AQUI VOCÊ ENCONTRA UMA PEQUENA BIOGRAFIA DE ALGUNS SANTOS DA NOSSA IGREJA

 

São João Batista - (24/06)

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje com muita alegria nós estamos com vocês com a Solenidade do Nascimento de São João Batista. Poucos santos foram e são tão populares em todo o mundo cristão como este santo. Cantos, danças folclóricas, fogueiras e quadrilhas, foguetes, além das procissões e mastros, são os aspectos típicos da festa de João Batista.

Você pode perguntar porque tanta devoção. Ele é o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento. Não podemos esquecer que seu nascimento é uma espécie de Natal antecipado. E sua vida de pregador prepara a chegada de Cristo. Seu nascimento e missão foram anunciados pelo Anjo Gabriel ao pai Zacarias. Na circuncisão ele recebeu, por inspiração divina, o nome de João. Ele era 6 meses mais velho do que Jesus, mas iniciou sua pregação pública à beira do rio Jordão, alguns anos antes de Cristo dar início à própria missão.

O evangelista Lucas assim resume a infância de João: "O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.

Com palavras vibrantes pregava a necessidade da conversão e do batismo de penitência. Suas palavras eram duras.

A originalidade de João Batista era o convite que fazia ao povo para receber a ablução com água no rio Jordão, prática chamada batismo, e daí me deram o apelido de Batista.

João Batista teve a sorte de batizar o próprio Cristo, embora protestasse ser indigno de desatar-lhe as sandálias.

O maior elogio dado a São João Batista foi feito por Jesus nestas palavras: "Ele é mais do que um profeta, jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior que João Batista, contudo o menor no Reino de Deus é maior do que ele". João, de fato, pertence ao Antigo Testamento e nós pertencemos ao Novo Testamento. Quem viver plenamente a redenção que nos vem de Cristo, já é maior, pela graça, que o profeta João!

Oremos ao Senhor: Concedei, Deus todo-poderoso, que a vossa família siga pelo caminho da salvação, e, atenta às exortações de São João Batista, chegue ao redentor que ele anunciou. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Todo cristão tem que ser, de uma forma ou outra, um João Batista, que prepara com humildade e coragem os caminhos do Senhor. Você pode ser um deles.

São Guilherme – 25/06

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje lembrarmos com carinho a memória de São Guilherme, abade. O Santo Abade Guilherme nasceu em Vercelli, Itália, por volta do ano 1085 Penitência a urna família nobre. Mais nobres porém eram os sentimentos religiosos que o animavam desde a juventude Órfão desde pequenino, foi educado por parentes próximos, revelando bem cedo vocação pela vida religiosa.

Com a idade de 14 anos, fez peregrinação ao santuário de São Tiago de Compostela, na Espanha, revestido de trajes de penitência. Mais tarde dirigiu-se a lugares e montanhosos para entregar-se á oração e a penitência, até que se fixou definitivamente sobre o monte Parténio, palavra que significa "Montanha da Virgem", e ai deu origem á construção do santuário de Nossa Senhora do Monte Vergine, ainda hoje centro de inúmeras romarias.

A santidade, por sua natureza, luz que ilumina e exemplo que arrasta.! A Congregação dos Monges do Monte Vergine difundiu-se rapidamente principalmente no sul da Itália, e fez com que Guilherme abandonasse a tranqüilidade do mosteiro para assumir a missão de fundador de numerosos mosteiros com o objetivo de acolher religiosos leigos e padres./

Guilherme, pai e mestre de monges, faleceu em Nusco, peno de Nápoles, em 1142 com 67 anos de idade.! Seus restos mortais são venerados na Igreja da Sanúsgima Virgem por ele construída sobre o monte Parténio.!

Oremos ao Senhor; O Deus, que chamaste á oração e a penitência São Guilherme, para vos servir por urna vida santa, dai-nos, por suas preces, a graça de renunciar a nós mesmos e amar-vos acima de tudo.! Por Cristo, nosso Senhor.! Amém./

Evangelho pode promover uma simplicidade transparente, quando levado a sério.

São Virgílio - (26/06)

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje lembramos com muita veneração a memória de São Virgílio, mártir. Quem visita a cidade de Trento, uma das mais antigas do norte da Itália, entre as montanhas dos Alpes, depara logo com a bela catedral de São Virgílio, primeiro bispo daquela diocese, morto no ano 405.

Uma das características da Igreja dos primeiros séculos era considerar-se missionária, ou seja, devedora da mensagem de salvação aos irmãos, ainda pagãos. As comunidades eclesiais formavam e enviavam seus missionários às regiões próximas, a fim de levar o Evangelho.

Virgílio foi um destes grandes missionários. Formou-se na escola de Santo Ambrósio, o grande bispo de Milão, que o enviou com a missão de evangelizar as regiões do norte da Itália.

Andou pelos vales e montanhas pregando o evangelho e formando comunidades eclesiais, que, depois se transformaram em paróquias. Conseguiu, finalmente, dar uma estrutura definitiva à organização eclesial, criando a diocese de Trento, da qual foi ordenado bispo.

Os pajés tinham uma grande resistência à pregação do Evangelho porque viam no Cristianismo um atentado ao próprio prestígio junto ao povo. Enquanto estava evangelizando o vale de Sarca, os pajés armados de grandes pedras avançaram contra o bispo Virgílio matando-o. Seu corpo foi levado para a Catedral de Tentro, que ele tinha construído, e colocado numa cripta apropriada.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, destes a São Virgílio superar as torturas do martírio. Concedei que, celebrando o dia do seu triunfo, passemos invictos por entre as ciladas do inimigo, graças à vossa proteção. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

É do sangue dos mártires que a Igreja recebe novo ardor missionário.

São Cirilo de Alexandria - (27/06)

Hoje a Igreja lembra com muito orgulho a memória de São Cirilo de Alexandria, bispo e doutor da Igreja. Cirilo nasceu no ano 370. Em 412 foi escolhido bispo e patriarca de Alexandria, no Egito. Cirilo tornou-se conhecido principalmente por sua posição firme em defesa da fé.

Um monge de nome Nestório de Antioquia da Síria tinha sido elevado à cátedra de Constantinópla, e seu ensinamento vinha escandalizando os fiéis. Nestório pregava erradamente que em Jesus Cristo havia duas pessoas: a pessoa divina habitava no homem, Jesus, como alguém numa tenda; com isso não havia unidade pessoal das duas naturezas, divina e humana, em Cristo, e as ações de Cristo, mesmo a paixão e morte, não eram próprias de Jesus Deus, mas de Jesus simples homem. Em consequência, Maria não era verdadeira Mãe de Deus, mas apenas mãe do homem Jesus.

Contra essa doutrina absurda Cirilo moveu todas as suas energias, movimentou bispos, escreveu tratados e feriu pessoas com seus modos duros.

Primeiro, Cirilo tentou todos os meios pacíficos para conseguir que Nestório retirasse sua afirmação que Nossa Senhora não devia ser chamada Mãe de Deus. Nestório respondeu com insultos e calúnias. Cirilo então consultou o Papa Celestino e, ao receber resposta favorável, um novo Concílio Ecumênico em Éfeso, no ano 431, que rejeitou a doutrina de Nestório e proclamando a doutrina em favor da maternidade divina de Maria.

O nestorianismo, porém, não morreu logo, e São Cirilo teve que sofrer perseguições e calúnias pela sua ação enérgica em defesa da fé. No entanto, ele procurou criar um clima de união e paz, mesmo com seus adversários. Cirilo faleceu no ano 444, e a Igreja, como reconhecimento de seus méritos, declarou-o Doutor.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que suscitastes em Alexandria o bispo São Cirilo para proclamar Maria Mãe de Deus, dai, aos que professam a maternidade divina, serem salvos pela encarnação do vosso Filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Nem todos os santos foram simples cordeiros. Alguns se revelaram como leões, na luta que lhes parecia justa.

Santo Irineu - (28/06)

Amados irmãos e irmãs em Cristo, a Igreja lembra hoje a memória do mais famoso dos escritores cristãos, do fim do século II: Santo Irineu, bispo e mártir. O nome Irineu em grego significa "portador da paz". Pertenceu ao grupo dos apologistas que defenderam a fé contra filósofos e gnósticos.

Natural da Ásia Menor, Irineu fora discípulo do grande bispo Policarpo. Policarpo tinha sido ordenado bispo pelo apóstolo e evangelista São João. Tudo o que se referia ao apóstolo São João ou a episódios da vida de Cristo, Irineu não perdia uma só palavra. Ele mesmo escreveu assim: "Tudo quando tive a graça de ouvir sobre a pessoa de Jesus Cristo e do apóstolo São João não passei para o papel, mas guarde-o bem no coração, renovando-o dariamente na minha vida, com toda simplicidade".

Tendo recebido o sacramento da Ordem do bispo Policarpo, viajou em seguida para a França, para a região de Lião. Lá já existia numerosa e fervorosa comunidade cristã, por volta do século II, e Irineu se colocou a serviço daquela Igreja. No ano 177, substituiu o bispo Potino que foi martirizado em Lião com um grupo de cristãos. Clero e povo aclamaram Irineu como novo bispo da Igreja de Lião.

Contra as várias doutrinas anti-cristãs, principalmente a heresia montanista propagada por alguns fanáticos vindo do Oriente, que pregavam o desprezo das coisas do mundo e anunciavam a volta iminente de Cristo, Irineu procurou por em evidência o ensinamento vindo dos apóstolos através dos seus sucessores. Graças a esse trabalho possuímos a lista de todos os sucessores do apóstolo Pedro em Roma até no tempo de Irineu.

