ATENÇÃO:
Esta é uma leitura desprovida de qualquer influência política ou religiosa do Livro. Da mesma forma não há, absolutamente, nenhuma tendência política ou religiosa acerca do que é descrito. Trata-se de uma leitura técnica literal que apenas sintetiza o que está e como está escrito no Livro relatando de forma resumida os fatos e suas seqüências sem qualquer inferência e adicionado de algumas perguntas diretas. Tudo pode ser conferido e certificado nos textos originais.
Conforme especialistas afirmam, qualquer texto pode ser lido e avaliado no seu sentido: Literal, Histórico, Tipológico ou Simbólico. Este resumo se detêm exclusivamente na primeira opção.
Introdução
Os estudos bíblicos afirmam que a Bíblia é um conjunto de livros que remonta a história entre 1100 a.c. e 100 d.c. Os livros que compõem a Bíblia são 73, sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Tais livros, ou escrituras, só foram reunidas no século IV no chamado concílio de Nicéia, quando então foi de fato composto o livro denominado Bíblia Sagrada, sendo que a seleção dos livros foi feita sobre os que eram considerados autênticos e já utilizados em pregações. Várias escrituras foram analisadas e selecionadas e as não escolhidas foram classificadas como apócrifos. Contudo, ao que parece, há alguma divergências naquela seleção, pois atualmente podemos observar duas composições da Bíblia, sendo que a chamada bíblia não católica apresenta menos sete livros (Macabeus I e II , Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico e Baruque). As escrituras originais foram escritas nas línguas aramaico e hebraico e a tradução da igreja foi feita em latim, sendo que a partir dessa versão vieram as traduções para as demais línguas dos diversos países onde a bíblia se difundiu.
Indiscutivelmente a Bíblia é o livro mais popular e influente do mundo ocidental. A Bíblia narra a criação e a história de uma nação (Israel). Ainda hoje, um país existe exclusivamente por causa do livro, estamos falando do Vaticano. Em todo o planeta existem incontáveis quantidades de templos, igrejas e casas dedicadas a pregação do livro e diariamente bilhões de pessoas visitam esses locais para ouvir as pregações baseadas no livro. As escolas ensinam religião baseada no conteúdo do livro. Por ser considerado um livro sagrado que fundamenta a religião, nesse meio a sua leitura é baseada na fé religiosa e se propaga por meio de interpretações dos líderes e pregadores que dada as suas variações, deram e dão origem a inúmeras divisões e diversas religiões e igrejas.
Apesar de tamanha importância da Bíblia é incomum se deparar com pessoas que fizeram uma leitura completa e contínua do livro. Normalmente ele é lido por trechos aleatórios e comumente orientados pela igreja ou, em grande parte, os seguidores apenas ouvem e reproduzem as palavras do pregador.
Uma leitura técnica, literal e contínua do início ao fim, traz informações completas das escrituras e revelam as relações dos diversos livros que compõem a Bíblia. Esta é a proposta deste trabalho que foi feito sobre a tradução de João Ferreira de Almeida, 2ª edição de 1993 pela Sociedade Bíblica do Brasil.
Apócrifos do VT (segundo Comentário Bíblico Adventista, vol. VIII): O Primeiro Livro de Esdras O Segundo Livro de Esdras Tobias Judite Adições ao Livro de Ester A Sabedoria de Salomão A Sabedoria de Jesus o Filho de Siraque, ou Eclesiástico Baruque , A Carta de Jeremias , A oração de Azarias e o Canto dos Três Jovens , Susana , Bel e o Dragão , A Oração de Manassés , O Primeiro Livro dos Macabeus , O Segundo Livro dos Macabeus.
Apócrifos do NT (O Novo Testamento – Cânon, Língua, Texto-Benedito P. Bittencourt): 1. "Evangelhos: Evangelho segundo os Hebreus, Evangelho dos Egípcios, Evangelho dos Ebionitas, Evangelho de Pedro, Protoevangelho de Tiago, Evangelho de Tomé, Evangelho de Filipe, Evangelho de Bartomeu, Evangelho de Nicodemos, Evangelho de Gamaliel, Evangelho da Verdade. 2. Epístolas: I Clemente, As Sete Epístolas de Inácio, aos Efésios, aos Magnésios, aos Trálios, aos Romanos, aos Filadélfios, aos Esmirnenses e a Policarpo, a Epístola de Policarpo aos Filipenses, a Epístola de Barnabé. 3. Atos: Atos de Paulo, Atos de Pedro, Atos de João, Atos de André, Atos de Tomé. 4. Apocalipses: Apocalipse de Pedro, o Pastor de Hermas, Apocalipse de Paulo, Apocalipse de Tomé, Apocalipse de Estêvão. 5. Manuais de Instrução: Didaquê ou o ensino dos Doze Apóstolos: 2 Clemente, Pregação de Pedro.
Resumo da linha da história narrada na Bíblia
Começa com Deus criando o mundo, depois criando o homem (Adão), a mulher (Eva) e deles nascem seus filhos Caim e Abel. Mas Adão tem mais filhos, um deles foi Sete e dele descendeu Noé. Deus acha que o homem "desviou do seu caminho", então Ele provoca o dilúvio e quando ele termina, descem da arca os animais, Noé e seus filhos e esposas. Dos filhos de Noé descendem vários incluindo Abraão. Deus conversa com Abraão e lhe dá Canaã à ele e seu povo. Dentre os filhos de Abraão nasce Isaque de quem descende Jacó (renomeado por Deus como Israel) que tem 12 filhos sendo um chamado José que é vendido pelos irmãos como escravo para mercadores que o levam para o Egito onde, então, trabalha para o Faraó. E como é um bom interpretador de sonhos e ótimo administrador, José vira governador do Egito, nação que passa a ser dona de todas as riquezas da terra, exceto partes que cede aos sacerdotes que sustentam. Bem sucedido, José traz seu pai Jacó e todos seus irmãos para habitar no Egito. Jacó morre e com o tempo também toda sua geração, incluindo José... muito tempo passa e surge novo rei que vem a comandar o Egito, superpotência da época. Todos os descendentes de Jacó que foram para lá antes, reproduziram muitos descendentes que se tornaram escravos hebreus. O Faraó temendo que os hebreus descendentes de Jacó aumentassem mais e viessem a ser uma ameaça, comandam um infanticídio. Nesse período nasce Moisés que é um hebreu descendente de Leví, um dos filhos de Jacó. A mãe o coloca num cesto e põe no rio e o cesto passando pelo quintal do Faraó e pego por sua filha que o cria como um egípcio. Apesar disso, um dia, Moisés passeando pela cidade se incomoda com um guarda egípcio açoitando um escravo e então acaba matando o egípcio. Ameaçado de morte pelo Faraó, Moisés foge da cidade e acaba em uma região de sacerdotes. Perto de um poço Moisés defende as filhas do sacerdote de uns pastores que as enxotava, por isso, ele é, depois, recebido na casa delas onde passa a morar e o pai lhe dá uma como esposa. Um dia enquanto Moisés pastoreava as ovelhas em um monte, Deus fala com ele por meio de uma pequena planta iluminada e dá as ordens para que ele liberte os filhos de Israel (descendentes de Jacó) das mãos do Egito e leve para Canaã. Ele vai à cidade e lança dez pragas exclusivamente sobre os egípcios até convencer o Faraó à liberar o povo. Finalmente liberado e estando Moisés e o povo à caminho do deserto, o Faraó se arrepende de tê-los libertado e então vai com uma guarda atrás deles. Moisés levanta o cajado e abre o mar vermelho ao meio passa o seu povo e depois fecha sobre os egípcios que vinham atrás. Todos aqueles morrem. Depois dessa passagem do mar, inicia-se a peregrinação de Moisés e o "povo de Deus" pelo deserto. E durante esta jornada, Moisés recebe de Deus no monte Sinai as leis, os 10 mandamentos e instruções de sacrifícios e instruções para construir uma tenda da congregação completamente mobiliada incluindo as vestimentas para sacerdotes. Durante essa caminhada, de tempos em tempos o povo murmura fome e sede e lamenta ter deixado o Egito. A cada murmúrio e lamentação Deus os castiga violentamente lançando praga, fogo e serpentes e abrindo e fechando o chão, matando muitos deles. Num certo momento Deus ordena a criação de um exército para início das batalhas contra as cidades à caminho de Canaã. Os hebreus, agora chamados de israelitas ou Israel, com uma nuvem divina no céu os acompanhando, vencem as primeiras batalhas, destroem cidades e seus povos e conquistam terras, até intencionam parar, mas Deus insiste que continuem, pois o objetivo é a terra de Canaã. Deus leva Moisés à morrer por causa das lamentações do seu povo e por não ter obedecido corretamente uma ordem dele sobre tirar água de uma rocha e Josué é nomeado como seu sucessor para continuar guiando o povo. Com Josué, os filhos de Israel continuam e sob o comando, participação e apoio de Deus, destroem mais cidades e seus povos até que finalmente tomam grande parte da terra de Canaã, mas como não tomaram todas e Josué já estava velho, Deus o ordena que faça as divisões por herança as nove tribos e meia que ainda não havia recebido terras conquistadas (as demais já havia recebido de Moisés). No total receberam terras as doze tribos com o nome de dez filhos e dois netos de Jacó (Israel), sendo, então, as heranças distribuídas aos filhos de: Judo, Benjamim, Simiano, Zebulom, Issacar, Aser, Naftali, Dã e Efraim (filho de José) que receberam de Josué. Rúben e Gade que receberam de Moisés. Manassés (também filho de José) recebeu metade distribuída por Moisés e metade por Josué. Os filhos de Levi (que também era filho de Jacó) não eram considerados uma tribo, porque não eram guerreiros e sim sacerdotes então receberam partes de terras de todos, pois sua função era cuidar das "coisas" (tabernáculo e rituais) de Deus. A mando de Deus, os filhos de Israel deram, também, parte das terras para Josué. Morre Josué e então, questionado pelo povo, Deus nomeia Judá como sucessor de Josué (apesar de estar descrito como uma nomeação pessoal, é provável que se refira à tribo, uma vez que Judá era um dos filhos diretos de Jacó que já havia falecido à anos com toda àquela geração). E apesar de Judá eleito sucessor, o que ocorre é que cada uma das tribos, lideradas por seus juizes, passa a lutar por dominar as suas próprias terras herdadas. Se destacam como juizes: Otniel, Eúde, Débora, Gideão, Jefté, Sansão, entre outros citados em breves trechos. E esse é um período de instabilidade marcado por batalhas dispersas pelas terras de Canaã, nas quais os israelitas ganham e perdem e inclusive lutam entre si quando uma das tribos (a de Benjamim) se desgarra deles. E assim oscilam entre o poder e a submissão, registrando que a submissão sempre ocorre porque o povo "se prostitua" e adorava outros deuses, mas quando clama o Senhor, Ele acaba por designar à tribo um libertador. O último dos juizes é Samuel; ele chega até a constituir os filhos como juizes para o suceder, mas por serem corruptos, o povo pede à ele que nomeie um rei, pois eles querem ter um rei como as demais nações. Inicia-se assim a liderança dos israelitas com reis, sendo Saul o primeiro, escolhido por Deus por meio de Samuel. Mas Saul era um rei desobediente às ordens de Deus, que por isso se arrepende de tê-lo escolhido e então antes mesmo do final do seu reinado, Deus orienta Samuel a escolher o segundo rei, que será Davi. Porém acontece um período de duplo reinado, pois após a morte de Saul, o capitão do seu exército nomeia Isbosete, filho de Saul, como o novo rei. Por outro lado, nas terras de Judá, uma vez que Samuel também já havia morrido, o povo daquele arraial nomeia Davi como seu rei. Então há um período de dois anos em que os israelitas tem dois reis: Davi para o povo de Judá e Isbosete para os demais. Isbosete é morto por ex-servos do seu pai e Davi passa a ser o único rei dos israelitas. Apesar de trair um dos seus próprios soldados, tomando-lhe a esposa e o enviando à morte, Davi é o rei que conquistou grande carisma do povo. Graças a Joabe, comandante do seu exército, venceu várias batalhas e manteve os israelitas no poder durante todo o seu reinado. Absalão, um dos seus filhos chega a traí-lo e tomar o seu trono temporariamente, mas logo é morto pelo exército e Davi retoma o trono e passa a ser mais adorado ainda pelo seu povo, constituindo definitivamente um forte reinado em Jerusalém. Davi envelhece e enfraquece, então Adonias seu filho se autodenomina rei, porém Davi é inquirido por Bate-Seba, uma das suas mulheres ( a que havia tomado do seu servo guerreiro), para que passe o trono à Salomão, também filho de Davi e assim Davi o faz. Salomão herda um reino bem estabelecido e estável e é tido como um rei cheio de sabedoria pedida a Deus por meio de um sonho. Assim torna o reinado um dos mais ricos da época, com muita prata, ouro e bens. Sendo reconhecido e respeitado, estabelece relações pacíficas diplomáticas e comerciais com os demais reis, como o do Egito, Tiro, Sabá, entre outros. Constrói palácios do governo e o primeiro templo à Deus que em forma de nuvem comparece à veemente inauguração. Salomão chega a ter mil esposas, mas induzido por elas, quando velho acaba adorando outros deuses e por este motivo Deus se ira e não dá o reino unido ao seu descendente. Então após a morte de Salomão, novamente o reinado sobre os israelitas está dividido entre Judá e os demais. Roboão filho de Salomão, logo ao apresentar-se é duro com o povo, que o abandona, ficando com ele apenas o povo de Judá com sede em Jesrusalém. Os demais elegem Jeroboão, um ex-servo foragido de Salomão como seu rei. Estranhamente a tribo de Benjamim não é contada na divisão, então o livro registra que dez tribos seguiram Jeroboão e apenas uma seguiu Roboão, mas em um trecho, afirma-se que a tribo de Benjamim estava pronta a apoiar a de Judá para confronto entre os dois reis, o que acaba sendo proibido por Deus por meio de mensagem levada por um homem a Jeroboão. A partir destes reis, os reinados são mais curtos e se sucedem da seguinte forma: Como reis de Israel com sede na Samaria: Nedabe, Baasa, Elá, Zinri, Onri, Acabe e Acazias; Como reis de Judá: Abias, Asa e Josafá. A sucessão no reinado de Judá é sempre hereditária, já em Israel, somente alguns descendentes de Acabe, os demais são tomados. Esse período é de constante conflito entre os dois reinados e mais o reinado da Síria que hora é tido como aliado, hora inimigo. Nesse período, Deus só se comunicava com os profetas do Senhor (em especial com o profeta Elias) mas eles pouco influenciavam na história, pois eram perseguidos, mais intensamente por Jezabel, mulher do rei Acabe. Daí prossegue a sucessão dos reis, agora hora aliados contra os demais reis, hora inimigos. Sucedem para o reino de Israel: Jorão e para Judá: Jeorão e depois Acazias(este filho de Jeorão). Então surge Jeú que é ungido rei por Eliseu (profeta sucessor de Elias) e mata os dois atuais reis de Israel e Judá. Porém assume apenas o trono de Israel. Então prosseguem as sucessões e os conflitos, agora envolvendo os reinados do Egito, Síria e Assíria. As sucessões para o trono de Israel evoluem com: Jeoacaz, Jeoás, Jeroboão(este filho de Jeoás), Zacarias, Salum, Menaém, Pecaías, Peca, e Oséias; e para o trono de Judá com: Joás, Amazias, Uzias (ou Azarias?), Jotão, Acaz, Ezequias, Manassés, Amom, Josias, Jeocaz, Jeoaquim, Joaquim, Zedequias e por fim Gedalias, este último apenas como governador. Surpreendentemente os dois reinados tem fim nas mãos dos reis inimigos. O reinado de Israel nas mãos de Oséias tem fim na derrota por Salmaneser, rei da Assíria que toma a Samaria e leva os israelitas cativos para habitar em Hala, uma das suas cidades. E o reinado de Judá, com Jeocaz se enfraquece com a invasão do Faraó Neco, rei do Egito que leva Jeocaz cativo para a cidade Ribla. Dai o reinado de Judá decai de vez a partir de um primeiro ataque de Nabucodonosor rei da Babilônia sobre o reinado de Joaquim que é levado cativo com toda a nobreza e valentes e depois num segundo ataque do mesmo rei da Babilônia sobre rei Zedequias, que havia sido nomeado pelo próprio Nabucodonosor após o primeiro ataque. Dessa vez Jerusalém é incendiada, e parte do povo é levado cativo. O rei deixa Gedalias como governador para os que sobraram. Mas por fim, Ismael, da família real, mata Gedalias e o povo restante de Jerusalém foge para o Egito e a cidade é, praticamente destruída é esvaziada. E assim observa-se que foi abaixo, pelo menos por hora, o plano Deus de povoar aquelas terras com seu povo em liderança, os descendentes de Jacó, que havia libertado do Egito. Afirma-se que o próprio Deus, irado com o seu próprio povo influenciou os ataques inimigos o que fez os dois reinos israelitas derrotados porque esses haviam adorado outros deuses. Em especial foram responsabilizados: Jeroboão (por Israel) e Manassés (por Judá). Mas ao que os fatos indicam, havia alguma generosidade sobre os babilônios, pois no reinado de Evil-Merdaque, ele liberta o ex rei Joaquim trinta e sete anos depois e o deixa viver com honras ao lado do rei até a sua morte. E setenta anos depois, no tempo do reinado da Pérsia, o rei Ciro estabelece um decreto permitindo que os cativos retornem à Jerusalém. No reinado de Artarxexes da Pérsia, Esdras retorna também com um segundo grupo. Neemias, um copeiro do rei Artarxerxes, também retorna e ajuda na reconstrução de Jerusalém, e se torna governador. Antes dele, no início da reconstrução, governaram Jerusalém durante a reconstrução Salatiel e Zorobabel, filho de Salatiel, época aquela em que se destacaram os profetas Ageu e Zacarias. Apesar do registro da generosidade de outro rei da Pérsia, o rei Assuero com a judia Ester e do rei Artarxerxes com Esdras e Neemias, registra-se que a obra da reconstrução de Jerusalém enfrentou dificuldades e chegou a ser embargada por Artarxerxes, receoso de que os judeus voltassem a ter poder. A reconstrução foi reautorizada oficialmente somente quando veio o reinado de Dario da Pérsia que reeditou o decreto de Ciro, como sendo o decreto de Dario. O reinado seguinte sobre a nação dos judeus é o reinado do rei Herodes sobre o estado de nome Judéia e com o governador de nome Pilatos, ainda com evidências de submissão à César, (atualmente sabido ser do império romano). Apesar de não haver no livro registros da origem desses personagens, nem afirmação de que eles fossem descendentes dos israelitas, observa-se que as leis de Moisés imperavam sobre o povo em torno de Jerusalém e era esta lei regida e vigiada pelos sacerdotes, escribas e fariseus (há destaque para o sumo sacerdote de nome Caifás). Nessa época nasce Jesus, filho de Maria e que apesar de ser fruto de uma concepção divina, é considerado filho de Davi, logo descendente da linhagem de Jacó, porque o esposo de Maria era José descendente daqueles judeus. Pela sua pregação sobre conhecimento e releitura das leis de Moisés e principalmente pelos seus poderes e atos de curas e milagres, Jesus é tido como o "Messias", um salvador prometido pelos profetas que o antecederam, em especial o profeta Isaías que vivera na época dos reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá. Acreditava-se assim que Jesus veio para ser o prometido Rei dos Judeus. Mas todo este entendimento não era unânime, logo bastante controverso entre o povo e principalmente contestado pelas autoridades da época. O próprio Jesus não se declarou que era ou seria rei dos judeus. Não há registros de pronunciamentos de palavras de Deus seja por meio de profetas ou diretamente aos homens nessa época. Quem fala é o próprio Jesus e ao que parece, traz um novo plano de reunir os israelitas, mas dessa vez não se trata de uma "terra prometida" e sim um "reino no céu". Diferentemente de Moisés e Josué que ordenados por Deus coordenavam os israelitas a tomar, se reunir e se estabelecer nas terras de Canaã com sede em Jerusalém, Jesus fala de um "reino dos céus" e suas palavras orientam os judeus a se prepararem para comporem tal reino dos céus. O plano agora seria habitar o reino dos céus e não mais algum espaço daquelas terras que eles viviam. Pelas suas questões sobre a lei de Moisés e pela alta popularidade que obteve sobre o povo, Jesus é visto como uma ameaça aos sacerdotes judeus que invejosos, acabam por perseguí-lo e levá-lo a morte. Mesmo ressuscitando três dias depois, o fato é que Jesus não se torna um rei formal da Judéia ou qualquer país naquelas terras. Ele simplesmente se vai e ascende aos céus, recomendando os seus discípulos que continuem a pregar seus conceitos. O livro não registra se o "reino dos céus" foi composto de fato tendo Jesus como rei, mas sem dúvida ele, até os dias de hoje, é considerado, pelo menos moralmente, um rei perante os religiosos cristãos.
ASSIM DIZ A BÍBLIA
Síntese, temas e questões de cada livro e do todo
VELHO TESTAMENTO
- Gênese
(1º Livro de Moisés)
DESTAQUES: Criação do Mundo, Adão e Eva, Caim e Abel, A arca de Noé, o Dilúvio, A torre de Babel, Abraão, Ritual da circuncisão, Sodoma e Gomorra, Isaque, Jacó (renomeado como Israel), José.
TEMAS: Instituição da Divindade Suprema, contatos com a entidade divina, genealogia, desobediência, decretação de submissão feminina, maldição, castigo, traição, assassinato, inveja (especialmente entre irmãos), incesto, sacrifício animal, sexo, efeitos do álcool (vinho) na sexualidade e ligado ao incesto, crise familiar, intrigas amorosas, barriga de aluguel, bigamia, compaixão (de Abraão), inveja entre irmãos, negociação salarial, política, covardia, Deus intolerante, questionamento de Deus (por Abraão),derrota de Deus por Jacó, perdão (de Esaú), estupro, vingança, coito interrompido, visões e interpretação de sonhos, "males para o bem" (venda de José como escravo que vê isso como ação de Deus), generosidade (de José), comércio, primeiras profecias.
CURIOSIDADES: Por que os homens não apresentam uma costela menos? Quem é e de onde veio a mulher de Caim? Eva foi declarada como a mãe de todos os seres humanos e seu nome foi dado por Adão. O nome de Adão não é anunciado inicialmente e surge diretamente no meio do diálogo do capítulo 3; só no capítulo 5 é dito que o homem criado por Deus recebeu esse nome. Na verdade, ainda no capítulo 5, Adão é dito como o nome do casal e não só do homem. Se existiam gigantes naquela época, por que arqueólogos nunca encontraram ossadas deles? Porque há uma separação há uma classificação de "filhos de Deus" e "filhas dos homens" e qual seria o caminho do homem na terra que ele houvera corrompido, conforme afirmado no capítulo 6? O pecado de Sodoma e Gomorra não é explícito. Noé amaldiçoa o seu neto Canaã porque o pai dele Cam o viu nu e contou para os demais. A maldade que havia na terra justificava mesmo o dilúvio? A Torre de Babel foi construída porque os homens não intencionavam não se espalhar pela terra e manter uma só língua, mas Deus os ordenou descer e "confundiu" sua linguagem que a partir daí não era mais uma só. Ló, parente de Abraão, vai morar numa caverna e depois de tomar vinho, suas duas filhas optam sexuar com ele para manter a linhagem da geração do pai. Sarai (Sara mulher de Abraão), que inicialmente era estéril oferece sua escrava para ter um filho do seu marido. Abraão iria sacrificar o próprio filho a pedido de Deus para provar sua fé Nele. O nome era Abrão com um "a" Deus renomeou-o Abrão como Abraão, Sarai como Sara e Jacó como Israel. Deus não era invencível, ele perde uma luta com Jacó que durou o dia inteiro. Jacó traiu seu irmão Esaú e tinha muito medo de reecontrá-lo e ele matá-lo, mas Esaú não o fez. Judá faz Onã seu filho se casar com Tamar, a viúva do próprio irmão para que desse ao irmão descendência, Onã casa com ela, porém por saber que um filho que tivesse não seria considerado sua descendência, sempre que possuía Tamar ele interrompia o coito deixando o sêmen cair na terra; Por isso Deus o fez morrer e Tamar acabou se disfarçando de meretriz e sexuando com o próprio Judá, o sogro que também perdera a mulher, e assim Tamar teve gêmeos. A história de Esaú e Jacó e especialmente a de José são envolventes; teria Sheakspeare se inspirado nelas?
SUBTÍTULOS: 1:A criação dos céus e da terra e de tudo que neles há; 2.4:A formação do homem; 2.18:A formação da Mulher; 3:A queda do homem; 4:Abel e Caim; 4.8:O primeiro homicídio; 4.17:Descendentes de Caim; 5:Descendentes de Adão; 6:A corrupção do gênero humano; 6.11:Deus anuncia o dilúvio; 7:Noé e sua família entram na arca; 7.17:O dilúvio; 8:Diminuem as águas do dilúvio; 8.6:Noé solta um corvo e depois uma pomba; 8.13:Noé e sua família saem da arca; 8.20:Noé levanta um altar; 9:A aliança de Deus com Noé; 9.20:Noé pronuncia bênção e maldição; 10:Descendentes do filho de Noé; 11:A torre de Babel; 11.10:Descendentes de Sem; 12:Deus chama Abrão e lhe faz promessas; 12.10:Abrão no Egito; 13:Abrão e Ló separam-se; 13.14O Senhor promete a Abrão a terra de Canaã; 14:Guerra de quatro reis contra cinco; 14.12:Ló é levado cativo; 14.18:Melquisedeque abençoa a Abrão; 15:Deus anima a Abraão e lhe promete um filho; 15.12:O senhor entra em aliança com Abrão; 16:Sarai e Agar; 16.15:Nascimento de Ismael; 17:Deus muda o nome de Abrão; 17.9:Insituiu-se a circuncisão; 17.15:Deus muda o nome de Sarai; 17.23:Pratica-se a circuncisão; 18:O Senhor e dois anjos aparecem a Abraão; 18.16:Deus anuncia a destruição de Sodoma e Gomorra; 18.22:Abraão intercede junto a Deus pelos homens; 19:Ló recebe em sua casa os dois anjos; 19.23:A destruição de Sodoma e Gomorra; 19.30:A origem dos moabitas e dos amonitas; 20:Abraão e Sara peregrinam em Gerar; 21:O nascimento de Isaque; 21.8:Agar no deserto; 21.22:Abraão faz aliança com Abimeleque; 22:Deus prova Abraão; 22.20:Descendência de Naor; 23:A morte de Sara; 24:Abraão manda seu servo buscar uma mulher para Isaque; 24.15:O encontro de Rebeca; 24.52: O casamento de Isaque e Rebeca; 25:Descendentes de Abraão e Quetura; 25.7:A morte de Abraão; 25.12:Descendentes de Ismael; 25.19:Descendentes de Isaque; 25.27:Esaú vende o seu direito de primogenitura; 26:Isaque na terra dos filisteus; 26.26:Isaque faz aliança com Abimileque; 27:Isaque abençoa a Jacó e Esaú; 28:A fuga de Jacó; 28.10:A visão da escada; 28.18:A coluna de Betel; 29:Jacó encontra-se com Raquel; 29.21:Lia e Raquel; 29.31:Os filhos de Jacó; 30.27:Labão faz novo pacto com Jacó; 30.37:Jacó se enriquece; 31:Jacó retorna à terra de seus pais; 31.22:Labão segue no encalço de Jacó; 31.43:A aliança entre Labão e Jacó; 32:Jacó reconcilia-se com Esaú; 32.22:Jacó luta com Deus e transpõe o vau de Jaboque; 33:O encontro de Esaú e Jacó; 33.18:Jaco chega a Siquém; 34:Diná e os siquemitas; 34.25:A traição de Simeão e Levi; 35:Jacó erige um altar em Betel; 35.16:O nascimento de Benjamim e a morte de Raquel; 35.23:Descendentes de Jacó; 36:Os descendentes de Esaú; 36.20:Descendentes de Seir; 36.31:Reis e príncipes de Edom; 37:José vendido pelos irmãos; 38:Judá e Tamar; 39:José na casa de potifar; 40:José na prisão interpreta dois sonhos; 40.9:O sonho do copeiro-chefe; 40.16:O sonho do padeiro-chefe; 41:José interpreta os sonhos do Faraó; 41.37:José como governador do Egito; 42:Os irmãos de José descem ao Egito; 42.25:Os irmãos de José regressam do Egito; 43:Os irmãos de José descem outra vez no Egito; 43.15:José hospeda seus irmãos; 44:Estratagema de José para deter seus irmãos; 44.14:A defesa de Judá; 45:José dá-se a conhecer a seus irmãos; 45.16:Faraó ouve falar dos irmãos de José; 46:Jacó e toda a sua família descem para o Egito; 46.28:O encontro de José com seu pai; 47:Israel é apresentado a Faraó; 47.13:José compra toda a terra do Egito para Faraó; 48:Jacó adoece; 48.11:Jacó abençoa José e os filhos deste; 49:Bênçaos proféticas de Jacó; 50:A lamentação por Jacó e seu enterro; 50.15:A magnanimidade de José; 50.22:A morte de José.
Êxodo (2º Livro de Moisés)
DESTAQUES: Falas de Deus, Egito como a grande potência dos Faraós, Escravidão dos filhos de Israel (Jacó)- hebreus "povo de Deus", Levi, Moisés, Arão, Pragas, Travessia do Mar Vermelho, Instituição do ritual da páscoa, 1º cântico de louvor, primeiros milagres de Deus pelas mãos do homem (Moisés), Monte Sinai, Os dez mandamentos, Realizações e aparições espetaculares de Deus.
TEMAS: Infanticídio, nomes ao estilo indígena, piedade, assassinato, justiça com as próprias mãos, magos e efeitos especiais, genealogia, cântico, demonstração do poder divino, manipulação de Deus sobre os homens, parcialidade de Deus, guerra santa, constante intolerância e ira divina, sacrifícios animais, rituais e seus utensílios, instituição de hierarquia administrativa, descrença, adoração, arrependimento de Deus, contradição entre o sexto mandamento (não matarás) e as leis consecutivas e entre as leis e as ações de Moisés, olho por olho, dente por dente, segregação de classes, discriminação dos escravos, matança ordenada, criação estrutural da igreja (tenda da congregação onde Deus aparecia ao homem), povo de Moisés de dura cerviz e cheio de iniqüidade, imponência de Deus.
CURIOSIDADES: Quem foi o pai de Moisés? Por que Deus não considerava os egípcios de "meu povo" como considerava os hebreus? Moisés não tinha boa oratória, Arão, seu irmão falava por ele ao Faraó. Apesar de 4 mais famosas, Foram dez as pragas. O confronto entre Moisés e o Faraó foi um criação de Deus, que dava poderes à Moisés ao mesmo tempo endurecia o coração do Faraó seu adversário para que não cedesse em libertar os hebreus; o motivo era a glorificação no mais alto grau, uma demonstração do poder divino. Os hebreus não eram convictos da vontade de sair do Egito e quando saíram, murmuravam constantemente. A páscoa foi instituída antes do nascimento de Jesus. Instituição da hierarquia administrativa. Deus ordena que Moisés escreva um livro. Entre trovões, raios e forte sons de trombetas, acontece a 1º aparição de Deus a um grande público. Moisés não subiu sozinho ao monte Sinai para ouvir os dez mandamentos, Arão subiu com ele. Deus exige sacrifícios de animais num altar de terra. Deus dita o 1º código de leis para os homens, incluindo pena de morte em alguns casos e proibindo cobrança de juros de pobres. Deus não só ordenou guardar o sábado, como também o sétimo ano a cada seis trabalhados. Moisés bebia sangue de animais sacrificados enquanto divulgava as leis de Deus no altar. Ás tábuas das leis que Moisés apresentou ao povo eram uma 2ª via. O próprio dedo de Deus escreveu as leis e mandamentos nas tábuas de pedra (Testemunho) que iriam ser guardadas em um arca, mas Moisés as quebrou ao descer e só numa segunda vez as rescreveu ele mesmo junto de Deus. Moisés subiu mais de uma vez no monte Sinai e na última ficou 40 dias sem comer nem beber recebendo orientações detalhadas da "construção do altar". Depois mantinha contato na tenda. Deus ordena a construção de mobílias e utensílios em riqueza de detalhes quase como um decorador, compondo um "kit liturgia" completo para composição da tenda da congregação. Deus dita a hierarquia sacerdotal, marcada pelas vestes e dita os rituais incluindo sacrifício de animais e bebidas de sangue. Não deveria o bezerro de ouro que Moisés queimou apenas ter se derretido em vez de ter "se reduzido ao pó" como está escrito e já que era uma liga de metal? Porque Deus não castigou Moisés e os que ele mandou matar os idólatras mesmo depois de ter sido publicado os 10 mandamentos em que o 6º dizia "não matarás"? Por que Moisés afirma que Deus falava face a face com ele e logo adiante afirma que Deus disse que homem nenhum lhe verá a face e viveria? As duas primeiras tábuas que quebraram foram escritas pelo "dedo de Deus" as segundas por Moisés e não se referiam aos dez mandamentos, mas sim a dez palavras referentes a aliança de Deus com Moisés e Israel. Além de Noé e Abraão a aliança e proteção mais fortes de Deus foram com Caim, Jacó e Moisés, embora arrependidos posteriormente, ambos os três criminosos inicialmente; Caim matou o irmão, Jacó traiu o irmão e roubou o sogro e Moisés começou matando um egípcio.
