A História da Igreja.

O Período Sem Lei.(breve Resumo).

A Criação do Mundo( Os 7 Dias)

O Jardim do Éden e a Queda do Homem.

Com a Criação da Mulher, Deus determinou que não comessem do Fruto da Ciência do Bem e do Mal, porém Adão e Eva, influenciado pela Serpente, desobedeceram ao Senhor e desta forma surge o pecado no Mundo.

Caim e Abel.

Aqui há o registro do Primeiro Homicídio da História do Homem.

Enoc.

A bíblia relata em Gen. 5:24 o Primeiro Arrebatamento da História do Homem. Enoc alcansara a Justiça de Deus.

Noé e o dilúvio.

Nesta Época, a Iniquidade havia aumentado de tal forma que Deus anunciou a Noé a destruição mediante o Dilúvio(40 dias e 40 noites). Após o Dilúvio, Deus estabelece uma aliança com Noé e sua família.

A torre de Babel.

Após a morte de Noé, a Iniquidade multiplicou-se novamente e houve um tempo em que os povos decidiram construir uma torre para se concentrarem num mesmo lugar. Com isso, Deus confunde a língua dos povos e os espalha pela Terra.

Abraão e Aliança com Deus.

Deus estabele uma Aliança com Abraão e o torna o Pai das Nações. Nesta época também há a destruição de Sodoma e Gomorra. Abraão é provado e recebe a benção de Deus.

 

O povo de Israel no Egito.

Com a fome nas demais terras, levou o povo de Israel a deslocarem para o Egito e ali permaneceram cerca de 400 anos. Nos primeiros anos os hebreus foram bem tratados, mas chegou uma época que foram escravizados pelo faraó. Em vista disto, Deus levanta Moisés para libertar o povo da Escravidão.

O Período da lei.

A Libertação do Povo Hebreu.

Nesta Época, Deus liberta o povo de Israel, abrindo a passagem pelo Mar Vermelho.

Os Dez Mandamentos e A Lei.

Deus Estabelece ao Povo Hebreu no Monte Sinai os Dez Mandamentos e a Lei para os Hebreus.

A Desobediência do Povo.

Muitos dos Israelitas desviaram-se dos caminhos do Senhor e começaram a adorar outros deuses e a praticar a Iniquidade. Pela desobediência Deus fez com que os hebreus errassem o caminho e peregrinassem por 40 anos antes de chegar na Terra Prometida.

Josué e a Conquista da Palestina.

Após a morte de Moisés, O Senhor levanta Josué para liderar o povo.Após atravessarem o Jordão conquistaram a Palestina.

Os Juízes.

Após a morte de Josué, Deus levanta juizes para julgar e governar o povo. Nesta Época, o povo hebreu viveu vários momentos de Queda na iniquidade e com isso caiam no poder dos inimigos. Arrependiam-se e o Senhor dos Exércitos levantava juizes para libertá-los.

Saul, o Primeiro Rei de Israel.

Em vista das demais Nações terem reis, o povo pede um Rei ao Senhor. Atendendo orações, Deus levanta Saul como o Primeiro Rei de Israel.

Davi, o Segundo Rei de Israel.

Saul após ter desobedecido a Deus na omissão em relação aos amalequitas é punido com a perda do trono. Deus levanta a Davi, que é ungido rei. Davi participou de Guerras, teve uma vida reta diante do Senhor, escreveu vários salmos e cânticos.

Salomão, o Terceiro Rei de Israel.

Após a morte de Davi, Salomão torna-se o rei de Israel. Ele pede a Deus sabedoria e recebe. Escreveu Provérbios, salmos,etc., Construiu o Templo de Jerusalém, mas houve uma época que desviou-se dos caminhos de Deus e mergulhou na insensatez. Não se sabe se realmente ele voltou aos Caminhos de Deus antes da Morte.

A Divisão em dois Reinos: Israel e Judá.

Com a morte de Salomão, Roboão assume o reinado, porém a sua insensatez levou a Divisão de Israel em dois Reinos: Israel e Judá. Após, aparecem vários reis que tinham comunhão ou não com Deus. Este Período veio terminar com o Exílio Babilônico por volta do ano 586 a.C..

O Período do Cativeiro Babilônico.

A apostasia do povo hebreu levou-os a cairem nas mãos dos babilônicos cativos. Nesta Época Deus levanta profetas para pregar a povo, mas muitas vezes estes eram rejeitados.

O Fim do Exílio.

Com o fim do exílio os judeus voltam à terra da Palestina, reconstroem as cidades destruídas. Por cerca de 400 anos até o nascimento de Jesus não houve registro de profetas.

O império Romano.

Diz uma lenda que Roma foi fundada em 753 A.C. por Rômulo e Remo, duas pessoas que foram abandonadas pela mãe e mais tarde foram amamentados por uma loba.

Roma foi fundada na Planície do Lácio(Latim) e era uma pequena faixa de terras. Com o tempo forma conquistando a Itália e o Norte da África após as guerras púnicas contra Cartago. No 1º e 2º Triunvirato Roma conquistou os demais territórios da Península Ibérica( Portugal e Espanha), da Península Balcânica, do Oriente Próximo, da Mesopotâmia, do Egito, e das Ilhas Britânicas.

A Religião Romana.

Assim como os demais povos, todo o Império Romano era Pagão, exceto a Província da Judéia que era judaica. O Paganismo era composto de vários deuses e aceitavam a inclusão de novos deuses como aconteceu com Íris, deusa egípcia.

O Período da Graça.

O Nascimento de Jesus.

Cumprindo-se as profecias, em torno do ano 5 a.C., ocorre o nascimento de Jesus Cristo o grande autor do Cristianismo, o Messias anunciado.

O Ministério de Jesus.

O Ministério de Jesus inicia-se por volta dos 30 anos de idade com o batismo de João Batista no Rio Jordão. Jesus realizou muitos feitos como a cura de enfermos, a libertação de endemoniados, a pregação do evangelho, do amor a Deus e ao Próximo. Realizou obras que nenhum outro homem havia antes realizado. Diz o Evangelho de João 3:16 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."

Jesus sempre demonstrou-se contrário à hipocrisia dos escribas e fariseus, religiosos fanáticos da época que muitas vezes alteravam a estrutura da lei de Moisés, do Salmos, dos Profetas, etc..

O Grande feito de Jesus foi Ter se entregado pela humanidade ao morrer na cruz. Todavia no primeiro dia da semana Jesus surpreende ao ressuscitar dos mortos. Após alguns dias na Terra, Jesus instrui os Discípulos e sobe aos céus para sentar à direita do Deus Todo Poderoso.

Vale lembrar que muitos dos judeus não creram que Jesus era O Cristo. Imaginavam que o Messias seria um grande rei que dominaria o mundo, no entanto, não compreenderam que seria um reino espiritual, pois a Bíblia diz que não devemos lutar contra a carne ou o sangue, mas sim contra as potestades malignas.

A Era Apostólica.

Inicia-se por volta do ano 30 d.C. com a Ascensão de Jesus aos Céus e a Descida do Espírito Santo sobre os discípulos no dia de Pentecostes e encerra-se por volta do ano 100 d.C. com a morte de João, o último dos 12 Apóstolos.

A Princípio os discípulos estavam sem saber o que fazer. No dia de Pentecostes enquanto os seguidores de Jesus, 120 ao todo, estavam reunidos orando, o Espírito Santo veio sobre eles de forma maravilhosa. A Descida do Espírito Santo chegou a ser vista como que línguas de fogo sobre cada um. O efeito foi tríplice:

  1. Iluminou as mentes dos discípulos, dando a eles um novo conceito do Reino de Deus.
  2. Compreendera que este reino não era um reino político, mas um reino Espiritual, na pessoa de Jesus ressuscitado, que governara de modo invisível a todos aqueles que aceitassem a Fé.
  3. Aquele Operar revigorou a todos, repartindo com eles o fervor do Espírito, e o poder de expressão que fazia de cada testemunho um motivo de convicção naqueles que ouviam.