Irineu deixou vários escritos qe chegaram até nós, importantes para o conhecimento da história da Igreja no século II. O mais conhecido deles é seu livro com o título "Contra os hereges". E nas grandes universidades, há sempre novas pesquisas e teses sobre ele.

Mas, além de sábio, dee escritor e de testemunha, foi um verdadeiro pacificador, trouxe a paz.

A tradição diz que ele morreu mártir a espada na perseguição do imperador Severo, no ano 202. Seu corpo foi enterrado junto com os mártires na Igreja de Lião, e venerado na catedral de Lião.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé e a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Cada santo, como cada cristão, vive pela fidelidade a Cristo e ao seu povo.

São Pedro e São Paulo, Apóstolos - 29/06

Amados irmãos e irmãs em Cristo, é com muito entusiasmo que hoje a Igreja celebra a Solenidade de São Pedro e São Paulo, apóstolos e mártires.

Paulo nasceu provavelmente nos primeiros anos da era cristã, em Tarso da Cilícia, hoje Turquia. Usava um nome judeu, Saulo, e outro romano, Paulo, com o qual foi melhor conhecido.

São Pedro de Betsaida, da Galiléia, príncipe dos Apóstolos, um dos Doze, conviveu com Jesus durante três anos, aprendeu com ele os mistérios do Reino do Céu. Paulo foi chamado derrepente, na estrada de Damasco. Pedro se preocupou em anunciar o Evangelho entre os judeus, mas também abriu oficialmente a porta da Igreja ao primeiro pagão Cornélio e sua família. Paulo implantou e lutou por uma pastoral nova: a evangelização do mundo pagão daquela época. Pedro representa aquilo que hoje chamamos de Instituição; Paulo representa o papel profético, dos carismas e dos ministérios. Dois apóstolos, duas vocações, que se complementam na única missão de testemunhar Jesus Cristo e seu Reino. Eles plantaram a fé e cuidaram das comunidades cristãs.

Se hoje seguimos Jesus Cristo é porque muitos homens e mulheres antes de nós percorreram o caminho da fé. Dentre os primeiros estão Pedro e Paulo. Serviram ao Evangelho e ao Reino de formas diferentes e até tiveram discordâncias neste serviço. Porém, foram fiéis ao Senhor deixando-nos a firmeza de sua fé e apostolado.

O Papa tem uma missão fundamental na Igreja Universal, zelar para que a Igreja toda permaneça fiel ao Senhor e ao Reino. Da mesma forma nós também temos em nossa comunidade essa missão.

São Pedro testemunhou sua fidelidade a Cristo com o martírio no ano 64. São Paulo também testemunhou sua fidelidade a Cristo com o martírio no ano 67. São Pedro morreu no local chamado Colina Vaticana. Há provas históricas irrefutáveis que seu corpo foi sepultado onde, atualmente, surge a maior Igreja do mundo: a Basílica de São Pedro. E São Paulo morreu no local hoje chamado Três Fontes.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que hoje nos concedeis a alegria de festejar São Pedro e São Paulo, concedei à vossa Igreja seguir em tudo os mandamentos destes Apóstolos que nos deram as primícias da fé. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Pedro e Paulo, colunas da Igreja, são nossos orientadores e animadores na evangelização, e também na comunhão com Cristo e seu povo.

 

Primeiros Mártires de Roma - 30/06

Amados irmãos e irmãs em Cristo, a liturgia reformada colocou para o último dia de junho, após a festa dos Apóstolos Pedro e Paulo, a memória dos Primeiros Mártires de Roma que foram ceifados pela perseguição do imperador Nero César.

No ano 65 da era cristã, deu-se o terrível incêndio que destruiu grande parte da cidade de Roma. A história diz que o cruel imperador Nero César, tocando cítara, divertia-se do alto duma colina contemplando o terrível espetáculo. O povo ficou indignado pelos fatos, e acusou o imperador de crime. Nero a fim de desviar as acusações dos romanos, jogou a culpa do incêndio nos cristãos, considerados inimigos da religião pagã professada pelo Império Romano.

Foram vítimas do orgulho e da crueldade do imperador Nero. Revestidos de peles de animais, eram lançados aos cães ferozes, crucificados ou queimados vivos, como tochas, à noite, nos jardins do imperador.

São venerados desde o começo do Cristianismo. O Papa São Clemente Romano que presenciou estes fatos escreveu aos cristãos de Corinto dizendo: "Uma enorme multidão de fiéis suportou ultrajes e torturas e se transformou no mais belo exemplo para nós. Entre eles também muitas mulheres, sofrendo afrontas, percorreram a trajetória segura da fé.

Estes primeiros mártires da Igreja Romana, envolvidos na mesma perseguição em que morreram os Apóstolos Pedro e Paulo, são contemplados pela memória litúrgica deste dia, são propostos como maravilhoso exemplo de firmeza de fé.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que consagrastes com o sangue dos mártires os fecundos primórdios da Igreja de Roma, daí que sua coragem no combate nos obtenha uma força inabalável e a alegria da vitória. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Mártires de ontem, testemunhas de hoje, fortalecem os evangelizadores em todas as partes do mundo.

Santos Processo e Martiniano - 01/07

Amados irmãos e irmãos em Cristo, hoje lembramos com muito respeito os Santos Processo e Martiniano, mártires. Foram batizados pelo apóstolo Pedro no Cárcere Mamertino, depois de sofrer terriveis torturas, foram mortos a espada e coroados com o martírio no tempo do imperador Nero César.

Depois de dois dias da festa dos Apóstolos Pedro e Paulo, a Igreja Romana exalta a vitória da fé destes dois santos que merecem especial destaque entre os Primeiros Mártires romanos.

Processo e Martinho eram soldados pagãos responsáveis pelos cárceres romanos. Sob a responsabilidade deles estava Pedro, preso no Cárcere Mamertino, que ainda hoje se conserva como monumento histórico. Era um recinto obscuro, úmido e apertado.

A figura de Pedro que irradiava fé, paciência nos sofrimentos, bondade nos tratos, comoveu sem dúvida os dois guardas Processo e Martiniano que, catequizados, foram batizados pelo próprio Pedro.

Mais tarde, quando Pedro foi levado ao martírio, os carcereiros declararam professar a mesma fé. O juíz desabou em fúrias e ameaças. Enfim, condenou-os à morte. Uma morte cruel e lenta. Isso se deu na Via Aurélia, fora da cidade. Seus corpos foram recolhidos com veneração pelos cristãos e sepultados perto do túmulo de São Pedro, no jardim do Vaticano.

Quando foi construída a Basílica de São Pedro, suas relíquias foram colocadas honrosamente num altar, na ala direita da igreja, para lhes perpetuar a memória.

Oremos ao Senhor: Deus de misericórdia, aumentai em nós a fé que, conservada à custa do próprio sangue, glorificou vossos mártires São Processo e São Martiniano. Dai-nos também ser santificados, pela vivência da mesma fé. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Os mártires são testemunhas vivas do Evangelho de Cristo e nos incoraja para a missão

São Bernardino Realino - 02/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje vamos lembrar a vida de um santo muito interessante: São Bernardino Realino. Nasceu na ilha de Capri, frenta a Nápoles, em 1530, de família nobre, fez seus estudos em Capri, Módena e Bolonha, onde se formou em direito com brilhante êxito. Foi várias vezes prefeito de várias cidades do norte da Itália.

Como todo cavalheiro de seu tempo, levava espada e estava sempre pronto ao duelo se fosse provocado. Certo dia, numa briga, puxou de um punhal, ferindo gravemente seu adversário. Teve que fugir para outras regiões, a fim de evitar o processo judicial e as vinganças tão comuns entre as povoações quentes do sul da Itália.

Um dia por acaso encontrou um padre jesuita, que o orientou sobre as exigências da vida cristã e lhe aconselhou a rezar o terço. Aquele terço teve a força de arrsanca-lo da indiferença religiosa e de mudar-lhe o rumo de vida.

Estava com 35 anos de idade quando decidiu consagrar-se a Deus e pedir sua entrada na Companhia de Jesus. Recebendo o Sacramento da Ordem, ficou pouco tempo em Nápoles e os superiores lhe aconselharam a ir para a cidade de Lecce a fim de abrir e dirigir uma casa religiosa. Lá ficou até o fim de sua vida.

Bernardino dedicou-se à pregação e à direção espiritual do povo. Destacou-se pelo acolhimento aos pecadores, pela paciência e a caridade para com os pobres. É representado recebendo o Menino Jesus nos braços.

Bernardino faleceu no dia 2 de julho de 1616, com 86 anos de idade. Foi elevado às honras dos altares pelo Papa Leão XIII, em 1895, e canonizado por Pio XII, em 1946.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que chamastes São Bernardino Realino a buscar o vosso Reino neste mundo seguindo o caminho da caridade perfeita, concedei-nos, fortalecidos por sua intercessão, progredir com alegria nos caminhos do amor. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

A vida só tem sentido quando o coração é generoso e a fé, esclarecida.

São Tomé - 03/07

O dia 3 de julho é todo consagrado à festa do Apóstolo São Tomé. Ele Tornou-se bem conhecido por duas passagens narradas no Evangelho. Uma durante a última Ceia, em que ele interroga o Mestre sobre o "caminho para ir ao Pai". Outra ves quando ele, não acredita na Ressurreiçã de Jesus, exigindo provas. O fato é relatado no Evangelho de São João quando Jesus apareceu aos apóstolos reunidos, mas Tomé estava ausente. Os apóstolos contaram com alegria e entusiasmo a visita do Senhor: "Tomé nós vimos o Senhor!".

