Se você quiser escrever para o 1999 sobre QUALQUER coisa que tenha a ver com música (um show legal que você viu, um carinha que você conseguiu entrevistar, um disco que você queria mostrar pras outras pessoas, qualquer tipo de teoria, contar qualquer parte da história do rock), basta escrever para a gente. 18.OUT.1999 RESENHAS É sempre bom entrar no universo do Stereolab. Fundindo jazz de vanguarda, composição erudita contemporânea, instrumentos que um dia foram o supra-sumo da modernidade, pop bubblegum, canção francesa, easy-listening, rock progressivo alemão, funk eletrônico e milhares de subgêneros tão minúsculos quanto sua existência, o grupo criou o planeta sonoro mais pessoal e diverso da década de 90. Aliando este caleidoscópio sintético e universitário ao visual limpo e geométrico (sempre com cores berrantes) das capas de seus discos e ao sotaque sisudo e gélido dos vocalistas, o grupo criou um gênero próprio cujas nuances são reveladas a cada CD. Mas desde que Emperor Tomato Ketchup, de 96, agregou o groove repetitivo imortalizado por bandas alemãs como Kraftwerk, Can e Neu! a seu som, o caráter contemplativo das canções atingiu um patamar novo e plural, fazendo com que qualquer tentativa de retorno às suas raízes (como é o caso do último disco do grupo - Dots & Loops - e da compilação Aluminum Tunes, do ano passado) nos dá a impressão que falta algo. No novo disco, Cobra and Phases Group Plays Voltage in the Milky Night, o grupo chega ao equilíbrio. De um lado, o suíngue emborrachado tocado com vigor de banda de jazz; do outro, o arcadismo robótico apreciado como uma paisagem submarina. O disco começa com Fuses, algo que pode ser ouvido como um aquecimento de um ensaio de free jazz. Trumpetes arriscando notas enquanto uma bateria e um baixo discutem o ritmo ao fundo. Logo entra o xilofone assobiando uma extensa frase musical que se tornará mais tarde o fio condutor da melodia. Uma guitarra seca arranha os riffs que ajudam a estruturar a canção. Logo, todos instrumentos estão se degladiando, mas de uma forma pacífica e ordeira, preparando o caminho para as vocalistas Laetitia Sadler, Morgane Lothe e Mary Hansen empilhar seus vocais sem letra como se fosse uma partida de Tetris. People Do it All the Time é um boogie espacial na metade da velocidade do tempo, que gruda o ouvinte na parede com seus osciladores e cadência hipnótica. A excelente The Free Design, o primeiro single do disco, soa como uma das faixas de Emperor...: dançante, insistente, glacial, e é candidata a uma das melhores músicas do grupo. Blips Drips and Strips nos encontra com um balanço jazz samba que gruda-se à melodia (e a belos vocais) graças a teclados e um firme baixo eletrônico. Italian Shoes Continuum nos manda pedir carona na Autobahn do Kraftwerk, em clima de filme francês dos anos 80 e faz a melodia ser cantarolada dentro de teremins, sintetizadores e efeitos sonoros. Infinity Girl entra com seu vai-e-vem valvulado que serve como base para uma jam session de freqüências sonoras. O transe novamente se acomoda com a pastoril The Spiracles, onde se pode perceber o dedo Brian Wilson do líder dos High Llamas, Sean OHagan (o tortoise John McEntire e o produtor Jim ORourke são outros convidados pelo grupo). Op Hop Detonation volta ao groove inicial, deixando Tim Gane e Andy Ramsey à vontade para viajar dentro de seus instrumentos favoritos - elétricos ou não. Puncture in the Radar Permutation é outro momento de