RFLP


Sinônimos:  "Single-Locus Probe"


Em um teste de paternidade mediante a análise do DNA, várias regiões são analisadas em diferentes cromossomos. Essas regiões são especificamente selecionadas por possuirem grande diversidade de tamanho dentro de uma população (marcadores genéticos). Algumas vezes, fragmentos de até 100 tamanhos diferentes podem ser encontrados em uma dessas regiões, ao ser estudada a população geral.

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O exemplo acima mostra 6 tamanhos diferentes de um mesmo marcador genético.Um indivíduo carrega 2 marcadores, um em cada cromossomo (paterno e materno). Cada um desses marcadores, em um mesmo indivíduo, é denominado alelo. Assim, cada indivíduo possue 2 alelos e uma população possui diversos alelos para um mesmo marcador.

A figura abaixo exemplifica o padrão encontrado em 6  pessoas diferentes, da forma em que o resultado é obtido em um laboratório de DNA. Cada pessoa possui 2 bandas (representação visual dos alelos). Elas podem ter tamanhos diferentes (pessoas número 1, 2 e 5) ou iguais (pessoas número 3, 4 e 6). Ainda que apenas uma única banda seja visível, sabemos que todas as pessoas acima possuem 2 alelos, portanto, ambos de mesmo tamanho (daí, coincidirem).

Hipotéticamente, se o indivíduo número 3 for a mãe biológica da pessoa de número 5, usamos o seguinte raciocínio para verificar qual das outras pessoas poderia ser o pai biológico: a criança (5) apresenta 2 bandas, a superior e a inferior; a mãe possui 2 bandas inferiores, portanto ela só pode segregar ("doar") as bandas inferiores, resultando que o pai biológico somente poderá ser o que tiver ao menos uma banda superior. As pessoas  2, 4 e 6 possuem, ao menos, uma banda superior e, em consequencia, uma delas poderia ser o pai biológico. A pessoa número 1 apenas possui banda inferior, sendo, portanto, excluído da paternidade. Assim, quanto maior o número de marcadores utilizados, tanto maior o número de pessoas a serem excluídos, seguindo-se o raciocínio acima até a identificação do pai biológico.

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Os referidos fragmentos de DNA ocorrem com uma determinada freqüência nos diferentes grupos populacionais. Assim, para  saber-se a freqüência de cada alelo, diversos grupos populacionais devem ser estudados. Se um marcador estiver presente em 100% das pessoas, a freqüência será 1. Se não estiver presente em nenhuma das pessoas, sua freqüência será zero. Um marcador é considerado "utilizável" quando sua freqüência estiver entre zero e 1. Um "bom" marcador tem sua freqüência entre 0.2 e 0.8. Para isso, bancos de dados são criados contendo informação sobre cada um dos marcadores. É importante que essa informação seja coletada e reconhecida cientificamente.

 

Analisando-se vários marcadores e combinando-se a freqüência de cada um, pode-se excluir indivíduos que não são pais biológicos em relação aos alegados filhos, com uma grande margem de certeza. Considera-se, hoje, que um teste de paternidade tem um poder de exclusão aceitável, quando exclui mais do que 99% da população masculina analisada ao acaso. Se um suposto pai não foi excluído da paternidade que lhe é alegada, um número pode ser utilizado para indicar quantas vezes mais ele tem probabilidade de ser o pai biológico que outro indivíduo, tomado ao acaso, no grupo populacional em estudo. O número referido é conhecido como  Índice de Paternidade. O resultado do exame de DNA também pode ser expresso mediante a Probabilidade de Paternidade. Antes de qualquer análise, a probabilidade inicial de uma pessoa ser o pai biológico é de 50% (sim ou não). Baseado neste dado e nos resultados da análise do DNA, a probabilidade posterior pode ser calculada utilizando-se a freqüência de cada marcador (Teorema de Byer), o que pode conduzir a probabilidade de paternidade a números elevados,  superiores mesmo a 99.9%.


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Prof. Dr. Ayush M. Amar email.gif (25189 bytes) Dr. Marcelo J. A. Amar

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