Tomé demostrou incredulidade e afirmou: "Se eu não ver os sinais dos pregos em suas mãos e não tocar no seu lado eu não acreditarei". No domingo seguinte, Jesus apareceu novamente, e Tomé estava. Ao ver Jesus, Tomé num gesto de adoração pronunciou estas palavras: 'Meu Senhor e meu Deus". Essas palavras tornaram-se uma maravilhosa profissão de fé.

A incredulidade de Tomé não foi por acaso, mas estava nos planos de Deus. Existe uma verdade que não podemos deixar de lado. Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro e João, havia pronunciado a palavra Deus dirigindo-se a Jesus. A incredulidade de Tomé significa também a incredulidade dos homens e mulheres de todas as épocas.

As poucas intervenções de Tomé são suficientes para mostrar seu caráter: leal, franco e corajoso.

A tradição parece confirmar que seu apostolado se estendeu pelo Oriente até à Índia, onde morreu mártir, testemunha de Jesus Cristo como os outros Apóstolos. Nós devemos a Tomé a herança da fé que ele professou, pregou e pela qual deu sua vida. A ele nossa gratidão.

Comemora-se a trasladação de seu corpo para Edessa, Síria atualmente Turquia no dia 3 de julho.

Oremos ao Senhor: Deus todo poderoso, concedei-nos celebrar com alegria a festa do apóstolo Tomé, para que sejamos sempre sustentados por sua proteção e tenhamos a vida pela fé no Cristo que ele reconheceu como Senhor. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Vamos exclamar também neste dia: "Meu Senhor e meu Deus!" E lembrar constantemente que a ressurreição de Jesus é a raiz da nossa fé e da nossa esperança.

Santa Isabel de Portugal - 04/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje vamos lembrar a Rainha Santa Isabel de Portugal. Era filha de D. Pedro III, rei de Aragão. Nasceu em 1270, na Espanha. Casou-se muito jovem com D. Dinis, rei de Portugal. Os portugueses a chamavam Rainha Santa. Podemos acrescentar, Santa e sofrida. Ela teve dois filhos, que procurou educar com especial carinho. Mas foi esposa traída pelas aventuras amorosas do marido e até criar os filhos que ele teve com outras mulheres.

Sofreu ainda imensamente as desavenças políticas do marido com parentes e, principalmente o que mais a fazia sofrer eram as desavenças com o próprio filho Afonso.

Nunca alguém encontrou Isabel ociosa, mas sempre ocupada com coisas úteis.

Dedicava especial atenção aos pobres e aos doentes. Não passava um dia sem fazer obra de caridade, ora socorrendo os pobres, ora visitando os doentes. Deus, por sua vez, recompensou esta dedicação com o dom dos milagres. Uma pobre mulher, que estava com o corpo coberto de úlceras, recuperou a saúde com um abraço que Isabel lhe deu.

Permaneceu sempre um anjo da paz pela palavra, pela oração, pela penitência, afinal pelo exemplo, conseguindo praticamente tudo. Até a conversão do marido, ou seja, a morte cristã dele em seus braços.

Depois da morte do rei, Isabel retirou-se para o mosteiro das Clarissas de Coimbra, onde viveu como religiosa, embora sem votos comunitários, ou seja, franciscana da ordem terceira. Morreu no dia 4 de julho de 1336. Trezentos anos depois da morte, seu corpo foi encontrado intacto.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, autor da paz e da caridade, que destes a Santa Isabel de Portugal a graça de reconciliar os desunidos, concedei-nos, por sua intercessão, trabalhar pela paz, para que possamos ser chamados filhos de Deus. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

A paz está no coração do Evangelho e no coração de todo cristão que se propõe a cultivá-la e difundi-la.

Santo Antonio Maria Zaccaria - 05/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje veneramos a memória de Santo Antonio Maria Zaccaria, presbítero. Nasceu em Cremona, norte da Itália, em 1502. Dotado de grande inteligência, dedicou-se bem cedo aos estudos e formou-se médico com 22 anos de idade na Universidade de Pádua.

Como médico, aproveitava sua profissão para orientar espiritualmente os doentes. Antonio descobriu seu ideal definitivo, estudando e meditando as cartas de São Paulo. A empolgante personalidade do Apóstolo Paulo o conquistou. Ordenou-se padre com 26 anos de idade.

É fundador dos padres Barnabitas, que se propôs imitar São Paulo, companheiro de São Barnabé, em seu apostolado e espírito de evangelização.

Antonio viveu num tempo confuso, mas de muitos santos. Era o século XVI. Só daquela época temos 90 santos canonizados.

Seu mérito principal foi dedicar-se às obras apostólicas e aos mais necessitados, principalmente os doentes. Foi um verdadeiro herói.

Seus filhos espirituais trabalham com muita dedicação no Brasil. Vejam, por exemplo, o grande Colégio Zaccaria, no Rio de Janeiro.

Antonio Zaccarias faleceu nos braços de sua querida mãe, com apenas 37 anos de idade. Era o dia 5 de julho de 1539. Foi canonizado em 1890.

Oremos ao Senhor: Concei-nos ó Deus, aquele incomparável conhecimento de Jesus Cristo que destes ao apóstolo São Paulo, e que inspirou Santo Antonio Maria Zaccaria, ao anunciar constantemente em vossa Igreja a palavra da salvação. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Os discípulos de Jesus têm missões diversas. Mas todos eles rezam muito. Todos eles colocam o Evangelho no centro da vida.

Santa Maria Goretti - 06/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, a santa de hoje é dos nossos dias. Foi canonizada no dia 24 de julho de 1950. Estou falando da memória de Santa Maria Tereza Goretti. Nasceu em Corinaldo, Itália, aos 16 de outubro de 1890. Seus pais eram camponeses humildes. Em meio as graves dificuldades econômicas, percorreram vários povoados e aldeias para sobreviverem. Em maio de 1900 veio a falecer o pai de Maria Goretti, vítima da malária.

A mãe Assunta transformou-se na mulher forte da Sagrada Escritura. Devido a miséria em que vivia, Assunta uniu-se com a família Serenelli, composta de pai viúvo e dois filhos. Trabalhavam à meia, num grande latifúndio.

Maria era uma menina de 12 anos, mas crescida, bem desenvolvida fisicamente, ativa acostumada a lutar pela vida. O mais filho velho de Serenelli, que convivia na mesma casa com Assunta, começou a cobiçar Maria e queria seduzi-la. Por duas vezes tentou agredi-la, mas ela conseguiu escapar.

3No dia 5 de julho de 1902, o jovem Alexandre descarregou sua vingança dando-lhe 14 facadas contra aquele corpo inocente. Foi levada às pressas para o hospital e sobreviveu ainda 24 horas. No hospital recebeu o viático e disse à mãe: "Eu perdôo Alexandre, lá no céu, rogarei para que ele se arrependa. Ainda mais: quero que ele esteja junto comigo na glória eterna.

O rapaz foi condenado a 30 anos de prisão, dos quais cumpriu 27. Depois dos primeiros anos de revolta, sentiu em si uma transformação e depois a sincera conversão, que atribuiu às orações de Maria Goretti, no céu. No Natal de 1928 foi solto e logo se dirigiu à casa da mãe Assunta Goretti para pedir-lhe perdão. A cena foi muito comovente: "Lembra-se de mim, dona Assunta?, perguntou Alexandre. "Sim, eu me lembro. A senhora me perdoa? "Meu filho, Deus e minha filha te perdoaram. Eu também te perdôo. Era noite de Natal, juntos comungaram à meia-noite. Na festa da canonização, na praça de São Pedro, estavam outra ves juntos: dona Assunta Goretti mergulhada em lágrimas de consolação, e Alexandre, em lágrimas de arrependimento e conversão.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, fonte de inocência e pureza que ornastes Maria Goretti, ainda adolescente, com a graça do martírio e a coroaste no combate pela virgindade, dai-nos, por sua intercessão, guardar sempre os vossos mandamentos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

O perdão é a vitória dos santos e santas e também a nossa vitória.

Santo Adriano - 07/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje veneramos o mártir Santo Adriano.  É uma história muito comovente. Ele era chefe dos guardas do imperador Galério; estava casado a 13 meses. Um dia, assistindo o processo de 22 mártires, revoltado com a injustiça do processo e, comovido pela firmeza das respostas dos cristãos, pelo ardor com que falavam do céu, pela fortaleza com que suportavam as torturas, de maneira improvisada começou a gritar: "Acrescentai também o meu nome a estes mártires, pois também eu me declaro cristão".

No mesmo instante foi levado para a cadeia com os colegas do martírio, que o batizaram. Um escravo de Adriano, que tinha assistido à cena, correu depressa e evisou a esposa de Adriano, Natália, que, também secretamente era cristã. A notícia encheu Natália de alegria e, invadida de nova ternura, correu para a cadeia beijar as algemas do marido, insistindo que permanecesse na fé cristã, que não voltasse atrás, que cometesse o pecado da apostasia. Adriano lhe disse: "Minha querida esposa, prometo avisar-te quando chegar a hora do julgamento e do martírio". Natália lhe disse: "Meu querido esposo, tenho receio que depois da tua morte, o imperador me obrigue a casar com algum oficial pagão".

Adriano foi queimado vivo com outros 22 cristãos. O temor de Natália realmente aconteceu. Foi pedida em casamento por um general pagão do imperador. Elevou os olhos a Deus e rezava: "Ó Senhor, olhai para vossa serva e não queirais que seja entregue a um pagão, profanando o lar do vosso mártir Adriano". Fugiu em seguida com outros cristãos em direção a Bizâncio. Vencida pelo cansaço e pela fome, caiu no chão e adormeceu no Senhor.