serenidade, importunado por um insistente blip analógico e coberto com camadas de metais e um coro de teremins. Velvet Water começa quase silenciosa e expande-se com a doçura do vocal afrancesado de Laetitia, que nos leva para uma terra de sonhos com xilofones e guitarras feitos de nuvens. Blue Milk segue a atmosfera, crescendo aos poucos - em volume e velocidade - nos mais de 11 minutos de viagem sonora. Caleidoscopic Gaze é puro High Llamas. Strobo Acceleration nos faz voltar ao suíngue do início do disco, que novamente pára à chegada de The Emergency Kisses, cantada em francês. Come and Play in the Milky Night é o fim perfeito para o disco - gélida e retrô, ela vai desmontando o groove e a contemplação aos poucos, nos libertando da anestesia sonora, do universo de sonho do Stereolab. Ruim é ter que acordar. Mas os 75 minutos do disco matam a vontade de qualquer um que saiba apreciar este paraíso sonoro, fazendo jus à reputação da banda. Cut Chemist / ShortkutPavement "Vocabulário de Música Pop" Red Hot Chili Peppers (show) MV Bill Thee Butchers' Orchestra Zen Arcade - Hüsker Dü Ozomatli Pato Fu Los Hermanos Nocaute Mosha (show) Down by Law Tricky / DJ Muggs Los Hermanos Grenade & Thee Butchers' Orchestra Rebeca Matta Man or Astroman? Abbey Road Os Catalépticos (show) Comunidade Ninjitsu "Esporro!" e "Guerrilha" CMJ Music Fest Pensamentos Felinos (setembro) Echo & the Bunnymen (show) Stela Campos Jim O'Rourke atenciosamente, (setembro) Luiz Gustavo (Pin Ups) Relespública (Diário de Bordo) Alex Chilton Toy Shop Martin Rev (Suicide) Yellow Submarine Punk Rock em Curitiba Grenade Mutantes Bruce Whitney (Kranky Records) Cotton Mather Por Fora do Eixo (setembro) Thomas Pappon Pequenas Capitanias (setembro) Mercury Rev (show) Paralamas do Sucesso Relespública, Mosha & Woyzeck (show) Reading 99 O maravilhoso mundo grátis "Eu vou enfiar um palavrão" Jason (entrevista) Pôneifax, Walverdes e Tom Bloch Noel & Liam Gallagher Manu Chao Jason pelo Nordeste V99 (festival com Manic Street Preachers, Orbital, DJ Shadow, Massive Attack, Mercury Rev, Gomez, Happy Mondays, James Brown, Groove Armada e Mel C) "Curitiba, Capital do Rock" Divine, Six Degrees, Moonrise e Barbarella Vermes do Limbo Sala Especial Al Green Bowery Electric Jamiroquai Flaming Lips Gong - Show de 30 anos Megatério (agosto) - A Noite do P* no C* Marreta (agosto) - O jazz morreu Rolling Stones Mercenárias "Paul's Boutique" "Tim Maia Racional" Kraftwerk Sugar Hill Records Second Come R.E.M. Built to Spill Eddie Flaming Lips Ultraje a Rigor "Kurt & Courtney" Moby clonedt Mark Sandman Suede Plebe Rude Rentals Pavement MEGATÉRIO - Omar Godoy WICKED, MATE - 90 (de Londres) REVOLUCIÓN 1,99 - Edu K atenciosamente, - Rodrigo Lariú Red Hot Chili Peppers Underworld Prodigy Hojerizah Raimundos Plebe Rude Wilco Little Quail Chemical Brothers Atari Teenage Riot Grenade Lulu Santos Liam Howlett 4-Track Valsa Chemical Brothers (show) Yo La Tengo + Jad Fair "Select" Dr. John Memê "Drinking from Puddles" Capital Inicial (show) Jon Spencer Blues Explosion (show) Homelands (festival com DJ Shadow, Underworld, Asian Dub Foudation, Chemical Brothers, Fatboy Slim, Grooverider, Faithless e outros) Divine "The Best of Sugar Hill Records" Ambervisions Amon Tobin Sepultura/Metallica (show) Mocket Stereophonics Headache Fatboy Slim Cassius Paul Oakenfold Silver Jews Amon Tobin Inocentes Sepultura Outropop Pensamentos Felinos Loniplur atenciosamente, Swervedriver e