A Igreja teve inicio na cidade de Jerusalém. De início as pregações eram apenas na Província da Judéia e somente depois que se espalharam aos gentios.

Neste período houve na Igreja um grande avivamento com a cura de enfermos, a ressuscitarão de mortos, o batismo com o Espírito Santo, a pregação do evangelho com novas conversões, enfim Deus operava grandemente.

Na Época, os judeus dividiam-se em 3 classes:

  1. Os Judeus gregos ou Helenistas – Eram descendentes dos judeus da dispersão em épocas anteriores

  2. Os Prosélitos – Eram pessoas não judeus, as quais renunciavam ao paganismo, aceitavam a lei judaica, recebiam o rito de circuncisão e tornavam-se judeus.

  3. Haviam os judeus tradicionais que viviam em Israel.

A leitura dos 6 primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos dá a entender que durante este período Pedro era o chefe da Igreja. Em muitas ocasiões, era Pedro quem tomava a iniciativa de pregar, de operar milagres e de defender a Igreja, porém isto não significava que Pedro fosse um Papa.

O governo da Igreja era exercido pelos apóstolos e Pedro exercia o papel de porta-voz.

Nas pregações de Pedro, podemos observar 3 aspectos principais como o caráter messiânico de Jesus, a ressuscitarão de Jesus e a segunda vinda de Jesus. No dia de Pentecostes, num apelo de Pedro cerca de 3000 almas se converteram ao Cristianismo.

Vale lembrar que não era somente Pedro que pregava, mas os todos os apóstolos davam testemunhos nas igrejas.

A Pregação de Estevão

A Pregação de Estevão está registrado no livro de Atos dos Apóstolos, Capítulo 7. Estevão, possivelmente foi o primeiro membro da Igreja a ter uma visão do Evangelho para o mundo inteiro, e esse ideal levou-o ao martírio.

A Conversão de Saulo.

De início, Saulo junto com Tarso perseguiu de forma cruel aos cristãos de Israel. Em Atos dos Apóstolos 9 relata sobre a conversão de Saulo ao ter uma visão de Jesus que perguntava-lhe: "Saulo, Saulo, por que me persegues?"- "... Eu sou Jesus, a quem tu persegues.." Após o seu encontro com Jesus Saulo havia se convertido e se tornaria um grande pregador do Evangelho da Salvação aos gentios.

O Concílio de Jerusalém.

Por decisão deste concílio, a igreja ficou com a liberdade para iniciar uma obra de maior vulto, destinada a levar todas as pessoas para Jesus Cristo. Os gentios poderiam participar da Igreja sem a necessidade do cumprimento da Lei.

A medida que o evangelho ganhava adeptos entre os gentios, os judeus se afastavam dele e crescia cada vez mais o seu ódio contra o Cristianismo, ocasionando perseguições. As perseguições, levaram os cristãos a evangelizar entre os gentios fora de Israel.

As Viagens Missionárias de Paulo.

Diz a tradição que Paulo foi morto no ano 68 decapitado.

Nero e as Perseguições.

No ano 64 uma grande parte de Roma fora destruída por um incêndio. Diz-se que foi Nero quem ateou fogo à cidade. Entretanto o povo responsabilizou Nero pelo incêndio. Nero, Por sua vez, culpou os cristãos pelo fato e moveu uma grande perseguição contra eles. Muitos cristãos foram mortos nesta perseguição.

A Diáspora – Dispersão dos Judeus pelo Mundo.

Ocorreu no ano 70, foi um cruel ataque do governo de Roma A Jerusalém e as cidades circunvizinhas, na qual houve a destruição do templo de Jerusalém. Vespasiano e Tito foram os responsáveis por esse ataque. Muitos judeus foram mortos ou escravizados. O Coliseu de Roma foi construído nesta época pelos escravos judeus. Outros judeus fugiram e se dispersaram por outras terra e somente no século XX que retornaram à Palestina. A Restauração deu-se em 15 de maio de 1948.

Já os cristãos refugiaram-se em Pela, no Vale do Jordão, pois estavam atentos às revelações de Jesus Cristo (Mat. 24 e 25).

A Diáspora contribuiu para o avanço do cristianismo e colocou fim nas relações judaicas e cristãs.

Os rituais cristãos nesta época.

De inicio o batismo era realizado por imersão. Entretanto no ano 120 aparecem menções do costume de batismo por aspersão.

Em relação ao Sábado, este era observado pelos cristãos enquanto sua maioria era judaica. Apartir do momento que os gentios foram entrando na igreja e se convertendo, pouco a pouco, o Domingo foi tomando o lugar do Sábado.

A Ceia do Senhor era observada universalmente. A Ceia de inicio era celebrada no lar. Porém nas igrejas gentílicas apareceu o costume realizar-se uma reunião na igreja, na qual cada membro trazia de casa a própria provisão. O Apóstolo Paulo repreendeu a igreja pelo abuso que isso tinha causado. Já no final do século I, a Ceia era realizada em reuniões secretas por causa das perseguições possivelmente.

Nesta Época liam-se o Antigo Testamento, os evangelhos e algumas cartas apostólicas.

O Cristianismo e o Paganismo.

Iremos analisar as diferenças entre o Cristianismo e o Paganismo.

O CRISTIANISMO

O PAGANISMO.

Monoteísmo – Único Deus.

Politeísmo – Vários deuses.

Para o Cristianismo somente um único Deus deveria ser adorado e portanto não aceitavam novas formas de Adoração

Aceitavam as novas formas e objetos de adoração.

Os cristãos não admitiam outra forma de adoração, mesmo que fosse queimar um simples incenso. Por isso eram considerados pelo povo desleais e conspiradores de uma revolução.

Os Pagãos veneravam a estátua do Imperador, pois para eles isso era considerado prova de lealdade.

O Cristianismo considerava todos os homens iguais quer escravos quer livres.

O Paganismo já considerava uma determinada classe social superior a outra.

As Perseguições da Época.

As Perseguições não eram constantes. Variavam de acordo com cada imperador que entrava no poder de Roma. As Perseguições por Nero (66-68) e por Domiciano (90-95) foram explosões de delírio e ódio contra os cristãos.

Do reinado de Trajano ao de Antônio Pio (98-161), o Cristianismo não era reconhecido, mas também não foi perseguido de modo severo.

Simeão (ou Simão; Marcos 6:3), o sucessor de Tiago, bispo da Igreja de Jerusalém e também irmão de Jesus. Possivelmente alcançou a idade de 120 anos. Foi crucificado por ordem do governo romano na Palestina , ano 107, durante o reinado de Trajano.

Marco Aurélio, imperador de Roma (161-180) perseguiu os cristãos. Procurou restaurar a antiga religião romana. Muitos cristãos formam mortos nas arenas de Roma ou decapitados. Considerava os cristãos inovadores. Entre os martirizados estavam Policarpo, bispo de Esmirna que foi queimado vivo. Policarpo e também Justino Mártir.

Após a morte de Marco Aurélio, as perseguições deram uma pausa, pois os imperadores estavam ocupados com guerras civis. Porém Septímio Severo, no ano 202, iniciou uma terrível perseguição aos cristãos que durou até 211 na sua morte. Houveram cristãos que o consideraram o anti-cristo. Em Alexandria, Leônidas , pai do teólogo Orígenes, foi decapitado.

A seguir um novo período de cerca de 40 anos sem perseguições, mas no governo de Décio(249-251) iniciou outra terrível perseguição de curta duração. pós esse tempo, houveram algumas investidas contra os cristãos. Cipriano, bispo de Cartago, foi morto nestas investidas.

Dioclesiano(303-310) perseguiu novamente os cristãos de forma terrível. Determinou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados e os templos cristãos destruídos. Quem não renunciasse ao cristianismo perderia a proteção da lei e a cidadania romana.

Vale lembrar que quanto mais os cristãos eram perseguidos, mas o seu número crescia. A princípio conseguiam adeptos entre as classes mais baixas e desamparadas. Mas aos poucos foram ganhando adeptos entre os mais ricos.