SUBTÍTULOS: 1:Os descendentes de Jacó no Egito; 1.15:As parteiras desobedecem a Faraó; 2:Nascimento e educação de Moisés; 2.11:Moisés mata um egípcio e foge para Midiã; 2.23:A morte do rei do Egito; 3:Deus fala com Moisés do meio da sarça ardente; 4:Deus concede poderes a Moisés; 4.18:Moisés regressa ao Egito; 5:Moisés e Arão falam a Faraó; 5.6:Faraó aflige os israelitas; 5.15:Os israelitas queixam-se de Moisés e Arão; 6.2:Deus promete livrar os israelitas; 6.14:Genealogias de Moisés e Arão; 6.28:Moisés fala novamente a Faraó; 7.14: Primeira praga: As águas tornam-se em sangue; 8:Segunda praga: rãs; 8.16:Terceira praga: piolhos; 8.20:Quarta praga: moscas; 9:Quinta praga : peste nos animais; 9.8:Sexta praga : úlceras; 9.13:Sétima praga : chuva de pedras; 10:Oitava praga : gafanhotos; 10.21:Nona praga : trevas; 11:Deus anuncia a décima praga; 12:A instituição da páscoa; 12.29:Décima praga: morte dos primogênitos; 12.37:A saída dos israelitas do Egito; 13:Consagração dos primogênitos; 13.17:Deus guia o povo pelo caminho; 14:Perseguição de Israel; 14.15:A passagem pelo meio do mar; 14:26:Os egípcios perecem no mar; 15:O cântico de Moisés; 15:20:Antífona de Miriã e das mulheres; 15:22:As águas amargas tornaram-se doces; 16:Deus manda o maná; 16.11:Deus manda codornizes; 16:22:O povo de Israel recolhe o maná;17:A água da rocha em Refidim; 17.8:Amaleque peleja contra os israelitas; 18:O sogro de Moisés traz-lhe sua mulher e seus filhos; 18.13: A nomeação de auxiliares; 19:Deus fala com Moisés no monte Sinai; 20: Os dez mandamentos; 20.18: Moisés, mediador entre Deus e o povo; 20.22:Leis acerca dos altares; 21: Leis acerca dos servos; 21.12:Leis acerca da violência; 22: Leis acerca da propriedade; 22.16:Leis civis e religiosas; 23:O testemunho falso e a injúria; 23.6:Deveres dos juizes; 23.10:O ano de descanso; 23.12:O sábado; 23.14:As três festas; 23.20:Deus promete a posse da terra; 24:A aliança de Deus com Israel; 24.12:Moisés e os anciãos sobem novamente ao monte; 25:Deus manda trazer ofertas para o tabernáculo; 25.10:A arca; 25.17:O propiciatório; 25.23: A mesa; 25.31:O candelabro; 26:As cortinas do tabernáculo; 26.14:A coberta de peles e as tábuas; 26.31:O véu o reposteiro e as colunas; 27:O altar do holocausto; 27.9:O átrio do tabernáculo; 27.20:O azeite para o candelabro; 28:Deus escolhe Arão e seus filhos para sacerdotes; 28.3:As vestes sacerdotais; 29:O sacrifício e as cerimônias da consagração; 29.38:Ofertas contínuas; 30:O altar do incenso; 30.11:O pagamento do resgate; 30.17:A bacia de bronze; 30.22: O óleo da santa unção; 30.34:O incenso sagrado; Os artífices da obra do tabernáculo; 31.12:O sábado santo e as duas tábuas do testemunho; 32:O bezerro de ouro; 32.11:Moisés intercede pelo povo; 32.25:Moisés manda matar os idólatras; 32.30:Moisés intercede pelo povo; 33:O anjo de Deus irá adiante do povo;33.12:Moisés roga a Deus a sua presença; 33.17:Moisés roga a Deus que lhe mostre a sua glória; 34: As segundas tábuas da lei; 34.10:Deus faz uma aliança e admoesta contra infidelidade; 34.18:As três festas; 34.29:O rosto de Moisés se resplandece; 35:O sábado; 35.4:Deus manda trazer ofertas para o tabernáculo; 35.10: Os utensílios do tabernáculo; 35.20:A prontidão do povo em trazer ofertas; 35.30:Deus chama a bezaleu e a Aoliabe; 36.2:Moisés entrega aos obreiros as ofertas do povo; 36.8:As cortinas do tabernáculo; 36.19:A coberta de peles e as tábuas; 36.35:O véu o reposteiro e as colunas; 37:A arca; 37.6:O propiciatório; 37.10:A mesa; 37.17:O candelabro; 37.25:O altar do incenso; 37.29:O óleo sagrado e incenso santo; 38:O altar do holocausto; 38.8:A bacia de bronze; 38.9:O átrio e reposteiro; 38.21:A enumeração das coisas do tabernáculo; 39:As vestes dos sacerdotes; 39.32:Os utensílios dos tabernáculos completados; 40:Deus manda Moisés levantar o tabernáculo; 40.16:O tabernáculo é levantado; 40.34:A nuvem cobre o tabernáculo.
Levítico (3º Livro de Moisés)
DESTAQUES: Falas de Deus, Continuidade da peregrinação pelo deserto, Leis detalhadas, Sacrifícios detalhados, Moisés, Arão, Badabe, Abiú, Classificação dos animais, Calendário de festas, Oferendas, O sábado.
TEMAS: sacrifício exacerbado, contradição, detalhismo de Deus, "Código penal", pena de morte, datas festivas, proibição da idolatria de imagens, Deus exigente, intolerante e impiedoso, discriminação, repetição de leis e textos.
CURIOSIDADES: Deus orienta decoração interna da tenda da congregação com riqueza de detalhes quase como um decorador e também, em detalhes, quase como um estilista, orienta o desenho de moda dos sacerdotes. Deus dita leis sobre o comportamento no período menstrual. Os sacerdotes só deverão se casar com virgens. Deus manda apedrejar um filho que o blasfemou. A lei "quem matar alguém será morto" além de contraditória ao 6º mandamento não exterminaria a vida na terra? Institui-se ajuda aos pobres. Deus promete paz, força e prosperidade se todas as leis dele forem obedecidas, porém ameaça de maldições, sofrimentos e castigo se não obedecerem. Deus muda a ordem quanto ao consumo de sangue e proíbe o consumo de gordura. Deus queima Nadabe e Abiú sobrinhos de Moisés porque não se comportaram no ritual. Deus classifica os animais não-limpos e imundos que são os quadrúpedes que ruminam e tenham unhas fendidas e peixes com escama e barbatana e outros das aves, insetos. As leis de Deus condenam o sexo com animais e ditam sobre o resguardo e menstruação. Deus é extremamente exigente e detalhista quanto aos rituais e oferendas à ele. Os leprosos são discriminados e afastados. As leis proíbem o incesto. Homossexualismo tem condenação de pena de morte como também matar, e amaldiçoar pai e mãe, entre outros. Há uma intensa reiteração sobre guardar o sábado. Curiosamente Deus em um trecho manda amar o próximo com a ti mesmo, mas o livro não explica o significado do termo "próximo" sendo muito provável que se referisse aos israelitas que eram os que literalmente estavam próximos entre si. Por várias vezes reiteração a lei de proteção ao forasteiro e estrangeiro. Ocorre muita repetição das leis nesse livro. SUBTÍTULOS: 1:Os holocaustos; 2:As ofertas de manjares; 3:Os sacrifícios pacíficos; 4:O sacrifício pelos pecados por ignorância dos sacerdotes; 4.13:Os sacrifícios pelos pecados por ignorância de toda a congregação; 4.22:Os sacrifícios pelos pecados por ignorância de um príncipe; 4.27:Os sacrifícios pelos pecados por ignorância de qualquer pessoa; 5:O sacrifício pelos pecados ocultos; 5.14:O sacrifícios pelo sacrilégio; 5.17:O sacrifício pelos pecados de ignorância; 6:O sacrifício pelos pecados voluntários; 6.8:A lei do holocausto; 6.14:A lei da oferta de manjares; 6.19:A oferta na consagração dos sacerdotes; 6.24:A lei da oferta pelo pecado; 7:A lei da oferta pela culpa; 7.11:A lei das ofertas pacíficas; 7.22:Deus proíbe comer gordura e sangue; 7.28: A porção dos sacerdotes; 8:A consagração de Arão e de seus filhos; 9: Arão oferece sacrifícios por si e pelo povo; 10: Nadabe e Abiú morrem diante do Senhor; 10.8:Deveres e porções dos sacerdotes; 11:Leis sobre os animais limpos e os imundos; 12:A purificação da mulher depois do parto; 13:As leis acerca da lepra; 14:A lei acerca do leproso depois de sarado; 14.33:A lei acerca da lepra numa casa; 15:Imundícias do homem e da mulher; 16:O dia da expiação; 16.11:O sacrifício pelo próprio sumo sacerdote; 16.15:O sacrifício pelo povo; 16.29:A festa anual das expiações; 17:Leis referentes a matança dos animais; 17.10:A proibição de comer sangue; 18:Casamentos ilícitos; 18.19:Uniões abomináveis; 19:A repetição de diversas leis; 19.35:Pesos e medidas justos;20:As penas de diversos crimes; 21:Leis para os sacerdotes; 22:A lei acerca de comer coisas santas; 22.17:Os animais sacrificados devem ser sem defeito; 23:As festas solenes do Senhor; 23.3:O sábado; 23.4:A páscoa; 23.9:As primícias; 23.15:O pentecostes; 23.26:O dia da expiação; 23.33:A festa dos tabernáculos; 24:O azeite para o candelabro; 24.5:O pão para a mesa do senhor; 24.10:A pena do pecado de blasfêmia; 25:O ano de descanso; 25.8:O ano do jubileu; 25.35:Leis a favor dos pobres; 25.39:Lei a favor dos escravos; 26:Admoestação contra a idolatria; 26.3 Bênçãos decorrentes da obediência; 26.14:Os castigos da desobediência; 27:Votos particulares e a avaliação deles; 27.28:Não há resgate para certas coisas consagradas; 27.30:Sobre as dízimas.
Números (4º Livro de Moisés)
DESTAQUES: Exército de Israel, censo do povo de Moisés, A nuvem de Deus, Rebeliões internas, Batalhas, Moisés, Josué, Morte de Arão, Balaão e sua jumenta, Leis, Rio Jordão, Prisão domiciliar, Listagem dos acampamentos, precisão numérica. .
TEMAS: Repetição, Organização militar, guerra, machismo, instrumento musical, murmurações e arrependimento dos israelitas em deixar as mordomias do Egito, ira de Deus, desânimo de Moisés, Ameaças e castigos impiedosos de Deus sobre os hebreus (Israel-Israelitas), Assassinato a pedradas, Rebeliões, Castigo e matança de Deus sobre seu povo (os hebreus-israelitas), Dízimos, Deus ditador, intolerante, impiedoso, vingativo, incentivador da guerra. Feitos espetaculares, Pragas e castigos lançadas por Deus sobre seu próprio povo, Predominância de perguntas retóricas, Piedade de Moisés sobre o seu povo.
CURIOSIDADES: A idade de recrutamento para o exército era de 20 anos. Nem todos iam às batalhas, 22.000 levitas ficaram para proteger o tabernáculo e o Testemunho com apoio dos coatitas, gersonitas e filhos de Marari. O exército foi formado por 603.550 soldados de 4 tribos de batalha. Num segundo censo após batalhas e matanças de Deus sobre o próprio povo, os soldados ainda eram 601.730. Os leprosos e doentes foram expulsos do grupo. Tocar em cadáver era considerado imundo e proibido. Os israelitas viajavam seguindo uma nuvem de Deus que soltava fogo, como uma espaçonave. Os hebreus passaram a ser chamados de israelitas ou Israel. Por várias vezes os israelitas murmuravam do cansaço, ameaças, sede e fome no deserto e reclamam da comida (maná coentro) e lamentavam pela boa comida que era dada pelos Faraós do Egito. E por isso, várias vezes Deus, furioso, os atende mas os castiga lançando pragas, fogo, serpentes, abrindo o chão e soterrando os rebelados. Deus ordena a construção de instrumentos musicais (duas trombetas) para anunciação e festas. Deus, irado, desce numa coluna de fumaça para agir sobre intriga contra Moisés ditas por Miriã a respeito de outra mulher que é imediatamente tornada leprosa como castigo. Moisés, algumas vezes piedoso, pede que Deus perdoe Miriã o que faz Deus reduzir a pena por sete dias. Deus declara que fala com Moisés boca-a-boca e não por enigmas. Mais uma vez registra-se a existência de gigantes naquela época, como no 1º livro. Deus deixa os israelitas serem derrotados na sua 1ª batalha por causa das suas murmurações, Moisés seguindo a ordem de Deus e sem ressentimento mandou matar um homem à pedradas porque estava pegando lenha no dia de sábado. Deus se gaba todo o tempo de ter tirado o povo do Egito, mas o povo constantemente está se lamentando desta retirada, desde a saída. Mostrar a glória de Deus significava ele aparecer perante o povo? Os dízimos foram criados para remunerar os levitas pelos serviço que prestavam na tenda da congregação. Novamente o povo teve sede, reclamou e Deus mandou Moisés falar à um rocha em Meribá, que dela sairia água, porém, em vez de falar, Moisés bateu com o bordão como fez em outra ocasião e a água saiu, mas o fato, mais adiante custaria a vida de Moisés e Arão. Moisés conduz o próprio irmão (Arão) ao monte para morrer por ter se rebelado contra as palavras de Deus (em Meribá) anterior e o filho dele, Eleazar, assume o posto vestindo as roupas do pai que é morto nó sobre o monte. Que livro é esse citado pelo narrador em 21.10:"Livro das Guerras do Senhor" onde está o segundo canto? Também cita poetas em seguida, quem são? Uma jumenta tem visões de um anjo de Deus que a aflige e faz apanhar do dono (Balaão) e depois a jumenta fala com seu dono se queixando. Depois de todo o trabalho de Moisés, Deus avisa que ele também irá morrer como Arão, pois também havia sido rebelde a ele no deserto de Zim. Moisés humildemente só pede que Deus dê outro guia ao povo. Moisés, sem ressentimento, manda matar crianças (masculinas) cativas do povo medianita vencido por eles em batalha. No decorrer das vitórias das batalhas o povo pára de murmurar, mas não há registro de que eles comemoravam as vitórias. Os homens se contentaram com a Transjordânia onde tinha gado, mas Deus se irou e os ameaçou prosseguir na peregrinação para lutar e tomar as terras prometidas. Até este livro, não é citado o ano das ocorrências, apenas os dias e meses em referência a datas comemorativas ou eventos como a páscoa. O povo israelita peregrinou por 40 anos no deserto. Com tanta violência nesse tempo, qual seria a violência que Deus acusava os homens e que lhe levou a provocar o dilúvio antigamente?
SUBTÍTULOS: 1:Deus manda Moisés levantar o senso de Israel; 1.47:Os levitas não são contados; 2:A ordem das tribos no acampamento; 3:Número e ofício dos Levitas; 3.40:O resgate dos primogênitos; 4:Deveres dos coatitas; 4.34:Número dos coatitas; 4.38:Número dos filhos de Gérson; 4.42: Número dos filhos de Merari; 4.46:Número de todos os levitas; 5:O leproso e o imundo são lançados fora do arraial; 5.5:A lei da restituição; 5.11:A prova da mulher suspeita de adultério; 6:A lei do nazireado; 6.22:A benção sacerdotal; 7:As ofertas dos príncipes na dedicação do altar; 8:As sete lâmpadas do santuário; 8.5:A consagração dos levitas; 9:A celebração da Páscoa; 9.15:A nuvem sobre o tabernáculo; 10:As duas trombetas de prata; 10.11:Os israelitas partem do Sinai; 10.29:Moisés roga a Hobabe que vá com eles; 11:As murmurações dos israelitas; 11.10:Moisés acha pecado o seu cargo; 11.16:Deus designa setenta anciãos para ajudarem Moisés; 11.31:Deus manda codornizes; 12:A sedição de Miriã e Arão; 13:Doze homens são enviados para espiar a terra de Canaã; 13.25:O relatório dos espias recebido com incredulidade; 14:Sedição do povo; 14:13:Moisés intercede pelo povo; 14.20:O castigo dado por Deus; 14.39:O povo derrotado em Horma; 15:Leis a respeito de ofertas; 15.22:Os sacrifícios pelos pecados da ignorância; 15.32:Castigo pela violação do sábado; 15.37:A lei acerca das borlas das vestes; 16:A rebelião de Corá, Datã e Abirão; 16.20:Os rebeldes castigados; 16.41:Novo tumulto e seu castigo; 17:O bordão de Arão floresce; 18:Deveres e direitos dos sacerdotes; 18.21:Os dízimos e os levitas; 19:A água purificadora; 20:A morte de Miriã; 20.2:Moisés fere a rocha em Meribá; 20.14:Moisés solicita passagem por Edom; 20.22:A morte de Arão; 21:Derrota do rei de Arade; 21.4:A serpente de bronze; 21.10:Jornada dos israelitas; 21.21:Vitória sobre Seom, rei de Hesbom; 21.31:Vitória sobre Orgue, rei de Basã; 22:Balaque envia mensageiros a Balaão; 21.21:O anjo do senhor e a jumenta de Balaão; 23:Balaão abençoa Israel pela primeira vez; 23.13:Balaão abençoa Israel pela segunda vez; 24:Balaão abençoa Israel pela terceira vez; 24.15:A profecia de Balaão. A estrela de Jacó; 25:A adoração a Baal-Peor e o zelo de Finéas; 26:O censo de todos os israelitas; 26.52:A lei acerca da divisão da terra; 26.57:O censo dos levitas; 27:A lei acerca dos direitos de filhas herdeiras. As filhas de Zelofeade; 27.12: Deus prediz a morte de Moisés; 17.18:Josué designado sucessor de Moisés; 28:Ofertas contínuas; 29:Ofertas nas outras festas solenes; 30:Acerca dos votos; 31:A vitória sobre os midianitas; 31.13:O tratamento dos cativos; 31.19:A purificação dos soldados e da presa; 31.25:A divisão da presa; 31.48:A oferta voluntária dos capitães; 32:Duas tribos e meia desejam habitar na Transjordânia; 32.33:Distribuição da Transjordânia; 33:Os acampamentos desde o Egito; 33.38:A morte de Arão; 33.50:Deus manda lançar fora os moradores de Canaã; 34:Os confins da terra; 34.16:Os homens que devem repartir a terra; 35:As cidades dos levitas; 35.9:Seis cidades de refúgio; 36.16:Execução do homicida; 35.22:Privilégios oferecidos pelas cidades do refúgio; 36:Casamento de herdeiras.
Deuteronômio (5º Livro de Moisés)
DESTAQUES: Discursos de Moisés, Adição de fatos da peregrinação, Reiteração das várias leis e orientações de Deus, Orientação de temer à Deus, Novas leis ditadas e acrescentadas por conta de Moisés, Sucessão de Moisés por Josué, O livro da Lei, O cântico de Moisés, A morte de Moisés.
TEMAS: História recontada (releitura de Moisés), Recapitulação de toda a peregrinação, Predominância narrativa, Destruição, Refúgio para crime doloso; contradições sobre misericórdia divina, ameaça, contradição histórica, benção e maldição acerca dos mandamentos, Mais leis com violência, crueldade.
CURIOSIDADES: Moisés afirma que Deus disse que metia temor nos adversários de Moisés. Moisés afirma no capítulo 3 que destruía completamente as cidades junto com seus homens mulheres e crianças. Por que Moisés afirma que Deus é misericordioso por que então teria Ele levado Arão à morte, lançado tantos castigos ao seu povo e condenado o próprio Moisés à morte ao indignar-se com ele por causa do seu povo? Moisés registra que era o desejo de Deus que o seu povo o temesse. Deus escolheu os hebreus para guarda juramento que fez aos seus pais. Deus guarda aliança e misericórdia aos que o ama e obedece apenas por mil gerações? (a partir de Abraão). Moisés registra no capítulo 5 que Deus escreveu nas Segundas Tábuas, mas em Êxodo 34.27 está registrado que o próprio Moisés havia escrito. A lei a favor dos pobres é reiterada e sem nenhuma ressalva. Reiterado a ordem de apedrejamento até a morte para a idolatria. Moisés orienta a eleição de um rei para quando tomarem Canaã. Por que Moisés não deu mais detalhes do profeta que é prometido que permitisse identificar a quem ele se referia? Institui-se a necessidade de mais de uma testemunha para os crimes de invasão de limites. Moisés condena a (necromancia) consulta a mortos, mágicos. Moisés orientado que filhos desobedientes sejam apedrejados até a morte. Em 22.5 é vedado que homem use roupa de mulher e virse-versa, coisa abominável. Condenação de morte a pedradas a mulher que não casar virgem e homem que ficar com mulher casada. Homem castrado é proibido de entrar na assembléia santa. Proibida a prostituição e cobrar juros de irmão. Se a mulher separar briga do marido pegando-o "pelas vergonhas" ela terá a mão cortada. Não seria a "promessa de misericórdia" apenas uma "bênção decorrente da obediência"? Moisés é morto por Deus no monte por ter "prevaricado contra ele nas águas de Meribá, Por que essa prevaricação não foi tão clara, seria porque não obedeceu a orientação de falar com a pedra? Por que Moisés foi chamado de profeta ao final desse livro?
SUBTÍTULOS: 1: O primeiro discurso de Moisés na planície do Jordão-Moisés conta a história de Israel; 1.9:A nomeação de auxiliares; 1.19:Doze homens foram enviados para espiar a terra de Canaã; 1.26:O relatório dos espias é recebido com incredulidade; 1.34:O castigo de Deus; 1.41:O povo derrotado em Horma; 2:A jornada de Cades até Zerede; 2.16:A travessia de Ar e Arnom; 2.26:Vitória sobre Seom, rei de Hesbom; 3:Vitória sobre Orgue, rei de Basã; 3.12:Distribuição da Transjordânia; 3.23:A oração de Moisés para entrar em Canaã; 4:Moisés exorta o povo à obediência; 4.41:Três cidades de refúgio; 4.44:O segundo discurso de Moisés-Moisés conta a história da legislação; 5:A repetição dos dez mandamentos; 5.22:Moisés, mediador entre Deus e o povo; 6:O fim da lei é a obediência; 7:Admoestações contra a infidelidade; 7.12:Bençãos decorrentes da obediência; 8:Exortação a ter em memória os benefícios do senhor; 9:Moisés lembra aos israelitas o socorro divino; 9.6:A infidelidade de Israel; 9.25:Moisés intercede pelo povo; 10:As segundas tábuas da lei; 10.6:Da vocação da tribo de Leví; 10.12:Exortação à obediência; 11.8:Os benefícios da obediência; 11.26:A benção e a maldição; 12:O lugar do culto verdadeiro; 12.15:De como comer a carne e as ofertas; 13:Contra os falsos profetas e os idólatras; 14:Mutilação do corpo proibida; 14.3:Leis sobre os animais limpos e os imundos; 14.22:Os dízimos para o serviço do Senhor; 15:O ano da remissão; 15.7:Leis a favor dos pobres; 15.12:Leis acerca dos servos; 15.19:Leis acerca dos primogênitos do gado; 16:As três festas dos judeus-A páscoa; 16.9:O pentecostes; 16.13:Os tabernáculos; 16.18:Deveres dos Juizes; 17:O castigo da idolatria; 17.8:Julgamento de questões difíceis; 17.14:A eleição e os deveres de um rei; 18:A herança e os direitos dos sacerdotes e dos levitas; 18.9:Contra os adivinhos e os feiticeiros; 18.15:A promessa do grande profeta; 19:Seis cidades do refúgio; 19.4:Privilégios oferecidos pelas cidades do refúgio; 19.11:Execução do homicida; 19.14:Acerca dos limites e das testemunhas; 20:Acerca da guerra; 21:Expiação por morte cujo o autor é desconhecido; 21.10:Acerca da mulher prisioneira; 21.15:O direito do primogênito; 21.18:Acerca dos filhos desobedientes; 21.22:Os cadáveres serão tirados do patíbulo; 22:Acerca do que se perdeu; 22.5:Diversas leis; 22.12:A lei acerca das borlas; 22.13:Leis da castidade e do casamento; 23:Pessoas excluídas das assembléias santas; 23.9:Limpesa do acampamento; 23.15:Acerca de fugitivos, prostitutas e usura; 23.21:Acerca de votos; 24:Acerca do divórcio; 24.5:Leis de caráter humanitário; 25:A pena de açoites; 25.5:O levirato; 25.13:Pesos e medidas justos; 25.13:Pesos e medidas justos; 25.17:Amaleque será destruído; 26:As primícias da terra; 26.12:Os dízimos; 26.16:Exortação à obediência; 27:O terceiro discurso de Moisés-Solene promulgação da lei; 27.11:Maldições do monte Ebal; 28:As bênçãos decorrentes da obediência; 28.15:Os castigos da desobediência; 29:O quarto discurso de Moisés-Deus faz nova aliança com o povo; 30:Promessa de misericórdia; 20.15:A vida ou a morte; 31:As últimas disposições-Josué sucessor de Moisés; 31.9:A lei deve ser lida ao povo de sete em sete anos; 31.14:A futura rebeldia de Israel; 31.24:O livro da Lei posto ao lado da arca; 32.48:O último dia da vida de Moisés-Moisés vê do monte Nebo a terra da Canaã; 33:A benção de Moisés;34:A morte de Moisés;
Josué
DESTAQUES: Josué, o sucessor de Moisés, Raabe a prostituta, A força das trombetas, Destruição de Jericó e de Ai, espionagem, interrupção do rio Jordão, Chuva de pedras lançada por Deus sobre Gibeão, Finalmente a conquista da terra de Canaã e distribuição das terras às tribos; Morte de Josué.
TEMAS: efeitos espetaculares, guerra, auxílio de prostituta, o número sete, desvio de espólio, estratégias de guerra de Deus, ação direta de Deus em batalha; crueldade, distribuição das terras, ameaças se outros deuses forem adorados.
CURIOSIDADES: Semelhante ao mar Vermelho, o rio Jordão é parado para a passagem dos israelitas pelo poder da Arca da Aliança e cada tribo levou uma pedra do rio para simbolizar o ato (12 tribos, 12 pedras). Dois espiões estiveram em Jericó e foram protegidos por uma prostituta à quem foi prometido vida. 40.000 mil israelitas armados marcharam para Jericó. Por que o número sete é o mais usado por Deus? (benção a Caim e círculos em Jericó). Os muros de Jericó foram derrubados pelo toque de sete trombetas de chifre de carneiro junto ao grito dos guerreiros. Tudo foi destruído em Jericó inclusive homens, mulheres meninos, velhos e animais, apenas a prostituta Raabe e seus familiares foi poupada e os metais (ouro, prata e utensílios) foram recolhidos "para o Senhor". Acã, membro da tribo de Judá desviou ouro e prata do que foi conquistado em Jericó e ele toda sua família animais e bens foram apedrejados e queimados pelos israelitas a mando de Deus. Josué em estratégia de guerra monta emboscada para destruir a cidade e todo o povo de Ai, sendo o rei enforcado, queimado e soterrado sobre pedras. Porque Deus coordenava os isarelitas em toda essa guerra, matança indiscriminada e destruição das cidades desde o Egito até o caminho de Canaã? Seria ainda esta a única maneira de demonstrar seu poder aos homens ou apenas para cumprir a promessa a Abraão e Jacó? O "príncipe do exército do senhor" que se apresenta empunhando uma espada seria mesmo Deus como anunciado no subtítulo? Deus fez cair uma chuva de pedras sobre Gibeão matando inimigos de Josué que faziam posse dessa cidade aliada dos israelitas. A pedido de Josué Deus parou o Sol e a Lua para que o exército israelita voltasse a Gilgal. O narrador cita o "Livros dos Justos". Deus queima o carro de outros Reis permitindo a vitória de Josué. O narrador afirma, que a exemplo do Faraó do Egito, Deus endurecia o coração dos adversários de Josué para que combatessem e fossem todos destruídos sem piedade, conforme Ele havia orientado Moisés. Apenas a cidade de Gibeão não foi destruída por causa da estratagema dos gibeonitas em se aliar e submeter-se aos israelitas. Os Levitas não receberam herança produto conquistado nas batalhas, pois no papel de sacerdotes e guardiães da arca, "o senhor Deus" era sua herança conforme determinado, porém conforme ordenado receberam cidades aos arredores das heranças doados por cada tribo e assim tiveram muitas cidades. Alguns cananeus não foram expulsos e foram sujeitados a trabalhos forçados. Jerusalém ficou para a tribo dos filhos de Judá, mas por que eles não puderam expulsar os jebuseus e com eles tiveram que conviver? O povo promete fidelidade à Deus não adorando outros Deuses e Josué afirma que Deus não perdoará suas transgressões nem pecados e Josué escreveu as palavras do povo em pedra, em um dito "Livro da Lei" como um contrato para que o povo "não mintais". Como a maioria, de morte natural morreu Josué com mais de 100 anos; os homens viviam tanto ou o s anos eram mais curtos naquela época?
SUBTÍTULOS: 1:Deus fala a Josué e o anima-o; 1.10:Preparação para atravessar o Jordão; 2:Espias mandados a Jericó; 3:A passagem do Jordão; 4:As doze pedras tiradas do meio do Jordão; 5:A circuncisão dos filhos de Israel; 5.10:Celebra-se a Páscoa; 5.13:Deus aparece a Josué; 6:A destruição de Jericó; 6.22:Raabe é salva;7:Os israelitas derrotados em Ai. Acã;8:Ai é destruída; 8.30:Renovação da aliança; 9:O estratagema dos gibeonitas; 10:Gibeão sitiada por cinco reis; 10.6:Josué socorre a Gibeão; 10.12:O sol e a lua são detidos; 10.16:Josué prende os cinco reis e mata-os; 10.28:Josué vence mais sete reis; 11:Outras vitórias de Josué; 12:Os reis vencidos por Moisés; 13.7:Os reis vencidos por Josué; 13:As terras ainda não conquistadas; 13.14:As heranças distribuídas por Moisés; 14:A terra de Canaã distribuída por sorte; 14.6:Josué dá Hebrom a Claebe; As heranças das nove tribos e meia-A herança de Judá; 15.13:Calebe conquista hebrom; 15.20:As cidades de Judá; 16:A herança de Efraim; 17:A herança da meio tribo de Manassés; 18:O resto da terra dividido em sete partes; 18:O resto da terra dividido em sete partes; 18.11:A herança de Benjamim; 18.21:As cidades de Benjamim; 19:A herança de Simeão; 19.10:A herança de Zebulom; 19.17:A herança de Issacar; 19.24:A herança de Aser; 19.32:A herança de Naftali; 19.40:A herança de Dã; 19.49:A herança de Josué; 20:Estabelesceram-se as cidades do refúgio; 21:As cidades dos levitas; 22:Josué abençoa e manda para casa as duas tribos e meia; 22.10:O altar junto ao Jordão; 23:Josué exorta o povo a observar a Lei do Senhor; 24:Josué despede-se do povo; 24.14:Renovação da Aliança; 24.26:A pedra-testemunha; 24.29:A morte de Josué.
Juizes
DESTAQUES: Judá, Simeão, submissão dos israelitas, Otniel, Eúde, Gideão, Jefté, Sansão e Dalila e vários outros guerreiros juizes israelitas, conflitos e guerras dispersas sobre cada terra herdada de Canaã, Juizes os libertadores, Débora a Juíza, Contatos pessoais diversos de Deus com vários israelitas, tornando-os líderes de batalhas, mais uma vez a força das trombetas, breves e brevíssimas histórias de juizes que se destacaram na defesa de Israel, Constantes aparições de Deus e seus Anjos, Confronto entre o os próprios israelitas (a tribo de Benjamim contra os demais), O fio da espada, ausência de rei de Israel.
TEMAS: Contradição histórica ou coincidência de nomes ou nomeação por tribo? guerra, violência, crueldade, derrotas dos israelitas, traição, anos de submissão, libertadores, manipulação divina sobre as guerras, orientação de Deus nas batalhas e milícias, interpretação de sonhos, várias esposas para um homem, matança entre irmãos, aliança de Deus com Jefté filho de uma prostituta, sacrifício da filha como oferenda à Deus, liderança de diversos juizes sobre os israelitas, perversidade, mutilação, precisão numérica, seqüestro de virgens.
CURIOSIDADES: Quem era aquele Judá (e aquele Simeão) que substituiu Josué em "Juizes 1" uma vez que estes dois irmãos filhos de Jacó já haviam morrido com toda a sua geração conforme dito em "Êxodo 1"? Ao que tudo parece, Josué havia distribuído as heranças mas nem todas as cidades ainda estavam conquistadas, daí viriam as batalhas em neste livro. A tribo de Judá e Simeão cortaram os polegares das mãos e dos pés de Adoni-Bezeque, mas sem explicação. Os israelitas não expulsaram os povos das novas terras que conquistaram e acabaram por habitar e até adorar aos seus deuses, o que causou ira de Deus que fez deles adversários e deu forças aos seus inimigos e muitas guerras as tribos perderam e se submeteram e serviam à outros reis e povos por muitos anos até que Deus ouvia seus clamores e mandava-os libertador. Otniel israelita liberta os demais israelitas do rei da Mesopotâmia. Eúde, o canhoto benjamita dos filhos de israel, mata o rei dos moabitas no seu banheiro (sala de verão) com uma punhalada na barriga. Os servos pensando que o rei estava "aliviando o ventre na privada" demoram para interceder, o que deu tempo de Eúde fugir e armar cilada vencê-los e libertar os israelitas. Existia mulheres dentre os juizes da época. Por que em 4.11 diz-se que o sogro de Moisés é Hobabe se em "êxodo 3" ele é chamado Jetro? No capítulo quatro o narrador se inclui na libertação do povo por Débora. Jotão pronuncia uma metáfora, uma espécie de parábola das árvores para falar do seu irmão; Até aqui, Abimeleque é o único guerreiro em destaque que não tinha aprovação de Deus. Durante o êxodo o erro intermitente do israelitas era murmurar e assim recebiam castigo, agora depois de herdarem as terras, o seu erro intermitente era pecar, principalmente adorando outros deuses e assim são castigados por Deus pela submissão à outros povos e lembrando sempre que . Jefté era filho de uma prostituta que liderou vitórias ao povo israelita com o apoio de Deus em troca a um holocausto da própria filha. Sansão rasga um leão apenas com as mãos e nele depois há abelhas e mel. Sansão e manipulado por Deus para provocar os filisteus e libertar os isarelitas. Na época de Sansão os filisteus comandavam então os homens de Judá o entregam, mas ele se liberta e liberta o povo por 20 anos depois de derrubar mil homens com uma queixada de jumento. Sansão possui um prostituta em Gaza e quando vai embora leva as portas da cidade nos ombros. Por que Sansão ainda continuou com Dalila mesmo depois de ela mandar os filisteus várias vezes contra ele? O povo de Gibeá pede a um velho que entregue um levita que está na sua casa para que eles abusem dele. O velho se nega e oferece a própria filha virgem no lugar do levita. Porém os Gibeãos não aceitam e acabam levando a concubina do levita e a violam e abusam dela por toda a noite. De manhã ela volta desfalecida, então o levita a leva para casa e a vendo morta, a corta em doze partes com um cutelo e distribui as partes pelos cantos de Israel. Na vingança da concubina, a tribo de Benjamim se desgarra das tribos irmãs e luta com eles. Nas escrituras ela não é chamada de filho de Israel quando luta contra as demais tribos israelitas. Porém ao final, os que sobram dos benjamitas são convidados a se reunirem ao povo israelitas e esses vão a busca de seqüestro de mulheres virgens para viverem com os irmãos e esses se perpetuarem.
SUBTÍTULOS: 1:Novas conquistas pelas tribos; 1.11:Otniel conquista Debir; 1.16:Outras conquistas; 1.27:Terras não conquistadas pelos israelitas; 2:Deus repreende os israelitas; 2.6:A morte de Josué; 3:Povos pagãos no meio de Israel; Otniel livra os israelitas do poder de Cusã-Risataim; 3.12:Servidão sobre Eglom; 3.15:Eúde livra-os; 4:Servidão sob Jabim, rei de Canaã; 4.4:Débora e Baraque livram-nos; 4.17:Jael mata Sísera; 5:O cântico de Débora; 6:A opressão dos midianitas; 6.11:O chamamento de Gideão; 6.25:Gideão destrói o altar de Baal; 7:Gideão, com trezentos homens vence os midianitas; 8:Gideão aplaca os efraimitas e mata os reis dos midianitas; 8.22:Gideão recusa governar, faz uma estola sacerdotal e morre; Abimeleque mata os seus irmãos e se declara rei; 9.7:O apólogo de Jotão; 9.22:A conspiração de Gaal; 9.34:Abimeleque vence Gaal e os siquemitas; A morte de Abimeleque; 10:Tola e Jair, juizes dos israelitas; 10.6:Servidão sob os filisteus e os amonitas; 11:Jefté livra os israelitas; 11.29: O voto de Jefté; 12:Jefté peleja contra os eframitas; 12.8:Os juizes Ibsã, Elom, e Abdom; 13:O nascimento de Sansão; 14:O casamento de Sansão; 14.10:O enigma de Sansão; 15:Sansão põe fogo às searas dos filisteus; 15.9:Os homens de Judá amarram Sansão; 15:.14:Sansão fere mil homens com uma queixada de jumento; 16:Sansão é traído por Dalila; 16.23:A morte de Sansão; 17:Mica e o ídolo da sua casa; 17.7:O levita em casa de Mica; 18:Os danitas buscam herança maior; 18.14:Roubada a imagem de Mica e conquistada a cidade de Lais; 19:O levita e sua concubina; 20: Os israelitas vingam o ultraje feito ao levita; 21:Esposas para os benjamitas.
