Boletim Informativo da Associação Cultural e Desportiva de Ferragudo

ÚLTIMO NÚMERO PUBLICADO

OUTUBRO DE 1998

FICHA TÉCNICA:

DIRECTOR: JOÃO P. S. SANTIAGO

RESPONSÁVEL REDACTORIAL:EDITE TAVARES

REDACÇÃO: AGOSTINHO CUSTÓDIO, DAVID ROQUE, HUGO PINTO, HELDER NEVES, MARIA JOSÉ PIRES, LUIS ALBERTO

PROPRIEDADE: A.C.D. FERRAGUDO - APARTADO 4 - FERRAGUDO -8400 LAGOA- TEL. 082-461376

E-mail: ACDFERRAGUDOPIJ@mail.telepac.pt

COMPOSIÇÃO: SERVIÇOS INFORMÁTICOS DA A.C.D. FERRAGUDO IMPRESSÃO: ARADEGRAFE, ARTESGRÁFICAS,LDA.

PUBLICAÇÃO BIMENSAL - TIRAGEM 1000 EXEMP.


CAPA E CONTRACAPA

O S.A.P.O. INSTALA-SE NA ACD

A EQUIPA DE SENIORES DA ACD DISPUTA ...

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA


TÍTULOS


¥  EDITORIAL
    Da responsabilidade do Director

¥ SEMENTE D´ÁGUA
  Coluna de Ilustração poética - Miguel Afonso

AFLUENTES DA MEMÓRIA

¥ TONALIDADES
   Os Valores - Agostinho Custódio


NOTÍCIAS

OBRA DA SEDE SOCIAL : FIM PREVISTO...

VERSO DE FERNANDO PESSOA É TEMA...

ÉPOCA DESPORTIVA 97/98 CUSTOU...

ACD JÁ TEM CARRINHA

QUOTIZAÇÃO

MARCHA EM FERRAGUDO REÚNE 380 PESSOAS

BIBLIOTECA - ÚLTIMAS AQUISIÇÕES

"NA SOMBRA DOS ROSTOS" AGUARDA PUBLICAÇÃO

O NÚMERO DE ASSOCIADOS NÃO PÁRA DE CRESCER

4283 PESSOAS VISITARAM A EXPOVERÃO

OS FILHOS E OS ENTEADOS

ACD ABRE ESCOLA DE FORMAÇÃO DE BASQUETEBOL...

MARCHAS - CALENDÁRIO

3 COLECTIVIDADES DO CONCELHO PESCAM ...

ACD FERRAGUDO "EMPREGA" 19 PESSOAS

ASSEMBLEIA GERAL APROVOU CONTAS DE 1997


Suplemento Biblioteca

"O pensamento filosófico-jurídico português"

- António Braz Teixeira


Editorial

A ACD tem uma equipa de seniores em basquetebol a disputar o Campeonato Nacional da II Divisão- Sul. Deste facto foi dado relevo pela ACD aos orgãos de comunicação social que habitualmente contactamos e mantemos informados das nossas actividades. A Gazeta de Lagoa inseriu a informação veiculada, a Rádio Lagoa noticiou e o Correio da Manhã iniciou os contactos para uma entrevista de fundo, como aliás aconteceu no ano transacto. No entanto, é ainda muita a Comunicação Social que apenas tem ouvidos para as coisas relacionadas com o futebol. E não é só a Comunicação Social que parece ignorar que o Basquetebol é um desporto extremamente interessante e bonito e que tem tanto valor como outros. Por outro lado serve tão bem como qualquer outro para manter os jovens ocupados e proporcionar-lhes uma prática fundamental para o seu desenvolvimento harmonioso. Este facto não parece ser entendido pelas entidades que apoiam o Desporto e que o possibilitam chegando-se ao ridículo de termos esta equipa de basquetebol a disputar um Campeonato Nacional e para o qual o primeiro treino de pavilhão apenas pôde ocorrer 3 dias antes do primeiro jogo oficial que a ACD teve que ir disputar com a Juventude de Évora, naquela cidade. Apesar do pedido ter sido feito em Agosto e o primeiro jogo ocorrer em 3 de Outubro. Não posso deixar de sentir que nós, ACD, e o Basquetebol não passamos de "primos pobres" a quem se faz o favor de deixar existir. E se digo isto é porque estou consciente das verbas gastas com outras modalidades e que quando se trata de distribuição de subsídios saímos manifestamente penalizados.

