A Pílula do Dia Seguinte
Como funciona?
A fecundação - a fusão entre a célula do homem (espermatzoide) e a célula da mulher (óvulo) - dá-se no terço externo da trompa.
A trompa é aquele canal que, na mulher, leva os óvulos que saem do ovário, até ao útero.
Da fusão nasce o ovo que é um ser radicalmente diferente da mãe e do pai, com uma identidade genética única e original.
Quando o ovo chega ao útero aninha-se na parede, fazendo uma espécie de cama. Para isso contribuem as hormonas da mãe que, desde o momento em que se deu a fecundação, alteraram o seu ritmo habitual criando uma camada mais profunda com artérias, veias e tecidos que podem ser utilizados pelo embrião para se alimentar.
Se não encontrar um "terreno" adequado, isto é, se a parede do útero não lhe fornecer condições adequadas para se alimentar, morre. Irá sair misturado com sangue e restos celulares numa hemorragia que pode ser semelhante à menstruação.
 
 
As pílulas chamadas "do dia seguinte", entre outras coisas, impedem que o embrião se possa "encostar" à parede uterina. Não tendo alimento acaba por morrer e sair. Só são eficazes se utilizadas nas primeiras 72 horas após a relação sexual pois é esse o tempo que - caso tenha ocorrido uma gravidez - o embrião demora a chegar ao útero.
Por isto se pode dizer que um dos efeitos prováveis destas "pílulas" é o efeito abortivo.