"Escuta Aérea e observação em Fortaleza todos os finais de semana ",

Foi motivo de matéria no DIÁRIO DO NORDESTE, acontece sempre no primeiro viaduto para quem parte do montese para o terminal do aeroporto, bem próximo a igreja Ns-Aparecida .

Fortaleza, Ceará - Segunda-feira 27 de agosto de 2001

Paixão por aviões reúne aficionados em volta do aeroporto
José Leomar
 
Uma verdadeira legião de aficionados por aviões se reúne nas proximidades do Aeroporto Pinto Martins


     Olhos fixos na linha do horizonte, radinho de pilha modificado em punho, eles são os aficionados por aviões. Uma verdadeira legião que se reúne em bandos nas proximidades do seu templo preferido - o Aeroporto Pinto Martins - são capazes de passar horas a fio falando sobre aviões: uns com a certeza de uma carreira a seguir, outros, pelo simples amor à aviação.

     Se você é daqueles que chega a se emocionar com uma boa aterrissagem, pode ser um deles. O primeiro passo para se tornar um “iniciado” é a escuta aérea. Com um rádio barato de pilhas, em pouco tempo pode estar dominando a linguagem dos pilotos.

     Para tanto, pode recorrer aos préstimos de Fábio Brasil, 24, um dono de pastelaria no Montese que há 10 anos, aprendeu “na marra” a técnica para sintonizar a freqüência da torre de comando. “Esculhambei uns dois rádios antes de conseguir”, lembra. Mesmo assim não perdeu o hábito: chega a passar até dez horas de rádio em punho.

     O hábito da escuta aérea não é novo. De acordo com o estudante de História, Rodrigo Fróes, 23, ela existe em várias partes do mundo. “Em Toulouse, na França, as pessoas chegam a acampar no aeroporto um dia antes do Concorde aterrissar”, comenta. Entre pôsteres, revistas especializadas e réplicas perfeitas de aviões, Rodrigo exibe sua mais nova aquisição: um rádio profissional de escuta, que custou R$ 530,00.

     Não muito para quem não esquece a aviação nem na hora de prestar vestibular. “Sempre fui fascinado pela história de aviação das duas guerras mundiais”, revela.

     É bom que se diga que não se tratam de pilotos frustrados. O jornalista Mauro Costa - que quando estudante já chegou a passar um mês “à base de ice kiss” por causa de um livro de aviação, reconhece o modelo das aeronaves pelo barulho.Por conta de uma matéria, Mauro é entre os poucos civis a realizar um dos maiores sonhos dos aficionados: voar num caça da aeronáutica. Autor de vários artigos e colaborações para revistas e sites especializados no assunto, ano passado, veio a honra maior: tornou-se Membro Honorário da Força Aérea.

     Amauri Arrais

     da Editoria de Cidade

     

Voltar