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HISTÓRICO IG.UFRJ

Nesta introdução faremos um breve histórico da cátedra de Ginecologia da Universidade do Brasil, transformada hoje em Disciplina de Departamento na Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto de Ginecologia.

Antes de 1935, o ensino da ginecologia, embora sob a direção do eminente Mestre Prof. Augusto Brandão, não era ministrado regularmente e associava-se à cirurgia geral. Após a morte desse Mestre, Arnaldo de Moraes, seu discípulo, obtém a cátedra em renhido concurso.

Ainda sem local de trabalho, reunindo-se, Mestre e auxiliares, em torno de uma histórica "banheira"no Hospital Estácio de Sá, discutem-se os primeiros problemas da cátedra. São nomeados os primeiros assistentes: Mario Pardal e A. Felício dos Santos; e como assistentes extranumerários: Borges Valadão, Pinto Vasconcelos, J.C. Sthel Filho, Oswaldo Loureiro, Assis Pacheco, F. Victor Rodrigues, A. Aquino Salles, muitos deles já com sua palavra, hoje, emudecida. A aula inaugural somente foi possível a 2/9/36, no pavilhão de aulas do Hospital Estácio de Sá, onde se instalou sua clínica, com 30 leitos; mais tarde, em 1942, foi transferida para o Hospital Moncorvo Filho.

Em 1936 ainda, o Prof. Moraes funda uma revista "Anais Brasileiros de Ginecologia", que seria durante longos anos, o órgão oficial da Cátedra.

Para o Prof. Arnaldo de Moraes a cátedra de Ginecologia não podia limitar-se ao atendimento geral da especialidade e ao ensino curricular da fisiopatologia do aparelho genital feminino; a ginecologia, encarando a mulher como um todo, teria que se relacionar com os demais setores da medicina; e por outro lado, teria que subdividir-se e estudar com mais detalhes os diversos aspectos das ginecopatias.

Em, 1942 cria-se o Consultório de Esterilidade, em 1943 inaugura-se o Ateneu da Clínica para discutir os casos e os problemas da mesma; em 1945 inauguram-se o Serviço de Roentgenterapia, o Laboratório Experimental de Ginecologia e Embriologia, o Serviço de Documentação.

Em 1947 cria-se o Instituto de Ginecologia pelo Conselho Universitário. Reza nos autos de sua criação, a justificativa: "A organização dada pelo Prof. Arnaldo de Moraes aos Serviços de Ginecologia do Hospital Moncorvo Filho, onde se realiza o ensino da cátedra de que é titular, pela excelência das suas instalações, pelo valor e eficiência dos vários laboratórios de exames e pesquisa, nesse importante ramo da medicina, de que está dotado e, sobretudo, pelo caráter de investigação científica que o eminente catedrático tem sabido imprimir aos trabalhos que aí se realizam, já constitui um verdadeiro Instituto de Ginecologia". E é nomeado seu primeiro diretor, o Prof. Arnaldo de Moraes.

O Instituto e a Cátedra fundem-se então, no grande objetivo do ensino da especialidade. Prosseguem os Cursos de Extensão Universitária sobre vários temas, especialmente sobre Câncer ginecológico. Em 1948 reunem-se a citologia que já era estudada e aplicada aqui desde 1941, a colposcopia que teve também nesta Clínica a origem de seu estudo e projeção de seu ensino por todo o país, e a patologia, para ser criado um dos setores mais valiosos deste Instituto, primeiro nesse gênero no Brasil, o Ambulatório de Diagnóstico precoce, chamado de "Preventivo" de Câncer.

Com todos esses setores, de diagnóstico precoce do câncer, citologia, colposcopia, patologia, radiodiagnóstico, radioterapia, laboratório de análises, laboratório de hormônios, laboratório experimental, consultórios de ginecologia, de urologia ginecológica, de proctologia, de esterilidade conjugal, de endocrinologia e ainda a atenção das pacientes no pré-operatório por um clínico geral e por uma psicóloga, realmente teve este Instituto condições, não por suas instalações, que modestas, mas pela força de vontade, competência e trabalho constante de seu diretor e assistentes, de ser o Centro de irradiação do ensino da ginecologia por esse Brasil afora.