Rute
DESTAQUES: Rute, bisavó de Davi.
TEMAS: Casamento de viúva, resgate de terras.
CURIOSIDADES: Rute vivia era extremamente dedicada à nora que perdera o marido e os dois filhos, incluindo o marido de Rute, que viúva se casa novamente e gera um filho que dá à sogra. Esse filho será o avô de Davi.
SUBTÍTULOS: 1:Noemi e Rute; 2:Rute vai rebuscar espigas; 2.8:Boaz fala a Rute benignamente; 3:Rute e Boaz na eira; 3.6:Boaz promete a Rute casar com ela; 4:Boaz casa com Rute; 4.13:Rute dá à luz Obede.
Samuel - Livro I
DESTAQUES: Samuel, A arca, Saul o primeiro rei, filisteus os arqui-inimigos, Davi, a médium de En-Dor. Guerras de Saul.
TEMAS: guerra, bigamia, esterilidade, continuam os sacrifícios oferecidos ao senhor em troca de vitória, fim da liderança dos juizes, nomeação de rei, vidência, previsões de Samuel sobre Saul, O Senhor dos Exércitos, maldições, pragas, inveja, arrependimento divino, forte amizade, beleza.
CURIOSIDADES: Deus é chamado de Senhor dos Exércitos. Novamente uma história de uma mulher estéril que tem um filho com ajuda de Deus. Os filhos de Eli o sacerdote comiam as oferendas de Deus. Samuel já era como sacerdote desde criança. Tal como o livro em Êxodo afirma-se que Deus endurecia o coração do Faraó, neste livro, Deus "endurece" os filhos de Eli, pois Ele queria matá-los e destruir a casa de Eli e até manda esse recado através de um dos seus homens e ainda fala o mesmo diretamente à Samuel. A Arca de Deus ordenada, detalhada e construída na época de Moisés e que acompanha os israelitas é tomada pelos inimigos filisteus, mas onde quer que eles à levem ocorre praga, a começar por Dagom que aparece decaptado. Então os filisteus colocam a arca numa carroça puxada por vacas e se elas voltassem sozinhas para os inimigos, então as pragas teriam mesmo sido divinas e assim a arca retorna aos donos, mas mesmo depois de chegar, setenta homens da cidade foram mortos por Deus porque olharam dentro da arca. Samuel oferece a Deus em holocausto (queimado) um cordeiro que ainda mamava e Deus dá um "estampido" contra os filisteus, fazendo com que percam a guerra contra os isarelitas que voltam a dominar a região, julgados por Samuel por muitos anos. Depois de envelhecer Samuel constituiu os filhos juizes, mas como eram corruptos o povo reclama e pede que Samuel lhes dê um rei, o que ele e Deus são contrários, mas ainda assim ele lhes dá "o alto e belo" Saul como o primeiro rei que passa a ser inspirado por Deus. Saul corta um junta de bois em pedaços e distribui por todo israel como ameaça aos bois de quem não seguir à ele e à Samuel. Samuel diz a Saul que o Senhor dos Exércitos mandou atacar o povo de Ameleque destruir e matar à tudo e todos inclusive crianças de peito. Desse pedido, Saul não mata o rei e nem as melhores ovelhas, e por não ter obedecido a ordem completa, Deus declara a Samuel que se arrependeu de escolher Saul como rei. Samuel despedaça o rei Agague perante o Senhor, como Ele queria e desprezam Saul pela desobediência. Deus diz que não vê aparências, mas somente o coração quando Samuel foi escolher Davi, o belo e ruivo, como o novo rei. Afirma-se que um espirito maligno passou a atormentar Saul depois que ele passou a ser rejeitado por Deus, mas este espírito foi enviado por Deus. Saul se aliviava desse espírito quando Davi, seu novo escudeiro, tocava arpa para ele. Deus se engana e se arrepende? Davi era moço mas era forte. pois até já tinha matado um leão pela barba e um urso. Golias como outros filisteus era um gigante de 2 metros e 88 centímetros (6 côvados e um palmo) Davi cortou e exibiu a cabeça de Golias. Saul fica com inveja de Davi e tenta matá-lo mais de uma vez. Davi tira cem prepúcios dos filisteus em troca de se casar com a filha de Saul. Quais eram os homens de Davi que lutaram por Queila se ele havia fugido sozinho do reino? Davi consultava Deus. Saul poderia ser morto por Davi quando foi aliviar o ventre na caverna, mas Davi o poupou. Quem era o Ameleque que Davi fala na segunda vez que poupa Saul, já que aquele já havia sido matado pelos homens de Saul junto aos sacerdotes? Em Aquis, na terra dos filisteus, Davi vivia de saquear as terras vizinhas e não deixava vivo nem homens e mulheres. Saul consulta uma médium e por meio dela, Samuel aparece e fala à Saul (necromancia?). Saul se lança sobre a espada do seu servo para não ser morto pelos filisteus. E assim morre.
SUBTÍTULOS: 1:Elcana e suas mulheres; 1.9:A oração e o voto de Ana; 1.19: Nasce Samuel e é consagrado à Deus; 2:O cântico de Ana; 2.12:Os crimes dos filhos de Eli; 2.18:A mocidade de Samuel; 2.22:Eli repreende seus filhos; 2.27:Profecia contra a casa de Eli; 3:Deus fala com Samuel numa visão; 3.15:Samuel conta a visão à Eli; 4:Os filisteus vencem os israelitas; 4.5:A arca é tomada. Hofni e Finéias são mortos; 4.12:A morte de Eli; 5:A arca na casa de Dagom; 6:Os filisteus enviam a arca para fora da sua terra; 6.10:A arca chega a Bete-Semes; 6.19:A arca chega a Quiriates-Jearim; 7:Exortação de Samuel ao arrependimento; 7.5:Os filisteus são vencidos; 8:Os israelitas pedem um rei; 10:Samuel unge a Saul rei de Israel; 10.9:Saul entre os profetas; 10.17:Saul escolhido rei; 10.11:Saul vence os amonitas; 11.12:Saul proclamado rei; 12:Samuel resigna seu castigo; 13:Guerras entre os israelitas e os filisteus; 14:A vitórias de Jônatas sobre os filisteus; 14.24:O voto de Saul; 14.36:Jônatas salvo pelo povo; 15:A desobediência de Saul e a sua rejeição; 15.32:Samuel mata a Agague; 16:Samuel enviado à Jessé; 16.14:Davi tange sua hará perante Saul; 17:O desafio de Golias; 17.12:Davi enviado a seus irmãos; 17.24:O gigante Golias; insulta os israelitas; 17.31:Davi dispõe a pelejar contra o gigante; 17.41:Davi encontra-se com o gigante e mata-o; 18:A amizade de Jônatas para com Davi; 18.6:O cântico das mulheres indigna Saul; 18.17:Saul intenta matar Davi pela astúcia; 18.20:Mical ama a Davi e casa com ele; 19:Jônatas intercede por Davi; 19.8:Saul procura de novo a matar Davi; 19.12:Mical engana seu pai e salva Davi; 19.18:Saul e seus mensageiros profetizam; 20:A amizade entre Davi e Jônatas; 20.12:Jônatas faz aliança com Davi; 20.30:Saul irado contra Jônatas; 20.35:Jônatas despede-se de Davi; 21:Davi vai ter com o sacerdote Aimeleque; Davi foge para Aquis, rei de Gate; 22:Davi esconde-se em Adultão e em Moabe; 22.6:Saul mata todos os sacerdotes de Nobe; 22.20:Abiatar refugia-se com Davi; 23:Davi livra Queila; 23.15:Davi e Jônatas renovam aliança; 23.19:A traição dos zifeus; 24:Davi poupa a vida de Saul; 25:A morte de Samuel; 25.2:Davi e Nabal; 25.18:Abigail apazigua Davi; 26:Davi outra vez, poupa a vida de Saul; 26.17:Saul, outra vez, se reconcilia com Davi; 27:Davi, outra vez, com Aquis, rei de Gate; 28:Saul consulta a médium de En-Dor; 29:Os filisteus desconfiam de Davi; 30:Ziclague é saqueada pelos amalequitas; 30.7:Davi livra os cativos; 30.21:Davi estabelece a lei da divisão da presa; 31:A derrota de Israel e a morte de Saul; 31.8:A sepultura de Saul.
Samuel - Livro II
DESTAQUES: Dois reis simultâneos: Davi e Isbosete, Davi o "segundo" rei, a Arca, O profeta Natã, Urias, Absalão, Joabe o comandante implacável do exército de Davi, Gigantes, Gade o outro vidente;
TEMAS: duplo reinado, intrigas, matanças, traição, várias mulheres para o rei, Senhor dos Exércitos, adultério, metáfora, beleza, incesto, conspiração, decaptação, sexo, dívida de sangue, o número sete,
CURIOSIDADES: O homem que vai à Davi e mente que matou Saul, levando-lhe a coroa e o bracelete, teria feito isso para se destacar perante Davi? Davi é aclamado rei pela tribo de Judá, mas ao mesmo Isbosete, filho de Saul é nomeado rei pelo capitão do exército e este reina sobre todas as demais tribos; Doze homens de cada lado (de Davi e de Isbosete) se matam ao mesmo tempo numa batalha. Não se explica por que Davi afirmava que Saul era justo ainda que servindo-lhe com fidelidade aquele rei o perseguia e queria matá-lo, além de desobedecer ordens de Deus. Davi matou cegos e coxos ao tomar Sião. Davi sempre consultava Deus antes das batalhas e Ele o dava conselhos e estratégias de guerras e as vezes também atuava por meio de estrondos. No transporte da Arca para Jerusalém, ela iria cair do carro porque os bois tropeçaram, mas Uzá à segura, porém Deus se revolta por ele ter tocado a arca e o mata imediatamente. Davi fica desgostoso e só depois de deixá-la em outra cidade volta a transportá-la a Jerusalém, sendo que dessa vez ele dançou com todas as suas forças enquanto a arca era transportada. Na maior fala de Deus até aqui, Ele registra a Davi que quer deixar de viver em tendas e, por meio de Natã, informar a Davi que terá uma casa para Ele que será feita pelo descendente de Davi. Davi havia chorado pela morte de Abner mas nada fez contra Joabe e o manteve como comandante do seu exército que o matou. O rei Davi comete adultério engravidando a mulher de Urias, um dos seus guerreiros que ele havia mandado para o campo de batalha. Depois ele manda buscar Urias que vem à Davi, mas rejeita ir repousar na própria casa com sua mulher, pois era solidário ao sofrimento dos demais guerreiros. Então Davi o manda de volta à batalha levando uma carta ao capitão Joabe e na carta Davi ordenava a Joabe que o colocasse em dura batalha para que ele morresse, e assim Urias morre sem nada saber. O profeta Natã pronuncia a primeira metáfora da bíblia. Salomão é o segundo filho de Davi com a ex-mulher de Urias (Bate-Seba), pois o primeiro, Deus matou por não ter aprovado o feito de Davi. Joabe, o capitão do exército de Davi, tomou a cidade de Rabá mas mandou chamar Davi para tomar posse no lugar dele para que ele, Joabe, não fosse o aclamado pelo feito. Todas as vezes que se indignavam, as pessoas rasgavam as suas vestes e se deitavam no chão. Joabe, o capitão do exército de Davi cria uma encenação teatral com uma serva para convencer a Davi perdoar seu filho Absalão que havia matado o próprio irmão por ter forçado a sua irmã a ter se deitado com ele. Absalão toma o trono de Davi e faz sexo com as concubinas do pai à vista de todo o povo, tal como Deus havia amaldiçoado Davi. Por que Davi não consultou a Deus como costumava fazer antes de fugir de Absalão? Afirma-se que havia ordem do Senhor havia para que Absalão escolhesse o pior conselho para acabar sendo derrotado por Davi depois de lhe tomar o trono. Cita-se a existência de cronistas. De volta ao trono, Davi dá sete filhos de Saul para os gibeonitas enforcarem. Afirma-se que entre os filisteus havia Gigantes de quase 3 metros de altura, mas porque os arqueólogos nunca encontraram ossadas desses gigantes?. Por que Deus se irou contra os israelitas no capítulo 24? Por que Deus pediu um censo? O que houve com Natã, pois no final do livro o vidente de Davi já passa a ser Gade? Davi construiu um altar e ofereceu sacrifício de bois (holocausto) e ofertas à Deus que em troca cessou a praga que estava lançando sobre Israel.
SUBTÍTULOS: 1:Davi recebe a notícia da derrota e da morte de Saul; 1.11:Davi manda matar o amalequita; 2:Davi é aclamado rei de Judá; 2.8:Abner faz Isbosete rei de Israel; 2.12:Vitória de Davi sobre Isbosete; 2.18:Abner mata a Asael; 2.24:Joabe persegue os homens de Abner; 3.2:A família de Davi em Hebrom; 3.6:Abner faz aliança com Davi; 3.22:Joabe mata Abner à traição; 3.31:Davi lamenta a morte de Abner; 4:A morte de Isbosete; 5:Davi é ungido rei de todo Israel; 5.6:Davi conquista Sião; 4.11:O reinado de Davi conhecido como Hirão; 5.13:Os filhos de Davi que nasceram em Jerusalém; 5.17:Davi derrota os filisteus; 6:Davi traz para Jerusalém a arca; 6.12:A arca é levada para Jerusalém; 6.20:Mical repreendida por Davi; 7:Aliança do Senhor com Davi; 7.18:Ações de graças de Davi; 8:Diversas vitórias de Davi; 8.15:Oficiais de Davi; A bondade de Davi para com o filho de Jônatas; 10:Davi derrota os amonitas e os sírios; 11:Davi comete adultério com Bate-Seba; 11.6:Davi e Urias; 11.14:A morte de Urias; 11.26:Davi casa com Bate-Seba; 12:Natã repreende a Davi; 12.15:A morte do filho de Bate-Seba; 12.26:Davi conquista Rabá; 13:O incesto de Amnom; 13.23:Absalão mata Amnom; 13.37:Absalão foge para Talmai; 14:Absalão volta para Jerusalém, 14.25:A beleza de Absalão; 14.28:Absalão admitido à presença de Davi; 15:A revolta de Absalão e a fuga de Davi; 15.19:A lealdade de Itai; 15.24:Zadoque, Abiatar e Husai voltam para Jerusalém; 16:Davi e Ziba; 16.5:Davi amaldiçoado por Simei; 16.15:Husai professa lealdade a Absalão; 16.20:Absalão e as concubinas de Davi; 17:O conselho de Aitofel e de Husai; 17.27:A vitória do exército de Davi sobre o de Absalão; 18.9:A morte de Absalão; 18.19:Davi chora amargamente a morte de Absalão; 19:Joabe reprova a Davi; 19.11:Davi volta para Jerusalém; 19.16:Simei encontra-se com Davi; 19.24:Mefibosete encontra-se com Davi; 20:A sedição de Sebae a sua morte; 20.23:Oficiais de Davi; 21:Vingados os Gibeonitas; 21.15:Gigantes mortos pelos homens de Davi; 22:Cânticos de Davi em ações de graças; 23:As últimas palavras de Davi; 23.8:Os valentes de Davi; 24:O levantamento do censo; 24.10:Davi escolhe o castigo; 24.18:Davi erige um altar na eira de Araúna.
Reis - Livro I
DESTAQUES: Morte de Davi, Adonias, rei Salomão, O templo, A arca, A nuvem divina, Faraó, Hirão, divisão do reinado entre Roboão (Judá) e Jeroboão(demais), bezerros de ouro, profeta Aías, reis sucessores, o profeta Elias, rei Acabe e Jezabel, Josafá, A Síria,
TEMAS: intrigas do poder, contato onírico com Deus, prostitutas, mais sacrifícios de animais à Deus, arquitetura e construção civil, comércio exterior, ouro e prata, inconsistência na contagem das tribos, 40 anos de reinado de Salomão, continua a manipulação divina dupla na ocorrência dos conflitos, Novamente duplo reinado sobre Israel, ocorrências espetaculares pela mão de Deus, maldição, profecias divinas, ressuscitação,
CURIOSIDADES: Salomão começa o reinando mandando matar o próprio irmão Adonias (parte de pai), Joabe o importante comandante de Davi e Simei ao qual o pai havia pedido não matar. Mas por que Salomão não foi castigado por ter desobedecido o mandamento 6º mandamento (não matarás). (Há um erro de impressão no subtítulo de 1.5 (palavras coladas: Adonias usurpa o trono). Salomão casa com a filha do Faraó, rei do Egito, arqui-inimigos dos israelitas na era Moisés. As mulheres das quais Salomão julgou de quem era o filho, eram prostitutas. O julgamento foi feito com astúcia de indução (inteligente de fato). Deus deu a sabedoria a Salomão no pedido em sonho. Afirma-se que Salomão escreveu 3000 provérbios e 1005 cânticos, discorreu sobre fauna e flora e sua sabedoria era reconhecida por nações, mas não há demonstrações dessa sabedoria no livro, além do julgamento das prostitutas, mas em 11.41 há uma pergunta retórica apontando que este registro estaria no "Livro da História de Salomão". Para indicar o tempo, o narrador faz referência zero ao êxodo do Egito, ou seja, o templo para Deus foi edificado 480 anos após aquele evento, e no segundo mês (zive) do quarto ano do governo de Salomão. Salomão herdou um período tranqüilo de reinado, por isso estudou, realizou obras de construção e acumulou riquezas. Pedras, cedro e bronze eram as matérias básicas das construções e ouro para os utensílios. Ratifica-se que na arca só haviam as duas tábuas trazidas por Moisés do monte Horebe. Afirma-se que uma nuvem encheu o templo depois de pronto e durante e que era a glória de Deus enchendo a casa do Senhor. Pode-se dizer que, depois das tendas e o tabernáculo, o templo construído por Salomão é a primeira igreja divina edificada. Bastante veemente é o discurso (oração) de Salomão e toda a solenidade de inauguração do templo, Casa do Senhor; Basicamente Salomão pediu a Deus que atenda o que dentro dela tudo o povo de Israel pedir. O rei Salomão e todo o povo de Israel ofereceu sacrifícios ao Senhor, ao todo 22.000 bois e 120.000 ovelhas. O rei tinha palácios e o Senhor um templo, tudo sofisticado, mas o povo ainda morava em tendas. em 9.4 o Senhor afirma que Davi andou perante ele com integridade de coração e com sinceridade, mas Davi havia cometido adultério, um ato condenado pelos seus mandamentos e ironicamente daquele adultério veio também Salomão. Deus ameaça abandonar Salomão e todo o Israel se ele adorar e servir à outros deuses. Salomão também construiu o muro de Jerusalém onde se localizava os palácios e o templo. As cidades de Salomão foram organizadas em setores: armazéns, carros, guerreiros, etc. No seu reinado, os que não eram israelitas, Salomão condenou a trabalhos forçados. Salomão também construiu naus. Afirma-se que Salomão acumulou incontáveis medidas de ouro vinda de todos os lugares e construiu suntuosos objetos, incluindo um grande trono de ouro e marfim. Iniciação do comércio exterior com a importação de carros do Egito com pagamento em prata. Salomão tinha 700 mulheres princesas e 300 concubinas. Salomão amava essas mulheres e afirma-se que elas o perverteram e já velho ele passou a adorar alguns dos deuses delas, como: Astarote, Milcom e Quemos, à quem prestava sacrifícios também. (afirma-se que Deus havia alertado para que os israelitas não se unissem a mulheres de algumas nações, tais como os moabitas e amonitas-descendentes de Ló com as próprias filhas), por isso Deus fica indignado com Salomão e ele mesmo suscita adversários da época de Davi contra o rei. Aías rasgou a capa em 12 pedaços simbolizando as tribos e deu 10 pedaços a Jeroboão que tomaria aquelas 10 e disse que Salomão só ficaria com uma tribo; essa soma dá 11 tribos; o que seria da 12ª tribo ou 12º pedaço da capa de Aías? Salomão morre sem muita explicação e assume Roboão seu filho, como rei. Afirma-se que por intervenção do Senhor, assim que ocorrera com Absalão, Roboão teria escolhido o pior conselho para responder questionamento dos israelitas sobre jugo pesado, dizendo que seria mais rígido que o pai, então todos o desprezam e ele, assim reina apenas sobre a tribo de Judá. Mas porque a tribo de Benjamim também estava com Roboão em 12.21quando planejavam atacar as outras tribos? Por que teria a tribo de Benjamim sido ignorada na divisão histórica textual? Sem muitas explicações, os demais israelitas fazem Jeroboão seu rei. Jeroboão comete o erro da época de Moisés e constrói 2 bezerros de ouro para adoração (sabe no que vai dar!). Um profeta prediz a queda do altar de sacrifícios de Jeroboão quando este ergue a mão manda prendê-lo, porém neste momento seu braço é paralisado no alto e só quando ele pede ao profeta que peça a Deus para liberar seu braço, ele consegue recolhê-lo e assim o altar de Jeroboão se racha e derrama as cinzas. Tal profeta depois é morto por um Leão, amaldiçoado por Deus (por meio de outro profeta mais velho) por ter voltado a Betel pelo mesmo caminho, o que lhe fora ordenado não fazer. Como ocorre com outros velhos da história, Aías também escurece as vistas e deixa de enxergar. Em 14.8, novamente Deus afirma por meio de Aías que Davi guardou-lhe os mandamentos, mas há registro que Davi havia cometido adultério com Bate-Seba contra Urias. Somente em 15.5 ao se ovacionar mais uma vez a "perfeição" de Davi, faz-se ressalva ao caso Urias. Por meio do profeta Aías Deus registra sua intolerância contra o pecado de Jeroboão em adorar outros Deus e avisa que naquele momento eliminará todas as pessoas do sexo masculino do povo de Israel a começar por um filho de Jeroboão que já estava doente e morre em seguida. Como se afirma que houve guerra entre Jeroboão e Roboão todos o seus dias, teria então sido mulheres que lutaram por Jeroboão? Ou a maldição de Deus não tinha se efetuado? Coincidentemente o filho de Jeroboão que morreu se chamava Abias e este também seria o nome do próximo rei de Judá a suceder Roboão. No reinado de Roboão Sisaque, o rei do Egito invade Judá e leva todos os tesouros do Palácio e da Casa do Senhor. Mas nada é mencionado sobre a arca que o Senhor matava quem a tocasse. O Abias que sucede Roboão era neto de Absalão, bisneto de Davi. Diversos reis se sucedem aos dois povos e afirma-se diretamente que os demais atos desses reis estariam no Livro da História dos Reis de Israel. Os reis que se sucedem a Israel não são hereditários e sim escolhidos por Deus ou ao acaso, já os reis que se sucedem a Judá são todos descendentes de Davi. Os reinados são mais curtos nesse período. O lado de Israel chega a se subdividir num breve tempo, seguindo a Onri e Tibni, mas Onri prevalece e é sucedido pelo seu filho Acabe. Afirma-se que todos os reis perdiam o reinado porque teriam feito o que é mau perante o Senhor, em especial, feito idolatria e adorado outros deuses. "Tão certo como vive o Senhor" é estabelecido como um bordão de confirmação de verdade do que é dito. Sem muitas explicações, surge Elias no reinado de Acabe como homem de Deus que o sustenta num refúgio por meio de Corvos que levavam-lhe comida. Depois Elias, pede a Deus para ressuscitar um menino que havia morrido na casa de uma viúva e Deus faz a alma do menino voltar e o menino volta a viver. Elias que era dos profetas do Senhor, perseguidos por Jezabel, esposa do rei Acabe, desafia os profetas do deus Baal para ver qual dos deuses imolaria seus animais oferecidos em sacrifício. Baal não reage a seus profetas mas Deus atende Elias e lança fogo sobre o seu novilho e depois disso Elias, mata à espada, todos os profetas do deus Baal. Deus continua com Elias depois desse fato. Elias recebe refeição de um anjo e depois viaja 40 dias e 40 noites até o monte Horebe para fazer contato com Deus; mas por que ir tão longe se Deus costumava fazer contato com ele onde quer que ele estivesse? Deus se mostra menos intolerante e poupa Acabe da maldição que havia mandado Elias anunciar, já que Acabe havia se humilhado à Ele, mas avisa que condenará ao filho de Acabe. Micaías, um dos profetas do Senhor disse ter visto o Senhor sentado no seu trono arrodeado do exército do céu, planejando como enganar o rei Acabe para que seu reino caísse. É citado um livro chamado "Livro da História dos Reis de Judá" onde estaria registrados os demais feitos e acontecidos do rei Josafá.
SUBTÍTULOS: 1:A velhice de Davi; 1.5:Adonias usurpa o trono; 1.11:Natã e Bate-Seba advogam a causa de Salomão; 1.32:Salomão é constituído rei; 1.41:Adonias e seus adeptos alarmaram-se; 1.50: Adonias pede indulto; 2:Davi dá instruções a Salomão e morre; 2.13:Morte de Adonias; 2.26:Expulso o sacerdote Abiatar; 2.28:Morte de Joabe; 2.36:Morte de Simei; 3:Salomão casa com a filha de Faraó; 3.3:Salomão pede a Deus sabedoria; 3.16:Salomão julga a causa de duas mulheres; 4:Os oficiais de Salomão; 4.20:A prosperidade de Salomão; 5:Salomão faz aliança com Hirão; 5.13:Os preparativos para edificar o templo; 6:Salomão edifica o templo; 6.14:O Santo dos Santos; 6.23:Os dois querubins; 6.29:Ornamento das paredes e das portas; 7:Salomão edifica palácios reais; 7.15:As duas colunas do templo; 7.23:O mar de fundição; 7.27:Outros utensílios para o templo; 7.51:As dádivas de Davi colocadas no templo; 8:Salomão traz para o templo a arca; 8.12:Salomão fala ao povo; 8.22:Salomão ora a Deus; 8.62:A conclusão da Solenidade; 9:A aliança do Senhor com Salomão; 9.10:As demais atividades de Salomão; 10:A rainha de Sabá visita Salomão; 10.14:As riquezas de Salomão; 11:A idolatria de Salomão; 11.9:A ira de Deus contra Salomão; 11.14:Deus suscita adversários contra Salomão. 11.26:Aías prediz a Jeroboão que este reinará sobre Israel; 11.41: A morte de Salomão; 12:Roboão causa separação entre as tribos; 12.16:Dez tribos seguem Jeroboão; 12.21:Deus proíbe que Roboão peleje contra as dez tribos; 12.25:A idolatria de Jeroboão; 13:Um profeta prediz contra o altar; 13.11:A desobediência e o castigo do profeta; 13.33:A persistência de Jeroboão no pecado; 14:A profecia de Aías contra Jeroboão; 14.21:O reinado de Roboão, de Judá; 15:O reinado de Abias de Judá; 15.9:O reinado de Asa de Judá; 15.25:O mau reinado de Nadabe, de Israel; 15.33:O reinado de Baasa, de Israel; 16:A profecia de Jeú contra Baasa; 16.8:O reinado de Elá de Israel e a conspiração de Zinri; 16.15:O reinado de Zinri de Israel; 16.21:O reinado de Onri de Israel; 16.29:O reinado de Acabe, de Israel. Seu casamento com Jezabel; 17:Elias prediz grande seca. Corvos o sustentam; 17.8:Elias e a viúva de Serepta; 18:Elias apresenta-se diante de Acabe; 18.20:Elias e os profetas de Baal no monte Carmelo; 18.41:Elias ora para que chova; 19:Elias no monte Horebe; 19.19:A vocação de Eliseu; 20:Acabe derrota os Sírios; 21:Nabote recusa vender a sua vinha; 21.8:Jezabel ordena a morte de Nabote; 21.17:Elias ameaça a Acabe e Jezabel; 22:Aliança entre Josafá de Judá e Acabe; 22.5:As profecias dos falsos profetas; 22.13:A profecia de Micaías; 22.29:A morte de Acabe; 22.41:O reinado e a morte de Josafá; 22.41:O reinado de Acazias, de Israel.
Reis - Livro II
DESTAQUES: rei Acazias, os profetas Elias e Eliseu, Os reis de Judá e Israel aliados, contra o rei da Síria. Morte conjunta dos dois reis: de Judá e de Israel por Jeú o matador o novo rei, Joás o rei de 7 anos de idade, constante guerra entre os reinados de Israel, Judá, Moabe e Síria, Judá é vencido por Israel nos reinados de Jeoás e Amazias. Vitória e tomada da Samaria pela Assíria sobre Israel. rei Ezequiel, profeta Isaías, reis crianças, rei Josias, Deus abandona Israel e Judá.
TEMAS: Feitos espetaculares, maldição, morte, vingança cruel, conivência divina com a violência sobre rapazes, número cinqüenta, milagres, Realizações fantásticas do Senhor por meio do profeta Eliseu, profecias cumprindo-se, pressentimento e previsão. Requintes de crueldade na morte de Jezabel, matança, Samaria cidade de Israel e Jerusalém, cidade de Judá.
CURIOSIDADES: Deus condena Acazias a morrer doente por este ter mandado consultar outro deus (Baal-Zebube de Ecrom) sobre seu estado. Elias manda vir fogo do céu e queima duas tropas de cinqüenta homens cada de Acazias; na terceira tropa, como o homem suplica a Elias, o anjo do Senhor os poupa e recomenda Elias seguí-lo. Como feito por Moisés no mar Vermelho, Elias (e depois também Eliseu) com seu manto, abre o rio Jordão e passa no seco. Um carro de fogo com cavalos de fogo separa Elias e Eliseu e o Senhor leva Elias ao céu por meio de um redemoinho, para sempre. Eliseu passa a ser o profeta do Senhor substituindo Elias e quando ele está indo a Betel uns rapazinhos o chamaram de careca e ele os amaldiçoou em nome do Senhor, sendo que duas ursas surgiram e despedaçaram 42 rapazinhos. Eliseu "multiplica" o azeite da viúva. Como fez Elias, Eliseu também ressuscita uma criança com ritual e oração ao Senhor. Eliseu também multiplicou pães. Eliseu afirma ter seguido Geazi em espírito quando ele foi pedir dinheiro ao rei da Síria que havia sido curado de lepra pelo profeta. E por tal pedido Eliseu o amaldiçoa e ele vira leproso instantaneamente. Cavalos e carros de fogo invisíveis apoiam Eliseu em guerra contra os sírios. Eliseu chorou por pressentir nos olhos de Hazael que ele atacaria perversamente os filhos de Israel. Eliseu unge Jeú rei de Israel para que ele vingue os profetas companheiros de Elias que Jezabel perseguiu e assim se cumpre a profecia, ela é morta atropelada pelo seu carro que chega a espirrar sangue e depois ela é comida por cães, sobrando-lhe a caveira. Jeú também extermina a família do ex-rei Acabe conforme predito. Jeú numa armação mentirosa convida os adoradores de Baal para um cerimônia e mata todos. Antes disso Jeú também já havia matado os dois atuais reis de Judá e Israel numa emboscada. O Senhor disse a Jeú que ele havia executado o que era reto perante Ele e destruiu a família de Acabe como era o propósito Dele. Um morto é lançado na sepultura de Eliseu e ao tocar-lhe os ossos, o homem reviveu. Em 14.6 cita-se o "Livro da Lei de Moisés" no qual o Senhor deu ordem de não matar os filhos por causa de pecados dos pais, porém observa-se na história que vários reis são amaldiçoados por Deus por causa do pecado dos seus pais. E o no caso dos descendentes de Acabe, todos são mortos por Jeú que Deus afirmara ter atendido seus propósitos. Há um erro de nomeação do sucessor de Amazias, pois em 14.21 diz-se que Uzias seu filho de dezesseis anos foi seu sucessor, porém em 15.2, o mesmo garoto de 16 anos filho de Amazias recebe o nome de Azarias (em Crônicas 26 ele é considerado Uzias). O reinado de Zacarias foi só de seis meses e como os demais reis, "fez o que era mau perante o Senhor", mas não se informa o que foi, pois o registro é brevíssimo. Os reis submissos pagavam tributos aos reis líderes. Em 17.7 quando a Assíria toma a Samaria e exila Israel, transportando aquele povo para seu estado em Hala, registra-se uma síntese de que a causa daquela derrota era a desobediência a Deus e principalmente a adoração a outros deuses. Esse fato põe por fim o plano de Deus de estabelecer aquele povo naquelas terras, desde que os tirou do Egito. A Samaria é repovoada por gente dos Assírios mas o Senhor mandou Leões atacá-los, porém reintroduziram um sacerdote de Israel no local e então se misturou naquela terra as crenças e cultos a outros deuses junto a crença e cultos a Deus. Afirma-se que Ezequias foi o melhor e mais fiel ao Senhor de todos os reis de Judá. A primeira citação de que línguas falavam, em 18.26: aramaico e judaico. A pedido de Ezequias, o Senhor volta a participar da guerra por meio do seu Anjo que foi, de noite, até o exército assírio e matou 185 mil assírios que pretendiam tomar Jerusalém. Por que, como dos outros reinados, não se explicou porque os assírios chegaram a invadir Judá? já que Deus não tinha influenciado aquilo e nem Ezequias havia feito o que era mal perante o Senhor. Para confirmar as palavras da Senhor acerca da morte de Ezequias, Isaías clama ao senhor e faz a sombra do relógio de Acaz retroceder 10 graus ( O Sol teria retrocedido 10 graus). Isaías profetiza que a babilônia tomará os tesouros de Jerusalém. Afirma-se que Manassés foi o rei de Judá mais desobediente a Deus, consultando feiticeiros e adorando outros Deuses e construindo altares à eles, inclusive sacrificando o próprio filho como pediam os outros deuses. Por essa dedicação a outros deuses, Deus amaldiçoa Jerusalém e o reino de Judá. Não teria Ezequias educado bem o seu filho Manassés? Apesar do pai (Amom) e o vô (Manassés) completamente desviados das ordens de Deus, contraditoriamente, Josias assume o reinado com 8 anos de idade e se forma reto perante o senhor, pois encontrou o "Livro da Lei" no templo. Seria esse livro as tábuas de Moisés? Mas o que houve com a arca que quem tocasse era morto? Teriam os egípcios levado a arca sem levar o conteúdo e não teriam sido agredidos pelo Senhor ao levá-la? Ao que parece esses livros eram todas as demais leis que constam nos "livros de Moisés". Porém não se registra anteriormente que esses livros teriam sido escritos, pois Moisés só teria levado as tábuas ao monte Sinai e também não há registro anterior de que esses livros existiram e acompanhavam os israelitas. Agora Josias é que é tido como o mais convertido ao Senhor, ninguém antes e ninguém virá depois, afirma-se. Mas Josias é morto pelo Faraó Neco, que submete à ele o reinado. Não há registro da posição de Deus acerca desse fato. Jeocaz teve o menor reinado sobre Judá e reinou apenas 3 meses, sendo aprisionado pelo Faraó Neco do Egito que indicou o irmão de Jeocaz, Eliaquim (renomeado como Jeoaquim pelo Faraó) em seu lugar e o reinado de Jeoaquim passou a servir o rei do Egito pagando-lhe tributos e lhe enviando as riquezas. Mas o reinado de Jeoaquim é atacado primeiramente pela babilônia, se torna servo dela, se rebela e é atacado pelos caldeus, sírios, moabitas e amonitas. Afirma-se que Deus havia mandado esses ataques contra Jeoquim que morreu e Joaquim seu filho assumiu também com o menor reinado: 3 meses, quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, toma Jerusalém e enterra de vez o plano de Deus para o seu povo naquela terra quando os libertou do Egito. Em 24.13 afirma-se que Nabucodonosor levou todos os tesouros que fizera Salomão, mas esses tesouros, aliás "tudo" de Salomão já não havia sido levado pelo rei Sisaque do Egito, na época que atacou o então rei Roboão (Reis I 14.26) ?. A hereditariedade do trono de Judá é quebrada pela segunda vez, quando Nabucodonosor renomeia Matanias como Zedequias (tio paterno de Joaquim) e o indica como rei, mas posteriormente sitia a cidade derruba seus muros e queima toda a Jerusalém, seus palácios e a Casa do Senhor. Para os poucos que deixou na cidade nomeou Gedalias como governador, mas que logo foi morto por Ismael da família real. O resto do povo foge para o Egito e assim finda, pelo menos por hora, a ocupação do povo de Deus nas terras de Canaã, em Jerusalém.
