Nº 1

email: caianareal@hotmail.com

Caia Na Real
O Informativo que traz o que realmente acontece na FGV
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Nesta edição

1

Introdução: O Informativo que traz o que realmente acontece na FGV

1

Alunos excluídos pedem justiça

1

Indignação

2

Os Professores (1)

2

Para que serve o DAGV?

2

Indicadores Econômicos

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O Informativo que traz o que realmente acontece na FGV

Conselho Editorial

É com enorme satisfação que apresentamos uma nova publicação: o Caia Na Real. Esse boletim informativo irá buscar trazer a público algumas verdades sobre a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Alguns podem ler e encontrar material que consideram ofensivo, ou de duvidosa procedência; contudo, nosso compromisso será o de sempre publicar quaisquer matérias de cunho jornalístico relevante. Lembrando que matérias às vezes consideradas irrelevantes, ou que aparentam trazer afirmações duvidosas, muitas vezes apontam problemas do mais sério grau. Mais ainda: essa publicação não está ligada a nenhum grupo específico da FGV (Atlética, DAGV, Empresa Júnior), apesar de seu conselho editorial ser composto basicamente de alunos ou ex-alunos da Fundação Getúlio Vargas. E nosso compromisso com a verdade não será obstruído por fanáticos ou idealistas, que não enxergam o que está presente no dia a dia dessa instituição. Mesmo a melhor visão é às vezes ofuscada pelas aparências, e nosso ideal é mostrar o que acontece no mundo real, não na imagem virtual que a FGV faz para o mundo.

 

Alunos excluídos pedem justiça

Da reportagem local

Alguns alunos estão indignados com a falta de respeito da faculdade em não lhes proporcionar vagas em determinadas matérias quando estão em dependência. Eles foram excluídos por excesso de alunos em uma classe, mas não possuem outra opção para cursar essa mesma matéria em outro horário. Quando questionada sobre a possibilidade de criação de uma nova turma de alunos para que esse excesso seja compensado (algumas salas tem até 60 alunos – inviável para um bom aproveitamento), a direção da FGV argumenta que não poderia criar novas turmas, devido aos custos envolvidos.

Independente disso, o Departamento de Finanças e Contabilidade foi reformado. Visitem o 10º andar e confiram que "custos" são mais importantes que uma classe de alunos que querem e não podem cursar alguma matéria. A mensalidade da FGV gira em torno de 600 a 700 reais por aluno.

 

Indignação

Da redação

Está aqui, nos corredores dessa faculdade, uma grande amostra da elite econômica do país. Era de se esperar, portanto, que daqui saíssem, idéias e pessoas dispostas, de alguma forma, a mudar a situação econômica e social do nosso país (aos desavisados, eu estou falando do Brasil).

Infelizmente, daqui, só saem pessoas (?). As idéias, se tinham alguma, são devidamente esquecidas ou deixadas de lado. O que se forma aqui são macaquinhos adestrados para o mercado de trabalho. E quem é adestrado não muda, obedece.

É o reacionarismo que impera na "melhor faculdade de administração do Brasil"; é a vontade de sentar em uma cadeira de escritório e descansar o rabo gordo e inativo....enquanto o mundo anda. Ou você acha que algum professor menciona o problema dos sem-terra; dos precatórios; do índio queimado; da compra de votos...? ( e uma faculdade, não se enganem, é uma formadora de opinião).

Ninguém fala nada...Aqui o que reina é o tilintar do dinheiro; dos frascos de perfume francês; a prepotência de um tal de Ferreira (que pela pose deve ser um general frustrado) que cobra dos alunos (como se não já bastassem as mensalidades) que desejam falar com o mesmo, como se ele fosse alguém muito importante e estivesse sempre muito atarefado (coitado, trabalha tanto!!), ou, mesmo, tivesse um dom de oratória supremo.

E o tal de DAGV (o que significa isso?)? Cervejada e Festa... Eles são mesmo muito criativos. Otávio Augusto (imperador romano, 27 a.C. - 14 d.C.) desejando ganhar popularidade distribuía trigo e organizava sistematicamente grandes espetáculos circenses há bastante tempo atrás. Passem lá, no tal de DAGV, e reparem nas carinhas dos indivíduos que comandam aquele antro, nos seus sorrisos, conversas, preocupações; reparem no teor das matérias daquele jornal. E se não repararem, eu estou dizendo, aquilo lá fede!!!

 

Os Professores (1)

Da redação

O problema dos professores da FGV continua, não importa o semestre o qual se esteja cursando. É incrível como um país pode pagar menos de 500 reais para um professor da rede pública, enquanto uma Fundação, que em tese funciona com metas e sem fins lucrativos, paga salários do mais alto escalão para seus "mestres". O problema, entretanto, não é só esse. Parece que o salário é inversamente proporcional à qualidade do professor na FGV, salvo algumas raras exceções.