E isso o confirmam os inúmeros médicos, espalhados por todo o país, que aqui vieram fazer cursos ou estágios. Além disso, a autonomia do Instituto facilitando estudos e pesquisas, permitiu a autonomia da especialiadade e sua consequente expansão, saindo de mera atenção dos doentes e ensino curricular, para uma evolução científica pós-graduada, formação de bons profissionais.

O Prof. Arnaldo de Moraes faleceu em 1961. Sucedeu-o na Direção o Prof. Francisco Vitor Rodrigues, que após concurso, acendera a cátedra.

Durante sua gestão, manteve a tradição criada por Arnaldo e começou o Curso de Pós-Graduação Sensu-Lato - Especialização e/ou Residência em Ginecologia um dos pioneiros no Brasil. Desse modo espalhou no país os primeiros especialistas em Ginecologia. Após seu falecimento substituiu-lhe na cátedra e na Direção o Prof. Alípio Augusto Camelo em 1972, mantendo a tradição da Instituição até 1991.

Nestes 44 anos elevou-se sempre o conceito profissional do Instituto que ampliou suas atividades em dezena de cursos de graduação, pós-graduação e aperfeiçoamento, pesquisas e trabalhos publicados.

A aposentadoria do Prof. Alípio Augusto Camelo, em 11 de março de 1991, assumiu a direção o Prof. Paschoal Martini Simões. Eleito conforme regimento da UFRJ por período de 4 (quatro) anos, em 1994.

Embora instalado em área física do Hospital Moncorvo Filho, é, sob o aspecto administrativo, órgão integrante do Centro de Ciências da Saúde da UFRJ, mantém autonomia administrativa e sua Direção tem assento no Conselho de Coordenação do Centro de Ciências da Saúde.

Sob o aspecto didático, mesclam-se atividades de ensino, pesquisa e extensão. As atividades de ensino compreendem:

- Disciplina eletiva, ministrada a alunos de graduação da Faculdade de Medicina da UFRJ.

- Internatos rotatórios e eletivo (alunos do curso de graduação, da Faculdade de Medicina da UFRJ).

- Mestrado em Ginecologia.

- Doutorado em Ginecologia.

Há, em desenvolvimento, diversos projetos de pesquisa.

As atividade de ensino abrangem ainda, demais procedimentos teóricos desenvolvidos em cada setor, seminários e reuniões semanais do Centro de Estudos e conferência ministradas por professores convidados.

São inúmeras as publicações, bem como as participações dos docentes e dos alunos em cursos, jornadas e congressos da especialidade, em todo o Brasil. Também, há participação em bancas examinadoras de concursos realizados dentro e fora do âmbito da UFRJ.

As atividade de extensão são representadas pelo atendimento em ambulatório de ginecologia geral, ambuilatórios especializados e em procedimentos cirúrgicos correspondentes a leitos de enfermaria.

A unidade ambulatorial compreende:

. Ambulatório Geral - triagem fina;

. Patologia cervical - prevenção do câncer ginecológico;

. Patologia vulvar;

. Mastologia - Unidade de Mastografia de alta resolução;

. Urologia feminina;

. Esterilidade;

. Endocrinologia ginecológica;

. Ginecologia infanto-puberal e da adolescência;

. Planejamento familiar;

. Endoscopia ginecológica e Ultrassonografia;

. Radioterapia;

. Assistência social;

. Video-endoscopia diagnóstica e cirúrgica.

A unidade de hopitalização compreende:

.leitos para radioterapia........................ 07 leitos.

.leitos para patologia cirúrgica.............. 43 leitos ativos.

.leitos para patologia cirúrgica.............. 17 leitos (one day).

.leitos para recuperação anestésica ..... 06 leitos.

.Quarto Particular ............................... 02 leitos.

.Total ..................................................58 leitos existentes.

Embora funcione dentro da rede assistencial como Hospital de referência, os atendimentos tem sido de natureza primária, secundária e terciária. A tendência, no entanto, é funcionar como hospital de natureza terciária.