Oremos ao Senhor: Dai-nos, ó Deus, o espírito de fortaleza para que, sustentados pelo exemplo de Santo Adriano, vosso glorioso mártir, possamos aprender com ele a obedecer mais a vós do que aos homens. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Estes são os santos mártires, nossos irmãos que nos precederam na fé.

Santo Eugênio - 08/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, Veneramos hoje a memória do Papa Santo Eugênio III. Nasceu pelo fim do século XI, em Pisa, centro da Itália e recebeu no batismo o nome de Pedro Bernardo, que trocou por Eugênio, ao ser eleito papa. Ainda jovem, se consagrou a Deus, ingressando no estado eclesiástico e chegou a ser nomeado cónego na catedral de Pisa.

Eugênio, sedento de maior santidade, abandonou as vantagens e conforto de sua vida de cônego e se fez monge, discípulo dócil e fiel do abade São Bernardo de Claraval. Depois que passou alguns anos na escola do grande santo, foi ser superior do mosteiro dos Santos Vicente e Anastácio, em Roma.

Eugênio era dotado de ciência e de virtude, tanto assim, que, ao falecer o Papa Lúcio II, os cardeais, em sua maioria, o elegeram papa. Foi uma eleição inesperada, pois Eugênio não estava entre o número dos cardeais, nem se quer era bispo, mas simples monge.

Arnaldo de Bréscia um grande inimigo do Papa Eugênio, queria a todo custo em Roma a restauração de um república, à semelhança das comunas na Itália do Norte. Muitas vezes fingia reconciliação e perdão, para depois provocar rebeliões entre o povo contra o papa. Com isso, Eugênio teve quer deixar várias vezes sua sede por causa da prepotência do turbulento Arnaldo de Bréscia.

Governou a Igreja por 8 anos de 1145 a 1153./ Visitou pastoralmente as igrejas da Itália e da França, reuniu sínodos de bispos, a fim de incentivar a reforma dos costumes e a evangelização do povo de Deus.

Duramente provado pelos trabalhos e pelo sofrimento, Eugênio faleceu em Roma, no dia 8 de julho de 1153. Seu corpo foi sepultado na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, quisestes que Santo Eugênio governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

O Espírito de Deus, em cada época, descobre pessoas dóceis à sua voz e ao Evangelho de Cristo.

Bem-Aventurada Paulina do Coração Agonizante de Jesus - 09/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje é um dia de muita emoção para nós brasileiros, porque lembramos uma pessoa muito especial: É a memória da Bem-Aventurada Madre Paulina. Foi elevada à honra dos altares em ceromônia realizada no Brasil por ocasião da segunda visita do Papa João Paulo II em Florianópolis, no dia 18 de outubro de 1991.

Seu nome de família era Amábile Visintainer. Nasceu na Itália, perto de Trento, aos 12 de dezembro de 1865. Os pais com os 5 filhos vieram para o Brasil, e se fixaram em Vígolo, município de Nova Trento, Estado de Santa Catarina.

Amábile viveu com a família até julho de 1890 quando, com sua amiga Virgínia , deixou a casa paterna para cuidar de uma concerosa, dando início à Congregação das Irmanzinhas da Imaculada Conceição. Em dezembro do mesmo ano, ela e suas companheiras fizeram os votos religiosos em Nova Trento. Amábile passou a se chamar Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus, daí o nome de Madre Paulina.

Madre Paulina trabalhava junto ao povo com a catequese, cuidava dos doentes, dos órfãos e dos idosos, e também prestava serviços na capela de Vígolo e em Nova Trento.

Em 1903 Madre Paulina, foi para o Ipiranga, São Paulo, trabalhar com os filhos de ex-escravos e escravos velhos e abandonados. Em 1909 foi para Bragança Paulista trabalhar com os doentes da Santa Casa e com os velhinhos do Asilo São Vicente de Paulo.

O centro de sua vida espiritual era Jesus na Eucaristia, que visitava frequentemente e fazia longas orações. Tinha também uma grande devoção à Nossa Senhora de Lourdes e São José, a quem chamava "o nosso bom pai".

Em 1938 Madre Paulina era diabética e precisou amputar a mão e depois o braço direito devido a uma gangrena. Aos poucos foi perdendo a vista até ficar cega. Morreu no dia 9 de julho de 1942. Viveu sempre em espírito de humildade e simplicidade evangélica. Suas últimas palavras foram: "Seja feita a vontade de Deus!"

Oremos ao Senhor: Ó Pai, como ensinastes à vossa Igreja que todos os mandamentos se resumem em amar a Deus e ao próximo, concedei-nos, a exemplo da Bem-Aventurada Irmã Paulina, praticar obras de caridade, para sermos contados entre os benditos do vosso Reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Doando a nossa vida aos pequeninos e fracos estamos nos doando ao próprio Cristo.

Santos Sete Irmãos - 10/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje com muita honra festeja-se em Roma a memória dos Santos Sete Irmãos, mártires. Nos tempos do imperador Antonino, foi presa e encarcerada a nobre senhora Felicidade com seus sete filhos cristãos. Isso nos faz lembrar também o martírio de uma mãe com sete filhos, narrado na Sagradas Escrituras no capítulo 7 do segundo Livro dos Macabeus.

Por ocasião de uma celebração litúrgica na basílica edificada sobre o túmulo de Santa Felicidade pelo Papa Bonifácio I, o próprio São Gregório Magno aproveitou muita coisa da Paixão para a sua homilia.

Estes santos mártires foram enterrados em cemitérios diversos. Seus nomes são Januário, Félix, Filipe, Silvano, Alexandre, Vidal e Marcial. Januário após ter sido açoitado com varas e padecido no cárcere, foi morto com flagelos chumbados; Félix e Felipe foram mortos a pancadas, Silvano foi jogado num precipício; Alexandre, Vidal e Marcial foram punidos com sentença capital.

As Atas do martírio concluem com este grito de triunfo: "Assim, mortos por diversos suplícios foram todos vencedores e mártires de Cristo e, triunfando com a mãe, foram para a eternidade para receber os prêmios que tinham merecidos.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, ao comemorarmos todos os anos a paixão dos Sete irmãos mártires, dai-nos a alegria de ver atendidas nossas preces, para imitarmos sua firmeza na fé. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

O testemunho dos mártires reanima os cristãos em sua caminhada.

São Bento - 11/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, a Igreja Católica festeja hoje a memória de São Bento, abade. Bento nasceu em Núrcia, perto de Roma, no ano 480. Estudou em Roma e se formou em ciências liberais. O ambiente romano era muito leviano e agitado para o jovem estudante, que aspirava ideais superiores, acabou se desgostando.

Retirou-se para as montanhas da Úmbria e, imitando o exemplo de outros eremitas, escolheu uma gruta chamada Subíaco, a fim de entregar-se à oração, à meditação e à ascese cristã. Ficou três anos na solidão daquela gurta; sua experiência aos poucos, atraiu outros jovens desejosos de cultivar os valores espirituais. Esntre os primeiros discípulos estão São Mauro e São Plácido.

A experiência de São Bento foi amadurecendo com o estudo das Regras monásticas de São Pacômio e São Basílio. Aos 40 anos de idade deixou a solidão da gruta, e foi para o Sul de roma, e constrói o famoso mosteiro de Monte Cassino, com vida comunitária sob a direção de um mestre espiritual, o abade.

A finalidade da Regra de São Bento era formar cristãos perfeitos, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo, mediante a prática dos mandamentos e conselhos evangélicos. Ele dizia que esta perfeic ão era mais fácil ser atingida na vida comunitária do que na solidão.

A Regra de São Bento coloca um equilíbrio entre trabalho manual e o tempo de repouso, de oração e estudo. Oração e trabalho era seu lema: oração transformada em trabalho e trabalho em oração, pela fé e obediência. O convívio fraterno completa o equilíbrio psicológico.

Os mosteiros beneditinos se tornaram na Idade Média centros de civilização, evangelização, ciência e escolas de agricultura.

São Bento faleceu em Monte Cassino no ano 547 no dia 21 de março, com 67 anos de idade. A antiga tradição beneditina colocou sua festa no dia 11 de julho com o nome de "Patrocínio". Em 1964 o Papa Paulo VI declarava São Bento padroeiro da Europa .

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que fizestes o abade São Bento preclaro mestre na escola do vosso serviço, concedei que, nada preferindo ao vosso amor, corramos de coração dilatado no caminho dos vossos mandamentos. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Podemos aprender muito dos santos e santas que se dedicaram à oração e ao trabalho como fez o próprio Jesus.

São João Gualberto - 12/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje lembramos a memória de São João Gualberto, abade. João Gualberto, pertenceu a uma nobre família de Florença. Recebeu uma boa educação cultural, mas religiosamente falha. Era totalmente apegado às vaidades do mundo que até esqueceu os princípios morais.

Numa briga, faleceu seu irmão Hugo. O pai jurou vingança contra o assassino e exigiu de João também vingança.

Numa Sexta-feira Santa, João voltava de sua fazenda, quando encontrou sem esperar com seu inimigo numa estrada. João desembanhou a espada e de maneira furiosa precipitou-se sobre o assassino do irmão. Ele colocou-se de joelhos, e de braços abertos, suplicou: "Por amor de Jesus que neste dia morreu por nós, tem piedade de mim, não me mates!" João Gualberto, estupefato, sem saber o que pensar ou fazer, parou. Lembrou-se do grandioso exemplo de Jesus no alto da cruz, perdoando a seus inimigos, sentiu-se tomado de comoção, e dominou o ódio e a vingança.

Foi para João Gualberto a hora da conversão. Assim, reconciliado, entrou na primeira igreja que encontrou e colocou-se diante do Crucifixo em ardente oração. A partir daquele momento resolveu dar um outro rumo em sua vida e dedicá-la ao serviço de Deus.

