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ENCANTO
RADICAL

por SÉRGIO MARTINS


De Claudinho & Buchecha a Caetano Veloso, todos dizem que eles são os tais. Meio milhão de discos vendidos, sucesso nas FMs, o Brasil se rende às rimas fortes dos Racionais.

A cena se repete todo fim de semana. Num baile da periferia de São Paulo, os primeiros acordes de "Jorge da Capadócia" levam cerca de 2 mil pessoas ao delírio. Sozinho no camarim (na verdade, um espaço limitado por compensados de madeira), Mano Brown, nome artístico de Pedro Paulo Soares Pereira, 27 anos, acaba de engolir o último naco de seu sanduíche de queijo. Sobe na cadeira, faz pequenos movimentos com o pescoço e com os braços. Se benze e segundos depois incendeia a platéia com discursos inflamados e crônicas do dia-a-dia no subúrbio de São Paulo.
"Eu não sou artista. Artista faz arte, eu faço arma. Sou terrorista", costuma dizer.

ShowBizz, Ed. 155, junho/1998.



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