SUBTÍTULOS: 1:Acazias e o profeta Elias; 1.9:Elias e os três capitães; 1.17:A morte de Acazias; 2:Eliseu é sucessor de Elias; 2.9:Elias é elevado ao céu; 2.15:Os discípulos dos profetas procuram Elias; Eliseu torna saudáveis as águas de Jericó; 2.23:Rapazinhos zombam de Eliseu; 3:O reinado de Jorão de Israel; 3.4:Eliseu prediz a vitória sobre Moabe; A derrota de Moabe; 4:Eliseu aumenta o azeite da viúva; 4.8:Eliseu e a sunamita; 4.38:A morte que havia na panela é tirada; 4.42:Vinte pães satisfazem a cem homens; 5:Naamã é curado de lepra; 5.20:Geazi é atacado de lepra; 6:Eliseu faz flutuar um machado; 6.8:A ação de Eliseu na guerra contra os sírios; 6.24:Reina fome em Samaria; 6.31:Eliseu prediz a abundância de víveres; 7.3:Quatro leprosos revelam a fuga dos sírios; 7.16:Cumprindo-se a profecia de Eliseu; 8:Restaurados os bens da sunamita; 8.7:Eliseu e Hazael de Damasco; 8.16:O reinado de Jeorão; 8.25:O reinado de Acazias; 9:Jeú é ungido rei de Israel; 9.14:Jeú mata a Jorão e Acazias; 9.30:A morte de Jezabel; 10:Jeú extermina a casa de Acabe; 10.15:Jeú encontra Jonadabe; 10.18:Jeú mata os adoradores de Baal; 10.32:A morte de Jeú; 11:Atalia usurpa o trono de Judá; 11:Joás ungido rei de Judá; 12:O reinado de Joás; 12.20:A conspiração contra o rei Joás; 13:O reinado de Jeoacaz; 13.10:O reinado de Jeoás; 13.14:A profecia final e morte de Eliseu; 14:O reinado de Amazias de Judá; 14.7Amazias vence os edomitas; 14.8:Amazias derrotado por Jeoás; 14.15:A morte de Jeoás, rei de Israel; 14.17:A morte de Amazias, rei de Judá; 14.23:O reinado de jeroboão II, de Israel; 15:O reinado de Azarias de Judá; 15.5:Azarias é atacado por lepra; 15.8:O reinado de Zacarias, de Israel;15.13:O reinado de Salum de Israel; 15.23:O reinado de Pecaías, de Israel; 15.27:O reinado de Peca, de Israel; 15.32:O reinado de Jotão, de Judá; 16:O reinado de Acaz, de Judá; 16.5:Acaz pede socorro aos assírios; 16.10:A idolatria de Acaz; 16.19:A morte de Acaz; 17:O reinado de Oséias, de Israel; 17.3:A queda de Samaria e o Cativeiro de Israel; 17.7:A causa do cativeiro; 17.24:O rei da Assíria renova a população da Samaria; 17.29:O culto misto dos samaritanos; 18.13:Senaqueribe invade Judá; 18.19:Rabsequé afronta a Ezequias e ao Senhor; 19:Ezequias consulta a Isaías; 19.8:A carta do rei da Assíria; 19.14:A oração de Ezequias;19.20:O profeta conforta Ezequias; 19.35:A destruição do Exército dos assírios; 20:A doença de Ezequias e a sua cura; maravilhosa; 20.12:A embaixada da Babilônia; 20.20:A morte de Ezequias; 21:O reinado de Manassés de Judá; 21.10:O juízo a respeito de Judá; 21.17:A morte de Manassés; 21.19:O reinado de Amom; 22:O reinado de Josias; 22.3:O rei repara o templo; 22.8:Hilquias acha o Livro da Lei; 22.11:Josias manda consultar a profetisa Hulda; 23:Josias renova a aliança ante o Senhor; 23.4:A purificação do templo e do culto; 23.15:Profanado e derribado o altar de Betel; 23.21:A celebração da Páscoa; 23.24:A piedade de Josias; 23.28:A morte de Josias; 23.31: O reinado e deposição de Jeocaz; 23.36:O reinado de Jeoaquim; 24.8:O reinado de Joaquim; 24.10:Nabucodonosor leva cativa a nobreza de Jerusalém; 24.18:O reinado de Zedequias; 24.20:A queda de Jerusalém; 25.8:O cativeiro de Judá; 25.23:Ismael mata a Gedalias; 25.27:Libertado e honrado o rei Joaquim.
Crônicas - Livro I
DESTAQUES: Descendentes de personalidades bíblicas, Versões repetidas de capítulos dos livros Samuel I e II com algumas reduções ou acréscimos, organização administrativa do templo (Casa do Senhor) que seria construído por Salomão.
TEMAS: Versões dos cronistas, repetições, acréscimos de detalhes,
CURIOSIDADES: Quem era Satanás citado pela primeira vez em 21e substituindo "a ira do Senhor..." do original Samuel II 24.1 na incitação a Davi para realizar o censo? E o que tem nessa ocorrência que desagradou a Deus para que ele viesse a castigar o povo? Citado que mais sobre a história de Davi, além do livro de Samuel, estariam registrados nas crônicas do profeta Natã e nas crônicas de Gade.
SUBTÍTULOS: dos Descendentes e vários de Samuel I e II e acrescidos ou reduzidos alguns dessa referência.
Crônicas - Livro II
DESTAQUES: Versões repetidas de capítulos dos livros Reis I e II com algumas reduções ou acréscimos.
TEMAS: Versões dos cronistas, repetições, acréscimos de detalhes, pequenas variações forma de relatar.
CURIOSIDADES: Citado que mais sobre os atos de Salomão, além do livro de Samuel, estariam registrados no "Livro da Histórias de Natã e na "profecia de Aías" e nas "Visões de Ido". Nesse livro acrescenta-se que Ezequias restitui o templo semelhante ao que fez Josias em Reis II. Em 35.25 é citado o "Livro das Lamentações" de Jeremias e em 36.12 afirma-se que Jeremias era um profeta do Senhor, mas até este livro não havia registros do que ele havia profetizado.
SUBTÍTULOS: Vários de Reis I e II e acrescidos ou reduzidos alguns dessa referência.
Esdras
DESTAQUES: Ciro o rei da Pérsia (Babilônia), Artaxerxes rei da Pérsia, Dario rei da Pérsia, Esdras, Pregão, O jejum.
TEMAS: Retorno à Jerusalém, Precisão numérica, troca de cartas, pesquisa em arquivo, contradição de seqüência de reis da Pérsia, narrativa em 1ª pessoa, ausência de contato direto de Deus.
CURIOSIDADES: Sem mais explicações é introduzido o rei da Pérsia na história. Afirma-se que o rei Ciro lançou o decreto para se cumprir a profecia de Jeremias, porém didaticamente tal profecia só estará em livro posterior da organização da Bíblia. O decreto de Ciro consistia em reunir os interessados e levá-los à Jerusalém para reedifica a Casa do Senhor (o templo construído por Salomão e destruído pelos Babilônios). Levantaram então as famílias de Judá, Benjamim, sacerdotes e os Levitas (dos que haviam sido levados cativos por Nabucodonosor). Cita-se que havia à época um livro de genealogia e os que não constavam lá era considerados imundos para o sacerdócio. 42360 pessoas e mais 7337 servos e mais 200 cantores e mais 736 cavalos e mais 245 mulos e mais 435 camelos e mais 6720 jumentos retornaram à Jerusalém. Em um reinado posterior (apesar de fora de ordem no livro) o rei da Pérsia Artarxerxes envia também o escriba Esdras versado nas leis de Moisés e que leva mais um grupo judeus com ele à Jerusalém. Logo no inicio da reconstrução do templo já retomam os sacrifícios de holocausto ao Senhor. O retorno foi breve pois alguns que viram a casa antes da destruição se emocionaram ao ver reconstruída uma parte. Iniciando no reinado de Assuero que veio depois do reinado de Ciro, adversários de Judá e Benjamim escrevem cartas e paralisam as obras e chegam a orientar o próximo rei Artarxerxes a consultar o livro de crônicas para conhecer a rebeldia do povo de Jerusalém. Porém no reinado seguinte, de Dario, os judeus, sugerem que ele consulte os arquivos e encontre o decreto de Ciro que então Dario o reitera como Decreto de Dario, permitindo que se retome as obras do templo. Surgiu nesse período os profetas Ageu e Zacarias (que não é o rei doutrora) e que orientaram a retomada das obras antes do decreto de Dario. O capítulo 7 inicia com a frase "passadas estas coisas..." referente a fim das obras no reinado de Dario, mas estranhamente continua dizendo que o rei Artarxerxes libera Esdras a levar um segundo grupo à Jerusalém, porém, conforme já registrado, o reinado de Artarxexes foi anterior ao de Dario. Com aquele segundo grupo que retornava, Esdras institui o Jejum a beira de um rio para justificando que era para se humilharem e receber a benção de Deus na jornada. A partir da parte que surge Esdras, o texto é narrado em primeira pessoa. O texto não explica porque o rei Artarxerxes liberou Esdras e os judeus se ele havia ordenado paralisar as obras, depois de ler as crônicas que relatava mau para ele em relação ao povo judeu. Por que Esdras, sendo descendente de Arão, logo israelita, ficou atônito quando ouviu que os israelitas cativos na babilônia havia se misturado com os outros povos tomando esposas e tendo filhos? (cananeus, heteus, ferezeus, jebuseus, amonitas, moabita, egípcios e amorreus), já que isso aconteceu durante toda a história de Israel. Esdras reitera que o senhor teria proibido esta relação do seu povo com aquele, o que chama abominação, então Secanias dá a idéia de despedirem todas as mulheres que eram daqueles povos e despedirem-nas junto com os filhos delas e deles próprios e essa idéia é aceita pelo povo, mas que pedem que os líderes decidam quem havia casado com mulheres estrangeiras, pois ele, o povo não podia fazer, pois eram muitos e estava chovendo. Então Esdras nomeia cada cabeça de família naquela situação. Mas apesar do subtítulo desse último capítulo afirmar que "os israelitas despedem suas mulheres..." na verdade só consta que os identificados como os que casaram com estrangeiras apenas prometeram despedi-las. Este é o último livro que finaliza a jornada dos israelitas filhos de Jacó, filhos de Isaque, filhos de Abraão, descendente de Noé, descendente de Sete, um dos filhos de Adão, criado por Deus. Este é o último livro que narra a seqüência da história dos israelitas. Os próximos livros serão de contemporâneos às épocas passadas e suas vidas nos períodos já descritos nos livros anteriores.
SUBTÍTULOS: 1:O decreto de Ciro; 2:A lista dos que voltaram da Babilônia; 3:É levantado o Altar; 3.8:Lançado alicerces do templo; 4:Os inimigos fazem parar a construção do templo; 5:As exortações de Ageu e Zacarias; 5.6:Os adversários consultam Dario; 6:O decreto de Dario; 6.13:Completado o templo; 5.16:A dedicação do templo; 6.19:A celebração da Páscoa; 7:Artaxerxes envia Esdras a Jerusalém; 8:A lista dos que voltaram com Esdras; 8.15:Esdras manda buscar levitas; 8.21:O jejum; 8.24:A entrega das contribuições aos sacerdotes; 8.31A chegada a Jerusalém; 9:A oração e confissão de Esdras; 10:Os israelitas despedem suas mulheres hetéias.
Neemias
DESTAQUES: Neemias o governador de Jerusalém, rei Artaxerxes da Pérsia (posterior à Ciro, anterior à Dario);
TEMAS: narrativa em 1ª pessoa, compreensão de Artaxerxes, ausência de contato direto de Deus, restabelecimento das leis de Moisés, desvios do povo perante a lei, reparos de Neemias como governador.
CURIOSIDADES: Este livro não é uma continuidade da história dos israelitas em relação aos livros anteriores, pois relata apenas a participação de Neemias na reedificarão de Jerusalém autorizada pelo decreto de Ciro; há apenas uma breve descrição de organização de Neemias após a decisão de despedir as mulheres estrangeiras citadas no livro anterior. Neemias era copeiro do rei Artaxerxes, rei posterior à Ciro e consegue daquele um liberação para ir ajudar a reconstruir Jerusalém e lá vai e administra bem o povo na reconstrução até virar governador. Mas como Neemias conseguiu esta liberação se em Esdras afirma-se que o rei Artaxerxes foi contra a reedificação de Jerusalém e até chegou a ordenar o embargo da reedificação? Cita-se um mês de nome quisleu e outro elul. Apesar da ausência de registro de contato direto de Deus, Neemias afirma que tudo era feito por meio de sua intervenção e que ele punha ações no seu coração. A relação de Neemias acerca dos que subiram primeiro a Jerusalém, bate em número total com a relação citada no livro Esdras, mas difere no número de cantores que para este que eram de 245. Por que Neemias não contou também o povo que já havia subido com Esdras? O "Livro da Lei de Moisés" não foi queimado na queda de Jerusalém, pois Esdras reaparece com ele e como escriba do governador Neemias. Numa releitura do livro viram que na festa dos tabernáculos (festa do sétimo mês) o povo deveria morar em cabanas, então ajuntaram ramos fizeram cabanas nas portas das casas e habitaram nelas durante a festa; seria isso a origem de domingo de ramos? Teria surgido a prática de confissão nessa época? No texto da confissão ainda afirma-se Deus ser clemente e misericordioso, porém em toda história observa-se que Deus havia castigado à todos por todos os erros que perante ele os considerava. Até quando não erraram e simplesmente queixavam-se de sede e fome no deserto na época da peregrinação, Deus os queimava, soterrava, mandava serpentes e os matava. Todo os reis que adoraram outros deuses foram amaldiçoados e sofreram nas suas mortes. Afirma-se ainda que Deus seria justo, mas e no caso de Josias que era reto perante Ele, e que igual não havia, mas acabou morto na mão do Faraó Neco e nenhuma manifestação de Deus está registrado. Foi justo esse fim? É certo todas as vez que o povo aflito clamava a Deus ou se humilhava e arrependia e a Ele pedia ajuda, Deus levantava um representante para libertá-los mas é certo também que sempre que erravam e em especial adoravam outros deuses, Deus mandava maldição, inimigos e morte cruel. Não teria ficado essa conta zero x zero? O "novo" povo de Jerusalém faz pacto de obedecer a Lei (de Moisés) e ainda pacto de não se misturar a outros povos seja tomado-lhes esposas ou dando-lhes filhas. Se o homem de hoje não é descendente de Jacó, em especial de Judá, Benjamim ou Levi, não pode ser considerado povo de Deus? Afirma-se que de fato o novo povo havia se separado das mulheres de outros povos. Para Jerusalém havia voltado alguns de Judá, Benjamim e Levi; o restante de Israel e outros de Judá habitavam outras cidades e aldeias. Por que não se falou sobre os demais israelitas que foram tirados da Samaria pelos assírios e ficaram cativos em Hala? A oração perante o "muro das lamentações" que é realizada hoje teve inspiração na "dedicação ao muro" que foi reedificado por Neemias na reconstrução de Jerusalém? Relendo o Livro de Moisés o povo reitera os moabitas e amonitas como seus arqui-inimigos justificado pela passagem com Balaão naquela época. Mas depois de retomarem conhecimento da Lei, o povo havia deixado de dar o dízimo aos levitas que até deixam a cidade e então Neemias restabelece a ordem quando volta de viagem. Neemias também restabelece o guardar o sábado, pois o povo de Judá estava realizando comércio nesse dia, mas dessa vez ninguém foi apedrejado ou morto pelo erro, como fora na época de Moisés. Outros são espancados e amaldiçoados por Neemias por terem casados com mulheres estrangeiras mesmo depois de conhecer a Lei. Nesas correções Neemias pede a Deus para lembrar dele, para seu bem, sobre essas realizações.
SUBTÍTULOS: 1:Neemias ora por Jerusalém; 2:Neemias mandado a Jerusalém; 2.11:neemias anima o povo a reedificar os muros; 3:Os que trabalharam na reedificação dos muros; 4:A defesa contra os adversários; 5:Medidas contra usura; 6.15:Terminada a construção do muro; 7:Neemias estabelece guardas em Jerusalém; ; 7.5:A relação dos que voltaram a Jerusalém; 7.70:Contribuições para o templo; 8:Esdras lê a Lei diante do povo; 8.13:A festa dos tabernáculos; 9:Arrependimento e confissão de pecados; 9.38:A aliança do povo sobre guardar a Lei; 11:Relação dos que habitaram em Jerusalém; 11.20:Os que habitaram nas cidades de Judá; 11.25:Os residentes nas aldeias; 12:Os sacerdotes que vieram para Jerusalém; 12.27:A dedicação dos muros; 12.44:A manutenção dos sacerdotes; 13:Os estrangeiros separados de Israel; 13.4:Tobias expulso do templo; 13.15:Reestabelescimento da observância do sábado; 12.23:Condenação do casamento misto; 13.30:As reformas de Neemias.
Tobias
NÃO CONSTA NA VERSÃO TRADUZIDA DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA Ed. 1993.
Judite
NÃO CONSTA NA VERSÃO TRADUZIDA DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA Ed. 1993.
Ester
DESTAQUES: rei Assuero da Pérsia (posterior ao rei Ciro, anterior ao rei Artaxerxes), Vasti a rainha isolada, Ester a rainha substituta, anel de selar cartas, serviço de correios, cidade de Susã,
TEMAS: misto de narrativa por narrador e por 1ª pessoa, ausência de contato direto de Deus ou qualquer alusão direta à Deus nesse livro, jejum por Ester, contradição de tradição e lei dos judeus.
CURIOSIDADES: Por que Mordecai, foi chamado de judeu benjamita? Não seria Judeu descendente de Judá e benjamita de Benjamim? citado o décimo mês com o nome tebete, o primeiro como nisã e o duodécimo como adar. Citado que o fato da conspiração frustrada por Mordecai está registrada no "Livro das Crônicas" (provavelmente crônicas do rei Assuero da Pérsia). Mordecai, judeu e primo-pai da rainha Ester não se curva a Hamã, homem do rei. Hamã denuncia ao rei que há um povo no reino que tem leis diferentes das do rei e assim Assuero dá ordens a Hamã para matá-los, mas o rei não sabia que Mordecais estava entre esse povo. Ester aram um jantar para denunciar a armação de Hamã que acaba enforcado pelo rei, na forca que o próprio Hamã havia construído para matar o padrasto de Ester. O rei não podia revogar decreto selado pelo seu anel, então lançou outro decreto permitindo que os judeus se defendessem dos ataques ordenados pelo primeiro decreto e assim os judeus o fazem matando milhares em todas as províncias desde a índia até a Etiópia, terras que compreendiam o reinado de Assuero da Pérsia. Ao que tudo indica poucos judeus retornaram à Jerusalém no decreto de Ciro, pois muitos estavam fora e lutaram nessa época. A festa de Purim foi criada para representar esta vitória dos judeus. No livro não há registro de intolerância contra Ester, que com a conivência do seu padrasto, cometeu o pecado de misturar a raça judia a estrangeiros, uma vez que Assuero não era judeu. O rei Assuero faz de Mordecai o seu segundo homem. Cita-se o "Livro das Histórias dos Reis da Média e da Pérsia".
SUBTÍTULOS: 1:O banquete de Assuero; 1.10:Vasti. a rainha, recusa a assistir ao banquete; 2.Ester feita rainha; 2.21:Mordecai descobre uma conspiração; 3:Mordecai adiado por Hamã; 3.7:Hamã pretende matar todos os judeus; 4:Ester promete interceder pelo seu povo; 5:Ester convida ao rei e Hamã para um banquete; 6:Hamã forçado a honrar a Mordecai; 7:Ester denuncia a Hamã que é enforcado; 8:Os judeus são autorizados a resistir; 9:Os judeus matam seus inimigos; 9.16:A festa de Purim; 10:O renome de Mordecai.
Macabeus - Livro I
NÃO CONSTA NA VERSÃO TRADUZIDA DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA Ed. 1993.
Macabeus - Livro II
NÃO CONSTA NA VERSÃO TRADUZIDA DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA Ed. 1993.
Jó
DESTAQUES: Jó e seus três amigos (Elifaz, Bildade e Zofar), Satanás, aparição do Senhor.
TEMAS: Testando Jó, ação de Satanás, afirmações do Senhor.
CURIOSIDADES: Este livro não é uma continuidade da história dos israelitas em relação aos livros anteriores; trata-se de uma história solta sem registro de época. Trata-se de um história de um homem que teve sua dedicação testada por um certo Satanás sob as ordens de Deus. Diferente dos outros contatos de Deus, o livro não registra quem tomou conhecimento do diálogo de Deus com Satanás para então registra-lo aqui. Não há uma apresentação direta de quem era Satanás, apenas registra-se que ele apresentava-se em meio aos filhos de Deus, seria ele também um filho de Deus? um anjo?. Deus se gaba da dedicação de Jó e então Satanás sugere que ele seria fiel porque nada lhe faltava mas se lhe tirasse os bens, este blasfemaria, então Deus ordena Satanás a tirar-lhe os bens, como Jó continua fiel, Satanás sugere que lhe ferindo a carne ele blasfemaria, então Deus ordena que Satanás faça isso, o que é feito. Satanás não é mais citado no livro. Jó sofre, mas não blasfema e é premiado por Deus com mais bens e vida longa. A dita "paciência de Jó" na verdade está parece mais uma "resignação de Jó". O texto é composto basicamente por diálogos entre Jó e seus três amigos em tom de discurso poético longo e cheio de figuras de linguagem, não baseado em fatos mas em linguagem argumentativa exaltando o poder de Deus. Há erros de impressão em 31.18, 32.19, 41.2 e 41.18 (palavras emendadas). Ao final o Senhor aparece num redemoinho e faz também um discurso à eles, condenando o que os amigos de Jó teriam dito sobre Ele (Deus); e auto justifica sua existência pela criação elementos do universo, da natureza da terra, dos fenômenos climáticos, da criação e comportamento de animais, exaltando por fim o hipopótamo e o crocodilo lhes exaltando a força animal e comentando qualidades indestrutíveis e até sobrenaturais. Em 41 Deus pergunta se o homem pode travar a língua do crocodilo com uma corda (nota-se que não poderia, mas não por fraqueza, mas por impossibilidade, pois crocodilo não tem língua). Deus encerra o discurso dizendo a Elifaz para oferecer sete novilhos e sete carneiros em holocausto junto a Jó para que eles não recebam tratamento da ira Dele o que não fará apenas pela intercessão de Jó.
SUBTÍTULOS: 1:As virtudes e riquezas de Jó; 1.13:As aflições e a paciência de Jó; ... demais subtítulos acerca do diálogo entre Jó e seus amigos ... 38:O Senhor convence a Jó de ignorância; 40:A resposta humilde de Jó; 40.6:As manifestações do poder de Deus; 42:A confissão de Jó; 42.7:Deus repreende os três amigos de Jó; 42.10:Deus restaura a prosperidade de Jó.
Salmos
DESTAQUES: rei Davi, Asafe cantor do reino de Davi, rei Salomão, Filhos de Corá (que repovoaram Jerusalém depois da derrubada pela Babilônia), autores anônimos, alusões às diversas situações da história dos israelitas desde o êxodo do Egito até a reocupação de Jerusalém depois do o retorno do cativeiro na Babilônia/Pérsia. TEMAS: Cânticos, orações, louvores, exaltação do Deus dos exércitos, alusão aos conflitos e situações de todos os reis e guerras da história dos israelitas, resignificação de termos.
CURIOSIDADES: Este livro não é uma continuidade da história dos israelitas em relação aos livros anteriores. Os Salmos são 150 textos dentre cânticos e orações contextualizadas com toda a história dos israelitas contada, sendo que mais da metade (78) são atribuídas ao rei Davi ou integrantes do seu reino. Os Salmos são todos dedicados à participação de Deus nas aflições ou agradecimentos dos israelitas durante todos os conflitos da história de ocupação das terras de Canaã e suas guerras. Versam sobre pedidos de ajuda, de piedade, agradecimentos e louvores exaltando o nome e o poder de Deus que foi demonstrado literalmente e severamente nas guerras e conflitos, por meio de escolhidos ou por Ele mesmo, hora contra e hora a favor dos israelitas, de acordo com a sua ira. Vale lembrar que Davi, como Moisés e Josué, não só recebia conselhos de estratégia de guerra diretamente do Senhor como também o Senhor atuava nas suas batalhas derrubando e ferindo diretamente e literalmente os inimigos de Davi como pode ser lido em Samuel 2, capítulo 5 versículos 17 a 25. Por participações desse tipo, Deus é chamado de Senhor dos Exércitos em várias partes do livro o que dá um significado literal para a afirmação, não compreendendo uma metáfora ou força de expressão. Davi venceu e matou muitos homens nas suas batalhas, inclusive cegos e coxos, atacou e saqueou o povo filisteu, matando homens e mulheres enquanto se escondia do rei Saul que o perseguia (Samuel 1, 27.9). E mesmo depois de ter traído um dos seus fiéis valentes de guerra (Urias) cometendo adultério com a mulher daquele e o enviando ardilosamente à morte (Samuel 2, 11), ainda assim Deus, depois de castigá-lo, o mantém em alto conceito. Para finalizar, Davi gostava de Saul que havia morrido, mas ainda assim entrega sete filhos dele para serem enforcados pelos gibeonitas como vingança pelo mal que Saul os fizera no passado e que segundo o Senhor falou diretamente a Davi, aquilo era um dívida de sangue que vinha provocando fome de 3 anos nos dias de Davi. Afirma-se que eles foram enforcados perante o Senhor (Samuel 2, 21). Enfim, apesar de dramáticos e de utilizarem figuras de linguagem, o tema e o relato dos textos é literal e contextual, pois faz referência direta a história dos israelitas contadas nos outro livros. Como exemplo se observa que salmos de Asafe repetem, de forma resumida, fatos dos livros iniciais e da época da peregrinação como podem ser observados mais completamente nos salmos 78 e 106 onde inclusive se relatam os castigos de Deus que lançou fogo sobre os israelitas e abriu a terra fazendo-os serem tragados, que constam em Números. O salmo 3 é atribuído à época que Davi fugia do seu filho Absalão que havia lhe tomado o trono. Davi pede nesse salmo que Deus o salve e fira os queixos e quebre os dentes de todos seus inimigos. Se considerarmos que saquear, matar mulheres, crianças, cegos e coxos é perversidade então temos que considerar que o termo "perversos" repetido nos salmos é uma representação reduzida e parcial que ganha um significado diferente e que serve unicamente para classificar os inimigos dos israelitas e não necessariamente representa o significado completo do termo. Analogia semelhante deve-se aplicar ao termo "misericordioso" também muito aplicado nos salmos, pois se considerarmos que ele significa perdoar e não aplicar um mal a quem tenha feito mal, então o significado nesse termo ganha um significado diferente, pois como já observado, todos aqueles que "fizeram o que era mau perante o Senhor" receberam dele um castigo, um mal, conforme estão descritos nos fatos o Livro. Enfim, os adjetivos negativos ainda que sejam pertinentes também às ações dos israelitas, são unicamente aplicados aos inimigos dos israelitas e os positivos, ainda possam valer aos seus inimigos, tal como para Aquis, os Persas e outros, são unicamente dedicados à Deus ainda que ações que possam ser classificadas perversas e impiedosas também lhe caibam de acordo com o que se registra nos livros. Exemplos de salmos de Davi que remontam determinadas situações suas na história, de acordo com o que afirma o livro: 3:Fugindo de Absalão; 18, 52, 54, 57, 59, 142:Fugindo de Saul; 34:Fingindo amalucado perante Abimeleque; 51:Sobre o adultério que cometera com Bate-Seba, traindo Urias; 56: Quando derrotado por Aquis em Gate; 60:Lutando contra sírios. Apesar de toda sua contextualização e ligação direta com a história, mas por outro lado estando em formato poético dramático e contendo, também, afirmações generalizadas, o conjunto de salmos acaba por permitir aplicações em diversas ocasiões semelhantes, independente do tempo e espaço, tal qual como a grande maioria das poesias e músicas.
SUBTÍTULOS: vários de Davi:3 a 9; 11 a 32; 34 a 41; 51 a 65; 68 a 70; 86; 101; 103; 108 a 110; 122; 124; 131; 133; 138 a 145; de Asafe, cantor do reino de Davi:50; 73 a 83; de Etã à Davi:89; de Salomão: 72; 127; dos Filhos de Corá: 42; 44 a 49; 84; 85; 87; 88; de Moisés: 90; Anônimo:1; 2; 10; 33; 43; 66; 67; 71; 91 a 100; 102; 104 a 107; 111 a 121; 123; 125; 126; 128 a 130; 132; 134 a 137; 146 a 150.
Provérbios (de Salomão)
DESTAQUES: Palavras de Salomão, Palavras de Agur, rei Lamuel de Massá, Provérbios, O Senhor, Mulher, Justos x Perversos, Pai e Mãe, Preguiça, Pobre,
TEMAS: Sabedoria pelo temor do Senhor, Mulher Adúltera, Lições Morais,
CURIOSIDADES: Este livro não é uma continuidade da história dos israelitas em relação aos livros anteriores; trata-se de um conjunto de provérbios atribuídos ao rei Salomão que teria escrito à sua época de rei. Em Reis I registra-se que Salomão escreveu três mil provérbios, porém apenas 31 foram publicados neste livro e estes reduzem a sabedoria exclusivamente ao conceito de "temor ao Senhor", conforme anuncia, logo na abertura, o capítulo 1 versículo 7: "O temor do Senhor é o princípio do saber". De forma direta, esta afirmação está em quase metade (13) dos provérbios. Considerando que o termo "justo" é atribuído aos que se subordinam ao Deus único e o termo "perversos" é aplicado aos que adoram outros deuses, então pode-se afirmar que todos os capítulos do livro dedicam-se a reforçar essa afirmação (a exceção seria apenas os capítulos dedicados a condenação da mulher adúltera que estão em 4 provérbios). Em resumo, aos "justos" tudo é certo e aos "perversos" tudo é errado. Baseado nos atos severos, quase sempre violentos do Senhor contra os inimigos dos isarelitas e também contra os próprios israelitas quando aqueles adoravam outros deuses, conforme está descrito na história, pode-se afirmar que a expressão "temor do Senhor" é literal, ou seja vem de temer, ter medo. Diversos outros conselhos breves, simplórios e que geram controvérsias são dados, versando sobre temas de comportamento humano. Os dois penúltimos provérbios não são de autoria de Salomão. Qual seriam os temas dos outros 2969 provérbios de Salomão? Considerando os termos e as observações de Salomão e lendo as ocorrências da época em que ele viveu, pode-se afirmar que todos os conselhos deste livro são contextualizados às suas experiências da sua época.
SUBTÍTULOS: 1:Uso dos provérbios; 1.8:Contra as seduções dos pecadores; 1.20:Clama a sabedoria; 2:A excelência da sabedoria; 3:Exortações da sabedoria; 4:Exortação paternal; 5:Advertência contra a lascívia; 6:Advertência contra o servir de fiador; 6.12:Advertência contra a maldade; 6.20:Advertência contra a mulher adúltera; 7:Mais advertências contra a mulher adúltera; 8:A excelência da Sabedoria; 8.22:A eternidade da Sabedoria; 9:O banquete da Sabedoria; 9.13:O convite da mulher-loucura; 10:O justo em contraste com o perverso; 22.17:Preceitos e admoestações dos sábios; 24.23:Mais alguns provérbios dos sábios; 25:Símiles e lições morais; 28:Provérbios antitéticos; 30:As palavras de Agur; 31:Conselhos para o rei Lemuel; 31.10:O louvor da mulher virtuosa.
Eclesiastes
DESTAQUES: Vaidade, O pregador, sabedoria x astúcia, mulher.
TEMAS: Generalização de tudo como vaidade, Pessimismo, o que acontece debaixo do sol, contradição.