Para esse fim foi ao convento de São Miniato pedir admissão entre os religiosos. A princípio encontrou resistência por parte do pai. Mas diante da formeza de João, desistiu de seu plano.

Falecido o abade, os religiosos escolheram João Gualberto como abade. Fundou a Ordem dos Valombrosianos dando-lhes a Regra de São Bento. Os padres Valombrosianos trabalharam generosamente em nossa terra.

Maduro em santidade e merecimentos, João Gualberto faleceu no ano 1073, com 73 anos de idade.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que reunistes admiravelmente em São João Gualberto a conversão o amor pela vida monástica, concedei que por sua intercessão e exemplo, vos procuremos acima de tudo e nos empenhemos no crescimento do vosso povo. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

A conversão verdadeira acompanhada da oração e da ação, nos leva a santidade.

Santo Henrique - 13/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje a Igreja lembra a memória de Santo Henrique. Henrique nasceu na Alemanha no ano 973, filho do duque da Baviera. Foi educado pelo bispo de Redesburgo. No ano de 1002, foi escolhido imperador, e é conhecido na história como Henrique II. Nessa época a Alemanha ainda não estava bem definida tanto na ética como na política. Casou-se com a princesa Cunegundes de Luxemburgo, mulher de elevadas virtudes.

Além da vida política, promoveu também a religião fundando várias dioceses, mosteiros e promovendo a evangelização das regiões ainda pagãs. Com respeito à Igreja, sua ação foi de grande valor: favoreceu a nomeação de bispos dignos, fortalecendo sua autoridade, e incentivando a assimilação dos princípios cristãos na vida pessoal e social.

Com a esposa Cunegundes, viveu na mais perfeita harmonia de afetos e de ideais, ou seja, viveram na mais perfeita fidelidade. Lutou para prevalecer a justiçã e a concórdia no império.

Depois de 20 anos de reinado, Henrique faleceu, recebendo pela veneração popular o título de santo, que depois a Igreja comprovou no ano 1146. Após sua morte, a esposa Cunegundes entrou para o mosteiro beneditino de Haufungen, e se fez religiosa. Viveu 15 anos naquele convento sendo exemplo de virtudes. Faleceu com 61 anos de idade e foi enterrada na catedral de Bamberg, ao lado do seu santo esposo. Foi canonizada pelo Papa Inocêncio III em 1200.

Oremos ao Senhor: Senhor Deus, que cumulastes de graçã o imperador Santo Henrique, elevando-o de modo admirável das preocupações do governo terrestre às coisas do céu, concedei, por suas preces, que vos busquemos de todo coração entre as vicissitudes deste mundo. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Os santos são animados pelo Espírito de Deus, para difundir o Cristianismo, tanto pela sabedoria como pela ação, unida à prece.

São Camilo de Lellis - 14/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje com todos os doentes, a Igreja celebra a memória de São Camilo de Lellis, presbítero. Camilo de Lellis nasceu, em 1550, Nápoles, Itália, de mãe sexagenária. Aos 17 anos, morto o pai, viu-se sozinho no mundo, sem dinheiro e doente. Foi recolhido num hospital de caridade em Roma e, depois de curado, ficou a serviço do mesmo. Mas, por ser péssimo enfermeiro e metido no jogo, foi demitido.

Então tornou-se soldado profissional. Depois de muitas aventuras e desilusões na vida militar e mundana, veio a conversão. Com muita dificuldade, conseguiu cursar os estudos. Recebeu o Sacramento da Ordem com 34 anos de idade. Tentou ser capuchinho, mas os doentes o atraíram mais. Com um grupo de companheiros dedicados, fundou uma pequena comunidade para dedicar-se, com amor em favor dos doentes. Durante 30 anos dedicou-se como um samaritano, digno da parábola do Evangelho.

Via em cada enfermo o próprio Cristo. E passou para o nosso tempo uma das formas heróicas de entender a vida cristã. Uma cruz vermelha marcava seu hábito religioso, significando que o sangue de Cristo nos sofrimentos dos doentes devia reavivar neles o fervor da caridade.

Purificado pelo sofrimento, adormecia no Senhor em Roma no dia 14 de julho de 1614. Suas últimas palavras foram as que costumava repetir aos doentes: "Que a face de Cristo se mostre amável e alegre para ti".

A Igreja declarou São Camilo patrono dos enfermos e dos hospitais ao lado de outro herói da caridade, São João de Deus.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que inspirastes a São Camilo de Lellis extraordinária caridade para com os enfermos, dai-nos o vosso espírito de amor, para que, servindo-vos em nossos irmãos e irmãs, possamos partir tranquilos ao vosso encontro na hora de nossa morte. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Meu querido irmão e irmã enfermo uni o teu sofrimento com a Paixão de Cristo e voce encontrará o conforto na fé. Aprofunde a fé cristã no sofrimento, oferece o teu sofrimento a Cristo.

São Boaventura - 15/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje a Igreja celebra a memória de São Boaventura, bispo e doutor da Igreja. São Boaventura nasceu em Bagnoregio, no centro da Itália, em 1218, recebendo no batismo o nome de João Fidanza. Uma grave doença tomou conta de sua vida ainda pequeno, quando a mãe desesperada levou-o a São Francisco de Assis, a fim de que orasse sobre ele, fazendo o voto de consagrá-lo à vida religiosa se recuperasse a saúde.

São Francsico tomou o menino nos braços, rezou e imediatamente recuperou a saúde. São Francisco, vendo este milagre, exclamou: "Ó, boa ventura!" nome que ficou no menino a partir daquele instante.

Aos 20 anos Boaventura decidiu entrar na Ordem Franciscana que ainda estava na primeira geração. Ordenado padre, o ardor da fé o tornou extremamente comunicativo, e sua palavra penetrava no íntimno dos corações.

Foi nomeado professor de teologia, na Universidade de Sorbonne em Paris, o maior centro cultural da época.

O ponto central de sua espiritualidade é o Cristo, centro da criação. Aos 36 anos, Boaventura foi eleito ministro geral da Ordem Franciscana, ou seja, o segundo sucessor de São Francisco. A Ordem já contava com milhares de adeptos. Por 18 anos Boaventura percorreu toda a Europa, a fim de visitar os religiosos e coordenar as atividades da Ordem. Soube conduzir com muita prudência as experiências e intuições espirituais de São Francisco.

Ao completar 52 anos, foi nomeado cardeal e bispo de Albano pelo papa, mas ficou pouco mais de um ano no cargo pastoral. Devido ao exesso de trabalho e viagens, veio a falecer durante o Concílio de Lião, na França, no dia 14 de julho de 1274. Tinha 56 anos de idade.

Oremos ao Senhor: Condei-nos, Pai todo-poderoso, que celebrando a festa de São Boaventura, aproveitemos seus preclaros ensinamentos e imitemos sua ardente caridade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

O que conta na vida é doar-se totalmente a Deus e ao próximo.

Nossa Senhora do Carmo - 16/07

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, hoje a Igreja celebra com muita devoção a memória de Nossa do Carmo. Hoje é a grande festa da Ordem dos Carmelitas e da grande família dos devotos de Nossa Senhora do Carmo. É venerada no Brasil desde o tempo do descobrimento.

O monte Carmelo, na Galiléia, é considerado o monte da contemplação, refúgio do profeta Elias, homem que tinha sede de Deus. Na Idade Média lá se reuniram eremitas devotos de Nossa Senhora, os quais deram orígem à Ordem Carmelita no século XIII, com a intenção de dedicar-se dia e noite ao louvor de Deus sob a proteção de Nossa Senhora do Monte Carmelo.

Na noite do dia 15 para 16 de julho de 1225 a Santíssima Virgem ordenou ao Papa Honório III que aprovasse sua Ordem. Em 16 de julho de 1251, a Virgem Maria lhe indicou o escapulário como sianl especial de seu amor de mãe.

A devoçao a Nossa Senhora do Carmo é das mais antigas e espalhadas pelo mundo, principalmente nos meios de orígem espanhola.

Qual a sua espiritualidade? É a do profeta Elias: corajoso, confiante na ação de Deus, sempre atento aos sinais do Espírito e pronto a ajudar à viúva pobre.

Oremos ao Senhor: Venha, ó Deus, em nosso auxílio a gloriosa intercessão de Nossa Senhora do Carmo para que possamos, sob sua proteção, subir ao monte que é Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém.

A audácia do Evangelho e a profecia do Antigo Testamento, encontram sua expressão em Nossa Senhora e nos santos que veneramos hoje.

Bem-Aventurado Inácio de Azevedo e Companheiros - 17/07

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, o número de muitos heróis desconhecidos estão os mártires que lutaram pela defesa dos povos indígenas, que o calendário litúrgico do Brasil hoje comemora. Estou falando a voce da memória do Bem-Aventurado Inácio de Azevedo, presbítero e seus 39 companheiros, mártires.

Inácio de Azevedo nasceu em Portugal, em 1526 de uma família nobre. Foi educado para ser alguém de posição social; mas desde jovem sonhou em consagrar-se a Cristo e ao povo de Deus. Com 22 anos, entrou na Companhia de Jesus, estando ainda vivo o fundador, Santo Inácio de Loyola.

Veio para o Brasil como visitador, percorreu todas as capitanias, entrou em contato com os grandes missionários da época, Nóbrega e Anchieta; fez um levantamento da situação e viu que era preciso ter mais padres para trabalhar com os indígenas. Voltou para Roma e conseguiu 87 voluntários, que partiram em três navios de Lisboa, em 1570.

