrada, entre os telescópios SEST e o ESO 3,6m. A minha direita estão cinco cúpulas (da esquerda para a direita da foto): 1,5m Danish, DENIS 1m, ESO 1,52m, ESO 2,2m e Câmara de Schmidt 1,2m. Foto de dezembro de 1997.

 

*Fenômenos Transientes Lunares são erupções luminosas que ocorrem na superfície lunar mais freqüentemente, mas não sempre, quando a Terra está mais próxima da Lua . Sua origem pode residir na liberação de gás residual da formação da Lua guardado em bolsões sob a crosta. Este bolsões são abertos pela ação da força da gravidade terrestre na Lua. O gás, quando liberado, eleva a poeira lunar a uma altura de dezenas ou centenas de quilômetros sobre a superfície. Uma das primeiras menções modernas a este fenômeno foi feita pelo russo Kozyrev que, em 1958, observou a emissão de gás na cratera Alphonsus.