SOBRE MOÇAMBIQUE



Presidente: Joaquim Chissano

Capital: Maputo

Localização: A República de Moçambique está situada na costa Sul-Oriental da África. O território cobre uma superfície
de 799.380 Km2, tendo a fronteira terrestre uma extensão de 4.330 Km. A norte situa-se a Tanzânia, a noroeste faz fronteira
com o Malawi e com a Zâmbia, a oeste com o Zimbabué e República da África do Sul e a sul com a Suazilândia. A leste, é
banhado pelo Oceano Índico, tendo uma extensão de costa de 2.515 km.

Relevo, vegetação e hidrografia: O território é, em cerca de 44%, constituído por planícies, sobretudo a sul.
Mais para norte e interior, surgem os planaltos. As zonas montanhosas constituem 13% do país, sendo o monte Binga
o ponto mais elevado, com 2.436 m.
A rede hidrográfica compreende mais de 60 rios, de que se destacam o Zambeze, o Limpopo, o Rovuma, o Lúrio,
o Incomati,entre outros.

Clima: O clima é influenciado pelo regime de monções do Índico e pela corrente quente do canal de Moçambique.
Apresenta características de temperado nas regiões montanhosas e de tropical nas restantes zonas - chuvoso no norte
e centro e mais seco na metade neridional. A temperatura e a humidade diminuem de norte para sul, distinguindo-se duas
estações: a das chuvas, de Novembro a Março, e a seca, mais acentuada de Abril a Setembro.

População: 18.027.600 habitantes em 1996, segundo projecções

Grupos Etno-linguísticos: Existem minorias de origem asiática e europeia, mas a maioria é de origem Bantu, com diversos grupos étnicos e diferentes idiomas. A língua oficial é o Português.

História: No século XV mercadores árabes fundaram colónias comerciais em Sofala, Quelimane, Angoche e na ilha de
Moçambique. A Ilha de Moçambique viria a ser visitada pela frota de Vasco de Gama no dia 2 de Março de 1498, vindo os
Portugueses a ocupar Sofala em 1506. De início, Moçambique era governada como parte constituinte da Índia portuguesa,
tornando-se mais tarde numa administração separada. Foi colónia portuguesa até 1951 e a partir daí província ultramarina.
A FRELIMO - Frente de Libertação de Moçambique constituiu-se em 1962 e lançou uma campanha militar em 1964. Moçambique torna-se país independente no dia 25 de Junho de 1975.

Política: República de Moçambique.
Constituição: proclamada com a independência, a 25 de Junho de 1975. Revista em Agosto de 1978 e em Novembro de
1990. Poder Político: são reconhecidos como órgãos de soberania o Presidente da República, o Conselho de Ministros,
os tribunais e o Conselho Constitucional. O Presidente da República é eleito por sufrágio directo, secreto e pessoal para
mandatos de cinco anos, podendo ser reeleito apenas duas vezes consecutivas. Joaquim Alberto Chissano é o Chefe de
Estado desde 4 de Janeiro de 1987.

Representação Diplomática:
Em Angola - Embaixador Falézio Teodoro Nalyambipano
Em Portugal - Embaixador Pedro Comissário Afonso

Perfil económico:
PIB per capita: 867 US Dólares (1996 - estimativa)
Taxa de crescimento médio anual: 5,4%
Importações: 547 milhões de dólares (1996 - estimativa)
Principais produtos importados: bens alimentares, produtos químicos e combustívais, maquinaria e equipamento
de transporte.
Exportações: 154 milhões de dólares (1996 - estimativa)
Principais produtos exportados: caju, crustáceos, algodão, açucar.
Principais fornecedores: Estados Unidos da América 5,7%; União Europeia 33,4 %; PVD 47,5% (1985/93).
Principais clientes: Estados Unidos da América 5,7%; União Europeia 40,1%; PVD 40,6% (1985/93).
Moeda: Metical (MZM)
1 USD = 11.140 MZM (1996)




RITOS AFRICANOS

Rito Khomba ou da Nubilidade

O aparecimento da mestruação é o resultado de um mecanismo
miuto complexo: o ciclo mestrual.
Geralmente, o período mestrual ocorre entre os 12 e os 14 anos,
mas pode ocorrer, ora mais cedo, cerca dos 10 anos, ora mais tarde,
por volta dos 16 anos, sem que existam anomalias genitais.É
normalmente precedidade de uma série de modificações que, progressivamente,
transformam corpo da memina em corpo de mulher.

Entre os muitos ritos que existem em África, existe um rito ligado ao aparecimento
da primeira mestruação das raparigas que se chama Khomba ou Kuyissa.
Não é um rito que se pratique entre os Rongas, mas nos povos mais a norte de Maputo. O rito
Khomba realiza-se da seguinte maneira: Quando uma rapariga pensa que está para chegar a primeira
mestruação ela escolhe uma mulher para ser a sua mãe adoptiva. Uma mulher a quem ela ajuda a
apanhar lenha e noutros pequenos e também, para que seja sua confidente e junto de quem possa chorar.
Depois, quando a mestruação chega, começa um período que dura um mês e que junta três ou quatro
raparigas para serem iniciadas em conjunto.
Elas passam a vivier fechadas na mesma palhota e quando saem tapam a cara com pano gordurento e sujo.
Todas as manhãs, as suas mães adoptivas levam as raparigas até ao lago e mergulham-nas na água até
ao pescoço, enquanto cantam canções obscenas.
Nenhum homem se pode aproximar e ver as raparigas. Se algum homem se aproxima as mulheres enxotam-no
batendo-lhe com paus, com a ameaça de que se teimasse ficaria cego.
Quando regressam, em grupo, à palhota que serve de casa às raparigas, as mães adoptivas tratam-nas mal,
batendo-lhes, beliscando-as e arranhando-as para ver qual é a sua capacidade de suportar sofrimentos físicos e ao
mesmo tempo ensinam-lhes os segredos do seu sexo. Fazem-lhes muitas recomendações sobre como se
comportarem com um homem quando estiverem mestruadas.
Também lhes ensinam regras de boas maneiras quando recebem visitas e a forma de as saudas batendo
palmas. Às vezes, vento faz redemoinhar as folhas secas, e elas, julgando que é o ruído de passos, saúdam
respeitosamente.
No fim dum mês a mãe adoptiva leva a rapariga a casa dos seus pais e realiza-se na altura uma pequena
festa onde a rapariga iniciada oferece prendas à mãe adoptiva, que por sua vez as distribui pelas mulheres
mais velhas. Se a rapariga iniciada já tiver sido lobolada*, a mãe leva-a ao futuro marido, dizendo que ela já
"está mulher ". Só nessa altura é que lhe tiram o véu e ele dá-lhe uma libra esterlina. A esta cerimônia chama-se
Kukunga e com ela mostra-se à aldeia que ela fica a fazer parte do grupo dos adultos.
O rito Khomba é o rito de passagem da vida assexuada para a vida sexuada.

Este, como muitos outros ritos estão a desaparecer na medida em que pelo menos os jovens vão recebendo
mais instruções. Se os mais velhos têm muito a ensinar aos mais novos, também estes podem, aos poucos,
mostrar que algumas coisas que são uma violência para as adolescentes podem deixar de existir.




*Lobolada-Vendida, pai entrega a filha ao futuro marido em troca de dinheiro ou algo valioso.





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Página criada em 21 de Novembro de 1999. Última actualização feita em 7 de Fevereiro de 2000