O navio com o padre Azevedo e seus 39 companheiros, parou nas ilhas Canárias para uma breve estadia. Foram então assaltados por calvinistas franceses fanáticos. Inflamados de ódio contra o catolicismo, se apoderaram do navio, e decidiram matar todos os jesuitas.

O padre Azevedo foi ao encontro deles com uma imagem de Nossa Senhora nas mãos, confessando sua condição de sacerdote de Cristo. Os demais religiosos também professaram sua fé. Eles enfurecidos acabaram com Azevedo e seus 39 companheiros.

Todo fanatismo é cego, irracional e se transforma em ódio destruidor. O próprio Cristo tinha previsto isso, em seu Evangelho: "Virá a hora em que aqueles que vos matarem julgarão realizar um ato de culto a Deus" (Jo 16,2).

Foram beatificados pelo Papa Pio IX em 1854.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que escolhestes Inácio de Azevedo e seus trinta e nove companheiros para regarem com seu sangue as primeiras sementes do Evangelho lanádos na terra de Santa Cruz, concedei-nos professar constantemente, para vossa maior glória, a fé que recebemos de nossos antepassados. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Eles morreram para um Brasil humano e cristão, portanto, merecem a nossa gratidão.

São Francisco Solano - 18/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje vamos lembrar com muita admiração a memória deste grande herói da América Latina: São Francisco Solano. Nasceu aos 10 de março de 1549, na Espanha. Foi entregue aos jesuitas ainda menino pelos pais, a fim de que recebesse uma ótima educação religiosa.

Aos vinte anos, decidiu tomar o hábito franciscano para dedicar sua vida a Deus e aos irmãos em espírito de humildade e pobreza. Quando recebeu o sacramento da Ordem, era um jovem alto, moreno, de aspecto bonito, com voz muito bonita e inclinação para música.

Nos primeiros anos de padre, foi aos poucos ocupando diversos cargos na Ordem Franciscana, como assistente e depois mestre de noviços.

Em 1589 com 39 anos, Francisco veio para trabalhar na América Latina, pois já era um homem maduro na fé e de muita experiência pastoral. Francisco foi trabalhar com os índios Tucumám, no norte da Argentina.

Passando por Assunção do Paraguai, Francisco foi convidado a fazer umas pregações, pois os funcionários, militares e fazendeiros espanhóis de Assunção eram sedentos de ouvir pregadores que vinham diretamente da Espanha. A pregação de Francisco foi viva, incisiva, denunciando, inclusive, os abusos da escravidão, as imjustiças contra os índios e os abusos morais.

Na região de Tucumám, Francisco dedicou-se totalmente à evangelização dos índios. Deus concedeu-lhe a felicidade de aprender várias linguas indígenas.

Desgastado pelos trabalhos e privações, veio a falecer no dia 14 de julho de 1610, com 61 anos de idade. Seu enterro foi acompanhado por um número incalculável de fiéis e indígenas chorando a perda de um pai na fé.

O culto a São Francisco Solano tornou-se muito popular porque três países da América Latina o escolheu como padroeiro; a Argentina, o Uruguai e o Peru.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que propagastes a vossa Igreja pelo zelo e dedicação apostólica de São Francisco Solano, fazei-a, por sua intercessão, crescer sempre mais em fé e santidade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

O Evangelho deve penetrar a fundo todas as culturas, para, assim, modificar a própria visão do mundo. 

São Símaco - 19/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje vamos lembrar a memória de um grande herói de nossa Igreja: São Símaco, papa. Nasceu na ilha ds Sardenha, mas era membro do clero romano quando foi eleito papa, em 498. Sua eleição foi perturbada por maus elementos do Senado, que pretendiam eleger outro candidato.

O Papa Símaco viveu e dirigiu a Igreja no terrível período da desagregação do Império Romano, com as numerosas invasões bárbaras que estavam devastando a Itália.

O Papa Símaco era um homem voltado para a paz. Reuniu em Roma um sínodo de bispos com os vigários de 77 paróquias, a fim de estabelecer normas mais certas por ocasião da eleição do papa e impedir contestações sem fundamento. É que havia naquele tempo muita interferência na vida da Igreja por parte das antigas famílias romanas, como dos membros do Senado, causando sempre perturbações na vida da Igreja. O Papa Símaco tomou providências para que a Igreja tivesse sua devida liberdade, e também sua organização e disciplina.

Viveu seus últimos anos mais livre de intrigas políticas e pode dedicar-se na organização e incremento da disciplina eclesiástica e das obras de promoção social, como: fundar asilos para pobres e abrigos para romeiros. Favoreceu o culto dos mártires nas catacumbas. Foi no pontificado dele que São Bento deu início a sua grande obra da Ordem Beneditina.

Símaco faleceu em 19 de julho de 514. Governou a Igreja por 16 anos, e teve logo um culto de veneração que a Igreja reconheceu com sua autoridade.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que fizestes São Símaco, pastor de toda a Igreja, resplandecer pela virtude e doutrina, concedei que, exaltando os méritos de tão grande papa, façamos de nossas boas obras luz para todos e vivamos em vossa presença pela intensa caridade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Aqueles que lutam pela organização da Igreja e se voltam para os pobres são sal da terra e luz do mundo.

Santo Aurélio - 20/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje a Igreja lembra com muito apreço a memória de Santo Aurélio. Foi bispo de Cartago, diocese mais antiga da África Latina. Por esse motivo tinha direitos primaciais sobre todos os bispos da região.

Aurélio foi contemporâneo e amigo íntimo de Santo Agostinho. Aurélio admirava em Agostinho a inteligência penetrante, a postura no falar, a eloquência cativante. Por sua vez, Agostinho estimava Aurélio pelo zelo, ação pastoral e santidade de vida.

Agostinho era bispo de Hipona, e nos fornece numerosas notícias de Aurélio. Fala se seu zelo pela liturgia, interditou as festas mundanas, eliminou os íltimos resquícios do culto pagão em Cartago. Deu aos padres o direito de pregar na igreja catedral, até então privilégio do bispo. Introduziu o uso de cantar os Salmos durante as celebrações litúrgicas.

Durante quase 40 anos Aurélio convocou e dirigiu vinte sínodos de bispos. Teve que lutar pela pureza da fé, durante todo o seu episcopado contra o arianismo e outras heresias que dividiam a Igreja, principalmente na África.

Aurélio faleceu no fim do ano 429, poucos meses antes de Santo Agostinho. As figuras desses dois bispos Aurélio e Agostinho, ficaram na história da África Latina como dois anjos que vigiou os rumos da Igreja no Continente Negro.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que pusestes o bispo Santo Aurélio à frente do vosso povo, amparai-nos por sua intercessão com vossa solicitude de Pai. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Jesus ensina seus pastores a escutar sua voz para que se coloquem na defesa da fé.

São Lourenço de Bríndisi - 21/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje a Igreja venera a memória de São Lourenço de Bríndisi, presbítero e doutor da Igreja. São Lourenço naceu em Brídisi, no sul da Itália, em 1559, mas desde jovem, com a morte do pai, mudou para Veneza e ingressou na Ordem dos capuchinhos.

Seu nome de batismo era Júlio César, quando entrou na Ordem tomou o nome de Lourenço. Destacou-se como apóstolo batalhador da Contra-Reforma e da restauração católica. Procurou restabelecer, pela sua pregação e pelas suas viagens pela Europa, a união de todos os católicos.

Os 15 volumes de seus escritos contêm sermões, tratados polêmicos sobre os protestantes, estudos sobre a Bíblia e vários assuntos teológicos. Além do italiano, falava latim, francês, alemão, grego, siríaco, hebraico, espanhol e até conhecimento, caldeu e arameu. Lourenço estudou essas linguas, não para vaidade pessoal, mas para interpretar a Sagrada Escritura nos textos originais.

Lourenço se manteve sempre simples, afável, revestido de humildade tipicamente franciscana. Rejeitava todo tipo de honra com a maior naturalidade.

Morreu com 60 anos de idade. Foi canonizado em 1881 e declarado doutor da Igreja em 1959.

Oremos ao Senhor. Deus eterno e todo-poderoso, que destes São Lourenço de Bríndisi como doutor à vossa Igreja, gravai em nosso coração a doutrina que lhe inspirastes; e quem recebemos como nosso patrono seja também junto de vós nosso advogado. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Toda coragem precisa ser bem orientada, na linha que o próprio Jesus nos indicou.

Santa Maria Madalena - 22/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, a Igreja venera hoje a memória de uma mulher muito importante para a nossa fé: Santa Maria Madalena. Os dados históricos que possuímos sobre esta santa são os que nos oferece o Evangelho. Seu nome era Maria, proveniente de Mágdala, uma cidade muito próspera no tempo de Cristo.

Maria Madalena foi uma das poucas pessoas que permaneceu firme ao pé da Cruz, ao lado da Virgem Maria. Quando todos tiveram medo, Maria Madalena mostrou coragem, amor e fidelidade.

Por isso, ela foi a primeira pessoa que teve a felicidade de ver o Cristo Ressuscitado na manhã de Páscoa, por opção do próprio Cristo. Jesus a chama pelo nome: "Maria..." Neste momento seus olhos se abriram e ela exclama: "Rabboni", que quer dizer Mestre! Foi então levar a notícia da Ressurreição aos apóstolos.

Desde este momento os livros Sagrados silenciam sobre Maria Madalena. A tradição diz que ela ficou na companhia de Nossa Senhora e São João Evangelista morando em Éfeso. A Igreja Católica e Ortodoxa a veneram como santa.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, o vosso Filho confiou a Maria Madalena o primeiro anuncio da alegria pascal; dai-nos, por suas preces e seu exemplo, anunciar também que o Cristo vive e contemplá-lo na glória de seu Reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Todos os cristãos devem lutar pela vida e pela fé na ressurreição ao longo da história.

