Ventrue

_ São Paulo, 30 de abril. 1995.

Assunto: Conclusão dos trabalhos.

Alice, Antes de tudo, gostaria de deixar claro que não costumo pegar esse tipo de trabalho, principalmente quando são tão fáceis. Mas estamos em tempos difíceis e os serviços para mim e meus irmãos estão cada vez mais escassos. Aceito o seu pagamento e lhe retribuo com o encontrado nos diários trancados nos cofres dos mais proeminentes Ventrue do continente. Contam tais livros que na segunda metade do século XVI, o Prince de Londres, Mithras, estava sempre em guerra com clãs de outros países, tentando impedir que eles se apossassem de seu território. Com a expansão marítima, os seus jogos passaram para um tabuleiro maior. Os Brujah da Espanha, os Toreador e Tremere da França e os Lassombra holandeses se apoderavam e colonizavam grandes porções de terra. Os Ventrue rapidamente se mobilizaram e ordenaram que todas as colônias Inglesas, e as controladas pelos Ventrue de outros países ocupassem e colonizassem o mais rapidamente seus novos territórios. O Brasil, descoberto a menos de quarenta anos, ainda não possuía nenhum clã dominante e nem mesmo grupos organizados para exercer algum tipo de controle ou influência. O Brasil, era uma terra sem dono. Em Portugal, alguns distintos Ventrue disputavam quem viria para cá. Obviamente, nenhum deles desejava vir para esse lugar inóspito. O que aconteceu foi que um casal de Ventrue que recentemente despontava em status no clã português, interrompeu as disputas e aceitou a tarefa. Eles se instalaram na capitania de São Vicente, e com seus talentos parar as finanças e comércio, contribuíram para a prosperidade da região. A população crescia, e eles criavam mais vampiros. E conforme a economia se desenvolvia, mais Ventrue chegavam à colônia. Mesmo que fossem mais antigos, eram Phelipe Aphonso Nunes e Ana Cláudia Nunes quem coordenavam as normas e determinavam para onde os novos vampiros e os que chegavam da Europa deveriam ir. Eles possuíam um carisma inigualável e uma grande habilidade para dar más notícias como se não fossem tão ruins. Destaco ainda, que tinham uma grande desconfiança de um vampiro criado por Phelipe que morava em Salvador. Quando fora mandado para lá, ele não sabia como lidar com os vampiros e com os humanos. No início do século seguinte, ele teria se tornado, como que de um dia para o outro, um dos mais competentes Ventrue do país. No final do século XVIII, A cidade do Rio de Janeiro passou a ser controlada por um antigo Ventrue português, chamado Dom Sebastião. Ele chegou ao país, não se apresentou ao casal e iniciou um plano de expanção de contatos entre o mundo mortal. A esta altura, o clã Toreador já era muito influente, mas só no que se tratava da Camarilla, não possuiam tanto poder no mundo mortal. Em pouco tempo, Dom Sebastião era o Prince do Rio de Janeiro. O clã Ventrue se dividia entre pos que apoiavam Phelipe e os que apoiavam Sebastião. O casal de São Paulo, acreditava que o veradeiro poder que os Ventrue deveriam ter seria a capacidade de controlar os outros vampiros, com a principal m,eta de proteger as Tradições. Enquanto que Dom Sebatstião, fundamentava o seu modo de pensar no controle do mundo mortal. Segundo ele, a existência dos vampiros depende muito mais dos mortais do que dos outros vampiros. São eles que nos nutrem e nos protegem durante o dia. Algumas publicações sobre estas "Escolas de Filosofia" ainda podem ser encontradas com os Ventrue mais antigos. O fato relevante mais importante sobre esta disputa é que nos meados do século XX, uma grande conspiração foi formada contra Dom Sebastião. Phelipe e Ana Cláudia, se uniram a grandes lideranças dos Tremere, Toreador e Gangrel para a mudança da capital. Os interesses dos outros clãs não posso precisar. Mas o clã Ventrue estava determinado a minar todas as forças de Dom Sebastião. Na verdade isto já estava sendo arquitetado há muito tempo, pois na Constituição de 1891, já era previosta tal mudança. Poucos anos se passaram até que veio a vingança de Dom Sebastião. Aliado aos Malkavians e aos Nosferatu, eles promoveram o Golpe de 64, Utilizaram o exército para perseguir inimigos Kindred e Kine. Após a destruição de vários de nossa raça, a cúpula de Brasília decidiu entregar o Pincipado ao canalha. Em 1974, Phelipe foi morto por William Brugess, braço armado de Sebastião. Ana Cláudia desapareceu e assim se encontra até hoje. Dom Sebastião abdicou ao cargo de Prince em 1985, não se sabe porque e nem se sabe para onde ele foi.
Achmod.
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