Nº 3

email: caianareal@hotmail.com

Caia Na Real
O Informativo que traz o que realmente acontece na FGV
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Nesta edição

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Objetivos, Conscientização

1

Joãozinho e o Pé de Feijão

1

Planilha de custos. Mas e as receitas?

2

Incompetência

2

Avaliação dos professores pelo DA é fraca e ineficiente

2 Horário de aulas prejudica alunos

2

Indicadores Econômicos

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Objetivos, Conscientização

Do Conselho Editorial

O objetivo principal do Caia na Real não é, como dizem alguns, querer desmoralizar o DA a fim de que nós, os editores, tomemos o controle do mesmo nas próximas eleições, isso realmente não nos interessa. O que realmente queremos é criar polêmica em torno de fatos que ocorrem todos os dias na FGV, muitos dos quais que prejudicam os alunos e tornam sua vida acadêmica um inferno. Quanto mais tais assuntos forem discutidos maior será o empenho para que ocorram mudanças nas estruturas vigentes.

Nós também não queremos fazer críticas vazias (como pensam alguns) ao comportamento dos dirigentes do DA e dos representantes discentes. Queremos sim que eles, que são nossos representantes legais diante da Diretoria, tomem atitudes mais concretas em relação aos problemas sobre os quais escrevemos e que, como pudemos sentir ouvindo a repercussão em torno deste jornal, afetam grande parte dos alunos.

Quanto ao fato de não nos identificarmos, essa atitude foi tomada de comum acordo entre os membros da redação pois acreditamos que podemos escrever em nome de todos os alunos que, como nós, desejam tornar esta faculdade melhor, para que seu nome - FGV - continue sendo reconhecido. Para os que não concordam com essa atitude, cuidado, seu colega da cadeira ao lado pode muito bem ser um dos muitos editores subversivos deste jornal e vocês nem sabem...

Gostaríamos que aqueles alunos que desejam que algum assunto seja abordado pelo Caia Na Real mandem mensagens para nosso Email (caianareal@hotmail.com) de forma que todos tenham oportunidade de demonstrar seu ponto de vista, quer seja de descontentamento quanto ao que esta acontecendo na FGV ou mesmo como crítica ao que estamos escrevendo.

Agradecemos a todos que enviaram emails de apoio e críticas.

 

Joãozinho e o Pé de Feijão

Da Redação

Joãozinho se esforçou muito para realizar o seu sonho: estudar medicina para se especializar em psiquiatria. Passou na Melhor-Faculdade-da-América-Latina. Apesar de ter uma mensalidade cara, o pai fez questão de ajudar o filho em sua carreira profissional: "O que são 700 reais se comparado com o futuro do meu filho?", bradava o orgulhoso pai.

A faculdade tinha uma excelente reputação ainda mais agora que ela havia reformulado seu currículo. Joãozinho era todo empolgação...!!!

Ao iniciar o segundo ano, Joãozinho, já bastante desiludido com a Melhor-Faculdade-da-América-Latina, teve uma desagradável surpresa. Nem todas as áreas de especialização do curso seriam oferecidas aos alunos; em nome da democracia, agora, eles teriam que votar em áreas e escolher duas para cursar, dentro das três mais votadas.

Joãozinho se desesperou, pois na sua sala ninguém se interessava por psiquiatria, com exceção da Mariazinha, sua namorada. No final desse processo democrático, Joãozinho teve que escolher entre Cardiologia, Dermatologia e Oftalmologia. "Mas e eu?!! E o meu sonho de ser psiquiatra?", choramingava nosso personagem.

Desiludido, Joãozinho desistiu do curso. Depois de muito pensar ele resolveu: "Agora, eu vou fazer FGV. Lá eu vou ter a liberdade de estudar o que eu bem quiser!!!"

 

Planilha de custos. Mas e as receitas?

Da Reportagem Local

"Lá se vão mais 5 reais", dizia mais uma vez um aluno do 8º semestre, em referência a cobrança de 5 reais feita pela FGV para quase tudo que o aluno peça na secretaria: históricos escolares oficiais, atestados de matrícula, requisição de abono de faltas, enfim, só está faltando cobrar pedágio na entrada da faculdade. E para onde vai esse dinheiro? Na já suspeita planilha anual de custos da FGV, é engraçado, para não dizer trágico, que em nenhum campo apareçam as receitas obtidas pela faculdade, não só com o que pagamos por esses "serviços", como também pelas inúmeras outras atividades que a FGV realiza no mercado e recebe por elas.

