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01.02.1999

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Por Sol

Sol odeia techno e os Teletubbies. Com objetivos escusos e oportunistas, Sol difamaquem ama. Na ânsia de se firmar como jornalista famoso e VIP, Sol compra briga, mostra o pau e é preso por atentado ao pudor.

Pra frente Brasil!!
Definido certa vez como um filme "feito por um milionário, sobre os pobres, para a classe média ver", Central do Brasil vem se transformando em cavalo-de-batalha dos ufanistas de plantão. A eterna "volta as raízes" se identifica perfeitamente no mundo de fantasia e personagens estereotipados do filme de Walter Salles Jr. Jornalistas formados nas PUCs e ECOs da vida, esperam ansiosos para verem o filme triunfar na terra dos imperialistas, trazendo o Oscar e a nossa dignidade de volta, depois de cinqüenta anos de colonialismo!! Tudo muito bom, tudo muito bem, mas "festa de família" é bem melhor, né não?

Herbal
A principal loja de CDs alternativos do Rio, a Spider, informa que a grande procura é por discos de drum'n'bass. Gente que cresceu ouvindo Spacemen 3, procura agora por LTJ Bukem. Nada contra. Agora, a viagem proporcionada pelo pretenso baticum espacial é asséptica, inócua e pasteurizada. Notem, sons sintetizados não fazem o mesmo efeito que drogas sintetizadas. Eu sei, eu testei. Prefira algo orgânico, escute Spectrum.

Falei tá falado, não discuta!
A musica instigante do momento (não, eu não vou pronunciar "final do milênio"!!) é aquela feita e tocada de maneira espontânea, sem blips nem bloins, a nova versão do free jazz americano de Ornette Coleman. Uma música com possibilidades e ritmos ilimitados que alguns chamam de pós-rock. Um conceito que mediocremente tentei desvendar para uma revista cultural carioca.

O que é pós-rock?
Quando a música pop passa a ser local de libertação e subversão da própria essência está se falando de pós-rock. O prazer de tocar, colidir influências e não se enquadrar são fundamentais para a compreensão do fenômeno que já chegou à bandas cujo ponto comum é apenas um descomprometimento com o formato canção e com as paradas de sucesso. Vestígios de Stockhausen, prog alemão, free-jazz e experimentalismo eletrônico. Desde que o revival psicodélico tomou de assalto o Reino Unido, em 1989, esse gênero vem sendo articulado, sem que uma pedra fundamental possa ser definida. Uns apontam a banda "cabeça" americana Tortoise como precursora. Outros consideram os loops hipnóticos da inglesa Seefeel o ponto de partida. O que não passa de mero detalhe, uma vez que o que rege o "gênero" é a falta de regras e referências.

Mito da semana
Olavo de Carvalho. Esse, digamos, filósofo, destrói com argumentos todos os dogmas impregnados na cultura brasileira. Desde a "poesia" da MPB até o currículo das faculdades de comunicação. Com um texto um tanto quanto difícil (sim, eu admito) a leitura desse paulista esclarece e verbaliza o que pensávamos e não sabíamos. Visitem: http://www.z80.com.br/usr/sapientia/

Agenda curtural
Como essa coluna é um balanço apurado sobre a cena alternativa carioca, vou dar a agenda completa para o resto do ano: Sexta, as pessoas vão ficar bêbadas, perderão a razão e pagarão dez reais para entrar na Bunker 94. Dentro do "Maracanã do Roque" você escutará Danzig, Marilyn Manson e a atualíssima trilha sonora do filme Judgement Day. Pessoas mais intimas do "movimento" estarão no Garage, trocando figurinhas com motoqueiros barbudos e ouvindo bandas de hardcore melódico e heavy metal. Tudo na base da brodagem. Sábado, a brodagem continua, assim como o suor e a falta de criatividade do publico e dos DJs. Repita a operação no domingo e seja um autêntico representante do underground carioca.

Sol toca no Stellar.

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© 1999

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