NOSSOS CORPOS
Nossos corpos se cruzam e descruzam
como serpentes cálidas
se enroscam e se apertam
atarracham num crescendo sem limite.
Há gemidos delirantes há percussões
arrítmicas
respirações ofegantes empastadas em suor
até ao êxtase e ao torpor.
Não há discurso erótico que resista à mudez
desta nudez tumultuosamente
sinfônica.
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