CURIOSIDADES: Este livro não é uma continuidade da história dos israelitas em relação aos livros anteriores, trata-se de um texto meramente argumentativo sobre a vaidade. Apesar dos textos deste livro não serei atribuídos explicitamente à Salomão, as afirmações do capítulo 1 em 1.1 e 1.12 registra-se que se trata de um pregador filho de Davi e rei de Jerusalém que era ele cheio de sabedoria, permitindo a conclusão de que se trata de Salomão, a menos que o termo "filho" tenha significado de "descendente", logo pode ser qualquer um dos reis posteriores à Davi. Como anuncia em pergunta retórica o primeiro capítulo, o papel deste livro é argumentar de que todo o trabalho do homem é vaidade e que nada surge de novo debaixo do sol de acordo com a experiência e vida do pregador. Afirmações tais que, como são feitas de forma simplória e generalistas, podem gerar grande controvérsia. Resume assim: 1.10:Tudo é mesmice. nada é novo na vida que aquele pregador observava; 1.18:A sabedoria é enfadonha e quanto maior a ciência maior a tristeza; 1.11:Não há nenhum proveito no trabalho daquele pregador, suas obras seus jardins, etc. 1.16:A memória não durará para sempre então não adiantaria a sabedoria, pois o sábio morre como vai morrer o astuto; Não estaria esta idéia contrariando a sabedoria pregada nos provérbios? ou contrariando a sabedoria dos livros da Bíblia que "é uma memória" que vem durando "para sempre"? 1.26:O trabalho é algo dado por Deus aos pecadores; 3.16:Semelhança aparente na morte entre os homens e os animais; 3.19:Os homens se igualam aos animais simplesmente porque morrem igual; 3.22:As obras do homem são vaidades porque ele não voltaria a vê-las depois de morrer; 4.4:Na experiência de vida e observações do pregador, todo trabalho provém da inveja do homem contra o outro; 7.3:A mágoa é melhor para o coração do que o riso; 7.9:O pregador afirma que a ira se abriga no íntimo dos insensatos (Em vários trechos da Bíblia registra-se que Deus ficou irado); 7.16:O pregador recomenda que não sejas demasiadamente justo nem exageradamente sábio com a pergunta retórica: destruirias a ti mesmo?(o livro não registra como isso poderia destruir o próprio); 7.26:A mulher é mais amarga do que a morte e quem for bom diante de Deus fugirá dela; 9.7:Contraditóriamente aos argumentos anterior, o Pregador ordena que se viva com alegria e gozando-a com a mulher que amas e que deus agrada das obras desse homem pois no fim, para onde o homem vai nada disso existirá; De 10.17 a 10.20 as afirmações parecem desconectadas. Em 10.19:Afirma-se que o dinheiro atende a tudo. Em 11.10:A juventude e a primavera da vida são vaidade (está no singular). Por fim volta a afirmação em 12.8 de que tudo é vaidade e em 12.12 coloca-se que o muito estudar é enfado da carne justificado simploriamente porque não há limite para fazer livros. O pregador encerra afirmado que, do que se disse em suma é: Teme a Deus e guarda seus mandamentos porque isto é o dever de todo homem (porém, evitando o trabalho que é classificado como vaidade, o homem não teria comida na mesa, logo não viveria. E de que valeria um morto guardar os mandamentos? ou temer a Deus?. O Livro não aborda obrigações de mortos) Considerando os termos e as observações do pregador e lendo as ocorrências da época em que ele viveu, pode-se afirmar que todos os argumentos deste livro são contextualizados às suas experiências da sua época.
SUBTÍTULOS: 1:Tudo é vaidade; 1.4:A eterna mesmice; 1.12:A experiência do pregador; 2:A vaidade das possessões; 1.12:A vaidade da sabedoria; 1.18:A vaidade do trabalho; 3:Tempo para tudo; 3.9:O homem não conhece o seu tempo determinado; 1.16:Semelhança aparente na morte entre os homens e animais; 4:As tribulações da vida; 5:A loucura de votos precipitados; 5.8:A vaidade das riquezas; 7:Comparadas a sabedoria e a loucura; 7.15:A moderação em tudo é boa; 7.23:Avaliação da mulher enganosa; 8:A Submissão diante do rei; 8.10:As desigualdades da vida; 9:A sorte parece ser a mesma para todos; 9.11:Trabalhos sem recompensa; 9.13:Exemplo que ilustra esta verdade; 10:A excelência da sabedoria; 11:O procedimento prudente do Sábio; 11.9:A mocidade; 12:A velhice; 12:Conclusão.
Cântico dos Cânticos
DESTAQUES: Salomão, Esposo e Esposa, Coro;
TEMAS: Cortejos, gentileza, namoro, ambientação natural da época.
CURIOSIDADES: Este livro não é uma continuidade da história dos israelitas em relação aos livros anteriores, trata-se simplesmente de uma curta peça de teatro com um diálogo apaixonado entre o Esposo e a Esposa, intercalados por um coro. Este é mais um texto do rei Salomão. Ele remonta um diálogo ambientado na sua época, ilustrado pelas paisagens, jardins, cheiros e o que era considerado de belo e de valor naquele tempo. O texto chega a inspirar sensualidade pela citação e adoração dos seios da esposa, quadris, umbigo, beijos e abraços. O rei Salomão é citado em algumas partes da peça, mas curiosamente, Deus ou o Senhor, não é citado nenhuma vez. As características do texto o faz se diferenciar de todos os demais do Livro.
SUBTÍTULOS: 8 capítulos intercalando os subtítulos: Esposo, Esposa e Coro.
Sabedoria
NÃO CONSTA NA VERSÃO TRADUZIDA DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA Ed. 1993.
Eclesiástico
NÃO CONSTA NA VERSÃO TRADUZIDA DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA Ed. 1993.
Isaías
DESTAQUES: O profeta Isaías, Senhor dos Exércitos.
TEMAS: Profecias contextualizadas com os conflitos da época, Algumas curtas características diferentes do Deus dos outros livros. Neste Ele ordena bondades aos desamparados, nomes compostos sobre crianças, textos vagos, inespecíficos, generalizados, ameaças, tons de discurso, queixa quando a falsidade da adoração,
CURIOSIDADES: Este livro não é uma continuidade da história dos israelitas em relação aos livros anteriores, trata-se apenas das profecias que o profeta Isaías teve à época quando era contemporâneo aos reinados de Judá. Isaías atuou diretamente conforme é citado no livro Reis II, quando como profeta ele apoiava o rei Ezequias, de Judá. Há ainda uma breve citação dele em Crônicas 2 no reinado de Uzias, avisando que escreveria este livro. Ainda, logo na introdução deste livro específico, afirma-se que ele teve suas profecias nos reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá. As profecias são em relação ao futuro do reino de Judá e Jerusalém, suas ascensões e quedas a partir da época dele passando pela queda definitiva de Jerusalém até a sua reedificação depois do cativeiro dos israelitas na Babilônia. Em 2.6 reitera-se o mal dos israelitas em se associar a filhos de estranhos. Em 5.12 os "perversos" são classificados como os que não consideram os feitos do Senhor e contra esse acende a ira do Senhor que os fere conforme diz 5.25. Em 6 Isaías relata ter visto o Senhor sentado em seu trono rodeado de serafins de seis asas e a chamam de Senhor dos Exércitos e ele orienta a Isaías a endurecer o povo para que a terra fosse esvaziada. Em 7 Isaías terá apoio de um certo Um-Resto-Volverá. Em 7.14 cita-se um certo Emanuel que nascerá de uma virgem como um sinal à Acazias e que antes desse menino saber desprezar o mal e escolher o bem, será desamparada a terra ante os dois reis que Acaz temia, pois no capítulo anterior (7) Isaías falava à Acaz essas palavras do Senhor e registra-se que Judá seria atacada pelos reis da Síria (Rezim) e de Israel (Peca). A profecia continua sobre a grande invasão dos Assírios registrando que este sim era o feito que Acazias deveria temer e quando a sua terra estaria desamparada, já que foi dito que os reis da Síria e Israel não venceriam aquela guerra. Em 8.3 Isaías diz que o senhor mandou que ele escrevesse "Rápido-Despojo-Presa-Segura" em relação ao ataque assírio e que também aquela fala fosse dada como nome de um menino. No capítulo 58 versículos 4 a 8 de acordo com Isaías Deus condena o jejum de interesses próprios afirmando que o jejum que lhe interessa é o de libertar escravos e o de repartir o pão. Em 1.17 Ele já ordenado atenção aos órfãos e viúvas, tal como, conforme descrito, foi dada tal atenção pelo profeta Eliseu. Em 9 afirma-se a vinda de um certo Príncipe da Paz e que o governo estaria sobre seus ombros, mas não há afirmação de direta sobre de quem se trata. Muito provavelmente se trata de Ezequias, pela seqüência histórica, porém afirma-se que por ele viria paz sem fim ao "trono de Davi" e que isso seria feito pelo Senhor dos Exércitos; mas, pela história, essa profecia não se confirma pois não há registro de paz definitiva para aquele povo. Afirma-se que a babilônia será destruída pela ira do Senhor e ninguém viverá mais lá, mas não há registro na história do Livro sobre esse fim. Os cânticos de 26 e 27 relata a participação do Senhor libertando o povo de Judá e atribuído a todo o povo de Jacó ou Israel. A partir do capítulo 36 até o 39 reconta-se partes da história contadas em Reis II. Em 44.21 e 45, anuncia-se que o Senhor havia escolhido Ciro como seu pastor e por meio dele edificaria Jerusalém das ruínas. Não se registra a descendência de Ciro nos livros, há apenas que ele era rei da Pérsia e escreveu um decreto liberando os judeus. Bel e Nebo são citados como deuses da Babilônia. Em 47 fala-se da queda da Babilônia, mas apenas como ameaça, sem citar fatos dessa queda. Sião e Jerusalém se confundem nos discursos. Em 54 O Senhor prometeu paz e vitória eterna à Sião. Em 56 Deus muda de idéia e abre exceção à outros povos e diz que serão bem vistos por ele todo aquele que guardar o sábado. Deus assume sua indignação em 54.17, mas afirma que se contender sempre o povo desaparecerá. E, 58 o jejum é condenado, em especial por causa do interesse próprio e o sábado é citado como mais importante.
SUBTÍTULOS: 1:A nação pecaminosa; 1.10:Condenado o culto hipócrita; 1.18:O convite da graça; 1.21:O julgamento e a redenção de Jerusalém; 2:A glória futura do Israel espiritual; 2.6:Abatido o orgulho dos homens; 3:Julgamento de Judá e de Jerusalém; 3.16:Julgamento das filhas de Sião; 4.2:O reinado do Renovo do Senhor; 5:A parábola da vinhas má; 4.8:Ais contra os perversos; 6:A visão de Isaías e seu chamamento; 7:Profecia contra Israel e Síria; 7.10:A promessa a respeito de Emanuel; 7.17:Males sobre Jerusalém; 8:Invasão dos assírios; 8.9:O Senhor é a nossa esperança; 9:O nascimento e o reino do Príncipe da Paz; 9.8:Profecia contra o reino de Israel; 10.5:Profecia contra a Assíria; 11:O reinado pacífico contra o rebento de Jessé; 11.11:A nova glória de Israel; 12:Canto de louvor pela restauração de Israel; 13:Profecia contra a Babilônia; 14:Hino triunfal sobre a queda da Babilônia; 14.24:Profecia contra os assírios; 14.28:Profecia contra os filisteus; 15:Profecia contra Moabe; 17:Profecia contra Damasco e Efraim; 18:Profecia contra a Etiópia; 19:Profecia contra o Egito; 20:Profecia do cativeiro dos egípcios e dos etíopes; 21:Profecia contra a Babilônia; 21.11:Profecia contra Dumá; 21.13; Profecia contra a Arábia; 22:Profecia contra Jerusalém; 22:Sebna é degredado. Eliaquim é exaltado; 23:Profecia contra Tiro; 24.14:A alegria dos justos; 24.17:A ruína dos transgressores; 25:Cântico de louvor pela misericórdia divina; 26:Cântico de confiança na proteção divina; 27:Deus ama ao seu povo e o salva; 28:Será castigada a impenitência de Efraim; 28.7:Contra os habitantes de Jerusalém; 28.23:Deus é grande em sabedoria; 29:Jerusalém e seus inimigos; 29.9:A cegueira espiritual e a hipocrisia do povo; 29.17:A redenção de Israel; 30:Contra a aliança com o Egito; 30.18:Promessas consoladoras para Sião; 30.27:O julgamento da Assíria; 31:O Egito é homem e não Deus; 32:O reinado do justo rei; 32.9:Advertência contra as mulheres de Jerusalém; 33:A aflição e o livramento de Jerusalém; 34:Indignação de Deus contra as nações; 35:A felicidade na Sião futura; 36:Senaqueribe invade Judá; 36.4:Rabsaqué afronta a Ezequias e ao Senhor; 37:Ezequias consulta a Isaías; 37.8:A carta do rei da Assíria; 37.14:A oração de Ezequias; 37.21:O profeta conforta a Ezequias; 37.36:A destruição do exército dos assírios; 38:A doença de Ezequias e a sua cura maravilhosa; 39.9:Cântico de Ezequias; 39:A embaixada da Babilônia; 40:O Senhor vem; 40.12:A majestade do Senhor; 41:Deus suscita o Redentor; 41.21:O Senhor prova a sua grandeza; 42:O Servo do Senhor; 42.10:Cântico de louvor pela salvação do povo; 42.18:Lamento sobre a cegueira de Israel; 43:Só Deus resgata Israel; 43.14:Libertação do jugo da Babilônia; 43.22:A misericórdia do Senhor; 44:O Senhor é o único Deus; 44.9:A loucura da idolatria; 44.21:A promessa de livramento; 45:Ciro, o libertador de Israel; 45.8:O Senhor é o Criador; 45.19:O Senhor e os ídolos; 46:A queda dos ídolos da Babilônia; 47:A queda da Babilônia; 48:Repreendida a infidelidade de Israel; 49:O servo do Senhor é a luz dos gentios; 49.8:Prometida a restauração de Israel; 50:O servo do Senhor, ultrajado mas fiel; 51:Palavra de conforto para Sião; 52.13:O sofrimento do vicário do Servo do Senhor; 54:O futuro glorioso de Sião; 55:Graça oferecida gratuitamente a todos; 56:A vocação dos gentios; 56.9:Ai dos guias cegos de Israel; 57:Condenada a idolatria de Israel; 57.14:Mensagem de paz para os arrependidos; 58:Observância devida do jejum; 59:Confissões da maldade nacional; 60:A glória da nova Jerusalém; 61:As bodas-novas da salvação; 62:Jerusalém, a noiva do Senhor; 63:Deus vinga o seu povo; 63.7:A última oração do profeta; 65:A resposta de Deus: rejeitando os rebeldes; 65.8:A resposta de Deus: salvo o restante fiel; 65.17:Novos céus e novas terras; 66:Excluídos da nova Jerusalém os que praticam falsa religião; 66.10:A felicidade eterna de Sião;
Jeremias
DESTAQUES: Profeta Jeremias, Baruque, o sábado, cerâmica metafórica,
TEMAS: profecias metafóricas, narrativa em primeira pessoa, mais queixas do Senhor por ter os isarelitas adorado outros deuses, queixa quando a falsidade da adoração, textos em ton de discurso, subtítulos interpretativos, inexatidão de fatos relatados, textos vagos, inexatidão dos subtítulos, promessas de castigo divino ao povo infiel à Ele, queixa quanto aos profetas falsos, nomes compostos, confusão com o nome de reis ou outros reis não citados.
CURIOSIDADES: Este livro não é uma continuidade da história dos israelitas em relação aos livros anteriores, trata-se apenas das profecias que o profeta Jeremias teve à época quando era contemporâneo aos reinados de Josias, Jeoaquim e Zedequias e também de quando esteve no exílio de Jerusalém, conforme tudo é afirmado no primeiro capítulo. em 1.10 afirma-se que Jeremias foi tocado pelo Senhor e constituído sobre todos inclusive para arrancar, derrubar destruir e arruinar. Em 3 Deus compara sua relação com Israel e Judá a relação de um homem e uma mulher que comete adultério e em 4 ele clama que o povo se arrependa e volte para ele, parando de adorar outros deuses. Em 6.27 há uma metáfora de ambiente de ferreiro sobre a contaminação do povo e sua rebeldia, logo não há afirmação direta que Jeremias estaria envolvido na metáfora, mas assim afirma o subtítulo, sendo então uma interpretação. Já em 7.16 a afirmação é direta de Deus dizendo a Jeremias para não interceder pelo povo, pois Ele iria lançar seu furor sobre o lugar já que eles faziam bolos a "Rainha dos Céus" fazendo oferenda a outros deuses. Em 9.24, o Senhor diz que faz misericórdia, mas logo em seguida, contraditoriamente, afirma que castigara todos que considera incircuncisos (sem aliança com ele) seja materialmente ou de coração. em 11.18 o subtítulo afirma uma conspiração contra Jeremias, mas o texto é vago e inexpecífico, não dando detalhes de como teria isso ocorrido. Outro subtítulo inexato é o 12.14, pois o texto se limita sobre manejar o povo de israel em relação aos vizinhos. Deus utiliza metáforas com objetos ordenando a Jeremias manuseá-los para mostrar como, o que é e o que fará, ao povo de Israel e Judá. Em 13.14 Deus afirma que os fará em pedaços e atirará uns contra os outros sem compaixão. Apesar dos subtítulos afirmarem, as rejeições de intercessão de Jeremias não são fatos explicitamente registrados textualmente. Quanto ao conforto ao profeta em 15.10, este sim é claro. Mais uma vez reiterado a necessidade de se guardar o sábado, literalmente e materialmente falando, com instruções de se fechar os portões de Jerusalém e não se realizar transporte de cargas. Jeremias ora a Deus para que não perdoe seus inimigos e aja sobre eles com ira. Em 20.3 Jeremias renomeia o sacerdote Pasur como Terror-Por-Todos-Os-Lados e o amaldiçoa em nome do Senhor à viver como escravo e morrer na Babilônia. Em 22.8, mais uma afirmação de que deus procedeu a queda de Jerusalém porque os habitantes adoraram outros deuses. Em 22.10 cita-se um certo Salum rei de Judá que seria filho de Josias. porém não há citação desse rei nos livros de Reis e Crônicas. O único filho de Josias que se tornou rei era Jeocaz (Salum seria outro nome de Jeocaz?). O mesmo ocorre com um citado rei Jeconias que seria filho de Jeoaquim, mas livros afirmam que Joaquim era o filho de Jeoaquim (Jeconias seria também nome de Joaquim?). Deus mostrava visões de objetos para Jeremias para simbolizar fatos sobre as relações e conflitos da época. Baruque é citado com a escritura da terra de Anatote comprada por Jeremias. Deus faz promessas de paz e prosperidade à Jeremias quando ele estava no pátio com o rei Zedequias, cercados pelos babilônicos. Nem todos os textos estão em ordem cronológica dos reinados. Foi Baruque quem escreveu todas as palavras de Jeremias em rolo e duas vezes, pois o rei Jeoaquim queimou a primeira. Em 37 cita-se um certo Conias filho de Jeoaquim que teria reinado no lugar de Jeoaquim (este já é mais outro nome de Joaquim que era de acordo com os outros livros o rei sucessor de Jeoaquim). Alguns atos contatos em Reis II são recontados nesse livro, sob a versão de Jeremias. Deus falar por meio de Jeremias que é contra o povo fugir para o Egito ao final da queda de Jerusalém. Em 43.10 O Senhor diz que Nabucodonosor é seu servo. Ao que a seqüência indica, a "Rainha dos Céus" era uma deusa egípcia. Em 49.28 registra-se que o Senhor teria ordenado diretamente a Nabucodonosor tomar Quedar na Arábia. Mas em 50.2, por meio de Jeremias o Senhor afirma que Bel está confundido e Merodaque treme com seus ídolos e a Babilônia irá cair na mão de inimigos e estranhamente e subitamente, agora em 50.29 a Babilônia é dita como arrogante contra o Santo de Israel e tudo que ela teria feito deveria ser vingado (mas ela não teria feito por comando do Senhor, sendo Nabucodonosor seu servo?). O Senhor recebe também o título de Redentor nesse livro. O rei Joaquim que aqui havia sido rebatizado de Jeconias e Conias, reaparece no último capítulo. agora como o legítimo Joaquim, repetindo o último capítulo de Reis II. (seria esse trecho meramente copiado de Reis e colado aqui?).
SUBTÍTULOS: 1:A vocação de Jeremias; 1.11:A visão da vara de amendoeira; 2:O amor de Deus e a rebeldia do povo; 2.9:Perfídia sem exemplo; 2.20:Israel adorou a Baal; 3:A clemência de Deus apesar da infidelidade do povo; 3.14:O povo exortado arrepende-se; 4.5:Vem do norte o mal; 5:Os pecadores de Jerusalém e de Judá; 6:Jerusalém será sitiada; 6:A iniquidade de Jerusalém são a causa da sua queda; 6.22:O inimigo do norte; 6.27:O trabalho inútil de Jeremias; 7:O templo não protege a nação iníqua; 7.16:A intercessão do profeta não salvará o povo rebelde; 7.21:A mera multiplicação dos sacrifícios é debalde; 7.29:Judá é rejeitado por Deus; 8.4:O castigo é inevitável; 8.18:A dor do profeta por causa da ruína do povo; 9.7:Ameaças de ruína e exílio; 9.23:Conhecer a Deus constitui a glória do homem; 10:Contraste entre o Senhor e os ídolos; 10.17:Lamento sobre a desolação de Judá; 11:A aliança é violada; 11.18:Conspiração contra Jeremias; 12:A queixa de Jeremias; 12.5:A resposta de Deus; 12.14:As finalidades do castigo de Deus; 13:O cinto de linho; 13.12:O jarro quebrado; 13.15:Apelos e ameaças finais; 14:Grande seca em Judá; 14.7:Rejeitada a primeira intercessão de Jeremias; 14.13:Rejeitada a segunda intercessão de Jeremias; 14.19:Rejeitada, em absoluto, a terceira intercessão de Jeremias; 15.10:O Senhor conforta ao seu profeta; 16:A vida solitária do profeta, figura do povo; 17:O pecado engana e destrói; 17.12:Jeremias clama a Deus que o socorra dos seus inimigos; 17.19:A santificação do sábado; 18:O vaso do oleiro; 18.18:O profeta ora contra seus inimigos; 19:A botija quebrada; 20:Amaldiçoado Pasur, que meteu o profeta no tronco; 20.7:O lamento do profeta; 20.14:Jeremias amaldiçoa o dia do seu nascimento; 21:Predita a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor; 22:Profecia contra a casa real de Judá; 22.10:Contra Salum, rei de Judá; 22.13:Contra Jeoaquim, rei de Judá; 22.24:Contra Jeconias, rei de Judá; 23:Profecias contra os maus pastores; 23.5:Profecia contra o renovo de Davi; 23.9:Contra os falsos profetas; 24:A visão dos dois cestos de figo; 25:Setenta anos de cativeiro; 25.15:O cálice da ira de Deus contra as nações; 28:A luta de Jeremias com o falso profeta Hananias; 29:A carta de Jeremias aos cativos da Babilônia; 30:Deus promete trazer do cativeiro o seu povo; 31:Lamento transformado em júbilo; 31.31:Firmada nova aliança com Israel; 32:Jeremias compra um campo em Anatote; 32.16:Jeremias pede esclarecimentos a Deus; 32.26:A resposta de Deus; 33:Promessas de paz e prosperidade; 33.14:Repetição da promessa do Renovo de Davi; 34:Prediz-se a sorte de Zedequias; 34.8:As ameaças de Deus por causa da escravatura; 35:A felicidade dos recabitas; 36:O rolo de Jeremias é lido no templo; 36.11:O rolo é lido diante dos príncipes; 36.20:O rei lança o rolo no fogo; 36.27:Baruque rescreve o rolo; 37:Jeremias na prisão; 38:O etíope Ebede-Meleque salva Jeremias da cisterna; 38.14:Zedequias consulta o profeta; 39:Nabucodonosor toma Jerusalém; 40:Jeremias e o restante do povo ficam com Gedalias; 40.13:Ismael conspira contra Gedalias; 41.11:Joanã livra os cativos; 42:Jeremias exorta o povo a não ir ao Egito; 43:Jeremias é levado ao Egito pelo povo; 43.8:Jeremias profetiza a conquista do Egito por Nabucodonosor; 44:Repreendida a infidelidade dos judeus no Egito; 44.15:Jeremias é contraditado; 44.20:Jeremias prediz castigo; 45:A mensagem de Jeremias a Baruque; 46:Profecia a respeito do Egito; 47:Profecia a respeito dos filisteus; 48:Profecia a respeito de Moabe; 49:Profecia a respeito dos amonitas; 49.7:Profecia a respeito dos edomitas; 49.14:Os pecados de Edom; 49.23:Profecia a respeito de Damasco; 49.28:Profecia a respeito da Arábia; 49.34:Profecia a respeito dos elamitas; 50:Profecia a respeito da Babilônia; 51:O poder e a queda da Babilônia; 52:A queda de Jerusalém e o cativeiro de Judá; 52.31:Libertado e honrado o rei Joaquim;
Lamentações de Jeremias
DESTAQUES: Jeremias.
TEMAS: lamentações, textos em ton de discurso poético e oratório, pronúncia em 1ª pessoa.
CURIOSIDADES: Como o próprio título diz, este livro são apenas lamentações do profeta Jeremias acerca do sofrimento que teve junto ao povo de Judá nos maus tempos da época da queda e cativeiro de Jerusalém. São cinco capítulos com textos em forma de discursos oratórios resumindo e lamentando a situação.
SUBTÍTULOS: 1:Jerusalém destruída e desolada; 2:As tristezas de Sião provém do Senhor; 3:Convidado o povo a reconhecer; o seu pecado; 3.22:Esperança de auxílio pela misericórdia de Deus; 4:O sofrimento do cerco; 5:Os fiéis pedem misericórdia.
Baruc
NÃO CONSTA NA VERSÃO TRADUZIDA DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA Ed. 1993.
Ezequiel
DESTAQUES: Profeta Ezequiel, Gogue, cerco a Jerusalém, cativeiro,
TEMAS: visões espetaculares cinematográficas, rituais, parábolas, ameaças, profecias, profecias contra os inimigos de Israel, datas precisas das profecias, visões por teletransporte, Restituição do templo e reedição resumida das leis,
CURIOSIDADES: Como os livros dos demais profetas este de Ezequiel se refere as suas visões em período passado da história dos israelitas. Mais especificamente, conforme afirma o capítulo um, Ezequiel teve suas visões no cativeiro da época que foi exilado o rei Joaquim. Junto ao rio Quebar Ezequiel teve uma das visões mais espetaculares e detalhadas. Foi a visão de imagens de semelhança ufológica, onírica e surrealistas nos céus. Junto a uma "coisa" semelhante a metal brilhante em meio a nuvens de fogo, surgiram imagens de espécie de querubins semelhantes a homens de quatro asas, quatro cabeças de animais, pés de bezerro e ainda haviam rodas com olhos, tudo entremeado entre movimentos como raios e brilho de brasa em fogo. Sobre isso havia um trono e nesse trono algo semelhante a um homem, o qual era Deus que falou a Ezequiel e que lhe deu um rolo de um livro que ordenou comer para que levasse ao povo rebelde de Israel a sua palavra. Afirma-se que no livro estava escrito lamentações, suspiros e ais. Ezequiel comeu e disse que tinha gosto de mel. Nessa ordem Ezequiel é informado que se algum dos filhos de israel morrer por um pecado que não foi avisado por Ezequiel, ele morrerá também. Nos capítulo 4 e 5 o Senhor orienta a Ezequiel uma espécie de ritual com um tijolo e cabelos para exercer fogo contra Israel e profetizar o cerco que Jerusalém sofreu pelas mãos dos babilônicos. Deus tinha ciúme dos demais deuses adorados e isso é registrado literalmente no capítulo 8 onde Deus aborrecido, mostra a Ezequiel, por meio de visão transportada, a adoração que se realizava dentro de Jerusalém à pinturas de animais, a um certo Tamuz e também o sol. Este tipo de prática é que foi denominado abominações. O capítulo é encerrado em 8.18 com Deus prometendo a tratá-los com furor e sem piedade. Ninguém será poupado e nem será ouvido mesmo que gritar. Em 14.13 Deus ameaça de fome e morte homens e animais que cometerem transgressão contra ele e afirma que ainda que em tal terra estivesse Noé, Daniel e Jó nem os filhos e filhas deles se salvariam, pois somente os três seriam poupados. Por que só os três foram citados? Como Daniel foi citado agora nesse período do reinado de Joaquim, se ele só se destacaria depois, a partir do terceiro ano reinado de Jeoquim e como servo cativo de Nabucodonosor? Nas parábolas de leão, águia e videira afirma-se que elas simbolizam a situação de Jerusalém e o povo de Judá naquela época de cativeiro. A parábola do leão em 19 dá uma interpretação de que o leãozinho era enjaulado porque fazia viúvas e tornava as terras desertas (uma lógica de ação e reação, diferente do determinismo divino contra as "abominações"). (vale lembrar que "leãozinho" foi um símbolo dedicado a Judá por Jacó-Israel- Seu pai em profecia quando faleceu). Deus propõe um enigma (águias e videira) para que Ezequiel leve ao povo. Em 23, por meio de Ezequiel, Deus relata a metáfora de duas irmãs chamadas Oolá e Oolibá que eram dele, mas que se prostituíram no Egito onde foram "apertados os seus seios e apalpado-lhes a virgindade". E diz que Oolibá representava Jerusalém (onde vivia o povo de Judá) e Oolá representava a Samaria (onde vivia os demais israelitas). Continua registrando que elas também se prostituíram com os assírios e caldeus, e que depois fez aqueles se voltarem contra elas, simbolizando os conflitos acontecidos entre essas nações, até a situação de escravas que se encontram amadas, encerrando que esses males servirão para saberes que Ele é o Senhor Deus. Em todas as profecias contra as nações inimigas, afirma-se que elas cairão pela ação da "mão de Deus". Em 37.15 Deus promete aliança de paz e re-união de Israel e Judá. Cita-se um certo Gogue príncipe de Rôs e Tubal que será derrotado pelos israelitas mas sem muitas informações específicas. Porém não há citação sobre Gogue nos livros anteriores de seqüência histórica das guerras e conflitos de Israel. Em 39.17 Deus oferece um metafórico banquete de sacrifícios, sangue e gordura dos príncipes derrotados aos vencedores de Israel. Em 43.18 depois de ser apresentado a Ezequiel toda uma visão do templo renovado de Deus pelo próprio Deus, Ele registra as determinações sobre os sacrifícios de animais e seu sangue para Ele como consagração do altar. Em 44.9 Deus proíbe que qualquer estrangeiro incircunciso freqüente o seu santuário. Um novilho será o sacrifício para todo Ano Novo e o sacerdote beberá o sangue. O livro termina com Deus orientando Ezequiel sobre a redivisão das terras de Israel às doze tribos, redivisão está não registrada nos livros seqüenciais depois da libertação dos israelitas dos seus respectivos cativeiros.
SUBTÍTULOS: 1:A visão dos quatro querubins; 1.15:A visão das quatro rodas; 1.26:A visão da glória divina; 2:A vocação de Ezequiel; 2.8:Visão do rolo de um livro; 3.4:O comissionamento do profeta; 3.16:O atalaia de Israel; 4:O cerco simbólico de Jerusalém; 5.5:As causas do cerco de Jerusalém; 6.Profecia contra a idolatria de Israel; 7:O fim vem! O fim vem!; 8:Visão das abominações de Jerusalém; 9:Os castigos de Jerusalém; 10:A visão das brasas de fogo; 10.9:A visão das quatro rodas; 10.18:A glória de Deus abandona o templo; 11:O juízo de Deus contra os chefes do povo; 11.14:Promessa da restauração de Israel; 12:O profeta descreve os cativeiro; 13:Profecia contra os falsos profetas; 13.17:Contra as falsas profetizas; 14:O castigo dos idólatras; 41.12:A justiça dos castigos de Deus; 15:Jerusalém é qual videira inútil; 16:A infidelidade de Jerusalém; 17:A parábola das duas águias e da videira; 18:A responsabilidade é pessoal; 19:A parábola do leão enjaulado; 19.10:A parábola da videira arruinada; 20:As abominações da casa de Israel depois do êxodo; 20.45:A profecia contra o sul; 21:A espada do Senhor; 22:As abominações de Jerusalém; 23:Oolá e Oolibá, as duas meretrizes; 24:A parábola das panelas; 24:A viuvez de Ezequiel; 25:Profecia contra Amom; 25.8:Profecia contra Moabe; 25.12:Profecia contra Edom; 25.15:Profecia contra Filistia; 26:Profecia contra Tiro; 27:Lamentações sobre Tiro; 28:Profecia contra o rei de Tiro; 28.11:Outra lamentação contra ao rei de Tiro; 28.20:Profecia contra Sidom; 29:Profecia contra o Egito; 30:O Egito será conquistado pela Babilônia; 31;O destino do Egito; 32;Lamentação contra Faraó, rei do Egito; 32.17:Os egípcios com outras nações no além; 33:O dever do verdadeiro atalaia; 31.23:O castigo de Israel por causa da sua presunção; 34:Profecia contra os pastores infiéis de Israel; 34.11:O cuidado do Senhor pelo seu rebanho; 35:Profecia contra o monte Seir; 36:Profecia aos montes de Israel; 36.16:A restauração de Israel; 37:A visão de um vale de osso secos; 37.15:Reunião de Judá e Israel; 38:Profecia contra Gogue; 38.14:Gogue invadirá israel; 39:A queda de Gogue; 39.11:O sepultamento das hordas de Gogue; 39.17:O grande sacrifício do Senhor; 40:A visão do templo; 43:A glória do Senhor enche o templo; 43.10:O altar dos holocaustos; 43.18:A consagração do altar; 44:Reformas no ministério do santuário; 44.15:Os deveres dos sacerdotes; 44.28:A repartição das terras; 45.9:Deveres dos magistrados; 45.18:Ofertas no Ano Novo; 45.21:Na páscoa; 46:Nos sábados nas festas da Lua Nova; 46.9:Instruções referentes às ofertas; 47:A torrente das águas purificadoras; 47.13:As fronteiras das terras de Israel; 48:Os limites de sete tribos; 48.13:Os limites dos sacerdotes e levitas; 48.15:Os limites da cidade; 48.21:Os limites do príncipe; 48.23:Os limites das outras cinco tribos; 48.30:As portas da cidade.
Daniel
DESTAQUES: Profeta Daniel, rei Nabucodonosor, rei Belsazar, rei Dario, rei Ciro,
TEMAS: Interpretação de sonhos, sonhos proféticos de Daniel, e como todas as profecias a cerca dos destinos dos reinados, divergência histórica.