O mais correto seria exigir que fossem apresentadas TODAS as receitas da faculdade junto aos custos, e que logicamente o custo final considerado deveria já ter descontadas as outras receitas, para que aí sim fosse calculado o valor da mensalidade. Da maneiras como está, temos hoje um duplo prejuízo, pois os custos apresentados são absurdos e não há consideração pelas receitas. Resultado: mensalidades de mais de 700 reais.

 

Incompetência

Da Redação

O teor da matéria "Regras são Regras...", vinculada na capa do jornal do DA, demonstra a submissão e a incompetência dos nossos representantes dentro dessa faculdade.

Fica clara a ineficiência desse Diretório Acadêmico, que briga pela volta da cervejada (nada contra isso), mas abaixa a cabeça, para problemas realmente importantes, diante "da clareza e objetividade com que a Escola coloca sua posição". Hitler e Collor (só para citar dois exemplos) também possuíam clareza e objetividade... deu no que deu.

Se regras fossem regras estaríamos vivendo em uma ditadura militar, sob a sombra do AI-5, até hoje; se regras fossem regras o muro de Berlim não teria caído; nem a China assistiria, estarrecida, a manifestação estudantil na Praça da Paz Celestial.

Leis e regras são baseadas em um consenso social e para haver qualquer tipo de consenso, devemos partir do pressuposto que nossos representantes são inteligentes e capazes de um mínimo de argumentação. Aqui na FGV não são.

 

Avaliação dos professores pelo DA é fraca e ineficiente

Da Reportagem Local

Além da avaliação dos professores realizadas pelos alunos a pedido da FGV, o Diretório Acadêmico da GV também realiza sua avaliação semestralmente. Além de herdar diversas falhas da avaliação da FGV, como a realização semanas antes do final do curso e um método de avaliação limitado, a idéia do DA é apresentar as médias dos professores antes da época de matrícula para que os alunos possam "escolher" os melhores professores no momento de realização da mesma.

Mas o DA se esquece que a GV não dá praticamente nenhuma opção para que o aluno escolha o professor, sala ou horário em que deseja cursar determinada matéria, de forma que na maioria das vezes a única "vantagem" é ficar atrasado na disciplina e correr o risco de atrasar todo o seu currículo, inclusive o seu estágio e ano de formatura.

O que muitos alunos gostariam de ver são os professores mal colocados na avaliação sendo substituídos nos semestres seguintes, e não que tenham que alterar suas matrículas enquanto o professor inadequado continua a dar aulas normalmente.

 

Horário de aulas prejudica alunos

Da Reportagem Local

Em entrevista com os alunos do currículo novo, a equipe do Caia Na Real pôde notar o alto grau de insatisfação desses alunos com a grade de horário imposta pela Fundação Getúlio Vargas.

Apesar de uma mudança adequada ter sido realizada no último semestre (alteração do início das aulas de 8:00 para 7:00 e de 14:00 para 13:00), muitas dúvidas sobre a quem é benéfico o atual horário de aulas ainda pairam no ar.

O que fica claro é que os maiores prejudicados são os alunos, uma vez que precisam se ajustar a horários em que existem inúmeras "janelas" sem aula, exigindo a permanência na faculdade por horas e horas a mais que o necessário, ou ainda sofrendo com a distribuição das aulas de modo que não é possível realizar outras atividades a não ser no período da noite. O mais preocupante para esses alunos é que, com um pouco de planejamento da direção, seria claramente viável que a mesma quantidade de créditos/aula fossem distribuídos em um único período do dia (manhã ou tarde).

São mais ou menos 13 aulas semanais; se considerássemos, por exemplo, o horário das 7:00 às 12:50 (para alunos do período da manhã) ou das 12:40 às 18:30 (período da tarde), sobrariam ainda dois horários livres para mais duas aulas (totalizando 15), e todos os alunos teriam suas manhãs ou tardes livres para outras atividades, inclusive estudos ou estágios desde o primeiro semestre.

 

Indicadores Econômicos

Mensalidade Média FGV:    R$ 675,00
Cesta Básica:                    R$ 110,75

 

 

 

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