Em 313, o Edito de Milão, colocou fim às perseguições aos cristãos no governo de Constantino. Depois mostrou-se favorável ao Cristianismo, fazendo ofertas valiosas para a construção de igrejas, manutenção do clero e isentado-o de impostos. O Fim da Perseguição trouxe benefício e malefíceos para a igreja e Estado.

Vantagens

Desvantagens

Fim da Perseguição

Todos na Igreja

Igrejas restauradas

Igreja torna-se mundana

Doação às igrejas

Paganismo dentro da igreja.

Proclamado Domingo dia de descanso

Maus resultados da União da Igreja com o Estado.

Crucificação Abolida

 

Proibição dos Jogos de Gladiadores

 

Repressão do Infanticídio.

 

 

O Governo de Teodósio.

Teodósio baixou um decreto em que todos os súditos deveriam a aceitar a fé cristã, ou seja, tornou o cristianismo religião oficial do Estado. Tal fato trouxe pessoas de forma obrigada para a igreja sem verdadeira conversões. Duzentos anos mais tardes o culto aos santo e a Virgem Maria estavam na Igreja.

O Imperador Teodósio também foi o responsável pela divisão do Império em:

Dirigentes do Período.

O Surgimento do Monacato.

Após o mundanismo ter entrado na igreja, muitos dos que alvejavam de vida espiritual elevada, estavam descontentes dos costumes que cercavam e afastava-se para longe das multidões. Em grupos ou isoladamente, retiravam-se para cultivar a vida espiritual, através de meditação, oração, e costumes ascéticos. Iniciou-se no Egito, favorecido pelo clima cálido e pelas escassas necessidades de vida.

Na primitiva igreja cristã houve casos de pessoa que viviam isoladas do mundo. Porém Antão, no ano 320, ficou conhecido pela pureza e simplicidade de seu caráter. Viveu no Egito em uma caverna. Esses quem assim viviam eram chamados de "anacoretas". Já os que formavam essa comunidade eram chamados de "cenobitas". Do Egito esse movimento espalhou-se pelas igrejas onde a vida monásticas foi adotada por muitos homens e mulheres.

Uma forma peculiar de ascetismo foi adotada pelos santos das colunas. O iniciador desse sistema foi Simeão Estilita, um monge sério apelidado "da Coluna". Ele deixou o mosteiro em 423 e construiu vários pilares em fila; a construção dos primeiros pilares foi seguida de outros mais altos, de modo que o último tinha 18m de largura por 1.20 de altura. Simão viveu nestes pilares 37 anos. Na Síria muitos seguiram o seu exemplo.

Na Europa, o monacato, surgiu mais lentamente. A Lei da Ordem dos Beneditinos foi em 529. O monacato na Europa desenvolveu-se ao longo da Idade Média.

No século IV, a famosa regra beneditina foi organizada por Bento de Nursia, na Itália. Em Pouco tempo em todo o ocidente, ela tornou-se praticamente a lei geral da vida monástica. Bento verificou que a vida dos monges precisava de direção e pureza, e tentou alcançar esses elementos por meio da sua regra ou sistema monástico. Nela, o voto feito pelo monge era por toda a vida, de modo que a pessoa morria para o mundo. Requeria-se o abandono de todas as propriedades. Eram prescritas as virtudes que deveriam cultivar: abstinência, obediência aos superiores, silêncio, humildade, etc.

A Igreja fora dos território do Império Romano.

Na Etiópia o evangelho entrara antes do ano 350. Já no século III estava na Irlanda. Por volta do ano 550, alcançara a Escócia.

O Império Romano e o seu declínio.

Na época do ministério de Jesus na Terra, o império romano dominava várias regiões entre elas: Península Ibérica, A Atual França, A Península Itálica, As Ilhas Britânicas, A Península Balcânica, A Atual Turquia, a Mesopotâmia, Israel, Líbano, Egito, Norte da África, Armênia, Região da Dácia(Romênia). Enfim Roma dominava todo o mundo conhecido da Época. É lógico que fora dessa faixa de terras havia muito mais terras, mas para os romanos era quase o mundo inteiro.

Por Cerca de 200 anos houve um período chamado de Paz Romana, na qual Roma procurava seu desenvolvimento interno evitando guerras externas e internas.

Fora do Império Romano, havia várias tribos, chamados pelos romanos de bárbaros no norte da Europa e na Ásia. A Princípio as relações com os bárbaros eram amigáveis.

Os Germanos impulsionados pelos Hunos(povos expulsos do habitat da Ásia Central) começaram a atacar o Império Romano.

Causas Principais da Queda do Império Romano do Ocidente:

As Tribos Invasoras.

A Queda de Roma e o Estabelecimento dos Reinos Bárbaros.

Deu-se em 476 quando Odoacro conquistou Roma e a Itália depondo o Imperador Rômulo Augusto. Este fato é considerado pelos historiadores a transição da Idade Antiga para a Idade Média.

Os Bárbaros eram de natureza rurais, ou seja, tinham uma vida simples no campo, também os ricos de Roma foram morar nas suas propriedades no campo. Esses fatores contribuíram para o Surgimento do Feudalismo Medieval.

O Império Bizantino e a Igreja Grega.

Vale lembrar que apenas o Império Romano ocidental que havia caído, mas o Império Romano do Oriente cuja capital era Constantinopla, ainda mantiam suas forças.

Aos poucos os costumes gregos foram sendo introduzidos dentro da Igreja. Tal fato veio levar a mais tarde a separação da Igreja Católica.

Justiniano, Imperador Bizantino, iniciou as lutas pela reconquistas do antigo Império Romano.Conquistou a região de Cartago, a Itália e Algumas regiões da península Ibérica.

O Surgimento do Papa.

O período de crescimento do poder papal começou com o pontificado de Gregório I, o Grande, e teve o apogeu no tempo de Gregório VII, mais conhecido por Hildebrando.

Gregório resistiu com êxito às pretensões de patriarca de Constantinopla, que desejava o título de bispo Universal. Tornou o Igreja praticamente governadora da província nas vizinhanças de Roma, preparando, assim, caminho para a conquista do poder Temporal. Também desenvolveu certas doutrinas na Igreja romana, especialmente a adoração de Imagens, o purgatório, a transubstanciação, isto é a crença de que na missa ou comunhão o pão e o vinho se transformam milagrosamente no verdadeiro corpo e sangue de Cristo. O papa Gregório foi um dos fortes defensores da vida monástica, havendo sido ele mesmo um dos monges da época. Foi um dos administradores mais competentes da história da igreja romana.

As Fraudes Pias ou Falsas decretais.

Foram falsificações que ajudaram a fortalecer o poder do papa de Roma. Constituíram uma coleção de decisões de Concílios eclesiásticos, decretos e cartas do papa. Numa época como hoje, essas farsas jamais seriam acreditadas, mas devido a ignorância da época foram aceitas. Entre as falsidades estavam:

O Surgimento do Islamismo.

A Arábia (para onde foram os descendentes de Ismael) era uma região cuja religião era Politeísta, ou seja, adoravam vários deuses. Não era um Estado organizado, mas viviam em tribos.

No Século VII é marcado pelo surgimento do Islamismo, religião monoteísta, que pregava que os "infiéis" deveriam ser conquistados pela chamada Guerra Santa, fundada por Maomé no começo do referido século.

Maomé era seguidor do Judaísmo, do Cristianismo e de uma religião da Pérsia que criam em dois deuses: Um deus do bem e outro deus do mau. Segundo os islâmicos, Maomé teve uma visão do anjo Gabriel que havia revelado os princípios da nova religião.

Iniciou sua carreira como profeta no ano 610. De início havia poucos discípulos, porém o suficiente para sofrerem perseguições. Maomé fugiu de Meca para Medina no ano 622. Tal fuga ficou conhecida como Hégira e marcou o início da contagem do calendário muçulmano. Maomé consegui êxito na conquista das tribos árabes, impondo-lhes sua religião. Voltou a Meca como conquistador. Em 632, quando morreu ele era reconhecido por toda a Arábia.