CURIOSIDADES: Como os demais livros dos profetas, este relata como destaque o profeta Daniel que viveu na época do reinado de Jeoaquim de Jerusalém que era subordinado ao reinado da Babilônia. Como vários outros judeus, Daniel estava cativo na Babilônia e foi selecionado para ensinar a cultura e língua dos caldeus ao rei Nabucodonosor. Porém como ele se destaca interpretando sonhos do rei, semelhante ao que sucedera na história de José do Egito, ele é presenteado, nomeado chefe supremos dos sábios da Babilônia e nomeado governador da província, repassando as atividades de negócio deste último cargo aos seus companheiros Hananias, Misael e Azarias. O rei renomeou Daniel, Hananias, Misael e Azarias como: Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, respectivamente. Nabucodonosor fez prosperar ainda mais os três companheiros de Daniel porque eles não se queimaram ao serem jogados no fogo por ordem do próprio rei, uma vez que elas não haviam adorado estátua de ouro que Nabucodonosor havia mandado construir para adoração. E por esse motivo Nabucodonosor se mostra convertido ao Deus dos judeus. Subitamente o capítulo 4 é narrado em 1ª pessoa e contado por Nabucodonosor, como uma declaração de convertido. E subitamente o capítulo 5 inicia já sobre o reinado de Belsazar, o filho de Nabucodonosor. Belsazar bebia em banquete quando uma mão misteriosa apareceu e escreveu na parede, então o rei Belsazar mandou chamar Daniel que leu e decifrou o enigma da mensagem e se tornou então o terceiro homem do rei. Em 5.25 registra-se que a mensagem tinha quatro palavras: Mene, Mene, Tequel e Parsim, porém ao descrever o significado de cada palavra, para a última se escreve em 5.28 "Peres" (não deveria ser Parsim?). Como sempre, a mensagem se referia a ascensão e queda do reino. Afirma-se que naquela mesma noite o rei foi morto e Dario assumiu o seu lugar. Daniel permanece no reinado como um dos homens importantes de Dario, porém como ele se destaca os demais homens de Dario, enciumados, fazem o rei editar um decreto que condene à cova dos leões quem fizer petição a qualquer deus que não ao rei. Como Daniel é visto orando, ele é lançado a cova por pressão dos colegas, mas o rei Dario passa a noite em jejum por ele e de manhã vê que os leões não atacaram Daniel. O rei o retira feliz e, sem justificativas registradas, lança aqueles colegas de Daniel na cova dos leões junto com suas mulheres e filhos e os leões comem à todos. Não há registro de que Daniel tenha pedido que se poupasse aqueles homens. Dario também se declara convertido ao Deus de Daniel. Depois disso o livro passa a relatar visões de Daniel. Os capítulos 7 e 8 o próprio Daniel relata seus sonhos ainda na época do rei Belsazar. No capítulo um (1.21) afirma-se que Daniel continuou até o primeiro ano do reinado de Ciro, mas no capítulo 10 registra-se que ele teve revelações no terceiro ano de Ciro. Em 5.28 indica-se que o reinado passa a ser dos Persas quando então se apodera do trono Dario que segundo o capítulo 9 era filho de Assuero; há portanto uma divergência entre os reinados persas registrados no nesse livro em relação ao livro de Esdras que no seu capítulo 4 relata que a seqüência dos reinados persas seria Ciro, Assuero, Artarxerxes e Dario-Naquela versão Ciro decretou a reconstrução em Jerusalém, Artarxerxes embargou a obra e Dario reeditou o decreto de Ciro. Nesse livro de Daniel não há citação sobre os decretos e a seqüência dos reis desde babilônicos ao persa é: Nabucodonosor, Belsazar, Dario e Ciro. Em 9.2 Daniel cita ter conhecimento de profecia de Jeremias. Em 10.13 cita-se um certo rei príncipe Miguel, não citado na história narrada pelos outros livros e no último capítulo afirma-se que ele seria o defensor do povo de Daniel. Em 12.2 afirma-se que muitos daqueles povos ressuscitarão do pó.
SUBTÍTULOS: 1:A educação de Daniel e de seus companheiros; 2:Daniel interpreta o sonho de Nabucodonosor; 3:Livrados os companheiros de Daniel da fornalha de fogo; 4:A loucura de Nabucodonosor; 5:A escritura na parede; 6:Daniel na cova dos Leões; 7:O sonho sobre os quatro animais; 8:A visão sobre um carneiro e um bode; 9:A oração de Daniel pelo povo; 9.20:A profecia das setenta semanas; 10:A visão de Daniel no rio Tigre; 10.10:Daniel é consolado; 11: Os reis do Norte e do Sul; 12:O tempo do fim.
Oséias
DESTAQUES: Oséias, O Senhor.
TEMAS: Reclamações e castigos de Deus sobre Israel e Judá, discurso.
CURIOSIDADES: Este livro não é uma continuidade da história dos israelitas em relação aos livros anteriores, trata-se apenas de registro de palavras de Deus por meio de Oséias que viveu nas épocas dos reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá e na época do rei Jeroboão, rei de Israel. Todo o livro é um grande e contínuo discurso do Senhor reclamando da prostituição do povo de Israel e de Judá para com a idolatria de outros deuses de outros povos e citando os castigos que aplicou naquela época. A luta de Jacó com Deus é relembrada em 12.3. Esse livro compreende o maior registro de fala do Senhor de forma contínua.
SUBTÍTULOS: 1:O casamento de Oséias, símbolo da infidelidade de Israel; 2.2:A infidelidade do povo e a fidelidade de Deus; 3:A longanimidade de Deus; 4:Corrupção geral de Israel; 5:Repreensão contra sacerdotes e príncipes; 5.15:Conversão insincera; 7:Iniquidade dos reis e príncipes; 8:O castigo está próximo; 9:Israel é antes castigado; 10:Israel semeou malícia e segará destruição; 11:O amor de Deus Pai. A ingratidão de Israel; 12:Jacó. modelo para o povo de Israel; 13:Castigo definitivo; 14:Promessas de Perdão; 14.9:Apelo final.
Joel
DESTAQUES: Palavras do Senhor.
TEMAS: Discurso profético do Senhor sobre quedas e ascensão do seu povo perante as outras nações da época dos conflitos e guerras de Israel e Judá. Incoerência no subtítulo.
CURIOSIDADES: Mais palavras do senhor ditas por meio de Joel, porém não se registra no livro em que época Joel viveu; ao que o texto indica teria sido antes da queda de Jerusalém pelos Babilônicos, pois o último capítulo fala da restauração em Jerusalém e que "Judá será habitada para sempre", o que só ocorreu depois da sua queda e do cativeiro. O último subtítulo refere-se a Israel, porém o conteúdo do texto refere-se a restauração de Judá que era povo separado.
SUBTÍTULOS: 1:A carestia causada pelo gafanhoto e pela seca; 1.12:A misericórdia do Senhor; 1.28:Promessa do derramamento do Espírito; 3:Os juízos de Deus sobre as nações inimigas; 3.18:A restauração de Israel.
Amós
DESTAQUES: Amós.
TEMAS: Ameaças e apelos divinos, curtas profecias simbólicas sobre imagens.
CURIOSIDADES: Amós viveu na época do rei Uzias de Judá e do rei Jeroboão de Israel e por meio dele o Senhor registrou ameaças contra os dois povos e todas as demais nações daquela época. O Senhor avisa que meterá fogo nas diversas nações pelas suas transgressões numa frase repetida que diz "por três transgressões de 'nação' e por quatro não sustentarei..." e para cada nação registra qual foi o motivo do castigo, sendo esses realizados em ações de guerra entre as nações. Apenas Judá é condenado por ter mentido e não ter seguido seus estatutos e Israel por ter realizado mau juízo para com seu povo. Depois das ameaças, a partir de 5, o Senhor faz apelos para que o seu povo retorne à Ele. Em 5.21 Deus chega a desprezar os sacrifícios e ofertas porque o povo carregava um deus-estrela e não estaria devotado à ele e por isso os ameaça de desterro; o subtítulo deste trecho fala de "exigência de justiça", mas isso não pode ser observado no conteúdo do texto, a não ser que a palavra justiça remeta ao termo justo que, na Bíblia tem o significado restrito atribuído à quem é obediente e submetido às determinações de Deus e mais especificamente não idolátra outros deuses. Amós é classificado como vidente em 7.10. Em 8.14 o Senhor avisa que cairão os que adoram o ídolo da Samaria e não levantarão jamais. No capítulo 9 o Senhor da ordens de se matar a espadas e diz que mandará de volta os que subirem aos céus ou ordenará serpentes que os mordam se esconderem no fundo do mar.
SUBTÍTULOS: 1:Ameaças contra diversas nações; 2.4:Ameaças contra Judá; 2.6:Ameaças contra Israel; 3:O castigo contra a maldade de Israel; 4:Ameaças contra as mulheres de Samaria; 4.4:A cegueira espiritual de Israel; 5:Buscai a Deus e vivei; 5.21:Deus exige justiça e não sacrifícios; 6:A corrupção e a destruição de Israel; 7:A visão do gafanhoto, do fogo e do prumo; 7.10:Amós acusado como conspirador; 8:A visão de um cesto de frutos; 8.4:A ruína de Israel está perto; 9:Os juízos de Deus são inevitáveis; 9.11:Restauração de Israel espiritual.
Obadias
DESTAQUES: Obadias, nação de Edom.
TEMAS: profecia.
CURIOSIDADES: Poucas palavras do senhor ditas por meio de Obadias, porém não se registra no livro em que época Obadias viveu; ao que as citações dos conflitos nações e promessas que o texto apresenta foi na época das guerras contra Edom, antes da queda dos dois povos. O primeiro capitulo faz referência a uma profecia também de Jeremias (49.14), logo Obadias pode ter vivido na mesma época, que era o reinado de Josias rei de Judá. Este livro tem apenas um capítulo pequeno.
SUBTÍTULOS: 1:Os pecados e os castigos de Edom; 1.15:A restauração e felicidade de Israel.
Jonas
DESTAQUES: Jonas, cidade de Nínive, Um peixe grande,
TEMAS: arrependimento de Deus,
CURIOSIDADES: Como a história de Jó, este livro não é uma continuidade da história dos israelitas em relação aos livros anteriores; trata-se de uma história solta, pessoal de Jonas sem registro da época. O Senhor ordena a Jonas que vá a cidade de Nínive clamar contra ela, mas Jonas foge do Senhor e pega um navio em Jope para Tarsis pelo mar Mediterrâneo, mas acontece que Deus promove um tempestade e os marinheiros temerosos descobrem que é por causa de Jonas. O próprio Jonas pede para que eles o joguem no mar para cessar a tempestade mas os homens ainda tentam chegar a terra mas como não conseguem, rogam ao senhor e lançam Jonas no mar. A tempestade cessa imediatamente e afirma-se que os marinheiros passaram a temer e fazerem votos e oferecerem sacrifícios ao Senhor depois daquele episódio. Jonas por sua vez acaba engolido por um grande peixe direcionado pelo Senhor. Jonas ficou três dias e três noites no ventre do peixe (importante registrar que Baleia por ser um mamífero não é classificado como peixe). Jonas ora dentro do peixe e Deus fala ao peixe para vomitar Jonas. Então O Senhor ordena a Jonas que vá a Nínive e proclame contra ela, porém depois de proclamar os ninivitas se arrependem e como sempre quando fazem isso vestem panos de saco e assim Deus se arrependeu de lhes fazer mal já que se converteram diante da proclamação de Jonas. Porém Jonas fica desgostoso porque Deus se arrependeu de amaldiçoar Nínive e então fica irado, mas Deus criando e destruindo uma árvore que deu sombra a Jonas faz uma analogia sugerindo que ele tivesse compaixão de Nínive. Essa é uma das poucas ocorrências que Deus de fato evita fazer o mal a um povo e de fato é misericordioso quando ele se converte. Outra ocorrência semelhante foi com o rei Acabe, mas que apenas foi um pouco aliviado. De fato este é um registro raro de misericórdia, de fato, de Deus para com um povo. É uma curiosa inversão de papéis em relação aos outros livros, quando os homens como Abraão, Moisés e outros pediram a Deus compaixão ao povo e não são ouvidos; aqui Jonas também não é ouvido, mas dessa vez porque queria impiedade de Deus sobre o povo.
SUBTÍTULOS: 1:A vocação de Jonas, a sua fuga e o seu castigo; 2:A oração de Jonas no ventre do peixe; 3:Jonas prega em Nínive; 3.5:O arrependimento dos ninivitas; 4:O descontentamento de Jonas; 4.6:A lição do Senhor.
Miquéias
DESTAQUES: O Senhor.
TEMAS: Ameaças de Deus sobre seu povo de Israel e Judá,
CURIOSIDADES: Conforme afirma o capítulo um, Miquéias teve suas visões nas épocas dos reis Jotão, Acaz e Ezequias, ambos de Judá. As suas profecias foram sobre a Samaria (à época do povo de Israel) e Jerusalém (à época do povo de Judá). Como os demais livros dos profetas ele relata reclamações ameaças de Deus sobre seus dois povos, além de ameaças à falsos profetas. Em 5.2 o subtítulo anuncia um Messias que se refere a um guerreiro que contribuirá para derrotar a Assíria, um dos inimigos da época. No capítulo 7 o autor registra os conflitos internos e até familiares que alcançaram o povo de Israel naquele tempo. Como os livros anteriores o último capítulo refere-se a recuperação de Israel.
SUBTÍTULOS: 1:Ameaças contra Israel e Judá; 2:Ai dos opressores gananciosos; 2.6:Contra os falsos profetas; 2.12:O Senhor congrega o restante de Israel; 3:Ameaças contra os chefes, os sacerdotes; e os falsos profetas; 4:O anúncio do chamamento dos gentios; 5.2:O nascimento do Messias e o seu reinado; 6:Deus e seu povo em juízo; 6.9:A injustiça terá seu castigo; 7:A corrupção moral de Israel; 7.8:O Senhor se compadece de Israel.
Naum
DESTAQUES: Cidade de Nínive,
TEMAS: Destruição de Nínive,
CURIOSIDADES: Não há relato direto sobre a época em que Naum teve sua curta visão, mas o texto remete completamente sobre a destruição que viria à cidade Nínive na Assíria porque "não soltavam sua presa" conforme registrado em 3.2. Nos livros das histórias dos reinados, registra-se que a Assíria ora era inimiga e deu fim a nação de Israel os levando cativo. Este é o livro que registra a maior quantidade de adjetivos perversos atribuídos e descrevendo o poder de D: se afirma que O Senhor é vingador, cheio de ira, que jamais inocenta o culpado e que tem seu caminho na tormenta e na tempestade, pergunta-se quem pode suportar a sua indignação e quem subsistirá diante da sua ira pois a sua cólera se derrama como fogo e prossegue registrando as atrocidades que cometerá à Nínive. Se esta destruição ocorre e se foi depois do evento de Jonas, então a misericórdia de Deus não perdurou.
SUBTÍTULOS: 1:A ira e a misericórdia de Deus; 2:O cerco e a tomada de Nínive; 3:A ruína completa de Nínive.
Habacuque
DESTAQUES: Oração.
TEMAS: louvação a Deus,
CURIOSIDADES: É um curto livro em que se afirma ser uma sentença revelada ao profeta Habacuque. Não se registra em que época, mas pelas citações no primeiro capítulo, registrando os caldeus atacando o povo, indica que se refere à época da invasão de Jerusalém pelos caldeus (babilônicos). Como todos os livros dos profetas, são mais profecias sobre os conflitos e guerras que passarão as nações de Israel/Judá, nesse caso a de Judá. O Senhor manda Habacuque escrever suas palavras em tábua de maneira que até quem passa correndo possa ler. Em 2.8 o Senhor registra uma lógica de ação e reação, de violência que gera violência. Ela está atribuída aos caldeus, mas pode se observar que em toda a história do livro, inclusive contra o povo de Deus (israelitas e Judeus), ela é uma lógica fato constante, inclusive assumida quando Davi dá os filhos de Saul aos filisteus como "dívida de sangue". Em 3.5 Habacuque registra que adiante do Senhor vai a peste e a pestilência segue os seus passos.
SUBTÍTULOS: 1:A iniquidade de Judá; 1.5:Judá será castigada pelos caldeus; 1.12:A intercessão do profeta; 2:A resposta do Senhor; 2.6:Cinco ais sobre os caldeus; 3:A oração de Habacuque.
Sofonias
DESTAQUES: Ameaças.
TEMAS: Ameaças de Deus contra os povos da época.
CURIOSIDADES: No início do capítulo primeiro afirma-se que Sofonias viveu nos dias do rei Josias, de Judá. É mais um livro de profecias sobre os conflitos e guerras que passarão as nações de Israel, Judá. Assíria e outras naquela época. Como os demais, também reitera a ira de Deus e suas ameaças detalhadas de destruição sobre os povos. Desta vez o Senhor promete destruir tudo conforme 1.3.: Exterminará o homem da face da terra ( o que parece ser uma força de expressão, pois ao final se anuncia ajuda a Jerusalém). Mais ameaças contra o "arqui-inimigo" do Senhor: as nações de Moabe e Amon.
SUBTÍTULOS: 1:Ameaças contra Judá e Jerusalém; 1.7:O dia da ira do Senhor; 2:Ameaças contra os filisteus; 2.8:Ameaças contra Moabe e Amom; 2.12:Ameaças contra a Etiópia e a Assíria; 3:Ameaças contra Jerusalém; 3.8:A salvação da filha de Jerusalém.
Ageu
DESTAQUES: profeta Ageu, governador Salatiel e governador Zorobabel.
TEMAS: reconstrução da Casa do Senhor dos Exércitos em Jerusalém, repetição da metáfora da videira, simbolizando o povo.
CURIOSIDADES: O livro inicia registrando que o profeta Ageu recebeu a palavra de Senhor no segundo ano do reinado de Dario (da Pérsia) e que Salatiel era à época governador de Judá que era subordinada à Pérsia. Há convergência desse ocorrido com o livro de Esdras, onde esta profecia de Ageu é citada no capítulo 5 daquele livro. Em resumo trata-se de orientação de Deus para que os anistiados reconstruíssem o templo Casa do Senhor. A quinta visão metafórica dispensa interpretações, pois explica do que se trata, sendo relativa ao governo de Zorobabel.
SUBTÍTULOS: 1:Ageu exorta o povo a reedificar o templo; 1.12:O povo atende ao Senhor; 2:A glória do segundo templo; 2.10:Repreendida a infidelidade do povo; 2.20:A promessa de Zorobabel.
Zacarias
DESTAQUES: profeta Zacarias, governador Zorobabel, o sumo sacerdote Josué,
TEMAS: visões do profeta, restauração de Jerusalém, jejum, causas humanitárias, parábolas explicadas.
CURIOSIDADES: Semelhante ao livro de Ageu, este inicia registrando que o profeta Zacarias recebeu a palavra de Senhor, também, no segundo ano do reinado de Dario (da Pérsia). Se destacam enumeradamente oito visões de Zacarias. Na quarta visão, capítulo 3, é citado Satanás estando "à mão direita do Anjo do Senhor, para se lhe opor". O livro não registra qual seria essa oposição, somente diz que o Senhor o repreendeu. Na quinta visão afirma-se que no governo de Zorobabel Jerusalém será completamente reconstruída. O quarto mês do ano se chamava quisleu. Os sacerdotes perguntaram ao senhor se deviam continuar a fazer jejum e o Senhor respondeu com perguntas retóricas, indicando que tal jejum não seria para Ele. Apesar da idolatria à outros Deus ter sido citada tantas e repetidas vezes como a causa da queda do povo de Jerusalém , neste livro acrescenta-se a desobediência as ordens: Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e misericórdia, cada um a seu irmão; não oprimas a viúva, o órfão, o estrangeiro, o pobre, nem intente o mal contra o seu próximo (causas humanitárias citada com raridade). Ao que indica essas orientações se restringiriam ao povo de Israel, uma vez que na história, para os demais povos, o Senhor guiava o ataque, conforme pode ser observado, em especial no livro de Josué. Em 9.9 o Senhor anuncia por meio de Zacarias que, para Jerusalém e Sião, virá um certo rei que será justo, salvador e humilde e virá montado num jumentinho, trará paz às nações e dominará de mar a mar e desde o Eufrates até às extremidades daquela terra e prossegue o senhor que destruiria os carros e cavalos e arcos de guerra de Efraim. A parábola do bom pastor é uma metáfora sobre a relação de Judá e Israel na época quando ora eram unidos, ora separados. O livro é encerrado com a ameaças do Senhor que lançará pragas sobre as nações que não comparecerem à festa dos Tabernáculos em Jerusalém.
SUBTÍTULOS: 1:Exortação ao arrependimento; 1.7:A primeira visão: os cavalos; 1.18:A segunda visão: os quatro chifres e os quatro ferreiros; A terceira visão: Jerusalém é medida; 2.6:Israel é exortado à voltar para Sião; 3:A quarta visão: o sumo sacerdote Josué; 4:A quinta visão: o candelabro de ouro entre duas oliveiras; 5:A sexta visão: o rolo voante; 5.5:A sétima visão: a mulher e o efa; 6:A oitava visão: os quatro carros; 6.9:A coroação de Josué. O Renovo; 7:O jejum que não agrada a Deus; 7.8:A desobediência foi a causa do cativeiro; 8:Sião restaurada; 9:O castigo de diversos povos; 9.9:O Rei vem de Sião; 10:Deus abençoa Judá e Israel; 11.4:A parábola do bom pastor; 11.5:A parábola do pastor insensato; 12:A salvação de Jerusalém; 12.10:O arrependimento dos habitantes de Jerusalém; 13:Eliminados os ídolos e os falsos profetas; 13.7:Ferido o pastor de Deus; 14:O juízo sobre Jerusalém e seus opressores; 14.16:A glória futura da cidade de Deus.
Malaquias
DESTAQUES: Jacó, sacerdotes.
TEMAS: reclamações ao sacerdócio.
CURIOSIDADES: Não se registra diretamente nesse livro em que época viveu Malaquias ou à que época refere-se as suas palavras a única referência que se pode afirmar é que foi antes do profeta Elias, já que uma das promessas registradas (em 4.5) é a vinda de tal profeta. Elias viveu nas épocas do rei Acazias e Jorão, de Israel e Josafá e Jeorão, reis de Judá, porém antes da queda e posterior reconstrução de Jerusalém. Malaquias teria vivido, então, no reinado de Acabe, de Israel e Asa, de Judá, ou anterior à esses. Como os últimos livros dos profetas, a maioria da narrativa é direta de palavras do Senhor que inicia afirmando sua preferência por Jacó sobre seu irmão Esaú em época anterior. Vale relembrar que Jacó, com o apoio da mãe, enganou o próprio pai Isaque, se fazendo passar por Esaú. Jacó também enriqueceu enganando o sogro que lhe deu abrigo quando era foragido e lhe deu a esposa. Vale também citar, que não há registro de qualquer procedimento questionável de Esaú contra sua família, mas é importante registrar que quando ele reencontrou o irmão Jacó, apesar de forte guerreiro, nada lhe fez de mal e simplesmente o abraçou emocionado e chorou. Ainda no primeiro capítulo o Senhor condena que destruirá Edom ainda que ela seja reconstruída e dá-lhe o nome composto de: "Povo-Contra-Quem-O-Senhor-Está-Irado-Para-Sempre" (vale registrar que Edom havia se rebelado contra Judá conforme Reis II 8.20, na época do rei Jeorão). E encerra o capítulo exaltando a própria grandeza "fora dos limites de Israel". O segundo subtítulo trata de queixa do Senhor sobre as ofertas de má qualidade: pão imundo, animal cego, coxo, dilacerado ou enfermo que são oferecidos como sacrifício; isso é visto como profanação e como enganação. O Senhor afirma que lançará os próprios excrementos daqueles animais nos rostos dos sacerdotes. O subtítulo de 2.10 diz se tratar de "infidelidade conjugal", porém observando o texto e outras ocasiões em que Deus comparou o seu povo como uma relação conjugal com Ele, na verdade as afirmações podem ser vistas como referência da infidelidade do povo de Israel para com Deus considerando esta relação desde a "mocidade", ou inicio das gerações a partir de Abraão, talvez. Um subtítulo é dedicado a reclamação contra o roubo dos dízimos e ofertas. O subtítulo de 3.13 reitera o entendimento de que o termo "justo" é aplicado àquele que "temia", o que servia e que se subordinava somente à Deus e o "perverso" é classificado como o que não serve àquele Deus, diferenciando assim do entendimento amplo de justiça, imparcial e independente de crença religiosa ou divina e diferenciando do entendimento de maldade que poderia ser, guerrear, tomar terras, matar homens, mulheres e crianças de peito, matar animais em sacrifício, etc. Conforme dito, em 4.5 o Senhor afirma que enviará o profeta Elias para converter o coração do povo, visando evitar que o próprio Senhor venha e fira àquela terra com maldição, mas ao que indica a história isso não funcionou, pois muitas maldições incluindo a queda da Samaria e destruição de Jerusalém ocorreram depois de Malaquias e depois de Elias.
SUBTÍTULOS: 1:O amor do Senhor por Jacó; 1.6:O Senhor reprova os sacerdotes; 2:O castigo dos sacerdotes; 2.10:Advertência contra a infidelidade conjugal; 2.17:A vida do Senhor precedida pelo seu Anjo; 3.6:O roubo no tocante aos dízimos e às ofertas; 3.13:A diferença entre o justo e o perverso; 4:O sol da justiça e seu precursor.
NOVO TESTAMENTO
Evangelho de Mateus
DESTAQUES: José, Maria, Jesus, rei Herodes da Judéia, rei Arquelau da Judéia, João Batista, discípulos, fariseus,
TEMAS: Nascimento de Jesus, Citação de profecias, infanticídio, orientações oníricas divinas, incompatibilidade nas alusões proféticas, batizmo, aparição do "espírito de Deus", pomba, voz do céu, contradições no Sermão, bondade, coerência ideológica, mudanças nas Leis de Moisés, endemoniados, espíritos nos porcos, metáforas, parábolas, raciocínio lógico, argumentação lógica, recompensas incógnitas, perdoar, amor ao inimigo, reino dos céus, reaparição de Moisés e Elias, curas, milagres, profecias, ressurreição, Escrituras.
CURIOSIDADES: O livro não registra diretamente e numericamente a época dessa história, mas em 2.22 registra-se que ocorreu nos dias do rei Herodes e posteriormente nos dias do rei Arquelau, ambos reis da Judéia. Como esses reis não fazem parte da seqüência dos reis de Israel e Judá contados nos demais livros, entende-se que esses reis são posteriores à reconstrução de Jerusalém o que inclusive levou a criação da Judéia, terra também não citadas nos livros anteriores. Não há registros das origens e formação de Herodes neste livro. Jesus nasceu em Belém, uma cidade próxima à Jerusalém, ambas nas terras da Judéia. Outra indicação de época posterior é a genealogia citada no primeiro capítulo, pois ela registra a sucessão dos reis e até dos governadores de Jerusalém após o cativeiro. Jesus não era filho biológico de José, pois antes daquele coabitar com ela, ela ficou grávida do Espírito Santo conforme afirmado em 1.18, logo não há genealogia paterna de Jesus entre os homens, então o primeiro capítulo descreve a genealogia de José, marido de Maria, a mãe de Jesus. José era descendente de Perez, o filho que Judá teve com sua nora que se disfarçou de meretriz para ter relações com o sogro e gerar descendência, conforme contado em Gênesis 38. Depois daqueles, ainda na genealogia de José esteve Raabe, a prostituta que ajudou a Josué invadir Jericó conforme contado em Josué 6. De Abraão, depois Isaque, Jacó e Judá, chegando a Rute depois Davi, os demais ascendentes seqüenciais de José passam pelos reis de Judá e governadores de Jerusalém e outros da época e retorno do cativeiro. O livro não descreve a genealogia de Maria, bem como não descreve suas origens e formação. José já era esposo de Maria quando ela surgiu grávida, então ele intentou deixá-la, mas em sonho um anjo do Senhor orientou que ele não há deixasse e como afirma-se que ele era "justo", termo aplicado a quem era "temente ao Deus de Israel", ele não a deixou. Em 1.25 diz-se que José não conheceu Maria enquanto ela não deu a luz a Jesus, levando a endender que ele era esposo mas ainda não a havia recebido ou que o termo "conheceu" seria um sinônimo de coabitar, ter relações íntimas sexuais. Em 1.22 afirma-se que o nascimento de Jesus se fez para cumprir uma profecia, citando um trecho do nascimento de um certo Emanuel. Apesar deste livro não registrar de qual profeta se trata, observa-se que em Isaías 7.14 há o mesmo trecho sobre um Emanuel, contudo aquele registro refere-se a um sinal de quando ocorreria a devastação das terras pela Assíria (Isaías 8) que aconteceria antes que aquela criança soubesse "desprezar o mal e escolher o bem". Vale observar que muitos reis vieram depois dessa profecia e que dentre eles veio o rei Ezequias que derrotou os Assírios com a ajuda do Senhor (Reis II 19.35). Mas, uma vez defendendo que a profecia referia-se à Jesus, ainda assim o livro não explica porque não foi dado o nome de Emanuel, ao filho de Maria, já que esse era o nome que a profecia orientava. No segundo capítulo registra-se que uns magos (não se registra quantos) do Oriente vieram a Jerusalém perguntar "onde estava o recém nascido Rei dos Judeus", mas o livro não explica como eles souberam de algum nascimento e porque eles o chamavam de Rei dos Judeus, apenas registra-se que eles viram uma estrela que seria do recém-nascido, mas também não se explica tal estrela. Afirma-se que tal fato "alarmou" o rei Herodes e Jerusalém. Em 2.4 Jesus ganha, também o nome de Cristo. Herodes convoca os sacerdotes para prestar a informação aos Magos e eles dizem que Jesus havia nascido em Belém conforme uma profecia que tem seu trecho citado em 2.6. Esta versão da Bíblia não indica qual o profeta teria dito as palavras, porém na versão "Ave Maria" aponta-se para Miquéias 5.2 onde se constata de fato trecho semelhante, porém naquele capítulo diz-se que o que sairá de Belém iria reinar em Israel e lutaria e venceria os Assírios. Miquéias foi contemporâneo ao profeta Isaías sendo que na época deles, conforme já dito veio vários reis, incluindo Ezequias que era considerado reto perante o senhor e, também conforme já dito, venceu os Assírios com ajuda do Anjo do Senhor, como pode ser lido em Reis II 19.35. Depois disso não há mais registros de confronto contra os Assírios. Herodes informou os magos onde nascera o menino e pediu aos magos quando encontrá-lo, avisarem a ele para que também o fosse adorá-lo, mas os magos avisados por sonho divino não fazem isso e depois de visitar Jesus vão embora, enfurecendo assim o rei Herodes que então manda matar todos os meninos abaixo de 2 anos de Belém e arredores. Não está explícito os motivos de Herodes mandar matar as crianças: ou porque foi iludido pelos magos ou porque o seu trono poderia estar ameaçado por Jesus que os magos chamaram de Rei. Mais uma profecia é citada quanto ao episódio da matança e dessa vez é diretamente atribuída à Jeremias. O trecho apontado é o 31.15. Mas vale registrar que este trecho é parte de um capítulo e um grande discurso do Senhor contextualizado acerca da promessa de resgatar o povo de Israel do exílio e reedificar Jerusalém, ou seja, um "lamento transformado em júbilo" como esta definido o subtítulo no livro de Jeremias que viveu na época da queda Jerusalém e exílio do seu povo. Antes de Herodes ordenar a matança, José é orientado a fugir para o Egito com sua mulher e o menino. Para este episódio é aludida mais uma profecia, uma breve frase atribuída à Oséias em 11.1. "Do Egito chamei o meu filho". Mas é importante observar que ao ler no livro de Oséias o parágrafo completo e sua continuidade, tem-se: "Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho. Quanto mais eu os chamava, tanto mais se iam da minha presença." O contexto daquele capítulo refere-se ao afastamento de Deus pelo povo de Israel desde que o Senhor os tirou do Egito e prossegue falando dos seus desvios, subordinação à Assíria (que tomou a Samaria e levou os isarelitas cativos), etc. Oséias foi contemporâneo a época da queda da Samaria e contemporâneo também aos outros profetas citados nesse livro. Após a morte de Herodes, em sonho José foi orientado à retornar a terra de Israel (que era a Judéia na época) com sua família, mas ao voltar ficou receoso do rei Arquelau filho de Herodes e novamente por sonho foi orientado a ir para a cidade de Nazaré na Galiléia. Afirma-se que essa esse fato ocorreu para cumprir mais uma profecia dos profetas, não citando o profeta, citando apenas o trecho "Ele será chamado Nazareno". Não se encontra esta frase em nenhum livro dos profetas da Bíblia (esta mesma afirmação é feita na versão "Ave Maria" 1993, ed.74). Sem anunciação surge entra em cena João Batista (o primeiro nome com sobrenome da Bíblia) pregando no deserto da Judéia. Não se explica o que quer dizer a frase pronunciada: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" e a justificativa para esta frase é citada como um trecho de uma profecia de Isaías (está em Isaías 40.3) o trecho está junto de capítulos sobre a época do rei Ezequias e num contexto antes da queda e reconstrução de Jerusalém, sem apontamento da época certa que ressurgiria o Senhor perante os israelitas. Vale lembrar que depois de Ezequias existiram outros reis de Judá e outras manifestações do Senhor, como no reinado de Josias, por meio da profetiza Hulda. Batizando seguidores nas águas do rio Jordão, dentre aquelas, João Batista dá bronca nos fariseus e saduceus (judeus hipócritas e contaminados por outras crenças). Não se explica nesse livro o que significa o que é batizmo e o que ele significava. Eis que, também, Jesus comparece àquela cerimônia e pede que João Batista o batize. João hesita e diz que Jesus é que deveria batizá-lo mas acaba por atender o pedido e então ao concluir os céus se abrem e afirma-se que o "Espírito de Deus" desce como pomba sobre Jesus e uma voz do céu diz: "Este é o meu filho amado, em quem me comprazo". Não se registra qual a idade de Jesus nessa reaparição súbita depois da sua época de menino fugindo com os pais para o Egito, mas ao que tudo indica já era adulto no batizmo. Depois do batizmo afirma-se que Jesus foi levado ao deserto pelo "Espírito" (de Deus?) para ser tentado pelo diabo (o mal) que na resposta de Jesus em 4.10, se tratava de Satanás (aquele que dentre os anjos do Senhor, Ele o orientou a testar a dedicação de Jó). O teste que Satanás aplicou a Jesus foi: sugerir que ele transformasse pedra em pão, pular da torre do templo para que os anjos o aparasse, e pedir que ele o adorasse em troca de receber todas os reinos do mundo. Ao que indica, Jesus tinha conhecimento das escrituras do velho testamento, pois declinou de todas as propostas de Satanás justificando com frases daqueles livros. Para o primeiro teste, não citou o livro mas uma frase que pode ser ver em Deuteronômio 8.3, quando naquele tempo o autor cita que o Senhor deixou o povo passar fome no deserto e lhe deu maná, para assim saberem que "nem só de pão viverá o homem, mas de tudo que procede da boca do Senhor". Para a segunda prova, Satanás cita trecho de Salmos 91.11 (na versão "Ave Maria" este mesmo salmo é o 90 - por que?) e Jesus responde citando Deuteronômio 6.16 que diz "Não tentarás o Senhor teu Deus". Aquele trecho de Deuteronômio remete ao outro episódio de Êxodo 17.7 quando a frase se atribuía a ocorrência de que o povo passava sede e pede água à Moisés, que fere a rocha (primeira vez) para tirá-la, então o autor afirma que por aquele motivo o povo teria dito:"Está o Senhor no meio de nós ou não?". E para a última prova, não há trecho semelhante nesse livros ao citado por Jesus; o que mais se aproxima e afirmado pela versão "Ave Maria" é o que está no capítulo 6 de Deuteronômio versículo 13 que diz: "O Senhor, teu Deus temerás, a ele servirás, e, pelo seu nome, jurarás." E a frase citado neste evangelho de Mateus é: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto". Não se registra porque João Batista fora preso e por isso Jesus volta para a Galiléia mas sai da cidade de Nazaré e vai para a cidade de Cafarnaum e a este fato afirma-se que era para cumprir profecia de Isaías, não citando o trecho, mas tal pode-se observar em Isaías 9.1 que afirma sobre o governo que estaria sobre os ombros de um certo Príncipe da Paz, num contexto que vem depois da invasão de Judá pelos assírios e prossegue com profecias contra a assíria, babilônia e demais, conforme já descrito. Sem muito explicar Jesus convida pescadores que aceitam seguí-lo para "pescar homens" em vez de peixes. E percorrendo a Galiléia, Jesus ensinava em sinagogas, pregava "o evangelho do reino" (não se explica que evangelho era esse) e curava; correndo sua fama por toda Síria, Judéia, Decápolis e Jerusalém, uma multidão passou a seguí-lo. Registra-se que o popular sermão de Jesus foi sobre um monte o que não quer dizer exatamente que se tratava de uma "montanha" e também que ele fora proferido aos discípulos. O sermão inicia por nove afirmações iniciadas pelo termo: "Bem-aventurados...". O livro não registra maiores aprofundamentos sobre o significado das afirmações deixando assim abertura para interpretações. Sendo assim, ficam as questões sobre qual seria o significado exato que Jesus teria dado aos termos: "humildes de espírito", "mansos", "limpos de coração". Esta parte do sermão, ainda, está em tom de profecia, logo ficam as questões sobre qual terra herdariam os mansos, em que tempo seriam fartos os que tem sede de justiça e em que tempo os misericordiosos alcançariam a misericórdia. Em 5.12 Jesus registra que a recompensa (galardão) aos discípulos e grande e estaria nos céus. Apesar demonstrar conhecimento sobre as escrituras do velho testamento, onde a ordem divina era derrotar e dizimar os habitantes de Canaã e ocupar a terra, Jesus parece trazer uma nova ordem, pois lança afirmações que não eram comuns àqueles tempos; disse Jesus: "Bem-aventurados os mansos...", "Bem-aventurados os pacificadores...". Jesus afirma em 5.17 que não veio revogar "a Lei" e sim veio para cumprir, porém orienta ações contrárias as leis de "olho por olho e dente por dente"(5.38) e de "Amarás o teu próximo" e "odiarás o teu inimigo"(5.43) que ele mesmo cita, dando à elas orientações pacíficas. Observa-se ainda que não há registro dessa segunda lei (odiarás o teu inimigo) como lei descrita diretamente como tal nos livros do Velho Testamento, apesar de se observar que era uma conduta comum. Quanto a lei de "olho por olho..." esta consta em Êxodo 21.24. Em 5.21 registra que Jesus afirma que foi dito aos antigos que "quem matar estará sujeito a julgamento", porém conforme pode ser lido em Êxodo 21.12, o que foi dito aos antigos, pelo menos no que se refere as leis ditadas por Deus à Moisés, foi: "Quem ferir ao outro, de modo que ele morra, também será morto". A menos que Jesus não esteja se referindo somente àquelas leis de Moisés, até porque este livro não descreve de modo explícito e direto de que leis se referia Jesus. Em 5.17 Jesus afirma que "até que o céu e a terra passem nem um i nem um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra"; mas o livro não explica qual o significado do verbo "passar" nessas afirmações. Em 5.23 Jesus cita ofertas ao altar, prática instruída nas leis recebidas por Moisés. Jesus orienta a não resistência e a ceder mais do que venha a ser "tomado de assalto" e ainda orienta a amar o inimigo, justificando que não há recompensa em amar os que te amam. Jesus registra que já teriam recebido recompensa os que davam esmolas e alardeavam para serem glorificados pelos homens, e os que dessem esmolas em secreto seriam recompensados pelo Pai (Deus). Da mesma forma, Jesus cita o ato de orar e o ato de jejuar e, como aqueles outros, chama de hipócritas os que o fazem com alarde e exibicionismo. Em 6.7 Jesus orienta não usar repetições nas orações e em 6.9 ensina uma oração sem registro de título, mas que é conhecida popularmente como "Pai Nosso". Em 6.19 Jesus orienta a não acumular tesouros na terra onde estão expostos a perecer, mas sim no céu onde estarão protegidos da deterioração e roubo e conclui que onde está o tesouro está o coração; se não se tomar tais colocações em sentido literal, a menos que houvesse uma maneira de levar tesouros materiais ao céu, então uma leitura permitida seria o entendimento como metáfora gerando a interpretação de que se trata de uma analogia em que os "sentimentos do coração" seriam tesouros. Em 6.22 Jesus fala que os olhos representariam quando se é bom e mal, mas não descreve os conceitos do que é bom ou mal; até este momento, a dedução possível sobre o que Ele falou, o mal é: a hipocrisia em dar esmolas e em orar e em jejuar, o adultério, irar contra o irmão, juramentos; e o bem é: não resistir a agressão ("dando a outra face"), amar inclusive o inimigo, exercer justiça diante os homens. A motivação para se fazer o bem segundo Jesus é uma recompensa (galardão) que será dada pelo "Pai celeste", porém não se registra do que se trataria esta recompensa. Em 6.24 Jesus afirma que há incompatibilidade em servir a Deus e às riquezas, fazendo analogia com dois senhores, explica que a atenção dada um levaria a falta de atenção ao outro. As palavras de Jesus apresentam sutis e indiretas críticas que podem ser entendidas como: a justiça dos escribas e fariseus da época não era completa (5.20) e os homens a quem ele falava tinham pequena fé (6.30) e eram maus (7.11), as pessoas que não o seguiam eram como mortas (8.22). No capítulo 7 Jesus narra uma metáfora de argueiro e trave e por ser metáfora, é possível interpretações variadas, mas em comum pode-se afirmar que se resume no fato de que para observar, apontar e alterar um "evento" sobre uma pessoa, é preciso observar e alterar "evento" da mesma natureza, porém de maior proporção, que ocorra em você próprio. Não há no livro registro de explicação da metáfora dos cães, pérolas e porcos (7.6) que permita uma interpretação assertiva. Em 7.7 Jesus afirma que tudo que se pede se receberá e em pergunta retórica diz que se os homens, que são maus, dão boas dádivas aos seus filhos," não daria o Pai coisas boas?" e pergunta também se o filho pede peixe o pai daria serpente?; porém vale lembrar que em Números 21.5, na época da peregrinação no deserto, os israelitas reclamaram pão e água à Deus e Moisés e "então, o Senhor mandou entre o povo serpentes abrasadoras que mordiam o povo e morreram muitos do povo de Israel". Analisando pela comparação dessas atitudes, o Pai que Jesus cita não seria o mesmo Senhor Deus citado no velho testamento e em especial em Números. A metáfora dos cães e "pérolas aos porcos" não é explicada, mas poderia ser em relação a dizer coisas importantes a quem não se importa. Em 7.12 Jesus afirma: "Tudo quanto pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também à eles porque esta é a Lei e os Profetas" Uma vez que não há registro desta lei nos livros do Velho Testamento, o que se pode concluir é que se trata de uma determinação de Jesus para que ela seja considerada como a "Lei e os Profetas". Ainda sobre esta lei, considerando que existem muitos homens que querem e gostam de coisas que outros não querem e não gostam, seria necessário um acréscimo da seguinte forma: ...fazei-o vós também à eles, "se eles desejarem". Nessa versão foi dado o subtítulo "As duas estradas" para os versículos 13 e 14 do capítulo 7, porém os trechos falam da metáfora de duas portas. A metáfora da construção das casas em 7.24-27 demonstra o contraponto entre teoria e prática, relatando a fragilidade da teoria perante a solidez da prática realizada. Pelo fruto da árvore se identifica se ela é boa o má; está metáfora é atribuída por Jesus na identificação de falsos profetas, uma lógica de se conhecer a causa pelo efeito. Ao final do sermão do monte inicia-se descrição de feitos sobre-humanos e milagrosos de Jesus sendo um quando ele curou um leproso apenas tocando-lhe a mão e depois orientou que ele fosse se mostrar ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou (8.4); o livro não registra exatamente qual e como seria tal oferta, mas vale recapitular que em Levítico 7.11-21, há orientação de Moisés sobre oferta por "ação de graças" que indica ofertar em altar ao Senhor, bolos, pães e carne de animal sacrificado ou ainda tem-se todo o capítulo 14 de Levítico sobre ofertas semelhantes de um leproso sarado. Jesus se admira com a fé de um centurião que pediu que ele apenas mandasse a palavra de cura sobre seu servo para curá-lo e diz que nem em Israel (povo israelita) encontrou fé igual. Mais uma vez é citado diretamente o profeta Isaías em 8.17, mas vale observar que o trecho citado refere-se em semelhança a Isaías 53.4 e que, apesar de simbólico, faz parte de um contexto sobre a situação de Jerusalém após a sua queda e antes da reconstrução. Como fazia Jonas na sua história, Jesus também dormia tranqüilamente num barco enquanto ocorria uma tempestade no mar, até que ele é acordado e acalma todo o tempo demonstrando mais um poder. Jesus cura endemoniados lhes expelindo os espíritos, dando o subentendimento de que existem espíritos e que eles tomavam posses das pessoas e eles eram furiosos (8.28). Em 8.29 os espíritos nas pessoas desafiam Jesus a expulsá-los e os transferirem aos porcos que por perto pastavam, então Jesus faz isso e os porcos endoidecidos caem no mar e lá morrem; portanto os porqueiros vão a cidade e depois de contarem este fato, a cidade toda pede a Jesus que se retire da terra deles (cabe deduzir que seria por causa da perda dos porcos). Em 9.9 Mateus é citado como sendo convocado por Jesus a seguí-lo. Questionado por comer com pecadores (não se registra quais pecados), Jesus faz uma metáfora dizendo que os sãos não precisam de médico e sim os doentes e justifica com mais uma citação do Velho Testamento não informada na escritura, mas que pode ser identificada como sendo Oséias 6.6, naquele registro e contexto registra-se a insatisfação de Deus com a prostituição do seu povo sob outros deuses e a frase e clama pelo seu reconhecimento novamente com a frase completa: "Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus mais do que holocaustos". Contudo observa-se que a Ezequiel, profeta posterior a Oséias, permanece a orientação de sacrifícios como pode ser lido em Ezequiel 43.18. Apesar das compatibilidades questionáveis de algumas citações, deve-se observar que Jesus as aplicou todas por motivos pacíficos e de ajuda entre os homens. [Este evangelho apresenta trechos entre colchetes, aparentemente não constante no texto original, mas como breves notas de referência]. A metáfora dos remendos novos em vestes velhas pode representar que o jejum seria como "remendos novos" aos pecadores (fariseus e outros), o que Jesus aparentemente não aprovava, por isso eles não jejuavam (9.14-17). Em 9.26 registra-se que correu a fama da ocorrência com a filha do chefe, apesar de Jesus ter apenas dito que ela estava dormindo. Por que Jesus curou os cegos e pediu para que eles ninguém soubesse? No capítulo 10 registra-se que Jesus deu autoridade de cura aos seus doze discípulos (curiosamente o mesmo número de tribos de israel) e os orienta a procurar "as ovelhas perdidas de Israel", evitando os gentios e cidade de samaritanos e o que fizerem, farão de graça, porque "de graça receberam"; e para as cidades que não forem recebidos, promete Jesus que haverá mais rigor do que para Sodoma e Gomorra (Gênesis 19.24). Em 10.33, ainda orientando os discípulos, Jesus afirma que aquele que o negar diante dos homens, ele o negará diante do Pai que está nos céus e em 10 .34-38 disse que em vez de paz veio trazer espada e que os inimigos estariam dentro da própria casa e quem perder a vida por causa dele achá-la-á e todos receberiam a recompensa correspondente, mas não registra-se que recompensa seria esta. Em 11.6 Jesus diz: "Bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço". Em 11.10 Jesus cita trecho semelhante ao trecho 3.1 de Malaquias sobre o envio de um mensageiro, mas em seguida confirma que Elias é que viria, conforme está, de fato, em Malaquias 4.5. Em 11.13 Jesus afirma que os Profetas e a Lei profetizaram até João (Batista) logo levando a pressuposição de que nenhuma profecia tenha predito o próprio Jesus. No versículo seguinte (11.14)Jesus afirma que João era Elias que estava para vir, o que deixa um fenômeno complexo a ser desvendado, pois Elias não teria morrido, pois foi levado por um redemoinho (Reis II 2.11) e João Batista nasceu de uma mulher, como afirma Jesus em 11.11. Jesus cita um certo "Dia do Juízo" mas não dá detalhes do que se trata, apenas reitera que naquelas cidades que se operaram milagres e elas não se "arrependeram", mais rigor no dia do juízo cairá sobre elas do que para Sodoma além de Tiro e Sidom também citadas; o livro não registra direta e explicitamente do que aquelas cidades deveriam se "arrepender" (ao que tudo indica se trata de se converter a pregação de Jesus e dos discípulos)(11.20-24). Segundo o autor, Jesus se auto declara manso e humilde e como em função de juiz (tal como era a terra de Israel antes dos reis) chama o povo ao seu jugo, declarando ser ele suave e seu fardo leve como está em 11.30. No capítulo 12. os fariseus questionam o fato dos discípulos colherem milho para se alimentar no dia de sábado, que conforme visto, segundo a lei recebida por Moisés, tratava-se de uma dia que se deveria guardar, porém Jesus se declara maior que o templo e o próprio senhor do sábado, fazendo entender assim que teria autoridade para liberar aquela colheita. Para justificar esta decisão, Jesus cita que estaria escrito que Davi e seus companheiros teriam entrado na Casa de Deus e teriam comido pães e também que estaria escrito na Lei que os sacerdotes violavam o sábado e ficavam sem culpa. De fato a afirmação sobre Davi consta no capítulo I de Samuel I. Quanto aos sacerdotes, não foi encontrado, a não ser que Jesus se referia aos filhos de Samuel que não verdade são culpados e amaldiçoados por Deus como conta o capítulo 8 de Samuel I. Nessa mesma ocorrência, mais uma vez Jesus repete a citação "Misericórdia quero e não sacrifícios". Naquele mesmo sábado, Jesus também cura a mão de um homem e afirma que isto era lícito como também salvar uma ovelha de um buraco num sábado. Importante registrar que a ordem do Senhor dita a Moisés sobre o sábado que consta em Êxodo 31.15 é: "...qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá". E talvez por isso, logo depois da cura da mão, o livro registra que os fariseus começaram a conspirar sobre como tirar a vida de Jesus. Jesus cura outros e novamente pede que não expusessem à publicidade, segundo o autor seria para se cumprir a profecia de Isaías (42.1-4) conforme está escrito em 12.16-21. Em 12.24 novamente os fariseus acusam que Jesus seria um demônio que expele demônios, desta vez citando um certo Belzebu, que seria o maioral dos demônios e então Jesus argumenta um raciocínio lógico para replicar aquela afirmação; Em resumo Jesus diz que se estivesse expelindo demônios em nome de Belzebu, estaria provocando a própria ruína do reino de Belzebu, o que seria um antagonismo e baseado nesta lógica reitera que expulsa demônios pelo Espírito de Deus. Em 12.36-37 Jesus dá forte relevância "as palavras" que podem condenar. Em 12.40-41 Jesus cita brevemente a história de Jonas fazendo comparação da sua vinda com a vinda dele que foi como um sinal para os Ninivitas (Jonas 3.2-4) e Jesus sendo um sinal para avisar aquela geração; ainda nesse trecho Jesus sita uma certa "rainha do Sul" que condenaria aquela geração e seria a mesma rainha que veio ouvir a sabedoria de Salomão (o registro de uma rainha que veio ouvir a sabedoria de Salomão consta no capítulo 10 de Reis I e se refere a rainha de Sabá) . Conforme 12.46 Jesus tinha irmãos, mas afirma ainda que qualquer que fizer a vontade do Pai celeste era considerado seu irmão, irmã e mãe. A parábola do semeador no capítulo 13 é explicada aos discípulos, mas antes, respondendo à eles porque falava ao povo por parábolas, Jesus cita uma ordem que o Senhor havia dado à Isaías (Isaías 6.9-10) que resumia-se em tirar do povo da sua época a função dos sentidos de ouvir ver e sentir no coração até que fossem salvos; mas porque então falar ao povo se eles não entendiam? Segundo o autor, em 13.35 Jesus falava por parábolas para que se cumprisse o que foi dito por intermédio do profeta, o que pela versão da bíblia "Ave Maria" seria o trecho do versículo 2 Salmo 77 (na versão João Ferreira, Salmo 78); porém tal salmo foi escrito por Asafe, um sacerdote do reinado de Davi que não chegou a ser identificado como profeta no Velho Testamento. Ao que parece, até os próprios discípulos não entendiam todas as parábolas, pois pediram explicação da parábola do joio conforme afirmado em 13.36. O livro não registra questionamentos do povo sobre as palavras de Jesus. As parábolas sobre o reino dos céus não são explicadas, mas normalmente versam sobre abandonar o coisas para ter o "reino dos céus" e que ele se torna maior e mais valioso do que aparenta. Em 13.53-58 registra-se que a cidade de Nazaré se perguntou donde via os poderes de Jesus já que ele parecia um homem comum e lhe conheciam a mãe Maria as irmãs (não cita-se os nomes) e os irmãos: Tiago, José, Simão e Judas e por isso Jesus não realizou muitos milagres naquela terra, "por causa da incredulidade do povo". No capítulo 14 registra-se o motivo da prisão de João Batista: foi porque teria dito à Herodes que não era lícito a ele possuir a mulher do seu irmão e depois a cabeça de João batista é cortada por pedido da filha de Herodias que era a tal mulher de Felipe, irmão de Herodes e a decapitação é informada à Jesus conforme afirmado em 14.12. O livro não explica como Herodes esteve nesse evento se ele havia morrido conforme o trecho 2.19 e quem tomou o seu lugar como rei foi seu filho Arquelau, tudo quando Jesus ainda era menino. Jesus multiplicou pães e peixes duas vezes: de 5 pães e 2 peixes Jesus fez multiplicação que alimentou cerca de 5 mil homens e mais mulheres e crianças e na segunda vez alimentou 4 mil com 7 pães e alguns peixinhos. Pedro também caminhou sobre as águas mas temendo a força do vento começou a afundar, então Jesus comentou "homens de pouca fé". Em 15.20 Jesus afirma que comer sem lavar as mãos não contamina o homem e isto escandalizou os fariseus que reclamavam que era uma tradição dos anciãos. Mas, mais uma vez, citando Isaías 29.13 Jesus chama os fariseus de hipócritas. Jesus aproveita a ocasião para registrar que o que contamina o homem é o que sai da boca, pois o que vem do coração são maus desígnios, tal como: homicídios, blasfêmias furtos, falsos testemunhos, etc. (15.19). O livro não explica o significado da metáfora: "Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos", que foi dita a mulher que pedia livrar sua filha endemoninhada (15.26), mas o fato é que em 15.24 Jesus registro que teria vindo somente pelo povo de israel: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" e talvez a ignorasse em princípio por ela ser estrangeira, mas ao final dá à ela a cura solicitada, de acordo com as evidências, por ela ter dito que aceitaria as "migalhas". Jesus usa o termo "fermento" para se referir a doutrina dos fariseus e saduceus e por um momento os discípulos acharam que ele estava falando de fermento de pão, tendo ele que esclarecer-lhes. Em 16.14 os discípulos dizem que o "Filho do Homem" seria João Batista, Elias, Jeremias ou outro profeta e Simão Pedro diz que Jesus é " Cristo, Filho do Deus vivo" sendo aprovado por Jesus na sua colocação, e depois registrando a Pedro que fundará uma igreja. Em 16.23 Jesus inexplicavelmente chama Pedro de Satanás e pedra de tropeço por ele não entender das coisas de Deus a respeito da morte e ressurreição que Jesus os avisara que ocorreria, isso apenas porque Pedro demonstrou piedade pedindo para que aquilo não acontecesse. E Jesus completa reiterando o paradoxo "quem perder a vida por ele acha-la-á", lançando, ainda, o termo "alma" em meio a questão retórica que diz "o que o homem aproveitará se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?". O livro não explica o termo "alma" e nem "cruz" que ele sugere os discípulos pegarem e o seguir. O capítulo 17 conta o fenômeno da aparição de Moisés e Elias conversando com Jesus que transfigurado resplandecia em luz; Jesus havia levado ao monte seus irmãos Tiago e João e também Pedro para testemunharem tal fenômeno; O diálogo não é registrado, apenas uma fala que veio de uma nuvem luminosa dizendo que "Este é meu filho amado"; diante do fenômeno os três homens caíram de bruços e quando levantaram somente viram Jesus; Descendo do monte com eles Jesus pediu que não contassem a aparição até que o "Filho do Homem ressuscitasse dos mortos" e adiante diz que este mesmo "Filho do homem há de padecer nas mãos dos homens", deixando evidências do que ocorria com ele, apesar de no diálogo com Simão, Jesus era "Filho do Deus vivo" e não "Filho do Homem". Em 17.11 Jesus afirma que Elias virá ("voltaria", pois conforme o livro Reis II 2.11 Elias foi levado aos céus num redemoinho na época do final do reinado de Acazias e não mais se falou dele até então) mas em seguida Jesus afirma também que Elias já veio e não foi reconhecido; o autor registra que os discípulos entenderam que se tratava de João Batista, mas encerra aí, não dando mais explicações de como teria ocorrido tal fenômeno de Elias voltar e ser João Batista. Também não há explicações do que se tratava aquela aparição de Moisés e Elias, especialmente quanto a Moisés que havia morrido e sepultado conforme registrado em Deuteronômio 34.5-6; seria aquela aparição o tal termo "alma" de Moisés? e quanto a Elias que nunca havia morrido? Se a conclusão dos discípulos estava certa, como Elias veio a se tornar João Batista? Apesar de Jesus ter dado autoridade aos discípulos para curar e expelir demônios, eles não estava obtendo êxito, segundo Jesus, por causa da pouca fé que tinham, conforme dito em 17.20. Jesus ainda afirma que se eles tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda, moveriam um monte de um lado para outro. Jesus pagou impostos para evitar escândalos; e pagou com dinheiro que orientou Pedro tirar da boca de um peixe. Jesus diz aos discípulos que somente tornando-se como crianças e se humilhando como aquela que ele mostrou eles entrariam no reino dos céus; porém além da característica de se "humilhar" não descreve outras das crianças que os habilitariam ao reino dos céus (cap. 18). Na parábola da ovelha perdida, Jesus ressalta um efeito psicológico de que se tem mais prazer sobre encontrar uma ovelha perdida do que sobre outras 99 que não se extraviaram e assim registra que o Pai não quer que pereça nenhum de seus pequeninos. Em 18.15-17 Jesus orienta sobre como tratar um irmão culpado: primeiro argüi-lo a sós, se não ouvir argüi-lo com uma ou duas testemunhas e se ainda não resolver submetê-lo à igreja e se a igreja não resolver, considerá-lo como gentio e publicano (deixando evidencias de que "gentio" e "publicano" eram homens a serviço do reino e não compactuantes da doutrina ou considerado irmãos dos judeus). Jesus registra que se deve perdoar um irmão exatamente 490 vezes ("70 vezes 7"-18.22). Por meio da "parábola do credor incompassivo " Jesus afirma o Pai do reino dos céus fará ao homem o que ele faz a cada um dos seus irmãos, ou seja Ele perdoará a dívida do homem se este perdoar, no íntimo, seu irmão. Falando sobre separação de marido e mulher (divórcio), Jesus cita Gênesis 2.24 e os discípulos contra argumentam com o capítulo 24 de Deuteronômio e por fim Jesus acrescenta especificidade à lei de Moisés dizendo que o homem só pode repudiar a mulher em caso de relações sexuais ilícitas, se repudiar por outro motivo e unir-se a outra, estará cometendo adultério (19.9). Jesus reitera que o reino dos céus é das criancinhas em 19.14. Em 19.18, mais uma vez Jesus apresenta alterações às leis de Moisés, dessa vez reduzindo os dez mandamentos (Êxodo 20) em apenas seis: Não matarás, Não adulterarás, Não furtarás, Não dirás falso testemunho, Honra a teu pai e a tua mãe, Amarás o teu próximo como a ti mesmo; dos originais escritos pelo próprio dedo de Deus nas tábuas, só se repetiram cinco, pois o sexto é um novo mandamento introduzido por Jesus. Em 19.29 Jesus revela que, além de muito mais, a "vida eterna" seria uma das recompensas aos discípulos e a todos que deixaram parentes e bens por causa do nome dele. Em 19.28 Jesus afirma que o futuro dos 12 discípulos seria sentar em trono para julgar as12 tribos de Israel. Na parábola dos trabalhadores da vinha, os primeiros trabalhadores reclamam de serem igualados aos últimos trabalhadores que trabalharam menos, mas o dono da vinha alega que está pagando o que foi combinado com cada um e ainda que fosse o mesmo valor, pagaria o que bem entendesse pois eram suas as coisas e com esta parábola acrescenta Jesus sobre como funciona o reino dos céus. Em 20.18 Jesus continua se auto intitulando o "Filho do Homem", apesar de, conforme já comentado, no seu diálogo com Simão Pedro aprovar que ele o teria considerado "Filho do Deus vivo". O livro não explica porque aquela denominação. Em 20.26 Jesus afirma grande é quem serve e compara a ele (Filho do Homem) que, conforme diz, não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos (as evidências que o livro apresenta para entendimento do que significa este "resgate" seria a obediência as "leis de Jesus" e devoção ao seu Pai). Apesar de Jesus não ser descendente dos homens, pois conforme 1.18 Maria ficou grávida do Espírito Santo, o próprio Jesus se auto intitulava "Filho do Homem" e não de Deus e outras pessoas também o chamavam de "Filho de Davi" e ele atendia, mas apenas José, o pai que o criou era descendente de Davi, podendo ser chamado de filho de Davi, como era o costume. Em 21.5, apesar do livro não registrar o nome do profeta nem o trecho, o autor cita texto semelhante ao lido em Zacarias 9.9. sobre um certo Rei que viria a Jerusalém montado em um jumentinho. Apesar da fonte não registrada, Jesus cita de novo Isaías, dessa vez breve trecho (Isaías 56.7) junto a um trecho de Jeremias 7.11 formando a afirmação: "A minha casa será casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores" para justificar a expulsão dos comerciantes do templo. Em 21.16 respondendo aos sacerdotes e escribas indignados pelos meninos gritarem "Hosana ao filho de Davi", Jesus pergunta se eles não leram que: "Da boca dos pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor"?; não houve resposta dos sacerdotes, mas o trecho pode ser observado em Salmos 8,2 atribuído a Davi, com diferença no fechamento e contexto, pois assim está naquele livro: "Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força,..." e prossegue "por causa dos teus adversários para fazeres emudecer o inimigo e o vingador." Interessante que mesmo o texto original dos Salmos também veio a calhar na situação, pois naquele momento os sacerdotes se comportavam como inimigos e se calaram. Teria sido a mudança do texto intencional por parte de Jesus ou se trata de uma variação na tradução? Em 21.19 Jesus amaldiçoa e seca uma figueira somente porque ela não tinha frutos naquele momento e aproveita a ocasião para responder aos discípulos que se tiverem fé e não duvidarem, eles não só fariam o mesmo a uma figueira como moveriam e lançariam um monte ao mar e tudo que pedir em oração, crendo, receberás.( A maldição seria somente para demonstração de fé ou estaria mesmo Jesus zangado com a figueira? ou seria ainda uma metáfora executada para falar sobre o discípulo ou homem que não "produz frutos"?). Em 20.23-27 Jesus lança de uma argumentação bastante estratégica e sofisticada para se pronunciar sobre a pergunta dos sacerdotes acerca da sua autoridade para estar ensinando no templo: Ele afirma a eles que se perguntá-los (aos sacerdotes) donde vinha a autoridade de João Batista para o batismo, eles não responderiam que era do céu pois assim teriam que ter acreditado e aceitado João Batista, e se respondessem que a autoridade vinha do homem, temeriam então o povo que acreditava que João Batista era um profeta. Como os sacerdotes, nessa encruzilhada, responderam que não sabiam donde vinha a autoridade de João Batista, então Jesus disse que não os responderia donde veio a sua autoridade para ensinar. Em 21.42 Jesus cita perfeitamente o trecho contido no Salmos 118.22 que versa sobre uma pedra rejeitada, analogia ao ocorrido com João Batista e até ele próprio aos olhos dos sacerdotes e fariseus. Ainda assim, conforme 21.46, os sacerdotes e fariseus que já vinham rejeitando Jesus, buscavam prendê-lo, mas desistiram por temer as multidões que o considerava profeta. Ainda tramando contra Jesus, os fariseus mandam discípulos e guardas do reino (herodianos) questioná-lo se era lícito pagar tributo, mas percebendo a malícia Jesus manda que respondam de quem é a efígie da moeda e ao responderem que era de César, ele afirma que dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Questionando Jesus sobre a ressurreição em 22.24, os saduceus citam Moisés que determina que o irmão deve tomar a esposa do irmão que faleceu; mas depois que todos morrerem, perguntaram os saduceus quem desposaria a mulher na ressurreição, já que todos foram esposo dela; Jesus responde que eles erraram não conhecendo as escrituras; porém pode-se observar que a citação deles estava de acordo com o trecho em Deuteronômio 25.5 que consta nas escrituras. Jesus responde ainda que na ressurreição não há esposas nem maridos, mas esta informação não consta nos livros do Velho Testamento (a menos que Jesus tenha citado escrituras que não foram incorporadas no conjunto atual) por isso os saduceus diziam não existi-la; e ainda cita Êxodo 3.6 para justificar que Deus é Deus de vivos e não de mortos, todavia aquele trecho fala que Deus era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, todos os três já mortos naquela época abordada pelo livro Êxodo (Esta citação de Jesus ratifica ainda que o Deus por ele abordado em todo o N.T. é o mesmo abordado no V.T.); ainda assim o autor registra que as multidões se maravilharam com o pronunciamento de Jesus nessa resposta aos saduceus. Ainda sendo interpelado pelos fariseus sobre qual seria o grande mandamento, Jesus seu mencionar as escrituras responde o que consta em Deuteronômio 6.5 (amar a Deus de todo teu coração, alma e entendimento) e complementa chamando de semelhante o citado registrado em Levítico 19.18 (amar o próximo como a ti mesmo), encerrando com a afirmação de que destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. Na sua vez de interrogar os fariseus, Jesus pergunta a eles de quem Cristo é filho e eles respondem que é de Davi, porém Jesus, mais uma vez utilizando a lógica no raciocínio, lança mão de uma obscura questão sobre a introdução do Salmo 110 afirmando que Davi teria dito naquela introdução: "Disse o Senhor ao meu Senhor.." e se ele houvera chamado meu Senhor, como o Senhor seria filho dele? Os fariseus não souberam responder e Jesus, também, não deu a resposta e o autor afirma que depois daquela ninguém ousava mais fazer perguntas a Jesus. Mas analisando o Salmo 110, verifica-se a grafia da seguinte forma: "Disse o SENHOR ao meu Senhor:...". Pelo menos nessa edição analisada, em todo o Velho Testamento, o "SENHOR" em maiúsculo se referia sempre a Deus e o "Senhor" minúsculo aos reis; conclui-se que apesar de tal salmo estar atribuído a Davi, a evidência gráfica e a continuidade textual aponta para a possibilidade de que ele tenha sido escrito por um dos seus servos (como escreveu tantos: Asafe) ou pelo próprio Davi criando um narrador que era seria seu servo, até porque o restante do salmo relata o poder de guerra demonstrado por Davi o "Senhor" apoiado pela jura do "SENHOR" Deus, conforme ocorreu de fato durante todas as batalhas de Davi; vale ainda observar que na não há registros de profecias sobre a vinda de Cristo ou outros reis, exceto Salomão, na época de Davi. O capítulo 23, em discurso aos seus discípulos e as multidões, Jesus dedicado a reiterar a hipocrisia dos fariseus e escribas que se "sentavam na cadeira de Moisés" ordenava cumprir a lei mas não o faziam, valorizando apenas as posições de destaque nas sinagogas e toda faixada; cegos, serpentes, raças de víboras e hipócritas são as classificações exclamativas que Jesus dá à eles. Demostrando desapontamento Jesus lamenta por Jesrusalém "que mata os profetas" e regista que não mais o verão até que digam: "Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!" e complementa profetizando que não restará pedra sobre pedra em Jerusalém. Os capítulos 24 e 25 são dedicados as palavras de Jesus ao responder os discípulos quando aconteceria tais coisas como as "pedras sobre pedras" (destruição de Jerusalém), também sobre sinal da vinda de Jesus e da consumação do século. Jesus profetiza que haverão conflitos, guerras entre nações e diz que todos devem se refugiar quando vier um certo "abominável da destruição" identificado, conforme ele, por Daniel (segundo a versão Ave Maria: Daniel 9.27-No texto de Daniel se trata de um Príncipe que viria 70 semanas depois da profecia de Daniel e depois da reconstrução de Jerusalém e a destruiria novamente, logo antes mesmo do nascimento de Jesus, incompatível com a profecia aqui relatada); Em 24.29-30 Jesus diz que antes da aparição do Filho do Homem que virá sobre nuvens as estrelas do firmamento cairão; a menos que se trate de uma metáfora enigmática indecifrável, entende-se uma ocorrência complexa de se conceber, pois o ato de cair está relacionado a lei da gravidade e dentre as estrelas estão também planetas e estrelas, na maioria do tamanho ou maior que o planeta Terra e se elas caírem sobre a terra, na verdade se trataria de um imenso colapso e uma imensurável colisão que a tudo e a toda a vida destruiria, ninguém ficando para ver a chegada do "Filho do Homem"; Em 24.34 Jesus afirma que não passará aquela geração da sua época sem que toda aquela sua profecia acontecesse; ele dá orientações por meio das parábolas da figueira, do bom e do mal servo, das dez virgens e dos talentos para que todos se preparem para o grande julgamento que ele explica também como ocorrerá quando ele (Filho do Homem) vier espetacularmente através das nuvens depois de todas aquelas tribulações anunciadas e por fim promete vida eterna aos "justos" e castigo eterno aos que "deixarem de fazer bem aos pequeninos". Apesar daquela geração já ter passado, não há registros na Bíblia sobre acontecimento daquela visão profetizada e da volta do "Filho do Homem", incluindo a separação das pessoas das nações ("grande julgamento") profetizados por Jesus. Conforme 26.3, definitivamente os sacerdotes e os anciões se reúnem com Caifás (o sumo sacerdote) e decidem prender Jesus por traição e depois matá-lo após a festa da páscoa para evitar tumulto (o livro não registra que traição era aquela a qual deliberaram). Em 26.6-13 uma mulher que deita bálsamo sobre a cabeça de Jesus, mas os discípulos reclamam dela alegando que o bálsamo era caro e podia ser vendido para doar dinheiro aos pobres, mas Jesus contra argumenta dizendo que os pobres permaneceriam mas ele estava se indo e o óleo serviria ao seu sepultamento e prediz que aquela mulher seria lembrada por aquele ato na pregação do evangelho (pressupõe-se que ele sabia que a sua vida seria narrada pela história adiante). Conforme 26.14, Judas Iscariotes se ofereceu aos sacerdotes para dar-lhes o que queriam. Quem era o homem que Jesus pediu a casa para a ceia da Páscoa com os discípulos? (26.18) e qual foi o hino que cantaram depois da ceia? (26.30). Citando trecho semelhante ao que pode ser lido em Zacarias 13.7 Jesus avisa que eles se dispersaram quando ele for ferido e ainda avisa que ressuscitará e irá à Galiléia, mas os discípulos afirmam que nenhum deles o negará, promessa que eles não conseguem sustentar, pelo menos nos acontecimentos logo seguintes. Conforme registrado em 26.36-46, Jesus entristeceu-se e ficou angustiado com a prisão e tratamento que ele viria a receber, chegando a orar pedindo a Deus que afastasse ele daqueles acontecimentos e o permitisse apenas se fosse a vontade de Deus; para esta oração Jesus havia levado Pedro e dois filhos de Zebedeu, mas, apesar de Jesus lhes demonstrar a angústia e falar da tristeza que sentia, ambos cochilaram durante a oração, provocando queixas e exclamações de Jesus sobre eles; não há registro de que o "Pai" tenha dado alguma resposta a oração de Jesus, até porque durante todo o livro não há registros dos pronunciamentos do "Pai" ou dos céus, a não ser quando do seu batismo e da aparição de Moisés e Elias no monte. Jesus costumava estar com os discípulos no monte das Oliveiras, mas foi preso quando orava e aguardava em outro lugar chamado Getsêmani. Em 26.54 Jesus cita que foi preso pelo apontamento de Judas para que se cumprisse as Escrituras, mas não cita de quais escrituras se trata. Levado a julgamento perante o tribunal de sacerdotes (sinédrio) e Caifás o sumo sacerdote, procuravam testemunho falso contra Jesus, sendo então que duas pessoas acusam que Jesus afirmou que destruiria o santuário e o reedificaria em apenas três dias; Jesus fica em silêncio e só se pronuncia quando Caifás lhe pergunta se ele era de fato o Cristo, filho de Deus; então Jesus responde que a partir daquele momento ele viria o Filho do Homem assentado à direita do Todo Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu, o que foi suficiente para ele ser acusado de blasfêmia e condenado à morte, depois de ser maltratado. As profecias de Jesus eram mais imediatas e diretas do que a dos antigos profetas e normalmente com referência a ele mesmo, como é o caso da sua prisão e negação de Pedro a ele. Em 27.9 o autor registra que a compra do campo do oleiro com as moedas devolvidas por Judas, arrependido, se deram para cumprir profecia de Jeremias, contudo não há trecho em Jeremias semelhante ao registrado aqui, nem sequer compra de campo de algum oleiro (a versão "Ave Maria" da Bíblia comenta esta ausência e sugere que se trataria de Zacarias 11.13) Mas mesmo em Zacarias 11.13, as três moedas não são para compra de um campo e sim pagamento de um salário. Depois de condenarem Jesus, os sacerdotes os levaram à Pilatos o governador de Jerusalém, que, entrega a decisão de soltá-lo ao povo, pois sua mulher o alertara para que ele não se envolvesse com Jesus, pois havia sonhado e sofrido a respeito de Jesus e além disso afirma-se que Pilatos sabia que Jesus havia sido entregue por inveja (27.18). Em 27.11 registra-se que Pilatos perguntou a Jesus se ele era o rei dos Judeus (provavelmente aludindo os rumores baseados nas profecias) mas Jesus não confirma, respondendo apenas: "Tu o dizes". Pilatos também se admirou do silêncio de Jesus, mas ao passar a decisão ao povo, aquele, também incitado por sacerdotes infiltrados no meio deles, decidiram por libertar o preso Barrabás, conforme permitia em época de festa, e crucificar Jesus e por isso Pilatos lavou suas mãos simbolizando e pronunciando verbalmente não se envolver com o caso, mas ao final açoitou Jesus antes de entregá-lo aos soldados, conforme 27.26. Os soldados escarneceram de Jesus com a coroa de espinhos simulando um rei e sobre a cruz de Jesus colocaram uma placa dizendo "Este é Jesus o Rei dos Judeus" uma evidenciada ironia, denominada pelo autor como a "acusação" contra Jesus(27.37). Na cruz Jesus, por duas vezes clamou:" Deus meu, porque me desamparaste" (27.46). Neste momento afirma-se que houve terremoto e muitos sepulcros se abriram e muitos corpos de santos ressuscitaram (segundo o versículo 53, aqueles mortos "dormiam" e depois da ressurreição de Jesus apareceram a muitos). José de Arimatéia pediu a Pilatos o corpo de Jesus e o sepultou depois de cobri-lo com um pano de linho (27.57-60). Os sacerdotes, chamando Jesus de embusteiro, pede a Pilatos que coloque guarda diante do sepulcro para que o corpo de Jesus não fosse retirado e depois pronunciado que ele teria ressuscitado, coisa que eles sacerdotes não acreditavam, porém um anjo do céu surge como um raio, retira a pedra e pousado sobre ela diz a Maria de Madalena e outra Maria que Jesus já havia ressuscitado. Os guardas tremeram e ficaram como mortos conforme relatado em 28.4; então as Marias saem correndo e se deparam com Jesus que as orienta contar aos outros para que o encontre na Galiléia, conforme havia profetizado. Ao contar o episódio aos sacerdotes, os guardas receberam deles grande quantia de dinheiro para espalhar que os discípulos de Jesus teriam roubado o seu corpo e segundo o autor em 28.15 esta versão divulgou-se entre os judeus até os "dias de hoje" (dias do autor), o que indica que existia difundida duas opiniões sobre o desaparecimento do corpo de Jesus da sepultura. O autor encerra registrando que, depois da ressurreição, Jesus encontrou os 11 discípulos (Judas se suicidou) em um monte na Galiléia e os orientou a fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinado-lhes a guardar todas as coisas que ele havia ordenado; e por fim em 28.20 afirma que estaria com eles até a consumação do século.