Santa Brígida - 23/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje a Igreja venera a memória de Santa Brígida, religiosa. Nascida de família nobre, em 1302, ficou orfã de mãe ainda pequena e foi educada por uma parenta próxima. Aos dez anos de idade, ouviu um sermão sobre a Paixão e Morte de Cristo, que a marcou por toda a vida.

Ainda muito jovem foi dada em casamento ao príncipe Ulfo, homem de formação cristã muito superficial, entregue ao jogo e ao luxo. Mas Brígida conseguiu torná-lo dedicado e fiel e acompanhou a esposa nas práticas religiosas. Do casamento nasceram oito filhos.

Com permissão do marido, Brígida fundou um hospital, e trabalhava como enfermeira e ajudante nos serviços mais humildes.

O esposo Ulfo faleceu quando Brígida tinha somente 32 anos. Então dedicou o resto de sua vida à educação dos filhos e ao serviço dos doentes e pobres. Fundou um mosteiro para monjas, dando-lhes a Regra de Santo Agostinho. Mais tarde, organizou um Ordem masculina, dando assim orígem à Ordem de Santa Brígida. Ela mesma se fez religiosa e deu às companheiras o exemplo de virtudes cristãs.

A espiritualidade de Santa Brígida concentrava-se na Paixão de Cristo, na Eucaristia, em Nossa Senhora e no Coração de Jesus.

Viajou com a filha para Roma, a fim de ter a aprovação do papa para as suas instituições. Depois viajou em espírito de oração e penitência para a Terra Santa, e adoeceu egostada pelos cansaços das viagens. Faleceu em Roma, em 1373, com 71 anos. Seu corpo foi levado com muita veneraçãò para a Suécia.

Oremos ao Senhor: Senhor nosso Deus, que revelastes a Santa Brígida os mistérios celestes quando meditava a paixão do vosso Filho, concedei-nos exultar de alegria na revelação da vossa glória. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

O amor a Cristo e a opção pelos pobres e doentes foram o forte da vida dos santos e santas

São Cristovão - 24/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje vamos lembrar a memória de um santo muito popular: São Cristovão. Embora o dia tradicional em que se venera São Cristovão seja amanhã, vamos hoje prestar-lhe nossa homenagem, pois a liturgia celebrará amanhã oficialmente a festa do Apóstolo São Tiago.

Das numerosas tradições a respeito de São Cristovão que chegaram até nós, o que há de certo é que ele devia ter sido um homem de estatura alta, de muita força e, uma vez convertido a Cristo, se fez apóstolo na Lícia, onde sofreu o martírio sob o imperador Décio, por volta do ano 250. Era natural da Palestina, a terra de Cristo.

Procurou instruir-se sobre a fé cristã e do modo como colocar-se ao serviço de Cristo. Encontrou um eremita que lhe indicou a maneira de servir a Cristo entregando-se à penitência, à oração e à meditação da Palavra de Deus. Cristovão lhe respondeu que não se identificava com a proposta. O eremita então lhe disse que existia mais um meio de servir a Cristo que era praticar obras de caridade para com o próximo. E lhe disse: "Vê, tu és robusto, alto e forte: aí perto Cristovão, há um rio sem ponte, que é perigo de morte para muita gente que o deseja atravessar. Oferece teus seriços àquela gente pobre; transportando-as de um aldo para o outro. Terás a gratidão e as orações dessa gente simples, e Deus te recompensará dessa caridade".

A resposta agradou a Cristovão que, de fato construíu uma choupana à beira do rio, e prontificou-se a transportar gratuitamente todas as pessoas. Certo dia, um menino pediu que o transportasse para o outro lado da margem. Ele o carregou como se fosse uma palha nos ombros, mas de repente o menino começou a pesar tanto que sua pernas começaram a tremer. Todo assustado perguntou ao menino: "Que coisa é essa? Parece-me estar carregando o peso do mundo inteiro". Sorrindente o menino respondeu: "Muito mais do que o mundo inteiro: tu carregaste o Senhor do mundo". Era como um prêmio do serviço prestado na caridade. Desde aquele dia, mudou seu nome para Cristovão, que significa "portador de Cristo.

Oremos ao Senhor: Ó Pai, como ensinastes à vossa Igreja que todos os mandamentos se resumem em amar a Deus e ao próximo, concedei-nos, a exemplo de São Cristovão, praticar obras de caridade, para sermos contados entre os benditos do vosso Reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

O principal na vida dos santos foram a oração e a caridade para com os desprotegidos.

São Tiago Maior - 25/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, com muita alegria, hoje a Igreja celebra a festa do Apóstolo São Tiago. É chamado Tiago Maior, para distingui-lo do outro Tiago, chamado Menor pelo evangelista Marcos (15,40). Os apóstolos são considerados colunas da Igreja de Cristo, fundamentos do edifício espiritual da salvação. Por isso a Igreja celebra anualmente a memória deles como dia festivo.

O Apóstolo Tiago Maior, era natural de Betsaida na Galiléia, e pescador de profissão.

O Evangelho diz que era irmão do apóstolo São João, filhos de Zebedeu e Salomé, pessoas bem conhecidas na primeira comunidade cristã.

Era um dos discípulos mais íntimos do Divino Mestre, pois, em várias ocasiões, Jesus se fazia acompanhar só por três apóstolos: Pedro, João e Tiago. Assim, se deu na Transfiguração, por ocasião da ressurreição da filha de Jairo e no Horto das Oliveiras.

Tiago recebeu de Jesus o apelido de "Boanerges" que dizer, filho do trovão. A última notícia que temos dele na Bíblia é nos Atos dos Apóstolos, quando fala da perseguição que Herodes Agripa desencadeou contra os cristãos, para agradar aos judeus. Mandou prender Tiago e decapitá-lo no cárcere.

Foi o primeiro apóstolo a morrer mártir. Isso se deu provavelmente no ano 42 depois de Cristo. Seu corpo foi levado mais tarde para a Espanha, onde surgiu um dos maiores santuários da Idade Média, o de Compostela.

A este apóstolo nossa mais viva gratidão pela decisão e fidelidade em seguir Cristo.

Oremos ao Senhor: Deus eterno e Todo-poderoso, que pelo sangue de São Tiago consagrastes as primícias dos trabalhos dos Apóstolos, concedei que a vossa Igreja seja confirmada pelo seu testemunho e sustentada pela sua proteção. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Jesus exige, de fato, muita coragem./ Mas também nos dá seu Espírito e sua força para anunciarmos o Evangelho.

Santa Ana e São Joaquim - 26/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, o Calendário litúrgico comemora hoje a memória de Sant'Ana e São Joaquim, pais de Nossa Senhora. O nome Joaquim é bíblico e significa "o homem a quem Deus confirma". Nos escritos do Novo Testamento não há nenhuma referência aos pais de Maria e avós de Jesus. Conhecemos esses dois santos apenas a partir de um escrito piedoso, do século II.

Joaquim e Ana eram um casal distinto, mas viviam tristes e humilhados porque já estavam chegando à idade avançada e eram estéreis. Mas foram agraciados por Deus e tiveram uma filha por nome Maria. Eram um casal justo e observante das leis judaicas. Possuíam certa fortuna que lhes proporcionava vida folgada. Dividiam suas rendas anuais em três partes: uma era conservada para as próprias necessidades; a segunda era reservada para o culto judaico e, finalmente, a terceira era distribuída entre os pobres.

A devoção aos avós de Jesus foi muito difundida na Igreja desde o século VI, mas passou a ser celebrada na Liturgia só a partir do século XVI. Começou no Oriente e depois passou para a Igreja Romana. Neste caso, a devoção a Sant'Ana foi muito mais popular. Ela difundiu-se, sobretudo, nos povos nórdicos, onde o nome Ana é mais usado. Também no Brasil, o culto a Santa'Ana é muito conhecido. Antes, ela mereceu o título que só é reservado à sua Filha, isto é, Senhora Santa'Ana.

Hoje, queremos chamar a atenção de todas as famílias para que conservem seus idosos no próprio lar, enquanto é possível.

E para a sociedade, fica o dever de lutar em favor da pensão, do sustento, enfim, dos direitos dos idosos, que já deram o melhor de sua vida em nosso favor. Eles hoje necessitam de amparo e de carinho.

Oremos ao Senhor: Senhor, Deus de nossos pais, que concedestes a São Joaquim e Santa'Ana a graça de darem a vida à Mãe do vosso Filho Jesus, fazei que, pela intercessão de ambos, alcancemos a salvação prometida a vosso povo. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

O respeito e o amor aos pais e avós são mandamentos de Deus e são, igualmente, garantia de felicidade para filhos, netos e amigos.

Santa Bartoloméia e Santa Vivência - 27/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje vamos lembrar a memória de duas importantes santas: Santa Bartoloméia e Santa Vicência Gerosa. São filhas da mesma aldeia, Lóvere, na província de Bérgamo, Itália.

Bartoloméia nasceu em 1807; filha de um simples comerciante alcólatra, e por esse motivo provocava situações angustiantes na família. A mãe querendo retirar Bartoloméia do ambiente familiar tão tenso, enviou-a para o convento das Irmãs Clarissas. Recebeu bons estudos e uma ótima formação cristã.

Oração, renúncia e humildade eram os três esteios de sua espiritualidade. Ao terrminar os estudos, Bartoloméia voltou para casa para ajudar nos serviços domésticos. No lar lidou com carinho, paciência e muita oração, para a recuperação do pai cada vez mais alcólatra. Devido sua perseverança, conseguiu que o pai deixasse a bebida. Passou seus últimos anos como bom pai e esposo.