Os islâmicos pregavam que havia um só deus – Alá. Este havia enviado profetas sobre a Terra como Abraão, Moisés e Jesus. Porém o destaque estava para Maomé e não para Jesus. Os profetas bíblicos, os apóstolos são até reconhecido pelos maometanos. No futuro haverá um julgamento entre o céu e o inferno.

Após a morte de Maomé partiram para as conquistas. Conquistaram a Palestina e a Síria. Província por província, o império bizantino havia perdendo seus territórios para os árabes. Porém os árabes não conseguiram conquistar a região de Constantinopla. No Oriente, o império de califas estendia para a Pérsia, até a Índia. A capital ficou sendo Bagdá. No Ocidente foram conquistando o Egito, o norte da África e quase toda a Espanha. Penetraram no Reino dos Francos, mas foram derrotados por Carlos Martel na batalha de Poitiers, em 732. Nos domínios islâmicos haviam restrições aos cultos cristãos

Apesar de Ter algumas semelhanças com as doutrinas da Bíblicas, possuía diferenças em relação à doutrina de Cristo. Eram sensuais. Inclusive o conceito de céus para eles era inteiramente destituído de espiritualidade e completamente sensual. Neste aspecto a degradação da mulher era comum, pois eram consideradas escravas ou objetos para o divertimento dos homens. Queriam impor sua religião pela força e nunca pelo amor, como foi o Cristianismo primitivo.

Vale lembra que nesta época tanto a igreja de Roma como a Igreja de Constantinopla estavam mergulhada no paganismo, mediante o culto aos santos e a Virgem Maria. Acreditavam que a interseção dos santos livraria o homem da condenação eterna. E Maria por ser mãe e mulher tinha o coração mais dócil e rogaria a Jesus que rogasse a Deus para salvar o homem.

O Império de Carlos Magno.

Vimos que houve a queda do império de Roma e os francos dominaram o norte da atual França.

Neste contexto, surge Carlos Magno(742-814). Neto de Carlos Martel, Magno rei dos francos dominou com seu exército uma grande região da Europa compreendendo a França, Alemanha, Países Baixos, Áustria, Itália e parte da Espanha.

O desejo da restauração do antigo império romano era grande entre o clero da época. Em vista disso, Carlos Magno foi coroado pelo papa Leão III imperador romano. Magno era reformador, conquistador, legislador, protetor da educação e da igreja.

Após a morte de Carlos Magno seu império foi dividido entre os filhos, até que chegou uma época que surgiu o Sacro Império Romano Germânico na Europa Central. Daí houve um período de lutas entre papa e imperador.

A Separação da Igreja romanas e da grega.

Ocorreu na Idade Média a separação das igrejas em: Igreja Católica Romana com a chefia do papa e Igreja Ortodoxa Grega subordinada ao patriarca de Constantinopla.

A divisão denominada Cisma do Oriente ocorreu devido as diferenças de raças gregas e latinas e também por que nem o papa e nem o bispo de Constantinopla quiseram aceitar a autoridade do outro.

Principais diferenças entre esta igrejas:

CATÓLICA ROMANA

ORTODOXA GREGA

  • Havia a veneração das Imagens de Escultura.

  • Havia a veneração de Quadros com imagens de santos.

  • Chefiada pelo Papa de Roma.

  • Chefiada pelo Patriarca de Constantinopla.

  • Os cultos eram realizados em latim.

  • Os cultos eram realizados em grego.

  • O casamento de sacerdotes foi proibido.

  • O casamento de sacerdotes era liberado, exceto dos bispos.

  • O pão sem fermento era servido nas missas.

  • O pão comum era servido nos cultos.

A Igreja Católica Medieval e os principais Papas.

Entre os papas, aparece Hildebrando no começo do segundo milênio. Um papa que reformou o clero que havia se corrompido e interrompeu por pouco tempo o exercício da simonia, ou seja, a compra de cargos na igreja.

Hildebrando impôs supremacia da igreja sobre o Estado. O imperador Henrique IV, havendo se ofendido com o papa Gregório convocou um sinôdo de bispos alemães induzindo-os a votar pela deposição do papa. Hildebrando (Gregório VII) decretou a Excomunhão do imperador e isentou todos os seus súditos da lealdade para com o imperador. Henrique viu-se impotente diante da punição do papa e por isso em janeiro de 1077, o imperador pondo de lado todas as possessões reais, com os pés descalços e vestidos de lã, permaneceu 3 dias de pé à porta do castelo do papa, em Canosa, no norte da Itália, a fim de receber perdão do papa. Porém certo tempo depois guerreou contra o papa.

Vale lembra que o medo da excomunhão era grande entre as pessoas da Idade Média. A Excomunhão significava a perda da salvação. As pessoas sempre ignoravam o excomungado. Em certas regiões eram violentados e até mesmo imperadores temiam a tal bula papal.

O papa era considerado entre o homem e Deus. Superior ao homem e inferior a Deus. Os decretos não eram questionados devido a ausência de pessoas cultas nessa época. Além disso o povo cria em fábulas que eram estórias miraculosas, e fantasiosas.

O papado de Inocêncio III foi também um governo forte. Em sua posse chegou a declarar "O Sucessor de S.Pedro ocupa uma posição intermediária entre Deus e o Homem. É inferior a Deus, porém superior ao homem. É juiz de todos, mas não é julgado por ninguém."

Inocêncio III elegeu para desempenhar as funções de imperador a Otto Brunswick, o qual declarou publicamente que alcançara a coroa "pela graça de Deus e da sede apostólica". Em virtude da insubordinação de Otto, este foi deposto e outro imperador foi eleito. O papa assumiu o governo da cidade de Roma, decretando leis para seus funcionários. Com esse ato, estabeleceu um Estado sob o governo direto do Papa, governo que foi o precursor dos "Estados da Igreja". O papa obrigou Filipe Augusto, rei da França, a aceitar novamente sua esposa a qual tinha se divorciado injustamente. Excomungou o rei João Sem Terra da Inglaterra e obrigou-o a entregar a coroa ao legado papal, e a recebê-la de novo, mas com o súdito do papa.

As Cruzadas.

As Cruzadas foram expedições de guerra enviadas pela igreja da época com a finalidade de libertar a Terra Santa do domínio dos islâmicos. Citaremos as Cruzadas:

As cruzadas contribuíram para o crescimento do comércio na Idade Média e reprimiu um poucos as agressões muçulmanas.

Os Mosteiros Medievais.

Vimos que os mosteiros surgiram nas cavernas do norte do Egito no século IV. Na Europa a vida monástica desenvolve-se lentamente, até que o número de monges e freiras aumentou consideravelmente com resultados bons e maus.

Os mosteiros guardavam muitas das mais antigas obras greco-romanas e cristãs. Os monges copiavam livros, escreviam as biografias de personalidades importantes, crônicas de seu tempo e história do passado. A maioria das escolas e universidades formam criadas pelos mosteiros.

O monacato também teve resultados maus. O monacato apresentava o celibato como a vida mais elevada, o que é inatural e contrário às escrituras. Impôs a adoção da vida monástica a milhares de homens e mulheres das classes nobres da época. Os lares foram constituídos não pelos melhores homens e mulheres, mas por aqueles de ideais inferiores.

O crescimento dos mosteiros acabou levando ao luxo, à indisciplina, à ociosidade e à imoralidade.

Em tempos de guerra os homens de quem o Estado mais precisavam estavam nos mosteiros.

No Oriente os ascetas primitivos viviam isolados. Entretanto na Europa Central formavam comunidades e viviam juntos. Foram organizados ordens a medida que a ordem anterior se corrompia:

  1. Os Beneditinos, 529, fundada por Bento.

  2. Os Cistercenses, 1098, fundado por Roberto e Bernardo.

  3. Os Franciscanos, 1209. Por Francisco de Assis.

  4. Os Dominicanos, 1215. Por Domingos.

A Decadência do Poder Papal.