São talvez os custos do calar, do aceitar humildemente as migalhas que outros, trabalhando eventualmente menos, não sabem saborear a fartura que às mãos lhes chega. Qualquer análise ainda que superficial demonstra fácilmente o desfazamento dos apoios recebidos para toda a nossa actividade desportiva, se comparados com outros do Concelho, mas sediados em Lagoa. São talvez os custos do não regatear agradecimentos públicos mesmo com a certeza que o pouco que nos chega apenas rende muito mercê de um esforço diário por esta equipa directiva desenvolvido.

Talvez que por estar neste cantinho aprazível que insistentemente serve de foto de promoção turística fiquemos por vezes esquecidos, como foi o caso de recente entrevista do Presidente da Câmara à revista Perfil que, mesmo em cima do acontecimento, não se lembrou da Expoverão que a ACD promove, mas lembrou-se de muitas outras actividades que no Concelho se realizam. Compreendo perfeitamente que não se podesse lembrar de todas, assim como compreendo que algumas serão da sua preferencia, por razões que não as nossas. Compreendo até que é mais fácil não lembrar quando sempre que convidado para a sua inauguração hajam sempre "outros compromissos inadiáveis" que impeçam a sua presença. E como quem não vê mais fácilmente esquece, compreendo que se não lembrasse. Apesar dos relatórios!


SEMENTE D´ÀGUA

Coluna de ilustração poética

Estranho,

este meu jeito de gostar de ti

assim

à queima roupa,

como quem

ama em legítima defesa

sem espaço para as mãos

sem

tempo para os olhos.

Como quem

em desespero de causa

sofregamente beija

o fio da lâmina

em busca do ponto

mais profundo e doloroso

do golpe.

Miguel Afonso in "Intímos Odores / Infímos Rumores"


AFLUENTES DA MEMÓRIA

o Frito Velho ou em busca do tempo perdido

Olho com tristeza a Fábrica, edificio que podia ter sido aproveitado para aí instalar um Museu do Rio e do Mar, um Museu Etnográfico ou de História Local e que está abandonado, maltratado, descuidado. Tiraram-lhe o telhado, numa malícia desnecessária, a apressar a sua ruína. Retiraram-lhe as máquinas e a utensilagem, que num Projecto Museológico teria um enorme valor e não foi feita uma recolha atempada de fotografias da laboração e de outros aspectos que teriam interesse etnográfico. É com atitudes destas que o nosso Património de Arqueologia Industrial vai definhando e a nossa Memória colectiva perdendo pouco a pouco os contornos palpáveis, crescendo a ignorância dos factos e das coisas.

