Patrimônio de Astorga
Em, 8 de maio de 1945, dia do armistício da Segunda Guerra Mundial, o engenheiro agrônomo Vladimir Babkov, chefe do Departamento de Topografia e Procurador da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, elaborou o projeto do patrimônio. Fê-lo em forma de triangulo, simbolizando a letra "V" em homenagem à vitória dos aliados.
A própria Companhia não acreditava no futuro de Astorga. por isso o grande planejador das cidades da C.M.N.P. não aprofundou seus estudos sobre o mencionado projeto.
Com suas palavras ele conta como batizou o patrimônio:
"Quando foi para eu fazer o mapeamento da área levantada pelo topógrafo Spartaco Príncipe Bambi,havia usado todos os termos da toponímia tupi-guarani constante de um dicionário, fornecido anteriormente pela Companhia. Eu estava então no meu escritório.Coloquei o dedo no mapa da Espanha, incidindo sobre a cidade de Astorga, achei bonito. Dei o nome àquele Ribeirão, de Ribeirão Astorga".
O nome estava fadado a ser o do município. Pois era norma da Companhia dar o nome à Gleba, o atribuído a sua melhor água; e o da Gleba, ao patrimônio, que evoluindo, o levaria consigo para sempre.
Na planta original, figuram 19 quadras, totalizando 238 lotes, perfazendo uma área de 239.580 metros quadrados ou 9.90 alqueires, assim divididos: para escolas, 3200 m2; Prefeitura, 1656 m2; 4 praças, 2348 m2; 232 datas, 176.082 m2.
O projeto foi calculado pelo matemático Walter Kreiser.
O primeiro morador da Gleba Patrimônio e do Patrimônio foi o senhor Antenor Domingues de Moraes, que adquiriu no dia 15 de dezembro de 1944, o lote número seis, quadra 10, no valor de 640 cruzeiros.
Oficialmente, o patrimônio foi instalado em 1945. No dia 22 de abril daquele ano recebeu a visita de Arthur Thomas, gerente administrativo da Cia. de Terras. Na oportunidade, ele nominou as ruas da pequena localidade. Sua permanência foi motivo de festa.