No ano de 1303, começou a decadência do poder papal com Bonifácio VII. Ele, assim como os demais papas possuía altas pretensões, porém não eram obedecidas. Bonifácio proibiu o rei da Inglaterra de promulgar leis de impostos sobre as propriedades da igreja e sobre as receitas em tesouros sacerdotais, mas foi obrigado a recuar. Questionou com Filipe, o Belo, da França, o qual lhe declarou guerra, apoderou-se do papa e encarcerou-o. Apesar de mais tarde haver sido liberto, morreu de tristeza.

O período de 1305 a 1377 é conhecido como "Cativeiro Babilônico". Por ordem do rei da França a sede do papado foi transferida de Roma para Avinhão no Sul da França.

Em 1377, o Papa reinante Gregório XI voltou a Roma, e em 1414 foi realizado o Concílio de Constança a fim de decidir sobre as reclamações dos quatro papas existentes. O concílio depôs os quatro papas e escolheu um novo dirigente. Desde 1378, os papas continuaram em Roma, porém incapazes de exercer tão grande autoridade como antes.

O Início da Reforma Religiosa na Idade Média.

Destacaremos agora alguns movimentos de Reforma na Idade Média:

A Queda de Constantinopla.

Após a tomada de Constantinopla pelos cruzados em 1204, o Império Grego nunca se recuperou.

Na Idade Média, apareceram os turcos otomanos, povos que haviam sido expulsos do seu habitat no Oriente. Aos poucos organizaram um império que passou a ser islâmico. Atacaram o Império Bizantino, conquistaram quase todo o território do Império Grego. Após muita luta conseguiram tomar Constantinopla em 1453 sob as ordens de Maomé II. Este chegou a declarar que Constantinopla era uma monstruosa cabeça sem corpo.

A Tomada de Constantinopla marca o fim da Idade Média e o inicio da Idade Moderna. A Catedral de Santa Sofia havia se transformado em Mesquita muçulmana até 1920. Atualmente, a igreja grega continuou com seu Patriarca, despojado de tudo, menos de sua autoridade eclesiástica, com residência em Constantinopla (Istambul).

O Renascimento.

Durante toda a Idade Média, a cultura greco-romana estava quase morta. Somente os mosteiros que guardavam alguma coisa. Tudo que a igreja dizia era aceitos pela população.

Já no inicio da Idade Moderna, houve um despertar pela literatura, pelas artes que há muito tempo não havia de forma separada da religião.

Foi nesta época também que Jonh Gutemberg inventou a imprensa. Até este período os escritos eram a mão e por isso eram caros. A Bíblia custava o preço de uma casa e por isso tinha nas bibliotecas presas a correntes. Em vista disso, o primeiro livro a ser impresso foi a bíblia. Tal fato ajudou muito no inicio da Reforma Religiosa.

A Reforma Religiosa.

Vimos que houveram algumas manifestações de Reforma na Idade Média mas pouco influenciaram. Somente prepararam caminho para a Reforma.

A Reforma Por Martinho Lutero.

Martinho Lutero, era um monge e professor da universidade. Tentou seguir o caminho da Salvação pelos ensinos da igreja católica. Mas percebeu que tais ensinos eram totalmente ineficazes para que sua alma esperava.

Lutero era ardente leitor da Bíblia e de outras obras literárias, até que descobriu que Deus salva os homens pela fé em Jesus Cristo. Sentiu a necessidade de reformar a igreja que estava romanizada e paganizada.

O Papa reinante era Leão X, em razão de necessitar de muitas somas de dinheiro para a construção da Basílica de S.Pedro em Roma, permitiu que João Tetzel, percorresse a Alemanha vendendo bulas, assinadas pelo papa que dizia possuir a virtude de conceder o perdão dos pecados, não só os possuidores da bula, mas também os amigos, mortos ou vivos, em cujos nomes fossem as bulas compradas, sem a necessidade de confissão, nem absolvição pelo sacerdote. Tetzel afirmava ao povo: "Tão depressa o vosso dinheiro caia no cofre, a alma de vossos amigos subirão do purgatório ao céu." Lutero, por sua vez, começou a pregar contra a Venda de Indulgências.

A data exata fixada pelos historiadores como o inicio da grande Reforma foi registrada no dia 31 de Outubro de 1517. Na manhã desse dia, Martinho Lutero afixou na porta da catedral de Wittenberg um pergaminho que continha 95 teses ou declarações, quase todas relacionadas com a venda de Indulgências; porém em sua aplicação atacava a autoridade do papa e do sacerdócio. Os dirigentes da igreja procuraram em vão restringir e lisonjear Lutero. Porém ele permaneceu firme, e os ataques que lhe dirigiam, apenas serviam para tornar mais resoluta sua oposição às doutrinas não apoiadas nas escrituras sagradas.

Em conseqüência, o papa excomungou-o em junho de 1520. Pediram então ao eleitor Frederico da Saxônia que entregasse preso Lutero, a fim de ser julgado e castigado. Entretanto, em vez de entregar Lutero, Frederico deu-lhe ampla proteção, pois simpatizava-se com suas idéias. Martinho Lutero recebeu a excomunhão como um desfio classificado como de "bula execrável do anticristo". No dia 10 de dezembro, Lutero queimou a bula, em praça pública, à porta de Wittemberg, diante de uma assembléia de professores, estudantes, e do povo. Juntamente com a bula, Lutero queimou também cópias dos cânones ou leis estabelecidas por autoridades romanas. Este ato constituiu a renúncia definitiva de Lutero à Igreja Católica.

Em 1521, Lutero foi citado a comparecer ante a Dieta do Concílio Supremo do Reno. O novo imperador Carlos V concedeu um salvo-conduto a Lutero, para comparecer em Worms. Apesar de advertido por seus amigos de que poderia Ter a mesma sorte que teve João Huss que fora morto em 1415. Lutero Repondeu "Irei a Worms ainda que cerquem tantos demônios quantas são as telhas dos telhados".

Finalmente no dia 17/04/1521 Lutero comparece a Dieta, presidida pelo imperador. Em resposta a um pedido de que se retratasse, e renegasse o que havia escrito, após algumas considerações respondeu que não podia retratar-se, a não ser que fosse desaprovado pelas Escrituras e pela razão, e terminou com essas palavras: "Aqui estou. Não posso fazer outro fazer outra coisa. Que Deus me ajude. Amém". Instaram com o imperador Carlos para que prendesse Lutero, apresentando-o como razão, que a fé não podia ser confiada a hereges. Contudo, Lutero pode deixar Worms em paz.

Mas, no seu regresso, Lutero foi cercado e levado por soldados do eleitor Frederico para o castelo de Wartzburg, na Turíngia. Ali permaneceu Lutero guardado, em segurança e disfarçado, durante um ano, enquanto as tempestades de guerra e revoltas rugiam no império. Neste período, Lutero traduziu o Novo Testamento para a língua alemã, obra que por si só o teria imortalizado, pois essa versão é considerada como o fundamento do idioma alemão escrito. Isto em 1521. O Antigo Testamento só foi completado alguns anos mais tarde. Ao Voltar do castelo de Wartzburg a Wittenberg, Lutero reassumiu a direção do movimento a favor da igreja Reformada, exatamente a tempo de salvá-la de excessos extravagantes.

A Reforma, levou a divisão de Estados alemães, em reformados e luteranos, Norte e Sul. Em 1529, a Dieta reuniu na cidade de Espira, com o objetivo de reconciliar as partes em lutas. Nessa dieta, os governantes católicos que eram a maioria condenavam as doutrinas de Martinho Lutero. Os príncipes resolveram proibir qualquer ensino luterano nos países em cujo domínio fosse católico. Ao mesmo tempo determinaram que em Estados que governassem luteranos, os católicos poderiam exercer livremente sua religião. Os príncipes luteranos protestaram contra essa lei desequilibrada e odiosa. Apartir desta época, ficaram conhecidos como protestantes, e as doutrinas que defendiam ficaram conhecidas como religião protestante.