Bartoloméia formou-se professora, a fim de ser mais útil à sociedade e, vendo tantas crianças abandonadas, abriu um escolinha para educá-las.

As guerras causadas por Napoleão, tinham semeado misérias físicas e morais. Bartoloméia fundou um hospital

para acolher os feridos na guerra e os doentes abandonados.

Confidenciou este plano a Vicência, que vinha de um ambiente humilde e também de uma família pouco harmoniosa. Encontrando identidade de aspirações apostólicas, coloco-se ao lado de Bartoloméia e deram início à fundação de uma nova família religiosa que chamaram "Instituto das Irmãs de Caridade", sob a proteção de Nossa Senhora do Mistério da Natividade.

Fundaram na pequena cidade de Lovére escolas, orfanatos, abrigos, hospitais, cujo fundamento era a caridade cristã. Deus de fato opera maravilhas em seus santos.

Quando tudo estava caminhando para a consolidação de suas obras, veio a falecer Bartoloméia, com 26 anos de idade. Vicência confiante em Deus presidiu a nova congreagação por mais 15 anos e veio a falecer em 1847. Foram canonizadas em 1950.

Oremos ao Senhor: Ó Pai, como ensinastes à vossa Igreja que todos os mandamentos se resumem em amar a Deus e ao próximo, concedei-nos, a exemplo de Santa Bartoloméia e Santa Vicência, praticar obras de caridade, para sermos contados entre os benditos do vosso Reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Para defender os mais abandonados pela sociedade, temos que ser heróis. Mas contamos com o exemplo a proteção do próprio Jesus Cristo.

São Celestino I - 28/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, Veneramos hoje a memória de São Celestino I, papa. Dirigiu a Igreja com sabedoria, prudência e firmeza nos anos 422 a 432. Os principais méritos de seu pontificado deram-se no campo da liturgia e na correspondência com os bispos para preservar a tradição apostólica.

Como supremo pastor da Igreja, lutou contra o pelagianismo que, pregando um humanismo horizontal, esvaziava o valor e a necessidade da Redenção operada por Cristo. Essa heresia afirmava que o homem consegue salvar-se por suas próprias forças sem a necessidade da graça de Deus.

Condenou também outra heresia da época: o nestotianismo fundada por Nestório, patriarca de Constantinopla. Ele escandaliza os fiéis negando a divina maternidade de Nossa Senhora. Afirmava também que em Cristo havia não só duas naturezas, mas também duas pessoas distintas: o homem Jesus separado de Deus. Ora, isso é absurdo.

O Concílio de Éfeso, em 431, presidido por São Cirilo, patriarca de Alexandria, definiu que em Cristo há duas naturezas, mas uma única pessoa: a do Filho Eterno de Deus feito homem. Por isso, com toda justiça, Maria deve ser chamada Mãe de Deus.

O Papa Celestino faleceu santamente em 27 de julho do ano 432 e foi sepultado no cemitério de São Silvestre, em Roma.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que fizestes São Celestino, pastor de toda a Igreja, resplandecer pela virtude e doutrina, concedei que, exaltando os méritos de tão grande papa, façamos de nossas boas obras luz para todos e vivamos em vossa presença pela intensa caridade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Que a exemplo do Papa São Celestino, nós também tenhamos a coragem de dender a fé cristã contra todo tipo de erro.

Santa Marta - 29/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje a Igreja está com voce venerando a memória de Santa Marta./ Marta é uma figura muito simpática no Evangelho. Com os irmãos Lázaro e Maria, morava em Betânia, a 3 km de Jerusalém. São chamados amigos de Jesus porque Ele ssempre se hospevada na casa deles. São João, no capítulo, 11, lembra que Jesus amava Marta, sua irmã Maria e Lázaro.

A antiga tradição da Igreja, tanto no Oriente como no Ocidente, atribui a Marta um culto litúrgico, embora se desconheça o paradeiro dela depois da morte e ressurreição do Senhor.

Em três ocasiões Marta é mencionada no Evangelho com cenas inesquecíveis. São Lucas nos narra uma das visitas de Jesus à casa de Marta, onde ela mostrava-se muito preocupada com o serviço da casa.

A segunda cena do Evangelho é relativa à morte de Lázaro. O diálogo de Marta com Jesus nesta ocasião é um dos mais belos e emocionantes do Evangelho de São João. "Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido", disse ela a Jesus, por ocasião da morte de seu irmão Lázaro. E fez belíssima profissão de fé no Cristo Senhor: "Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo".

Ela ouviu a resposta consoladora de Cristo: "Teu irmão ressuscitará".

Ainda São João recorda no capítulo 12, que poucos dias depois da ressurreição de Lázaro, realizou-se na casa de Marta uma ceia solene. Lázaro era um dos convivas e Marta servia a mesa.

Assim ela continuará a ser o modelo de todos aqueles que procuram servir, e não, ser servidos.

Oremos ao Senhor: Pai todo-poderoso, cujo Filho quis hospedar-se em casa de Marta, concedei por sua intercessão que, servindo fielmente a Cristo em nossos irmãos e irmãs, sejamos recebidos por vós em vossa casa. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

E agora convido voce a fazer comigo a profissão de fé de Santa Marta: "Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo".

São Pedro Crisólogo - 30/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje vamos lembrar a memória de São Pedro Crisólogo, bispo e doutor da Igreja. Crisólogo significa "Palavra de Ouro". Foi-lhe dado o apelido de Crisólogo, porque era um orador áureo.

Pedro nasceu em Ímola, perto de Ravena, Itália, no ano 380, e estudou na escola que sirgiu sob a diração do bispo da cidade.

Devido sua inteligência e piedade, o bispo de Ímola recebeu-o no clero e conferiu-lhe o diaconato. Digno de confiança o bispo lhe entregou a administração da diocese.

Com amorte do bispo de Ravena, clero e povo elegeram Pedro Crisólogo como bispo. Ele só aceitou por insistência do Papa Celestino I. Para obter a bênção de Deus, entregou-se ao jejum e à oração.

Com sua palavra oportuna e incisiva, Pedro conseguiu a conversão de muitos pagãos e também abolir as festas escandalosas de cunho pagão que se celebravam cada ano, no mês de janeiro. Pedro foi um grande protetor dos pobres, dos desvalidos, das viúvas, dos órfãos e também um pastor vigilante e dedicado ao povo Deus.

Conserva-se dele quase duzentos sermões com ricos comentários sobre trechos do Novo Testamento, do Creio, do Pai nosso e também sobre a vida dos santos que lhe merecem o título de doutor da Igreja.. Um ponto importante de sua pregação que o tornava simpático era a insistência no amor paternal de Deus.

Foi um grande defensor da fé, sobretudo contra as heresias.

Pedro faleceu no ano 450 e seu corpo reposa na igreja de São Cassiano, em Ímola.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que fizeste do bispo São Pedro Crisólogo egrégio pregador do vosso Verbo encarnado, concedei-nos por suas preces meditar sempre os mistérios da salvação e anunciá-los em nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Cada vida é uma vocação e uma missão. O amor e a fidelidade lhe dão sentido cristão.

Santo Inácio de Loyola - 31/07

Amados irmãos e irmãs em Cristo, hoje o dia se enche de renovado ardor missionário com a memória da figura gigantesca de Santo Inácio de Loyola, presbítero. É o fundador da Ordem dos jesuitas. Poucos santos tiveram uma influência tão grande e profunda na história da Igreja como Santo Inácio: ele marca uma época.

Inácio naceu em Loyola, região basca da Espanha, em 1491. Foi pajem na corte e era de porte elegante. Era o tipo de cavalheiro valente e dado ao jogo, à poesia, às armas e às aventuras amorosas.

Prestava serviço de armas junto ao vice-rei de Navarra. Quando aconteceu o cerco da fortaleza de Pamplona, foi gravemente atingido numa perna. Teve que fazer um longo tratamento, e nesse período, procurou encher o tempo lendo a vida dos santos. Inácio começou a fazer sérias comparações entre a vida fútil que levava e os grandes ideais do serviço de Deus. Movido pela graça, tomou a firme decisão de abandonar a carreira militar e trabalhar na construção do Reino de Deus.

Tinha então 30 anos. Pendurou sua espada no Santuário de Montserrat e entregou-se à meditação dos mistérios divinos. Já de idade, Inácio entregou-se ao estudo das linguas, da filosofia e teologia.

Com 6 companheiros lançaram os fundamentos da Companhia de Jesus, em 15 de agosto de 1534. Unia espiritualidade profunda à disciplina e obediência. De fato, um dos traços mais marcantes da obra de Inácio é o sentido da organização, e a espiritualidade entendida como ação.

Abriu novos caminhos ao espírito missionário, levando o Evangelho às mais longínquas regiões da terra. Inácio ainda era vivo, quando dezenas de missonários trabalhavam no Brasil, e os jesuitas, sem dúvida, foram os que mais se destacaram na evangelização dos povos indígenas.

Seu lema era: "Tudo para a maior glória de Deus".

Faleceu em Roma, no dia 31 de julho de 1556, com 65 anos de idade.

Queremos expressar aos jesuitas, neste neste dia, todo o nosso agradecimento e admiração.

Oremos ao Senhor: Ó Deus, que suscitastes em vossa Igreja Santo Inácio de Loiola para propagar a maior glória do vosso nome, fazei, que auxiliados por ele, imitemos seu combate na terra, para partilharmos no céu sua vitória. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Como Santo Inácio de Loyola soube trazer à Igreja um novo ardor missionário e uma nova espiritualidade, assim nós também devemos ser autênticos evangelizadores.