Não bastasse isso, os professores da FGV até viajam durante o curso, depois "repondo" suas aulas. E é claro que as aulas são repostas, caso contrário os digníssimos professores não receberiam seus abundantes honorários. Fica claro, numa faculdade que se considera a melhor da América Latina em Administração, que podemos notar o "empenho" da mesma em incentivar o professor a não faltar durante o curso, permitindo que ele falte quando quiser: basta repor em outro dia, como em um sábado, por exemplo. Mas, justiça seja feita, nós alunos, que pagamos esses "profissionais", também podemos faltar. Só que não podemos "repor" essas faltas como os marajás professores, nos dias que eles bem entenderem e, é claro, que lhes seja de melhor conveniência. E recebendo salário integral.

Será que existe um programa de incentivo às faltas dos professores? Talvez recebam até mais que o integral.

 

Para que serve o DAGV?

Da Redação

A verdadeira utilidade de um diretório acadêmico pode ser facilmente distorcida ao analisarmos o que o Diretório Acadêmico da Fundação Getúlio Vargas (DAGV) tem feito pelos alunos.

Historicamente, um centro ou diretório acadêmico serviu como meio de representação dos alunos junto a uma determinada instituição de ensino. Não necessitava verbas nem andares inteiros para funcionar, apenas a boa vontade dos alunos. Era a forma dos alunos se unirem e serem representados a fim de fazer valerem seus direitos. Não obstante, os "grêmios", como ainda são chamados diversos centros acadêmicos em inúmeras instituições de ensino do Brasil, deveriam estar cientes de tudo que acontece na sua escola ou faculdade, de forma que suas idéias pudessem ser válidas e adequadas. Seus representantes, eleitos de forma democrática, deveriam basear suas idéias não em ideais próprios, mas sim no pensamento coletivo e que visassem o benefício de todos, não de uma parcela de alunos. A função do diretório não é só propor idéias, mas também (e principalmente) obtê-las junto aos alunos. E a partir dessas idéias ele deve proporcionar o canal de comunicação com a diretoria da instituição de ensino, de forma transparente e informando sobre os progressos, não somente em "jornalecos" semanais padronizados, mas cuidando de cada assunto de acordo com a relevância e importância necessária.

Pois bem, se procurarmos definir o DAGV, provavelmente estaríamos o mais longe possível da sua real utilidade como diretório acadêmico. Como bem definiu um aluno, a atual gestão do DAGV (que aliás não muda nunca, só se alteram os nomes das chapas) não tem nenhum contato com o meio acadêmico da escola, seguindo apenas uma filosofia: "Pão e Circo". Uma cervejada aqui e outra ali, um desconto no estacionamento, e pronto. Essa é a cara do DAGV. Muitos alunos sérios se perguntam o que este suposto diretório acadêmico tem feito em relação ao meio acadêmico, no mais profundo sentido da palavra. Difícil dizer, pois no semanal só temos informações inúteis e que mais do que nunca reforçam awpe32.jpg (7282 bytes) filosofia pão e circo. Assuntos como preço da mensalidade ou qualidade do ensino não aparecem nem em notas de rodapé. Nunca houve esforço do DA para reduzir as abusivas mensalidades cobradas pela FGV. E não basta apresentar o suposto "custo previsto". Mesmo que as expectativas de custo se confirmassem, que fosse feito um programa de contenção de custos. Ora, nas aulas tentam nos passar a idéia de reduzir custos e não repassar para os consumidores, mas a própria administração da faculdade faz exatamente o contrário, com total omissão do Diretório Acadêmico Pão e Circo.

O que faz, então, o DAGV? No mais corrente termo da política brasileira, ele apenas toma "medidas populares", que agradam a uma boa parte dos alienados alunos que pouco se importam em gastar 700 reais por mês em uma faculdade onde professores inadequados são chamados de mestres, e as avaliações dos alunos servem de papel higiênico para a direção da FGV. Na próxima edição mostraremos alguns fatos que demonstram a inaptidão do DAGV, como o famoso "conto do xerox", onde durante a curta época em que se tinham dois locais para cópias (após uma nada transparente licitação), uma das empresas reduziu o preço para 2 centavos de real. Mas logo que o outro local foi "adequadamente eliminado" pelo DAGV, o preço subiu para 8 centavos. Dumping seguido de um aumento de 300% que nem foi comentado pela gestão do DA.

 

Indicadores Econômicos

Mensalidade (FGV-SP):        R$ 666,84
Salário Mínimo:                     R$ 120,00
Cesta Básica:                         R$ 110,98

 

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