A Reforma por Ulrico Zuínglio.

Na Suíça, a Reforma iniciou-se com Zuínglio que em 1517, atacou a "remissão de pecados", que muitos procuravam mediante peregrinações a um altar da Virgem de Einsieldn. Em 1522, Zuínglio rompeu com a Igreja Católica Romana.

A Reforma Por João Calvino.

A Reforma iniciada pôr Zuínglio foi continuada pôr João Calvino, o maior teólogo da igreja, depois de Agostinho. A sua obra "Instituições da Religião Cristã", publicada em 1536, tornou-se regra da doutrina protestante.

O Reino Escandinavo (Dinamarca, Suécia e Noruega), sob um mesmo governo recebeu os ensinos de Lutero, os quais tiveram a simpatia do rei Cristiano II.

A Reforma na Inglaterra.

A Reforma na Inglaterra passou por vários períodos de progresso e retrocesso. A reforma inicio-se no reinado de Henrique VIII, com um grupo de estudantes de literatura clássica e da Bíblia.

Um dos dirigentes da Reforma foi João Tyndale, que traduziu o Novo Testamento em inglês. Esta tradução modelou todas as outras traduções, a partir daí. Tyndale foi martirizado em Antuérpia, em 1536.

Tomás Cranmer, arcebispo de Cantuária tornou-se um líder protestante. Retratou-se contra a rainha católica Maria, na esperança de salvar a vida. Entretanto ao ser condenado a morrer queimado, revogou a retratação.

O rei Henrique VIII, pediu ao papa a anulação de seu casamento com a rainha Catarina para se casar com outra. Tal pedido foi negado pelo papa. O fato do papa de Roma negar o divórcio do rei, serviu como pretexto para se separar de Roma e fundar a Igreja Anglicana, sendo ele mesmo o chefe. Quem não aceitasse suas idéias era condenado a morte tanto católicos, como protestantes.

Durante o governo de Eduardo VI, a causa protestante progrediu muito. Dirigida por Cranmer e outros, na Igreja Anglicana foi organizada e o Livro de Oração foi compilado, com sua rica e rítmica forma de linguagem.

Porém a Rainha Maria Tudor, católica fanática, tentou restabelecer a Igreja de Roma, mediante perseguições. Durante seus 5 anos de governo, 300 protestantes foram mortos.

Já o reinado de Elisabeth, fora diferente. A bíblia, foi novamente honrada no púlpito e no lar, e durante seu longo governo, a igreja inglesa firmou-se novamente.

A Reforma na Escócia e a fundação da Igreja Presbiteriana.

Na Escócia, a Reforma teve um progresso lento, devido aos governos da época. João Knox, em 1559, assumiu a direção do movimento reformador. Lutou contra a rainha escocesa católica Maria, com idéias radicais e inflexíveis. Knox conseguiu fazer desaparecer os vestígios de Roma. Fundou a Igreja Presbiteriana.

A Reforma, num contexto geral.

No início do século XVI, a Igreja Católica era a única igreja, que se julgava segura da lealdade de todos os reinos. Porém no final deste século, várias pessoas na Europa haviam aderido à Reforma.

Embora em cada país as igrejas tivessem diferenças, podemos notar 5 princípios semelhantes

  1. Princípio da Religião Bíblica. Os católicos romanos, haviam mudado a autoridade da Bíblia pelas doutrinas da igreja. Ensinavam que a igreja era infalível e que a autoridade da Bíblia procedia da autorização da igreja. Proibiam a leitura da bíblia aos leigos e opunham obstáculos à sua tradução na linguagem usada pelo povo. A Reforma, por outro lado, ensinava que a Bíblia é a única regra de fé e conduta e devia ser traduzida em outros idiomas.

  2. Princípio da religião racional e inteligente. O romanismo havia introduzido, doutrinas irracionais no credo da igreja, como a transubstanciação, pretensões absurdas como as indulgências papais, em sua disciplina, costumes supersticiosos como a adoração de imagens em seu ritual.

  3. Princípio da Religião Pessoal. Sob o sistema católico, havia um intermediário entre o homem e Deus que era o sacerdote. O homem não confessava os pecados a Deus e sim ao sacerdote, e este o perdoava. Também a pessoa não orava a Deus por intermédio de Jesus e sim por intermédio de um santo padroeiro, que era considerado um intercessor diante de Deus. Consideravam Deus um ser pouco amigável, que devia ser aplacado e apaziguado mediante a vida ascética de homens e mulheres santos, os únicos cujas orações podiam salvar os homens da ira de Deus. A Bíblia era interpretada pela igreja e esta através de doutrinas passava o que ela dizia ao povo. Os reformadores removeram todas essas barreiras.

  4. Princípio da Religião Espiritual. A religião devia ser espiritual e não formalista. Os católicos haviam sobrecarregado a simplicidade do evangelho, adicionando-lhes formalidades e cerimônias que lhe obscureciam inteiramente a vida e o espírito. Os reformadores deram ênfase na salvação somente pela fé.

  5. Princípio da Igreja Nacional, independente da Igreja mundial. Os papas sempre quiseram subordinar o Estado à sua autoridade papal. Porém, onde o protestantismo dominava, surgia uma igreja nacional governada por si mesma e completamente independente da Igreja Católica Romana.

A Reação da Igreja Católica - A Contra Reforma.

A primeira tentativa foi através do Concílio de Trento, convocado em 1545 pelo Papa Paulo III. O Concílio reuniu-se em locais e datas diferentes e durou de 1545 a 1563. Todos esperavam pelo fim da Reforma que não houve.

Outra manifestação de Contra Reforma foi a criação da Ordem dos Jesuítas, fundada em 1534 pelo espanhol Inácio de Loyola. Era uma ordem monástica, caracterizada pela combinação da mais severa disciplina, intensa lealdade à igreja e a à Ordem, profunda devoção religiosa, e um marcado esforço para arrebanhar prosélitos. Tornou-se tão poderosa a Ordem que teve contra ela oposição mais severa, até mesmo nos países católicos; foi suprimida em quase todos os países da Europa, e por decreto do papa Clemente XIV, em 1773, a Ordem dos Jesuítas foi proibida de funcionar dentro da igreja. Mesmo com a proibição ela continuou a funcionar e acabou sendo em 1814 reconhecida pelo papa.

Houveram perseguições em vários países. Na Espanha, instituiu-se o Tribunal da Inquisição na qual muitos foram torturados e mortos na fogueira. Na Holanda, que nesta época estava sob domínio da Espanha, foi determinado que fossem queimados todos os hereges. Na França, ocorreu no dia 24 de agosto de 1972 a matança da noite de São Bartolomeu e que se prolongou por várias semanas.

Na América do Sul, houve o trabalho dos jesuítas que catequizou os nativos. Na Índia, Francisco Xavier foi o responsável pelas missões católicas jesuíticas.

Outra medida da Contra Reforma foi que para ser sacerdote precisaria passar por um seminário.

O Movimento Puritano.

Na Inglaterra, existia 3 grupos de igreja: Os católicos romanos; Os anglicanos e os puritanos.

  1. Sua Origem.

    Deu-se por volta de 1654. A igreja Anglicana, por sua vez, era uma igreja reformada, porém com ligações com o Estado. Em vista disso surgiu o movimento puritano que opunha-se de modo firme ao sistema anglicano no governo de Elisabeth, e por essa razão muitos de seus dirigentes foram exilados.

  2. Suas Divisões.

    Os puritanos, estavam divididos entre eles: uma parte mais radical, era favorável à forma presbiteriana; a outra parte desejava a independência de cada grupo local, conhecidos como "independentes" ou "congregacionais". Apesar dessas diferenças, continuavam como membros da igreja inglesa.

  3. Sua Supremacia.

    Na luta entre Carlos I e o Parlamento, os puritanos eram defensores dos direitos populares. No início, o grupo presbiteriano predominava. Mas durante o governo de Oliver Cromwell (1653-1658) predominou os congregacionais.

