Image1.JPG (15354 bytes)

01.02.1999

INFORMAÇÃO
Garbage
Tom Zé
Câmbio Negro
Catalépticos

P&R
Lobão
Cowboys Espirituais
Max Cavalera

COLUNISTAS
CINISMO ALTO-ASTRAL
por Émerson Gasperin
ESPINAFRANDO
por Leonardo Panço
OUTROPOP
por G. Custódio Jr.
PENSAMENTOS FELINOS
por Tom Leão
ROCK & RAP CONFIDENTIAL
por Dave Marsh
atenciosamente,
por rodrigo lariú

CORRESPONDENTES
INTERNACIONAIS

A DECADÊNCIA DO IMPÉRIO NORTE-AMERICANO
por Cassiano Fagundes
WICKED, MATE
por 90

BR-116
Pequenas Capitanias
Comédias
Outros Carnavais

Por Fora do Eixo

Arroz com Pequi
Loniplur-RJ
Das Margens do Tietê
Distancity
Leite Quente
Londrina Chamando

HISTÓRIA
DO ROCK

Bruce Springsteen
O último show dos Beatles
Genesis
"The Way of Vaselines"

FICÇÃO
Leia no último volume
Canalha!
Miniestórias

RESENHAS
Portishead
Chico Buarque (show)

Deejay Punk-Roc
Ninja Cuts
Jon Spencer Blues Explosion
Dazaranha

Snooze
U.N.K.L.E.
Pearl Jam

New Order (show)
Rock Grande do Sul
Spiritualized
Damned
NME Premier Festival (shows)
Delgados
Punk Rock Stamp
Fellini (show)
Plastilina Mosh
Neutral Milk Hotel
Fury Psychobilly
Gastr Del Sol
Pólux

Afghan Whigs
Ritchie Valens
Marcelo D2/ Resist Control (show)
Limbonautas
Car
tels
Ba
bybird
Elliot Smith

E-MAIL

CARTAS

CRÉDITOS

NEW ORDER
+ Underworld - Chemical Brothers - Laurent Garnier
Dia 31 de dezembro de 1998
Por Luciano Vianna e Valéria Rossi
(London's Burning)

Mais de doze mil pessoas se espalharam pelos três salões do Alexandra Palace para a maior festa de reveillon de Londres. Só pelo set lista já dava pra prever como seria a party: shows do New Order (o primeiro na cidade desde 1993), Underworld, Laurent Garnier, Desert Eagles Discs e Monkey Mafia, além de sets de DJs como Chemical Brothers, Sasha, Pete Tong, Luke Slater, Darren Price, Craig Richards, Jon Carter, Richard Sen e muitos outros.

Para quem nunca foi lá, o Alexandra Palace é um grande centro de eventos localizado num dos poucos pontos altos da cidade, com uma vista privilegiada da capital inglesa. Quando não serve de palco para shows ou feiras, o local vira ginásio de treinamento para times de hockey sobre o gelo. Além do salão principal com shows ao vivo e DJs de techno, a Temptation também teve locais dedicados à house music (Sala 2) e ao big beat (Sala 3).

A principal atração da noite subiu ao palco com mais de meia hora de atraso e começou mandando ver com uma versão cheia de garra de "Regret". Daí em diante os músicos do New Order tocaram clássicos como "True Faith" e "Bizarre Love Triangle", além de músicas do Joy Division, como "Isolation" e "Heart And Soul". Meia-noite em ponto, Summer anunciou a chegada de 1999 terminando a primeira parte do show para brindar o novo ano com familiares e amigos, que assistiam ao espetáculo no backstage. Depois de voltarem com as suas taças de champanhe para brindar com o público, os músicos de Manchester fizeram uma verdadeira volta ao passado para celebrar o futuro. O clássico maior do Joy Division, "Love Will Tear Us Apart" foi a primeira música tocada pelo grupo no ano, para a alegria dos muitos fãs, que cantaram o refrão a plenos pulmões. No final, o malucão Bez, ex-tocador de maracas e faz-nada do Happy Mondays e Black Grape, entrou no palco para dançar e cantar com a banda o sucesso "Blue Monday", que encerrou o espetáculo de pouco mais de uma hora.

De alma lavada, demos uma rápida conferida na frenética apresentação de Judge Jules na sala 2, via satélite direto da festa da Radio 1 em Leeds, e voltamos ao salão principal para o show do Underworld. O grupo apresentou sucessos antigos e músicas inéditas que estarão no novo disco. Combinando um som possante com um visual alucinante, o show do grupo está entre os melhores de música eletrônica. Pelas músicas novas, dá para ver que o novo disco tem tudo para repetir o sucesso mundial do último. Para fechar, os caras mandaram "Born Slippy", cantada a plenos pulmões pelo público.

Um rápido descanso e era hora de correr para o palco 3 para curtir o set dos Chemical Brothers. Para quem assim comprou o recém-lançado CD mixado da dupla e ficou decepcionado com o disco, a boa notícia é que o atual set deles ao vivo retorna ao passado, usando e abusando de old skool misturada com um pouco de electro e muito big beats. Ed e Tim souberam como agradar o público, brincando com a galera e levantando os braços para elevar a moral. O público, é claro, delirou e não parou de gritar nas duas horas de set da dupla.

E tome mais correria, desta vez para voltar ao palco principal a tempo de assistir (e fotografar, afinal o trabalho enobrece o homem, não é?) o show do Laurent Garnier. O alucinado francês entrou no palco com uma cantora, um baterista e um multiintrumentista e atacou com um techno pesadíssimo, até mais do que ele faz geralmente em seus sets. O ápice veio na hora do hit "Coloured City" (pra quem não sabe, é aquela música do Ecstaseeee), quase as cinco da manhã. No final, sol nascendo e um pouco do set do Sasha, com seu trance meio funkeado, pista cheia e todo mundo com cara de ressaca. Existe melhor maneira de começar um ano?

.Os textos só poderão ser reproduzidos com a autorização dos autores
© 1999

Fale conosco