Gostaria de lhes informar algumas coisas interessantes sobre os Manuscritos
Sagrados.
O cânon que hoje compõe, com 73 livros, a Bíblia católica foi oficializado
pelos Concílio de Trento (séc. XVI) e o Concílio Vaticano I (XIX).
Mas, existem outros manuscritos que falam sobre os mesmos assuntos, mas que não
tidos como inspirados não estão incluídos no cânon oficial. Eles são
chamados de "apócrifos".
Apócrifo é uma palavra grega (apócryphos) que significa oculto, secreto,
escondido. Esses livros foram assim chamados porque não eram usados
publicamente, ou seja, não eram usados oficialmente na liturgia e no ensino.
Alguns são de origem judaica mas não eram lidos nas sinagogas. Outros, de
caráter cristão, mas não eram lidos nas igrejas. São geralmente datados dos
últimos séculos a.C. ou dos primeiros séculos d.C. Na maioria aparecem sob
nomes de autores fictícios.
Alguns dos apócrifos, principalmente os mais antigos, trazem pormenores que se
perpetuaram na liturgia e nas artes: os nomes dos pais de Maria, Joaquim e Ana;
o nascimento de Jesus numa gruta e a presença do boi e do jumento; o nome dos
três reis magos; Longino, o soldado romano que traspassou o lado de Jesus com a
lança; a história de Verônica e do seu véu, etc...
Os
apócrifos gozaram de especial estima e exerceram influência no meio dos
primeiros cristãos. Diversos fatos da vida de Jesus e muitos de seus milagres
não constam nos livros canônicos, mas foram conservados pelos apócrifos.
Lembremos o que diz São João no seu evangelho: