PAULO VALENTIN

 

Paulinho Valentin foi para o Botafogo levado pelo técnico João Saldanha para tentar um título que o time não conquistava desde 1948. "Paulinho é um tanque, mas com inteligência. Não é apenas de passar por cima dos zagueiros. Sabe se colocar, jogar com malícia, nunca fugir da área, porque sempre sobra um rebote", justificava Saldanha.

Não errara. Na decisão contra o Fluminense, em 1957, o Botafogo goleava de 6 x 2, cinco marcados por Paulinho Valentin, que se sagrava também artilheiro do campeonato. Estava quebrado o jejum do Botafogo.

Paulinho Valentin começou no Central, de Barra do Piraí, onde nasceu em 1932. Transferiu-se em seguida para o Guarani, de Volta Redonda, e, em seguida, no ano de 1952, assina contrato com o Atlético Mineiro, do qual passa para o Botafogo. Jogou no Botafogo até 1960, quando é vendido para o Boca Juniors. No Boca, conquistou o Campeonato Argentino por duas vezes, em 1962 e 1964. Curiosidade interessante é que em todos os jogos que disputou contra o River Plate, o grande rival do Boca Juniors, sempre marcou.

Vendido para o futebol mexicano, inicia-se o declínio de sua carreira. Volta à Argentina como treinador do time juvenil do Club Trinidad, a 1.200 km de Buenos Aires, pobre e doente.

O excesso de fumo e bebida condenou-o. Morreu em 1983. Mas seu futebol brilhante continua na lembrança dos torcedores brasileiros e argentinos, que tiveram a sorte de ter visto esse craque em seus times.

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