JAIRZINHO

 

O chute forte, certeiro, o pique veloz, irresistível, excelente condição física e admirável espírito de equipe fizeram de Jairzinho o melhor ponta-direita da Copa do Mundo de 1970 e o artilheiro do Brasil no México.

A relação de Jairzinho com o Botafogo começou muito cedo, desde a infância - ainda menino, em 1958, já era gandula no campo da Rua General Severiano. Em 1961, titular nos juvenis, ganha seu primeiro campeonato. Substituindo eventualmente Quarentinha, Zagalo ou Aírton, assume a camisa 7 em 1965, com a venda de Garrincha para o Corinthians. No ano seguinte, é convocado para a Seleção que disputou a Copa do Mundo na Inglaterra, convocação que se repete nas copas seguintes, do México e da Alemanha. No Botafogo, permanece até 1974: o fracasso do Brasil na Alemanha, a insistência de Jairzinho em participar dos ensaios e desfiles pela Escola de Samba Salgueiro, as longas discussões para renovação do contrato acabaram criando um impasse, e o jogador é vendido ao Olympique, de Marselha, no qual já brilhava seu amigo Paulo César Caju.

Da França, saiu dono do passe, depois de uma longa suspensão por ter dado uma cabeçada num bandeirinha. Volta ao Brasil, aluga seu contrato ao Cruzeiro e conquista a Taça Libertadores da América em 1976. No ano seguinte, joga pela Portuguêsa, de Acarigua, Venezuela. Jogou ainda pelo Noroeste de Bauru (SP), Fast de Manaus, Wilsterman da Bolívia e, em 1981, retorna ao Botafogo.

Em sua volta ao Botafogo, o destino lhe prega uma peça: em 1972, o Botafogo dá uma goleada no Flamengo por 6 x 0, três gols de Jairzinho; em sua volta, em 1981, o Flamengo devolve a goleada - os mesmos 6 x 0.

Mas a lembrança guardada pelos botafoguenses é a do Jairzinho artilheiro implacável (em 404 partidas pelo Botafogo, marcou 189 gols), o Furacão da Copa de 1970.

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