Na minha opinião uma homenagem à operária conserveira, só aqui teria a sua plena justificação. No conjunto escultório devia estar representado um grupo de operários de ambos os sexos, sem falsas divisões sexistas, pois que de homenagem ao labor de uma classe se trata. O artista escultor podia e devia tratar com particular cuidado o rosto e postura destas mulheres que mudaram os ventos da história local, quando face ao trabalho doméstico e nos campos, sazonal, mal pago e no seio de relações de vizinhança sensíveis e muitas vezes conflituosas, participam num trabalho industrial especializado, disciplinado, muito mais exigente, que obrigava ao cumprimento de regras de higiene pessoal - uso do lenço, que prendia e cobria os cabelos, de bata e avental, tamancos - nos utensílios e na manipulação da conserva. Para muitas foi a possibilidade ao alcance da sua mão, juntar um pé de meia e comprar o enxoval ou uma máquina de costura, sonho de muitas jovens. Ao princípio foi difícil para uma mentalidade tradicional e conservadora aceitar esta situação de trabalho assalariado feminino em novos moldes, mas ela trouxe novos postos de trabalho e algum desafogo económico. Era uma lufada de ar fresco ... Um exército de mulheres enchendo as ruas, fardadas de xadrez azul e branco - as operárias da Casa Fialho - ou de qualquer outra cor, a força do trabalho feminino em marcha. A dominação machista e os salários desiguais continuavam mas a mentalidade ia mudando pouco a pouco abrindo-se a novos desafios em que a mulher ganhava os caminhos da responsabilidade, da dignidade e da liberdade.

MONÓLOGO DA OPERÁRIA

Minha mãe de madrugada

Mal amanheça a estrada

Partirei para o trabalho

Alheia à chuva e ao vento

Aí ganho o meu sustento

Aí mostro quanto valho.

Na Fábrica, azeitadeira

Onde dou a força inteira

De meus dias e cuidados

Aí esqueço meus males

E meus filhos são criados.

O apito dá o tom

Em cada hora do dia

Um já no fim da jornada

E de manhã a chamar

À sua estridente voz

Todo o mundo se movia

E à ordem que nos trazia

-Ide-vos a trabalhar!

Na mão esquerda vai a trouxa

Alguma roupa de muda

E na direita o menino

Vai desperto, vai ladino

Sujeito ao meu destino

Na marcha o passo m'afrouxa

No seu andar miudinho

Faria um novo caminho.

Corre, corre nas tamancas

Pela berma da estrada

Mexe os pés, meneia as ancas

Branco lenço lhe enquadra

Rosto gentil, olhos grados

Dias gordos são esperados...

Dez. 96 - Maria José Pires


TONALIDADES

OS VALORES

Naquela tarde o sol caíra redondo e vermelho. Era o fim de um dia quente de Verão, passado na praia de areia escaldante. De repente, ao anoitecer, senti-me a participar na noite mais bela, até porque era a primeira vez que contemplava, daquele modo, o estuário do RIO ARADE. Tudo era agradável, serenidade, harmonia. Parecia que o Céu, o Sol, o Mar e as estrelas preparavam um espectáculo para ALGUEM muito especial. - Como são fantasticas as transformações da Natureza!... De onde lhe virá este poder inteligente? Tudo isto fez-me pensar na História da Humanidade. Naqueles que sabem que por detrás de uma realidade há sempre outra realidade, mais bela e profunda; que estão continuamente atentos e à espera de algo de novo; que apostam e lutam por um futuro mais amoroso. Os outros julgam já ter visto tudo. Riem-se dos que sonham. Para eles, o importante são apenas as certezas do hoje: sabem contar; amealhar apenas para ter mais; viver na superficie monótona do dia-a-dia. Preferem apenas o visível, o imediato, o esperado, pois, deste modo, sentem-se mais seguros. Os que sonham com um futuro melhor, vivem na ESPERANÇA, acreditam na UTOPIA, lutam para que o mundo mude. Só assim a vida fica cheia de sentido e pode ser verdadeiramente saboreada.


OBRA DA SEDE SOCIAL: FIM PREVISTO ATÉ FINAL DO ANO

Depois de algum tempo de paralização, foram retomadas já alguns meses os trabalhos de conclusão das obras da nossa Sede Social. Do ponto de vista da estrutura a obra está acabada, faltando apenas alguns acabamentos (louças sanitárias, electricidade, pintura, etc.) tendo a firma construtora assumido o compromisso de terminar as obras até ao final do ano. Dia 05 de Abril de 1999 (data do nosso 22º Aniversário seria uma data propícia para a cerimónia pública de inauguraçãodas nossas instalações sociais.


VERSO DE FERNANDO PESSOA É TEMA PARA CONCURSO DE FOTOGRAFIA

A edição de 1999 do Concurso Nacional de Fotografia, que a ACD vem realizando regularmente desde 1986, vai ter como tema escolhido o verso de Fernando Pessoa "Ó Mar Salgado".

Brevemente será editado e distribuído o Regulamento do Concurso.


ÉPOCA DESPORTIVA 97/98 CUSTOU 4.400 C

Feitas as contas da época transacta verificou-se que a actividade desportiva teve os seguintes custos;

Desporto Rendimento 2.924 c

Desporto Formação 1.263 c

Desporto Recreação 232 c


ACD já tem Carrinha

Depois de muitos anos de actividade, a ACD conseguiu finalmente adquirir (em 2ª mão) uma carrinha de 9 Lugares para transporte dos seus atletas e participantes. O investimento foi de 2.500 contos, tendo a colectividade obtido um apoio de 1550 c assim distribuido; Câmara Municipal de Lagoa: 500 c Instituto do Desporto: 700 c Governo Civil de Faro: 350 c


QUOTIZAÇÃO

Em 31/12/97 a quotização atrasada (de 1992 a 1997) ascendia a 1.150 contos.

Brevemente irá ser lançada uma Campanha visando a recuperação dessa quotização.

Colabore! Caso tenha quotas em atraso proceda ao seu pagamento.

Todos aqueles para quem trabalhamos irão agradecer-lhe.


MARCHA EM FERRAGUDO REUNE 380 PESSOAS

Realizou-se no passado dia 25 de Outubro a 1ª Marcha organizada pela ACD no ambito do Programa Marchas/98, na qual participaram quase 4 centenas de marchantes de todo o Algarve.


A C D Ferragudo CONGRATULA-SE PELA ATRIBUIÇÃO DO PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA A JOSÉ SARAMAGO

Comunhando do entusiasmo que varreu o País pela atribuição do Prémio Nobel da Literatura ao escritor português José Saramago, a Direcção da ACD aprovou por unanimidade na sua reunião de 9 de Outubro, um Voto de Congratulação pela feliz ocorrencia. Recorde-se que José Saramago está profusamente representado na nossa Biblioteca, a qual possui (e disponibiliza) grande parte da sua obra. Como tributo ao laureado o "ABRIL" publica nas suas páginas uma crónica respigada da sua obra "Deste Mundo e do Outro"

CARTA PARA JOSEFA, MINHA AVó

Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo - e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de àgua. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira - sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.

Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (Contaste-mo tu, ou terei sonhado que o contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.

Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrugada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos - e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Quem to roubou? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti - e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava. Não teremos, realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas - e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, por que te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das àrvores assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: " O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!". É isto que eu não entendo - mas a culpa não é tua.

JOSÉ SARAMAGO in "Deste Mundo e do Outro"


ACD FERRAGUDO

ABRE ESCOLA DE FORMAÇÃO DE BASQUETEBOL EM LAGOA

Com o objectivo de colmatar uma carência em termos de oferta desportiva do concelho de Lagoa, foi recentemente criada pela ACD, a ESCOLA DE FORMAÇÃO DE BASQUETEBOL, que já tem em funcionamento um Polo de Desenvolvimento sediado em Lagoa. Um projecto que na sua primeira fase se desenha da seguinte forma:

População Alvo: Crianças do sexo masculino dos 8 aos 12 anos.

Localização: Pavilhão da Espamol/Lagoa.

Horário: Terças e Quintas Feiras - 18.30H - 19.30H.

Transporte: Assegurado transporte a residentes fora de Lagoa.

Para mais informações/inscrições:

- ACD FERRAGUDO

- PAVILHÃO DA ESPAMOL (nos dias de treino)


MARCHAS - CALENDÁRIO PARA A ÉPOCA 98/99

OUTUBRO - 4 Guia - 11 Tunes - 18 S .B. Messines - 25 Ferragudo

NOVEMBRO - 1 Vale Silves - 8 Sta. Barb. Nexe - 15 Quarteira - 22 Concec. Tavira - 29 Alte

DEZEMBRO - 6 Paderne - 13 Silves - 20 Lagos

JANEIRO - 3 Albufeira - 10 Salir - 17 Albufeira - 24 Tavira - 31 Alcoutim

FEVEREIRO - 7 Parragil - 14 Castro Marim - 21 Quarteira - 28 Lagoa

MARÇO - 7 Tôr (Loulé) - 14 Silves - 21 Martinlongo - 28 S .B. Alportel

ABRIL - 4 Ferragudo - 11 Lagoa - 18 Sta.Barbara de Nexe - 25 Tunes

MAIO - 1 S. B. Messines - 2 Moncarapacho - 9 Guia - 16 Lagos - 23 Parragil - 30 S. B. Alportel

JUNHO - 6 Alte - 13 Olhão (Marcha Final) 29 - Marcha Extra Tavira

Inscrições e informaçãoes pessoalmente ou por telefone na Sede Social da ACD Ferragudo


3 COLECTIVIDADES DO CONCELHO DE LAGOA "PESCAM" ATLETAS NAS NOSSAS ÀGUAS

As nossas equipas de Futebol de 5 sofreram esta época uma autentica razia por parte de 3 clubes do Concelho que, a pretextos vários, aliciaram os nossos atletas, num total de 18.

Tal situação não foi razão suficiente para que a Colectividade deixasse de estar presente nas competições oficiais da modalidade, o que irá acontecer através das categorias de Escolas, Infantis e Juniores.


ACD EMPREGA 19 PESSOAS

A nossa colectividade assume-se como um dos maiores "empregadores" de Ferragudo, uma vez que tem ao seu serviço 19 pessoas entre Técnicos e Funcionários, o que representa um encargo mensal de 520 contos.

A sua distribuição por actividade é a seguinte:

Futsal - 3 Técnicos, Basquetebol - 5 " Escola Form. Basquet - 4 " Ginástica - 1 Técnico Licenciado SAPO (ex ATL) - 2 Técnicas Licenc. e 1 Auxiliar, Dep. Administr.- 3 Funcionárias.


O S.A.P.O. INSTALA-SE NA ACD

É verdade! O SAPO - Serviço de Apoio Pedagógico e de Ocupação Multidisciplinar acaba de se instalar na estrutura orgonica da nossa Colectividade vindo substituir o Espaço ATL e o CID (Centro de Iniciação Desportiva). O SAPO é um serviço extremamente profissional que a ACD disponibilioza para apoiar a formação das crianças de Ferragudo, através de diversas actividades de carácter lúdico, desportivo e escolar. Neste momento o SAPO é frequentado por 42 crianças dos 5 aos 10 anos e funciona diáriamente das 15,30 às 18,30 h. De realçar o elevado grau de qualidade técnica - pedagógica do SAPO, já que tem nos seus quadros 2 técnicas licenciadas, com especialização em àreas específicas da educação infantil.

QUEM É QUEM NO SAPO

Directora Responsável: Dra. Edite Tavares (Socióloga)

Actividades Lúdico-Criativas: Dra. Dora Correia (Licenciada em Educação Infantil

Actividades de Expressão Fisico-Motora: Dra. Raquel Santos (Licenciada em Educação Física e Desportos)

Actividades de Apoio Escolar: Lúcia Ferreira e Mónica Ramos

QUANTO CUSTA O SAPO POR ANO

Pessoal Técnico ............................. 1.560 c

Pessoal Auxiliar ............................ 500 c

Aquisição de materiais ............... 50 c

Seguros de Acidentes Pessoais .. 70 c

Custos indirectos ......................... 200 c

TOTAL 2.400 c


ASSEMBLEIA GERAL APROVOU CONTAS DE 1997

Na Assembleia Geral do passado 25 de Julho foram aprovadas as Contas de Gerência de 1997, as quais, em síntese, apresentam os seguintes indicadores;

Receitas ...... 20.506 c

Despesas ...... 11 .341 c

Em termos patrimoniais situação em 31/12/98 era a seguinte;

Imobilizado .......... 69.314 c

Existencias .......... 133 c

Dívidas de Terceiros ........ 10.028 c

Dep. Bancários e Caixa .... 4.497 c

Credores Diversos .......... 10.639 c



A EQUIPA DE SENIORES DA ACD A DISPUTAR O CAMPEONATO NACIONAL DE BASQUETEBOL DA II DIVISÃO - SUL

Foi no passado dia 3 de Outubro que teve início o Campeonato Nacional de Basquetebol da II Divisão - Sul que os jovens Seniores da ACD começaram a disputar defrontando a equipa do Juventude de Evora naquela cidade. Foi um processo natural de crescimento que levou estes jovens a subir aos escalões superiores, uma vez que a maior parte deles jogou em equipas da ACD de Ferragudo sacrificando muitas horas do seu lazer e com o seu valor e entrega deram à Direção desta Colectividade a obrigação moral de lhes proporcionar a participação em mais esta prova desportiva. O Concelho de Lagoa passa a partir de agora a poder assistir e apoiar no Pavilhão da Espamol, esta sua equipa nos jogos num escalão já muito atraente. A equipa de seniores será orientada pelo Técnico Pedro Romão.

CARLOS ALVO ACEITA DESAFIO

Com o crescimento e subida a escalões superiores, a manutenção das anteriores equipas, assim como a criação da Escola de Formação de Basquetebol em Portimão e Lagoa (ver notícia noutra parte deste boletim) impõem-se novas formas de organização. Assim, a Direcção da ACD fez um convite ao Sr. Carlos Alvo, amante da modalidade e pai de um atleta da primeira hora, para coordenar a àrea do Basquetebol. O convite foi aceite e toda a área do Basquetebol, exceptuando a Formação, será coordenado nesta época por este nosso associado que não terá mãos a medir com as equipas de Iniciados, Cadetes, Juniores "A" e Seniores Masculinos. Boa Sorte !


"NA SOMBRA DOS ROSTOS" aguarda publicação

A ACD apresentou junto da Delegação Regional do Ministério da Cultura, a sua candidatura ao Programa de Apoio à Edição, com vista à publicação do livro "Na Sombra dos Rostos", um estudo no âmbito das ciencias Sociais e Humanas, da autoria da nossa Directora Dra. Edite Tavares. O referido estudo, efectuado no âmbito do nosso Projecto de Recuperação da Memória Operária de Ferragudo, aborda a vivencia das operárias conserveiras (de Ferragudo) e o seu enquadramento social, humano e laboral no período aureo da indústria conserveira.


O NÚMERO DE ASSOCIADOS NÃO PÁRA DE CRESCER

A nossa Colectividade está prestes a atingir os 800 associados, já que na última reunião de Direcção (09/10/98) foi aprovada a admissão do sócio nº 768.

A evolução do nº de associados tem sido a seguinte:

1977 - 62

1983 - 165

1994 - 596

1988 - 210

1996 - 653

1998 - 768 (em 9/10)

Verifica-se assim que nos ùltimos 10 anos o crescimento foi na ordem dos 265%

e nos últimos 5 anos, de 30%


4.283 PESSOAS VISITARAM A EXPOVERÃO

Decorreu no período de 18 de Julho a 09 de Agosto a 4ª Edição da EXPOVERÃO "FERRAGUDO GALERÍA ABERTA" que disponibilizou à população residente e a outros visitantes, 11 exposições simultâneas abrangendo Pintura, Escultura, Fotografia, Cerâmica e Bricolage. Esta nossa iniciativa suscitou a curiosidade e o interesse de 4283 visitantes, o que em relação à edição anterior representa um aumento de 35%.