    Após a Revolução Gloriosa em 1688, os puritanos foram reconhecidos como dissidentes da igreja da Inglaterra e conseguiram o direito de organizarem-se independentemente.

  4. Seus Resultados.

Do movimento iniciado pêlos puritanos surgiram igrejas como a Presbiteriana, a Congregacional e a Batista.

O Avivamento Wesleyano.

  1. A Necessidade.

    Nos primeiros 50 anos do século XVIII começou a ocorrer problemas: os cultos eram formalistas, dominados por uma crença intelectual, mas sem poder moral sobre o povo. Em vista disso, apareceram dois pregadores sinceros: João Wesley, Carlos Wesley e Jorge Whitefield.

  2. Os Dirigentes.

    João Wesley foi um dirigente e estadista do momento.

    Carlos Wesley já era um poeta sacro, cujos hinos enriqueceram a coleção hinológica a partir de seu tempo.

    Jorge Whitefield era um pregador que comovia os corações de muitas pessoas, tanto na Inglaterra, como na América do Norte.

  3. Progresso do Movimento.

    Em 1739, Wesley começou a pregar "o testemunho do Espírito" como um conhecimento pessoal interior. Os seguidores de Wesley, formam chamados de metodistas. Até a morte de Wesley muitos haviam aderido às pregações.

  4. Relações com a Igreja.

    Apesar de haver sofrido violenta oposição da Igreja Anglicana, sem que lhe permitissem usar o púpito para pregar, Wesley afirmava considerar-se membro da referida igreja; considerava seu movimento dentro da Igreja da Inglaterra. Após a revolução norte-americana em 1784, organizou os metodistas nos Estados Unidos em igreja independente, de acordo com o modelo episcopal, e colocou "superintendentes".

  5. Seus Resultados.

Nesse tempo, os metodistas da América eram em torno de 14.000.

O Movimento Racionalista.

  1. Origem.

    A Reforma estabeleceu o direito do juízo privado acerca da religião e da Bíblia, independente da autorização sacerdotal e da igreja. Um resultado inevitável aconteceu: enquanto alguns pensadores aceitaram as idéias antigas da Bíblia como um livro sobrenatural, outros começaram a considerar a razão como autoridade suprema, e a reclamar uma interpretação racional e não sobrenatural da Bíblia.

  2. Crescimento.

    O espírito racionalista cresceu nas Universidades da Alemanha. Houve a publicação do livro "A vida de Jesus" por Frederico Strauss, em 1835, no qual tentou demonstrar que os relatos do Evangelho eram mitos e lendas.

  3. Decadência.

    Em vista do racionalismo, surgiram diversos teólogos que se apresentaram para defender a verdade. Dessa forma conseguiu-se que o conteúdo das Escrituras fossem entendidos de forma mais inteligente. Até então a vida de Cristo nunca havia sido escrita de forma escolástica.

  4. Efeitos.

O racionalismo que ameaçava acabar com o Cristianismo, na realidade o que consegui foi aumentar a sua força.

O Movimento Missionário.

  1. Missões na Igreja Primitiva.

    Nos primeiros quatro séculos da nossa era a igreja conseguiu converter muitos do antigo Império Romano ao Cristianismo. Com a queda do Império de Roma, os missionários pregaram às hordas bárbaras

  2. O Descuido de Missões nos Períodos Medievais e da Reforma.

    Porém, muitos vieram para a igreja sem conversão e de forma coaciva após Roma ter tornado o Cristianismo a Religião Oficial. Com o tempo, cada cidade passou a Ter um bispo que governava as dioceses. O Bispo de Roma passou a requerer autoridade sobre os demais bispos e a partir daí surge o Papa.

    No século XX as missões foram interrompidas devidas às lutas entre papa e imperador.

    Durante a Reforma, as primeiras missões partiram dos católicos.

  3. As Missões Estrangeiras Morávias.

    Desde 1732 os morávios iniciaram as missões estrangeiras, enviando Hans Egede à Groelândia e outros missionário para pregar aos índios norte americanos, entre os pretos das Índias Ocidentais e nos países orientais.

  4. As Missões Estrangeiras Inglesas.

    O fundador foi Guilherme Carey. Em 1789, tornou-se ministro da Igreja Batista. Foi enviado à Índia, porém acabou sendo impedido de desembarcar. Foi acolhido por uma colônia dinamarquesa próxima a Calcutá - Serampore.

  5. As Missões Estrangeiras norte-americanas.

    Teve sua primeira inspiração na famosa "reunião de oração" que se realizou no Colégio Williams, em Massachusetts, no ano de 1811. Um grupo de estudantes reuniu-se no campo para orar acerca de missões. Nesta ocasião desabou fortíssima tempestade. Os estudantes refugiaram-se em um depósito de feno, e ali consagraram suas vidas à obra de Cristo no mundo pagão.

    Em conseqüência desta reunião, formou-se a Junta Americana de Comissionados para Missões Estrangeiras, que no início, era interdenominacional, porém, mais tarde, outras igrejas fundaram suas próprias sociedades e a Junta Americana ficou pertencendo às igrejas congregacionais. No começo a Junta Missionária enviou alguns missionários para à Índia e para o Extremo Oriente, mas tais missionários mudaram de idéia no caminho e desligaram-se da Junta. Em vista disso, foi fundada a Sociedade Batista Missionária Americana.

  6. As Missões e o Evangelho na América Latina.

    Pôr volta de 1860, registrou-se um movimento na Capital do México em favor do Evangelho, do qual resultou a formação de vários núcleos inteiramente de caráter nacional, formados pôr pessoas que repudiavam as doutrinas estranhas praticadas pela igreja de Roma, e que aceitavam somente as doutrinas bíblicas.

    Nestes núcleos também haviam padres convertidos.

    A Junta Congregacional Americana, em 1872, enviou à Guadalajara os missionários Stephens e Watkins. Em meio ao fanatismo religioso e as perseguições, organizou-se uma igreja com cerca de 17 membros pêlos missionários. Ali ocorreu o martírio de cristãos.

    Cada denominação enviou seus missionários ao México.

    Na América Central, iniciou-se em meados do século XIX. Porém sua primeira tentativa não surtiu efeito, pôr causa das perseguições e da intransigência dos romanistas. Somente em 1884 foi possível estabelecer definitivamente a obra missionária da Guatemala.

    Em 1890, organizou-se em Dallas (E.U.A.) a Sociedade Missionária Centro América, a fim de levar o evangelho às várias repúblicas da América Central. Também houveram trabalhos importantes de batistas e da Assembléia de Deus.

    No Chile em 1845, chegou à cidade de Valparaíso Daniel Trumbull, que se limitou a pregar o evangelho de pessoas de fala inglesa. Portanto, aprendendo a falar espanhol, fundou um jornal "O Vizinho", que foi usado para o esclarecimento, reputando os erros romanistas. Houve perseguições pelo arcebispo Valdivieso que proibiu sob severas penas canônicas a leitura de livros protestantes.

    Na Bolívia, país que permaneceu pôr muitos anos fechado à pregação do evangelho, os colportores da Sociedade Bíblica Americana prepararam caminho para os pregadores. Estes conseguiam introduzir a bíblia, apesar de ameaças e perseguições. Eles escalaram as Cordilheiras dos Andes e levaram a Palavra de Deus a lugares distantes. Atualmente, há liberdade de culto na Bolívia.

    No Peru, também os primeiros missionários e colpotores sofreram perseguições. Apesar de muitos períodos de mudanças de governos, a obra evangélica não sofreu interrupções. Entre os obreiros, destacamos Francisco Penzoti.

    O Concílio Geral das Assembléias de Deus no final do século passado possibilitou o envio de missionários para diversas regiões da América Latina.