Mogwai Comédias Pequenas Capitanias Por Fora do Eixo Arroz com Pequi Marreta? Das Margens do Tietê Distancity Leite Quente Londrina Chamando Por Aí T-Rex Kurt Cobain Bob Dylan Nuggets Sebadoh Los Hermanos Kiss (show) Mestre Ambrósio Jesus Lizard Maxixe Machine Fish Lips Silverchair PJ Harvey e Jon Parish (show) Cornelius "Post-punk chronicles" Blur (show) Garage Fuzz Pólux (show) Marcos Valle Astromato French Fried Funk Sublime Leia no último volume Na Lata! Miniestórias Blur Ira! Sleater-Kinney Goldie Henry Rollins Jon Carter Afrika Bambaataa O pai do rock brasileiro Nova História do Pop Grave sua própria fita C86 Medo do novo Digital Delay No shopping com Status Quo Fita ou demo? Solaris A história do indie baiano Prot(o) e Rumbora Monstro Discos Carnaval e Los Hermanos Eletrônicos e bicões Kólica, Pupila e Total Fun As hortas musicais de Curitiba Ala Jovem Brian Wilson Limpando os remédios Amor e Luna Massive Attack Blondie "You've Got the Fucking Power" Relespública (show) Trap Johnattan Richman (show) Little Quail & the Mad Birds High Llamas Thurston Moore Red Meat Los Djangos Bad Religion (show) Vellocet Jon Carter (show) Raindrops Jimi Hendrix Experience Fun Lovin' Criminals Garbage Tom Zé Câmbio Negro Catalépticos Lobão Cowboys Espirituais Max Cavalera Escrever "de música" O CD ou a vida (quase) A bossa nova contra-ataca o Brasil Um pouco de educação não faz mal a ninguém Fé em Deus e pé na tábua O Mercury Rev que não foi Um banquinho, um violão e Dee Dee Ramone Escalação pro Abril Pro Rock 99 Dago Red Festivais na Bahia Chutando o futuro de Brasília Ê, Goiás Pós-Rock, Teletubbies e LTJ Buken Você sabe o que é Louphas? Por dentro da Holiday Records Chacina no litoral paranaense PELVs e um blecaute Bruce Springsteen O último show dos Beatles Genesis - "The Way of Vaselines" Vamos nos encontrar no ano 2000 Tropicanalhce A professora com pedal fuzz Portishead Chico Buarque (show) Deejay Punk-Roc Ninja Cuts Jon Spencer Blues Explosion Dazaranha Snooze U.N.K.L.E. Pearl Jam New Order (show) Rock Grande do Sul Spiritualized Damned NME Premier Festival (shows) Delgados Punk Rock Stamp Fellini (show) Plastilina Mosh Neutral Milk Hotel Fury Psychobilly Gastr Del Sol Pólux Afghan Whigs Ritchie Valens Marcelo D2/ Resist Control (show) Limbonautas Cartels Babybird Elliot Smith Jesus & Mary Chain Nenhum de Nós Otto Relespública DeFalla Piveti Isabel Monteiro Man or Astroman? Ricardo Alexandre elocubra sobre Engenheiros do Hawaii Camilo Rocha ri do medo da imprensa especializada Leonardo Panço mete o pau em quem ele acha que deve meter o pau G. Custódio Jr. fala de Flin Flon e Va Va Voon Tom Leão dá as dicas de como se gravar "aquela" fita pra "aquela" gata ROCK & RAP CONFIDENTIAL defende o crédito à pirataria Rodrigo Lariú lembra de bons shows Festivais no Nordeste O último show do Brincando de Deus Conheça Belo Horizonte 98 em Brasília Superdemo e Fellini no Rio Uma geral no ano passado em Sampa Cadê o público nos shows? As dez melhores bandas de Curitiba Pelo fim da reclamação Black Sabbath Burt Bacharach "Três Lugares Diferentes" - Fellini Beck Mercury Rev Jurassic 5 Sala Especial Lou Reed (show) Asian Dub Foundation Belle and Sebastian "Velvet Goldmine" Autoramas (show) Grenade Chemical Brothers (show) Cardigans Bauhaus Stellar 1999 é feito por Alexandre Matias e Abonico Smith e quem quer que queira estar do lado deles. Os textos só
poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores |