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04.01.1999

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LONDRINA CHAMANDO
(interior do PR)

Por Rodrigo Guedes

Pare de chorar!!!

A alguns poucos anos atrás quando um amigo chegava com aquele vinil importado de nossa banda predileta, dava vontade de morrer de inveja e desespero, porque segundo a lei, vinil novo importado só pode ser emprestado pelo menos 1 semana após a aquisição do mesmo pelo devido proprietário. Regras básicas para proteger o investimento que costumava significar a metade do valor da mesada. Isso sem contar as despesas de viagem para São Paulo, único lugar onde se encontrava tais pérolas. Vários foram os anos de luta e sofrimento atrás de discos, demos, zines e principalmente informação. É ridículo pensar que nem estou tão velho assim e nada disso existe mais. Se eu acho bom toda essa facilidade? Realmente não sei... Acho maravilhoso ter acesso, fazer amigos e firmar parcerias sem precisar realmente de um contato físico, um aperto de mão. Viva a era virtual!

Mas e aquela história de que "Tudo que vem muito fácil, vai muito fácil"? É besteira? Também não sei, mas posso dizer que fico um pouco decepcionado com a reação de certas pessoas com toda essa comodidade.

Até pouco tempo atrás encontrar um vinil, CD ou até mesmo matéria em revista de sua banda favorita era quase impossível aqui em no interior do Brasil, hoje isso acabou, mas fico admirado em ver alguém reclamando em pagar R$13,00 para assistir ao show do Superchunk por exemplo. Ou aquele amigo que não ajuda em nada mas na hora do show tá lá na portaria pedindo pra entrar de graça. É difícil para alguns entender que até pouco tempo isso não seria nem de longe um sonho, fora da realidade. Viva FHC! O caralho!!!!! Viva o esforço de poucos em tentar fazer o barco andar.

Esse ano Londrina viu Fugazi, Atari teenage Riot, Make Up, Millencollin, Man or Astroman e Superchunk. Ano que vem? Veremos. Como é que a gente conseguiu fazer isso aqui se em algumas capitais isso não foi possível? Um pouco de contatos, sorte e muito, mas muito trabalho mesmo. Deu grana? Claro que não! Deu prazer.

Então você que chora na hora de pagar para assistir a um show de uma banda que influencia metade das bandas que você escuta, não vai! Fica em casa! Liga a internet e não enche o saco! Não precisamos de você!

Eu sei que você não é culpado de nada mas alguém tem que levar a bronca e eu te peguei para Cristo. Pense em você como um ser de uma geração privilegiada. Fazer as coisas aqui no Brasil continua muito difícil, então precisamos de gente que no mínimo compreenda essa dificuldade e quem sabe em 99 a lista de shows dobre de tamanho, sua banda grave um disco ou sua mãe te dê uma aumento na mesada. Seja um bom menino(a)

Fique em paz!

VINHETAS

  • Extra Shit é o nome da cassete, (demo é o cassete), mais improvável lançada esse ano. Os autores? Os Londrinenses Vermes do Limbo. Produzida na casa do Marcos do Butcher's Orchestra, e lançada pela Ordinary Recordings, Extra Shit é uma aula de desconstrução. Fica fácil falando assim, dificil é explicar o que isso significa. Melvins, Zappa, Minuteman, Black Flag são alguns parâmetros, mas só isso. Os Vermes tem som próprio e idéias originais. Ao vivo? Um choque! Ou seria um curto circuito? Escreva para eles e peça já a sua cópia. e gostar, tente descolar um show para os caras na sua cidade. Não vai se arrepender.
  • Entra no ar na primeira semana de Fevereiro o programa Outside pela Rádio Universidade de Londrina. Com uma hora semanal o programa se dedica ao independente. Por isso bandas, zineiros e afins já podem mandar material para Rua Afonso Pena, 110 Londrina PR - CEP 86060140.
  • A Madame X produções é a empresa responsável por trazer a Londrina todas as bandas gringas que passaram por aqui esse ano. Além disso, também agitaram shows de bandas nacionais como Garage Fuzz e Pin Ups. Quer tocar em Londrina e não sabe a quem procurar? Fale com o Eduardo.

Rodrigo Guedes
Tocava no Killing Chainsaw e agora toca no Grenade

Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
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