Dentes

Porque os dentes amolecem
     O periodonto compreende: gengiva, ligamento periodontal, cemento radicular e osso
alveolar; sua principal função é inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares.  A placa 
bacteriana é uma comunidade viva e organizada de microorganismos que se forma sobre
os dentes; é composta de várias espécies e raças, embebidas em matriz extracelular 
formada por produtos de metabolismo bacteriano e substrato de soro, saliva e dieta.
     A placa e os demais microorganismos bucais são responsáveis pela cárie e a doença
periodontal.  Na infância a cárie é mais prevalente que a doença periodontal, se 
invertendo com os anos.  A saúde periodontal resulta do equilíbrio entre parasita e 
hospedeiro. O tipo mais comum de doença gengival é uma simples inflamação causada pela
placa presa à superfície do dente (gengivite crônica marginal ou gengivite simples);
pode se estacionar por tempo indefinido, ou iniciar a destruição das estruturas de 
suporte (periodontite); as alterações inflamatórias na gengiva surgem em 2 dias de 
crescimento bacteriano não-perturbado, na porção cervical da superfície dentária; no
início há alterações discretas de cor e textura dos tecidos marginais; após 10 a 20 
dias de acúmulo de placa, uma gengivite se estabelece, com vermelhidão e 
tumefação gengival; caso a 
placa seja removida nesta fase e medidas de controle instituídas, a inflamação logo desaparece.  
     À medida que a doença evolui há mudanças na microbiota local, com menor 
proporção de cocos e 
bastonetes Gram positivos, e mais G negativos.  Além da placa, o cálculo dentário (tártaro - 
depósito calcificado sobre os dentes e outras estruturas sólidas na boca) se associa à doença periodontal; 
como o cálculo está sempre recoberto por uma camada de placa não-mineralizada, é difícil avaliar o 
quanto ele, per se, é nocivo; ele não irrita diretamente a gengiva, mas proporciona
um nicho fixo para o acúmulo continuado da placa superficial irritante, e a 
manutenção desta contra a gengiva.  
     Restaurações dentárias e próteses defeituosas são também causas de inflamação 
gengival e destruição periodontal; margens defeituosas em excesso são localizações
ideais para o acúmulo de placa.  As dietas macias levam ao maior acúmulo de 
placa e à formação de cálculo, já que a retenção é mais fácil; também deficiências
vitamínicas predispõem a alterações gengivais.  
     Ainda, o mau posicionamento dos dentes e o uso inadequado de palito.  
Clínica
Na gengivite crônica há inchaço mole, amolecimento marcante e friabilidade, pontos vermelhos com descamação e consistência firme, como a do couro; na aguda há inchaço, amolecimento difuso, descamação do tecido necrosado e vesículas. A causa mais comum de sangramento gengival é a inflamação crônica causada pelo acúmulo de placa, sendo provocada por trauma mecânico, como escova de dentes, palitos ou impacção de alimentos, mordidas em alimentos sólidos ou ranger dos dentes. A placa, a longo prazo, causa reabsorção do osso que sustenta o dente, com exposição de porções da raiz e maior mobilidade dentária.
Controle
Remoção da placa com escova, fio dental e dentifrícios; às vezes no consultório; também pode se lançar mão (em casos difíceis) de agentes químicos (clorexidina; seu uso freqüente causa pigmentação dentária, perda do paladar e gosto metálico; fluoretos e outros anti-sépticos também podem ser úteis). Usar escova de dentes de cabeça curta, com corte reto, pontas arredondadas, com cerdas de náilon macias, com 3 a 4 carreiras de tufos. Para a remoção da placa interdental, usar fio ou fita dental, escovas interproximais e/ou escovas com apenas um tufo de cerdas. A limpeza mecânica é, atualmente, o único meio efetivo de controle da placa.

O que mais sofremos
          O que mais sofremos no mundo.
Não é a dificuldade.
                 É o desânimo em superá-la.
Não é a provação.
              É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença.
            É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz.
                     É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso.
              É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão.
                É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez.
                      É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria.
             É o orgulho ferido.
Não é a tentação.
              É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo.
                      É a paixão pelas aparências.
          O pior problema é a carga de aflição que criamos, desenvolvemos e susten-
tamos contra nós.

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