    Na Argentina, a primeira pregações realizaram-se em casas particulares de famílias inglesas, em Buenos Aires, em inglês, no ano de 1823. A pregação no idioma do país deu-se mais tarde pela Igreja Metodista Episcopal. Também há o registro de João Varetto que escreveu o livro "Heróis e Mártires".

    Destacamos também João F. Thompson que nasceu na Escócia em 1843 e foi com os pais a Buenos Aires e em com 15 anos incompletos já tornou-se um apóstolo da causa de Cristo naquelas terras. O primeiro culto em espanhol deu-se em 25 de maio de 1867, em um templo que os metodistas possuíam na rua Cangallo.

    Thompsom pregou também em Montevidéu no Uruguai. A mocidade acorria em massa para ouvi-lo.

  7. As Missões no Brasil.

    Já no Brasil o evangelho tem crescido atualmente. Vale lembrar que assim como os demais países da América Latina foi colonizado pôr país católico romano e pôr um bom tempo predominou o catolicismo.

    Henry Martin ao passar de viagem pelo Brasil, chegou a dizer "Bem-aventurado aquele que evangelizar esse país". Isto quando o navio em que viajava para a Ásia fez escala e parou alguns dias em Salvador. Martin estava partindo para a Pérsia (Irã), lugar que deu a vida pelo evangelho.

    Várias tentativa de evangelização foram realizadas, desde épocas distantes, primeiramente pêlos hugenotes, em 1555. Estes tiveram os primeiros mártires em 1558. Os holandeses no curtos espaço de tempo de ocupação em alguns pontos do Brasil, iniciaram posteriormente alguns movimentos de evangelização. Os morávios foram até as Guianas, em 1735, e ali evangelizaram escravos e índios.

    No século XIX, Roberto Kalley, médico escocês, iniciou o trabalho de evangelização em 1855. Seguiram-no em sua iniciativa, algumas famílias convertidas na Ilha de Madeira, onde este servo de Deus havia conseguido êxitos em meio a grandes perseguições. Kalley fundou no Rio de Janeiro a Igreja Evangélica Fluminense, segundo a ordem Congregacional.

    A.G. Simonton, que chegou ao Rio em 1859, foi o primeiro missionário presbiteriano a iniciar a pregação em português.

    Um acontecimento que deu grande impulso ao trabalho foi a conversão do sacerdote católico José Manoel da Conceição, que se distinguiu pôr sua erudição e operosidade, a par de sua eloqüência. José Manoel converteu-se mediante estudo da Bíblia de que a igreja romana em que militava se havia afastado dos ensinos de Cristo. Renunciou ao bispado em 1864 e é claro foi excomungado pela Igreja Católica. Respondeu a tal ato pôr um manifesto em um jornal explicando os motivos da saída da Igreja Católica.

    José Manoel percorreu os estados de Minas Gerais, São Paulo, e Rio de Janeiro reunindo como apóstolos, ao poder da palavra, o exemplo da humildade, amor e trabalho, zelo ardente pela fé, e pureza em todas as suas ações.

    No Rio de Janeiro apareceu como notável pregador presbiteriano o Ver. Álvaro Reis, orador eloqüentíssimo e distinto polemista, que combatia os erros dos romanistas. Após a morte de Álvaro, o município deu a Álvaro Reis o nome de uma das praças da cidade.

    Os metodistas, após várias tentativas, conseguiram, finalmente, estabelecer a obra evangélica no Brasil em 1876. Nessa ocasião, o governo era bem mais favorável, e da mesma forma elementos da alta sociedade.

    Inicialmente estabeleceram uma congregação e uma escola no Rio de Janeiro. Depois, foram até Piracicaba em São Paulo e também Santa Bárbara.

    O missionário W.B. Bagby iniciou o trabalho batista no Brasil em 1881. Este trabalho progrediu assim como outras igrejas.

    Houveram no século XIX, missões inglesas entre os índios da Amazônia. Alguns foram martirizados, mas conseguiram conversões.

  8. As Condições Missionárias Atuais e a Igreja do Nosso Século.

O Concílio Geral das Assembléias de Deus na América do Norte, surgiu como resultado do movimento religioso que teve origem no inicio do século XX, e que se espalhou com rapidez em todo o mundo.

No Brasil a Assembléia de Deus no inicio fundou templos nas periferias das cidades e aos poucos formam instalando nos centros das cidades. A Assembléia de Deus foi fundada no Brasil em 18 de junho de 1911 em Belém do Pará e foi uma das pioneiras no movimento pentecostal.

Tal fato deu-se pêlos trabalhos missionários de Daniel Berg e Gunnar Vingren, este ex-pastor da Swedish Baptist Church, (Igreja Batista Sueca). Em mensagem profética, o Senhor lhes falou, mais tarde, na cidade de South Bend, quando pela primeira vez ouviu-se o nome de Pará. Consultaram o mapa e viram que se tratava de uma província no Brasil. A chegada em Belém ocorreu em 19 de novembro de 1910.

Alojados no porão da Igreja Batista, na rua Balby 406, permaneciam muitas horas em orações, suas vidas no altar de Deus. E tão logo começaram a falar o português, iniciaram o trabalho evangelístico, enquanto doutrinavam a respeito do batismo com o Espírito Santo. Na pequena igreja opunham-se alguns, com grande resistência, aos ensinamentos dos missionários. A 8 de junho de 1911, Celina Albuquerque e no dia 9 a sua irmã Maria Nazaré recebiam o batismo com o Espírito Santo. Juntamente com elas, outros membros forma expulsos do templo e organizaram, a 18 de junho de 1911 a Igreja Assembléia de Deus.

Da igreja pioneira de Belém irradicou-se a obra pentecostal a todas as regiões do país. Durante algumas décadas, esta igreja foi perseguida. Nas pequenas cidades, o clero católico romano, dominante e implacável, contava sempre com o apoio de autoridades arbitrárias que fechavam templos e agrediam e aprisionavam os membros da igreja. Muitas vezes eram os crentes salvos de pistoleiros, que feriam e matavam, ocasiões que costumavam ocorrer impressionantes interferências divinas.

Dezenas de milhares de membros de igrejas conservadoras ou tradicionais (batistas, presbiterianas, metodistas, etc.) buscam atualmente o batismo com o Espírito Santo e experimentam um avivamento sem precedentes. Enquanto os tradicionais estacionam ou decrescem em número de membros, as igrejas pentecostais crescem em todos os sentidos.

Atualmente no Brasil e no mundo são comuns programas em rádios, televisões, encontros em grandes estádios, sites na Internet, etc. Temos no Brasil, igrejas como Batista, Presbiteriana, Presbiteriana Independente, Presbiteriana Renovada, Metodista, Batista Independente, Batista da Glória, Assembléia de Deus, O Brasil Para Cristo, Nova Aliança, Universal do Reino de Deus, Deus Vivo, Deus é Amor, Só o Senhor é Deus, Missionária, Missões Mundiais, ICAI, Avivamento Bíblico, etc.

Conclusão.

Em vista disso, podemos concluir que no mundo inteiro atualmente a igreja tem crescido. Após um período de Declínio espiritual na Idade Média, houve a Reforma Religiosa e na Atualidade a Igreja está novamente firme.

Vimos que o homem sempre tentou impedir que Deus operasse nas nossas vidas, mas "Operando eu(Deus), quem impedirá?".

Vale lembrar que há lugares no mundo que o evangelho está difícil de chegar devido ao fanatismo religioso. É o que os batistas chamam de Janela 10\40 – Envolvem países de predominância islâmica fundamentalista. Pôr isso existe diversos projetos de missões nesses países.

Nos países socialistas, também houveram perseguições tanto de católicos, como de protestantes pois para os comunistas a Religião era considerado o Estado. Atualmente, apenas Cuba continua adotar este regime.

Apesar disso, são raras as regiões que talvez nunca ouviram falar do Grande fundador da Igreja – Jesus Cristo, o Justo.

Finalizo com uma pergunta: É possível o mundo inteiro ser evangelizado?

Sim, mas depende de nós. "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo" – Apocalipse ou Revelação 3:20.

Bibliografia.