O custo desta actividade orçou em 620 contos para o qual a colectividade recebeu as seguintes comparticipações;


OS FILHOS E OS ENTEADOS

No período de 1995 a 1997 a Camara Municipal de Lagoa atribuíu 33.351 contos às Colectividades do n/ concelho (transferencias correntes), com a seguinte distribuição:

2 Clubes de Lagoa: 14.5l7 c (média: 7.259 c)

Restantes Colectividades (16): 18.834 c (média: 1.179 c )

Perante esta tão científica distribuição, somos levados a crer que afinal sempre há filhos e enteados.


BIBLIOTECA - ULTIMAS AQUISIÇÕES

A nossa Biblioteca vem adquirindo, ao ritmo de 5 obras por mês, diversos livros e outras publicações que vão enriquecendo o seu acervo e o património da Colectividade. As últimas obras adquiridas, foram as seguintes:

- O último suspiro do Mouro - Salman Rushdie -

A guerra do fim do mundo - Mário Vargas Llosa -

Notícias de um sequestro - Gabriel G. Marquez -

A noiva Judia - Pedro Paixão -

Enciclopédia da Musica Portuguesa - C. Leitores


SUPLEMENTO - BIBLIOTECA

"O pensamento filosófico-jurídico português" - António Braz Teixeira

Não deixa de ser uma interessante e produtiva coincidência ter optado por esta obra algum tempo antes de um assunto de grandeza nacional ter posto em evidência a temática da lei e da sua aplicação; estou a referir-me às touradas de morte em barrancos. Ao fazer uma retrospectiva do pensamento jusfilosófico português o autor não deixa de demonstrar, ainda que passivamente, a capacidade humana de mudar a lei, ainda que aceitemos que ela está escrita na Natureza ou em Deus. Quanto mais não seja a capacidade de evolução das leis terá origem na limitada capacidade humana de compreender de maneira englobante o Absoluto, se partirmos do princípio que ele existe. Logo a lei não é imutável, nem universal, ou seja, não existe desde sempre de forma intemporal, nem se aplica a todas as culturas e povos do planeta. A inúmeros pensadores do passado não era estranho o conceito da lei como subordinada da justiça, verdadeiro ideal que a lei deve obedecer. O monge Amador Arrais, dirá na segunda metade de seiscentos, que não é a lei o que "melhor garante a justiça, pois são diversos os casos particulares e as circunstâncias de pessoa, de tempo e de lugar...". Já António Henriques da Silva (1850-1906), um verdadeiro homem do positivismo, ou seja, adepto da lei como expressão da realidade social e universal, dirá que compete ao direito, alicerçado na lei, cumprir o pacto social que levou à elaboração da mesma servindo-se de todos os meios coacivos e repressivos à sua disposiçaõ. Muito mais que estas duas posições de dois pensadores é apresentada nesta obra, que metodologicamente se divide em épocas e aos vários autores que deram substância a cada uma delas. Não se trata de um tratado, nem de um estudo aprofundado sobre a extensa matéria, é antes uma sintese equilibrada que nos apresenta épocas, pensadores e pensamento. Fica bem claro para o leitor que a histórica da lei, da justiça e do direito estão lado a lado com o evoluir do pensamento geral da sociedade e que por vezes podem ser até motores de aceleração da mudança. Dela se depreende o enorme esforço que gerações de homens fizeram para compreender a natureza humana, a moral, a verdade e até Deus, necessário conhecer durante muitos séculos como fonte de direito. Um pequeno livro que se lê com facilidade e que é capaz de enriquecer os conceitos do leitor quanto às ideias de lei, justiça e direito.

For more information, e-mail us at acdferragudopij@mail.telepac.pt


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