SUBTÍTULOS: 1:A genealogia de Jesus Cristo; 1.18:O nascimento de Jesus Cristo; 2:A visita dos magos; 2.16:A matança dos inocentes; 2.19:A volta do Egito; 3:A pregação de João Batista; 3.11:João da testemunho de Cristo; 3.13:O batismo de Jesus; 4:A tentação de Jesus; 4.12:Jesus volta para a Galiléia; 18:A vocação de discípulos; 4.23:Jesus prega por toda a Galiléia e cura muitos enfermos; 5:O Sermão do Monte-As bem aventuranças; 5.13:Os discípulos, o sal da terra; 5.14:Os discípulos, a luz do mundo; 5.17:Jesus não veio revogar a lei, mas cumprir; 6:A prática de justiça; 6.2:Como se deve dar esmolas; 6.5:Como se deve orar; 6.9:A oração dominical; 6.16:Como jejuar; 6.19:Os tesouros no céu; 6.22:A luz e as trevas; 6.24:Os dois senhores; 6.25:A ansiosa solicitude pela vida; 7:O juízo temerário é proibido; 7.6:Não deis o que é santo aos cães; 7.7:Jesus incita a orar; 7.13:As duas estradas; 7.15:Os falsos profetas; 7.24:Os dois fundamentos; 7.28:O fim do sermão do monte; 8:A cura de um leproso; 8.5:A cura de um criado de um centurião; 8.14:A cura da sogra de Pedro; 8.16:Muitas outras curas; 8.18:Jesus põe à prova os que querem seguí-lo; 8.23:Jesus acalma uma tempestade; 8.28:A cura de dois endemoniados gadarenos; 9.10:Jesus come com os pecadores; 9.14:Do jejum; 9.18:O pedido de um chefe; 9.19:A cura de uma mulher enferma; 9.23:A ressurreição da filha de Jairo; 9.27:A cura de dois cegos; 9.32:A cura de um mudo endemoninhado; 9.35:Jesus ia por toda parte fazendo o bem. A seara e os trabalhadores; 10:A escolha dos doze apóstolos. Os seus nomes; 10.5:As instruções para os doze; 10.16:As admoestações; 10.24:Os estímulos; 10.34:As dificuldades; 10.40:As recompensas; 11:Jesus prega nas cidades; 11.2:João envia mensageiros a Jesus; 11.7:Jesus dá testemunho de João; 11.20:Ai das cidades impenitentes; 11.25:Jesus, o Salvador dos humildes; 11.28:Vinde a mim; 12:Jesus é senhor do sábado; 12.9:O homem da mão ressequida; 12.15:Jesus se retira; 12.22:A cura de um endemoninhado cego e mudo. A blasfêmia dos fariseus. Jesus se defende. 12.33:Árvores e seus frutos; 12.38:O sinal de Jonas; 12.43:A estratégia de Satanás; 12.46:A família de Jesus; 13:A parábola do semeador; 13.24:A parábola do joio; 13.31:A parábola do grão de mostarda; 13.33:A parábola do fermento; 13.34:Por que Jesus falou por parábolas; 13.36:A explicação da parábola do joio; 13.44:A parábola do tesouro escondido; 13.45:A parábola da pérola; 13.47:A parábola da rede; 13.51:Coisas novas e velhas; 13.53:Jesus prega em Nazaré. É rejeitado pelos seus; 14:A morte de João Batista; 14.13:A primeira multiplicação de pães e peixes; 14.22:Jesus anda por sobre o mar; 14.34:Jesus em Genesaré; 15:Jesus e a tradição dos anciãos. O que contamina o homem; 15.21:A mulher cananéia; 115.29:Jesus volta para o mar da Galiléia e cura muitos enfermos; 15.32:A segunda multiplicação de pães e peixes; 16:Os fariseus e os saduceus; pedem um sinal do céu; 16.5:O fermento dos fariseus e dos saduceus; 16.13:A confissão de Pedro; 16.21:Jesus prediz a sua morte e ressurreição; 17:A transfiguração; 17.9:A vinda de Elias; 17.14:A cura de um jovem possesso; 17.22:De novo Jesus prediz sua morte de ressurreição; 17.24:Jesus paga imposto; 18:O maior no reino dos céus; 18.6:Os tropeços; 18.10:A parábola da ovelha perdida; 18.15:Como se deve tratar um irmão culpado; 18.21:Quantas vezes se deve perdoar um irmão; 18.23:A parábola do credor incompassivo; 19:Jesus atravessa o Jordão; 19.3:A questão do divórcio; 19.13:Jesus abençoa as crianças; 19.16:O jovem rico; 19.23:O perigo das riquezas; 20:A parábola dos trabalhadores na vinha; 20.17:Jesus ainda outra vez prediz sua morte e ressurreição; 20.20:O pedido da mãe de Tiago e João; 20.29:A cura de dois cegos de Jericó; 21:A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém; 21.12:A purificação do templo; 21.14:Jesus efetua curas no templo; 21.18:A figueira sem fruto; 21.23:A autoridade de Jesus e o batismo de João; 21.28:A parábola dos dois filhos; 21.33:A parábola dos lavradores maus; 22:A parábola das bodas; 22.15:A questão do tributo; 22.23:Os saduceus e a ressurreição; 23:Jesus censura os escribas e os fariseus; 23.13:Várias advertências de Jesus; 23.37:O lamento sobre Jerusalém; 24:O Sermão Profético-A destruição do templo; 24.3:O princípio das dores; 24.15:A grande tribulação; 24.29:A vinda do Filho do Homem; 24.32:A parábola da figueira. Exortada a vigilância; 24.45:A parábola do bom servo; 25:A parábola das dez virgens; 25.14:A parábola dos talentos; 25.31:O grande julgamento; 26:O plano para tirar a vida de Jesus; 26.6:Jesus ungido em Betânia; 26.14:O pacto da traição; 26.17:Os discípulos preparam a Páscoa; 26.20:O traidor é indicado; 26.26:A ceia do Senhor; 26.31:Pedro é avisado; 26.36:Jesus no Getsêmani; 26.47:Jesus é preso; 26.57:Jesus perante o Sinédrio; 26.69:Pedro nega a Jesus; 27:Jesus entregue à Pilatos; 27.3:O suicídio de Judas; 27.11:Jesus perante Pilatos; 27.27:Jesus entregue aos soldados; 27.32:Simão leva a cruz do Senhor; 27.33:A crucificação; 27.45:A morte de Jesus; 27.57:O sepultamento de Jesus; 27.62:A guarda do sepulcro; 28:A ressurreição de Jesus. Seu aparecimento às mulheres; 28.11:Os judeus subornam os guardas; 28.16:Jesus aparece aos discípulos na Galiléia; 28.18:A grande Comissão.
Evangelho de Marcos
DESTAQUES: Jesus, João Batista, discípulos, Herodes, Pilatos, José de Arimatéia, Pedro.
TEMAS: batizmo, leis de Moisés, alusões aos profetas, curas, pregação orientada aos discípulos, reino de Deus, divergência de elementos, registros sucintos, mais fatos que pregações.
CURIOSIDADES: Este livro é outra versão mais curta sobre a vida de Jesus, portanto há menos episódios mas há repetição de vários episódios registrados no livro de Mateus com algumas reduções ou acréscimos e com certa variação suas seqüências de ocorrência. Há ainda alguns episódios não registrados no livro anterior. Este livro não narra a genealogia, concepção, nascimento e período infantil de Jesus, iniciando diretamente no trecho em que João Batista está pregando e realizando batizados no rio Jordão, porém nesta versão, apesar de João Batista anunciar que está citando Isaías, na verdade ele cita o mesmo trecho narrado por Mateus (Isaías 40.3), mas precedido de outro trecho que na verdade não fora atribuído à Isaías, mas sim à Malaquias 3.1. Neste livro a tentação que sofreu Jesus no deserto tem breve registro e não é detalhada nos fatos. No episódio da cura do leproso narrado aqui há um complemento (1.45) afirmando que o fato do leproso desobedecer o pedido de Jesus e acabando por propagar sua cura, fez com que Jesus não pudesse entrar publicamente em qualquer cidade, ficando portanto somente em lugares ermos onde o povo ia ter com ele; Ainda nesse episódio, em 1.44 o autor registra que Jesus teria orientado ao leproso: "oferece pela tua purificação o que Moisés determinou", nesses termos, observa-se que todo o capítulo 14 de Levítico é dedicado a este ritual de purificação de um leproso o que inclui sacrifício de animais e sangue. Quanto ao subtítulo "A vocação de Levi" esta versão registra que o correspondente em Mateus é "A vocação de Mateus" que de fato acontece na mesma seqüência de fatos, porém naquela versão de Mateus o homem que é convidado à seguí-lo é Mateus e nesta versão é Levi, filho de Alfeu ( em nota de pé-de-página, a versão bíblica Ave-Maria informa que Levi era também chamado Mateus, porém tal divergência não é explicada nos textos bíblicos). No episódio da colheita das espigas no sábado em que Jesus se auto intitula "Senhor do sábado" ele diz que Davi e seus homens comeram pães sagrados na Casa de Deus, na época do sacerdote Abiatar, porém este episódio ocorreu na época do pai de Abiatar, ou seja, no tempo do sacerdote Aimeleque conforme conta o capítulo 21 de Samuel I; inclusive Aimeleque foi morto a mando de Saul por ter ajudado Davi, e vale lembrar que o pão dado foi o pão retirado do altar para troca por pão novo e quente. Neste livro de Marcos não consta o exemplo de resgate da ovelha no episódio da cura da mão ressequida. Em 3.16-19 o autor dá os nome dos doze discípulos (apóstolos): Pedro, Tiago, João, André, Felipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, Tadeu, Simão e Judas. Em 3.21 registra-se que os parentes de Jesus achavam que ele estava fora de si e intencionaram prendê-lo. Nessa versão, na explicação da parábola do semeador, há uma sutil variação textual que vem a ser contrária à orientação dada a Isaías (6.10) citada ainda no livro de Mateus (13.15), pois aqui, em 4.12, afirma-se que Jesus disse que um dos objetivos de falar por parábolas para não compreensão pelos sentidos, seria para que o outros "não venham a converter-se..." Apesar de existir um subtítulo "Por que Jesus falou por parábolas (4.33)", o texto deste não dá a explicação, ficando somente a justificativa do trecho 4.12 já citado. Quanto a passagem dos espíritos para os porcos, na versão de Mateus eram duas as pessoas endemoninhados (Mateus 2.28), mas nesta versão de Marcos (em 5.2), afirma-se que se tratava de apenas um, endemoniados por uma legião; outra diferença neste episódio refere-se ao nome das terras pois em Mateus consta "terra dos gadarenos" e em Marcos: "terra dos gerasenos". Jesus é mais contido na versão de Marcos: fala menos, não fez o "Sermão do Monte", são poucos os registros de suas exclamações severas contra a pouca fé dos homens e hipocrisia dos fariseus; há ainda ausência de ameaças como no episódio das instruções aos discípulos, sendo que neste não consta a afirmação que em Mateus 10.15 diz que ele afirma que haverá menos rigor para Sodoma e Gomorra no dia do Juízo do que para a cidade que não receber os discípulos. Ainda no episódio das instruções, aqui em Marcos 6.13 há registro de que os discípulos saíram pregaram, curaram e expulsaram demônios e só depois voltaram a se encontrar com Jesus conforme 6.30, voltando para contar-lhe o que fizeram e ensinaram. Nesta versão de Marcos conforme 6.16 Herodes chegou a pensar que Jesus era João Batista que ressurgiu depois que ele mandou decaptá-lo, tornando-se evidências que a fama de Jesus só surgiu e chegou ao rei depois da morte de João Batista. No episódio de andar sobre o mar, não há registro neste livro de que Pedro teria também andado sobre o mar para encontrar-se com Jesus sobre as águas. Em 7.18, na discussão sobre a tradição de lavar as mãos para comer, apesar de estarem também falando do ato de alimentar-se a afirmação de Jesus aqui é mais ampla e genérica pois: "tudo o que de fora entrar no homem não o pode contaminar"; e também é maior a lista dos males que saem do coração: "maus desígnios, prostituição, furtos, homicídios, adultérios, avareza, malícias, dolo, lascívia, inveja, blasfêmia, soberba e loucura" (vale lembrar que os termos prostituição e loucura são termos aplicados no V.T. comumente sobre aos que deixavam de adorar ao Senhor Deus e se voltavam à outros deuses). Em 7.26, sobre o episódio da estrangeira que pede a cura da filha que estava possuída por "espírito imundo" registra-se que ela era grega de origem siro-fenícia, ou seja não era uma judia ou "filha de Israel", logo permitindo a leitura de que a princípio Jesus quisesse dizê-la que suas curas estaria dedicadas prioritariamente ao seu povo (judeus israelitas), quando disse à ela "Deixe primeiro que se fartem os filhos, porque não é bom tomar o pão dos filhos e alimentar os cachorrinhos (7.27)" ao que ela respondeu que aceitaria as "migalhas" conforme 7.28, então Jesus a libera a cura. A metáfora do "fermento" não é explicada nesta versão, apenas destacados os números bíblicos "doze" e "sete". Em 8.29 como em Mateus 16.16, Pedro afirma que Jesus era o Cristo (messias) e também ele pede que não se divulgue aquilo, mas não explica porque. Em 9.1 Jesus afirma que dos que naquela época se encontravam, alguns não passariam pela morte até que "vissem chegar o reino de Deus", mas o livro não explica o significado dessa afirmação e não há registro de que isso tenha ocorrido. Sobre a vinda de Elias (9.9-13), nesta versão não se afirma que os discípulos tiveram entendimento de que Elias vira como João Batista (Mateus 17.13), mas somente a afirmação de Jesus dizendo que ele já viera, o que de fato ocorrera, pois Elias vivera à época dos reis; As evidências parecem demonstrar que os discípulos não conheciam o livro ou alguma parte de Reis II que narra a vida que viveu Elias naqueles tempos; eles parece conhecer apenas o livro de Malaquias que prometia a vida de Elias em 4.5, por isso acreditavam que ele ainda estava por vir (mas como já analisado, há evidencias que Malaquias vivera antes de Elias, por isso predisse sua vinda, que já ocorrera- O próprio Jesus em 9.13 afirma que a respeito de Elias "está escrito" ); Em 9.23, Jesus reitera o poder da fé e de acreditar que se pode realizar, afirmando: "Tudo é possível ao que crê". Existia um homem que expelia demônios em nome de Jesus mas que não andava com eles, conforme afirmado por João em 9.38, porém não há mais informações obre quem era tal homem. Em 9.34 registra-se que Jesus faz referência a um lugar chamado inferno onde há fogo inextinguível e este lugar seria o oposto ao "reino dos céus" citado em 9.47; para um inferno iriam os que "tropeçar", mas não há mais explicações ao que seria considerado "tropeço" além de se "fazer mau aos "pequeninos crentes" que neste livro está descontextualizado das crianças, mas na seqüência ao homem que curava em nome de Jesus. Na explicação sobre o divórcio, aqui em Marcos (10.2-12) não há registro da exceção para o caso de relações sexuais ilícitas como está registrado em Mateus 19.9, o que, segundo Jesus, habilitaria o homem a repudiar sua mulher. Em 10.18 registra-se que Jesus afirmou que "ninguém é bom senão um, que é Deus" (ainda que se possa observar as graves castigos de Deus citados nos livros do Velho Testamento). Os mandamentos citados por Jesus em Marcos em 10.19 também são reduzidos a seis mas sendo um deles diferente dos citados em Mateus 19.14; aqui é introduzido o mandamento: "não defraudarás ninguém" em substituição a orientações de Jesus: "amarás o teu próximo como a ti mesmo (do original Levítico 19.18)". Em Mateus 20.29-34 registra-se que Jesus curou dois cegos ao entrar em Jericó, mas aqui em Marcos 10.46-52, a narrativa do mesmo episódio cita apenas um cego que era mendigo e tinha o nome de Bartimeu, filho de Timeu. Em Mateus 21.2 Jesus manda buscar uma jumenta e seu jumentinho, já aqui em 11.2 apenas um jumentinho é citado; também, nesse episódio, o autor não faz referência a nenhuma profecia, diferente do que foi feito no livro de Mateus. Registra-se em 11.18 que os principais sacerdotes e escribas procuravam um modo de tirar a vida de Jesus porque toda a multidão se maravilhava da sua doutrina. Não há registro em Marcos de que Jesus tenha pronunciado a oração "Pai Nosso" mas em 11.25 cita trecho semelhante ao encerramento daquela oração: "...se tende alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas"; este trecho finaliza uma demonstração de fé que foi feita com um antiecológico ato de maldição sobre a figueira por Jesus, pois a figueira não tinha figos, segundo o próprio autor, porque não era tempo de figos (11.13). Sobre o "grande mandamento" que foi questionado, aqui em 12.28, além do versículo 5 de Deuteronômio o autor registra que Jesus teria acrescentado o versículo 4 como introdução: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor". E também, apesar de ter sido questionado apenas sobre o principal, que se refere a amar a Deus de todo coração, acrescenta, sutilmente, aquele segundo mandamento sobre amar o próximo como a ti mesmo (Levítico 19.18) registrando, diferentemente, nesta versão que eles excedem os holocaustos e sacrifícios, talvez sugerindo implicitamente a diminuição dessas práticas, apesar de ter orientado ato que as envolve ao leproso curado em 1.44. Em 12.34 Jesus afirma que "a boca fala do que está cheio o coração" porém em 7.21 ele registra que não basta falar "Senhor!" é necessário "fazer..." para adentrar no reino dos céus; também citou em 6.5 que os hipócritas oram para serem vistos, logo são evidências de que o que saia da boca daqueles não seria de fato o estava em seus corações (talvez "a ação" demonstre melhor do que é cheio o coração, se bem que é abordado também em 6.2 os hipócritas que dão esmola para serem glorificados). No episódio da viúva pobre acrescentado nesta versão em 12.41-44, registra-se uma sutil e profunda observação de Jesus a cerca do valor das ações e intenções sobre o valor material das coisas, pois segundo ele, apesar da viúva dar como oferta uma pequena quantia em moedas, teria dado muito mais que as grandes quantias depositadas pelos ricos, pois ela era pobre e dava tudo que tinha enquanto os ricos apenas ofertavam o que lhes sobrava. O evangelho de Marcos concorda com o de Mateus ao falar das profecias de Jesus sobre a tribulação e as dores, afirmado que tudo ocorreria ainda naquela geração, conforme registrado em 13.30. Sobre a preparação da Páscoa, na Festa dos Pães Asmos, em Marcos cita-se que se realizava a prática do sacrifício de cordeiro pascal (14.12). Diferentemente de Mateus 26.34 que disse "antes que o galo cante", Marcos em 14.30 registrou que Jesus disse que o galo cantaria pelo menos uma vez: "antes que duas vezes cante o galo, tu me negará três vezes". No episódio da prisão de Jesus, em Marcos não há registro de que ele tenha se pronunciado no ato do corte da orelha do servo do sumo sacerdote mas há um acréscimo de um jovem que teria fugido desnudo ao tomarem-lhe as vestes de linho (14.51-52). O autor afirma que faltava "coerência" nos testemunhos falsos contra Jesus perante o Sinédrio (14.56 e 59). No episódio da crucificação afirmando que Jesus foi crucificado entre dois ladrões, em 15.28 o autor cita trecho semelhante a Isaías 53.12, um trecho em contexto sobre o genérico "servo do Senhor" (ou não) "...contado com os transgressores". Segundo este evangelho de Marcos, Jesus, depois da ressurreição teria feito sua primeira aparição apenas a Maria Madalena conforme 16.9, diferentemente de Mateus que registra que ela aparecera as duas Marias conforme Mateus 28.9. Ainda segundo Marcos ele teria aparecido antes a dois discípulos (não identificados) que não receberam crédito e só depois apareceu à todos os onze, os orientando a pregar o evangelho (não cita qual e vale observar que não há registro de que os evangelhos estavam escritos naquela época) e nesta versão o autor registra que Jesus disse que aquele que crer e for batizado será salvo e o que não crer será condenado, mas não detalha do que seriam salvos e sobre o que seriam condenados. Jesus acrescenta ainda em 16.17-18 que os que crerem em seu nome expelirão demônios, falarão novas línguas, curarão enfermos impondo-lhes as mãos, pegarão em serpentes e não lhes farão mal qualquer coisa mortífera que beberem. Esta versão de Marcos encerra afirmando que Jesus foi recebido no céu e assentou à destra de Deus e os discípulos seguiram pregando sob a cooperação do Senhor, confirmando a palavra por meio de sinais.
SUBTÍTULOS: 1:João Batista; 1.7:João da testemunho de Cristo; 1.9:O batismo de Jesus; 1.12:A tentação de Jesus; 1.14:Jesus volta para a Galiléia; 1.16:A vocação de discípulos; 1.21:A cura de um endemoninhado em Cafarnaum; 1.29:A cura da sogra de Pedro; 1.32:Mitas outras curas; 1.35:Jesus se retira para orar; 1.40:A cura de um leproso; 2:A cura de um paralítico em Cafarnaum; 2.13:A vocação de Levi; 2.15:Jesus come com pecadores; 1.18:Do Jejum; 2.23:Jesus é senhor do sábado; 3:O homem da mão ressequida; 3.7:Jesus se retira. A cura de muitos a beira-mar; 3.13:A escolha dos doze apóstolos. Os seus nomes; 3.20:A blasfêmia dos escribas: 3.31:A família de Jesus; 4:A parábola do semeador; 4.10:A explicação da parábola; 4.21:A parábola da candeia; 4.26:A parábola da semente; 4.30:A parábola do grão de mostarda; 4.33:Por que Jesus falou por parábolas; 4.35:Jesus acalma uma tempestade; 5:A cura do endemoninhado geraseno; 5.15:Os gerasenos rejeitam a Jesus; 5.21:O pedido de Jairo; 5.25:A cura de uma mulher enferma; 5.35:A ressurreição da filha de Jairo; 6:Jesus prega em Nazaré. É rejeitado pelos seus; 6.7:As instruções para os doze; 6.14:A morte de João Batista; 6.30:A primeira multiplicação de pães e peixes; 6.45:Jesus anda por sobre o mar; 6.53:Jesus em Genesaré; 7:Jesus e a tradição dos anciãos. O que contamina o homem; 7.31:A cura de um surdo gago; 8:A segunda multiplicação de pães e peixes; 8.11:Os fariseus pedem um sinal do céu; 8.14:O fermento dos fariseus e de Herodes; 8.22:A cura de um cego em Betsaida; 8.27:A confissão de Pedro; 8.31:Jesus prediz a sua morte e ressurreição; 8.34:O discípulo de Jesus deve levar a sua cruz; 9.2:A transfiguração; 9.9:A vinda de Elias; 9.14:A cura de um jovem possesso; 9.30:De novo Jesus prediz a sua morte e ressurreição; 9.33:O maior do reino dos céus; 9.38:Jesus ensina a tolerância e a caridade; 9.42:Os tropeços; 9.49:Os discípulos, o sal da terra; 10:Jesus atravessa o Jordão; 10.2:A questão do divórcio; 10.13:Jesus abençoa as crianças; 10.17:O jovem rico; 10.23:O perigo das riquezas; 10.32:Jesus ainda prediz sua morte e ressurreição; 10.35:O pedido de Tiago e João; 10.46:A cura do cego de Jericó; 11:A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém; 11.12:A figueira sem fruto; 11.15:A purificação do templo; 11.27:A autoridade de Jesus e o batismo de João; 12:A parábola dos lavradores maus; 12.13:A questão do tributo; 12.18:Os saduceus e a ressurreição; 12.28:O grande mandamento; 12.35:O Cristo, filho de Davi; 12.38:Jesus censura os escribas; 12.41:A oferta da viúva pobre; 13:O Sermão Profético. A destruição do Templo; 13.3:O princípio das dores; 13.14:A grande tribulação; 13.24:A vinda do filho do Homem; 13.28:A parábola da figueira. Exortação à vigilância. 14:O plano para tirar a vida de Jesus; 14.3:Jesus ungido em Betânia; 14.10:O pacto da traição; 14.12:Os discípulos preparam a Páscoa; 14.17:O traidor é indicado; 14.22:A Ceia do Senhor; 14.27:Pedro é avisado; 14.32:Jesus no Getsêmani; 14.43:Jesus é preso; 14.51:Jesus seguido por um jovem; 14.53:Jesus perante o Sinédrio; 14.66:Pedro nega a Jesus; 15:Jesus perante Pilatos; 15.16:Jesus entregue aos soldados; 15.21:Simão leva a cruz de Jesus; 15.22:A crucificação; 15.33:A morte de Jesus; 15.42:O sepultamento de Jesus; 16:A ressurreição de Jesus; 16.9:Jesus aparece a Maria Madalena; 16.12:Jesus aparece a dois de seus discípulos; 16.14:A ordem para a evangelização; 16.19:A ascensão de Jesus.
Evangelho de Lucas
DESTAQUES: Herodes, Zacarias, Anjo Gabriel, Isabel, Maria, José, João Batista Jesus, Imperador César Augusto, Quirino governador da Síria.
TEMAS: esterilidade revertida, concepção divina, aparição e pronunciamento angelical, cânticos, divergência de ordem da ocorrência dos episódios, divergência de genealogia, divergência de elementos, desejos violentos de Jesus.
CURIOSIDADES: Esta é a terceira versão da história de Jesus e está descrita em uma estrutura e linguagem mais formal e que inclusive conta com um prefácio anunciando que a história a ser contada foi baseada em acurada investigação e dedicada pelo autor a um certo "excelentíssimo Teófilo... para tenhas certeza das verdades em que fostes instruído". Esta versão inicia a história antes mesmo da concepção de Maria, narrando a concepção de Isabel, mãe de João Batista, que ocorrera seis meses antes. Em 1.36 registra-se que Isabel era parente de Maria. Como ocorrera com outras mulheres nas histórias bíblicas, Isabel era de idade e estéril, até que um anjo do Senhor que se denominava Gabriel aparece ao seu esposo, o sacerdote Zacarias avisando que sua mulher conceberia um filho e que ele deveria receber o nome de João e que, conforme palavras do anjo nos versículos 16 e 17, seu papel seria "converter muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus" e "habilitar para o Senhor um povo preparado" (nesse ponto não se registra o objetivo dessa preparação). Zacarias foi emudecido pelo anjo até o nascimento do seu filho, segundo o anjo porque ele teria duvidado dele (1.20). Depois o mesmo anjo aparece à Maria que apesar de desposada por José, era virgem conforme afirmado em 1.27; o anjo avisa que ela dará a luz a um filho do "Espírito Santo" e dará a ele o nome de Jesus. Conforme os versículos 32 e 33 o anjo firma ainda que o Senhor dará ao filho de Maria o trono de Davi e informa que ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó e seu reinado não terá fim. Conforme 1.59 João Batista foi circuncidado, como era a tradição dos Judeus, que representava aliança com Deus. Esse livro de Lucas registra dois cânticos, um de Maria e um de Zacarias, bem ao estilo dos Salmos, recapitulando a participação e aliança dos filhos de Israel com de Deus desde Abraão. Em 2.1-7 registra-se que César Augusto publicou um decreto convocando a população do império a recensear-se, logo formando evidências de que toda aquela região estava submissa a um imperador chamado César Augusto, nos dias de hoje sabido, por meio de documentos, se tratar de um imperador Romano. Cita-se ainda um governador Quirino da Síria, subtendendo-se que também a Síria estava sob o império romano; José morava na cidade de Nazaré, na Galiléia e foi com Maria grávida alistar-se na cidade de Belém na Judéia, pois fazia parte da descendência de Davi que vivia naquela região; Como não encontraram vaga nas hospedarias, Maria ao dar a luz deitou o menino numa manjedoura, indicando que eles deveriam estar pernoitando numa espécie celeiro. Em 2.11, registra-se diretamente que um anjo do Senhor afirmou, categoricamente, que Jesus era o "Senhor Cristo Salvador". Em 2.13 registras que um anjo e uma "multidão da milícia celestial" apareceu aos pastores avisando que nascera Jesus e disseram: "Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele quer bem". Em 2.21-24 registra-se que Jesus foi também circuncidado e consagrado e "um par rolas ou dois pombinhos" foram oferecidos como sacrifício, afirmando-se que tudo foi conforme a Lei de Moisés que é citada e pode ser observada em Êxodo 13.2 sobre a consagração e o capítulo 12 de Levítico sobre a purificação após o parto. Naquele dia da consagração no templo de Jerusalém, um homem chamado Simeão feliz por ver Jesus disse a Maria: "Eis que este menino está destinado tanto para a ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição". De acordo com 2.38, todos esperavam uma redenção de Jerusalém, porém não se registra do que era tal redenção. Em 2.46-47 registra-se que Jesus aos doze anos e três dias longe dos pais, dialogava no templo com os doutores que se admiravam da sua inteligência, mas não registra-se detalhes do que falavam. Durante esta fase infantil de Jesus, nessa versão de Lucas, diferentemente de Mateus, não se faz alusões à profetas antigos e não se afirma que teria havido o comando de infanticídio por Herodes e fuga da família para o Egito e nem a morte de Herodes. No início do capítulo 3 se registra todos os líderes da época, sendo: Rei:Tibério César; Governador da Judéia: Pôncio Pilatos; Tetrarca da Galiléia: Herodes; Tetrarca da Ituréia e Traconites: Felipe (irmão de Herodes); Tetrarca de Abilene: Lisânias; Sumos Sacerdotes: Anás e Caifás (não é citado Arquelau que foi citado por Mateus como filho de Herodes). Um pouquinho mais de Isaías é atribuído por este autor à pregação de João Batista, pois incluem os versículos 3, 4 e 5 do capítulo 40 de Isaías e também sua pregação é acrescentada de um ordens de justiça respondendo aos publicanos (cobradores de impostos) que não cobrassem mais que o estipulado, aos soldados que não maltratassem, não fizessem denúncia falsa e se contentassem com o seu soldo e à multidão dizia para repartir túnicas e comida com quem não tinha, além do apelo que produzissem bons frutos. A genealogia de Jesus (ou de José, pai de Jesus) nessa versão é divergente da genealogia registrada por Mateus (1.1-17) que demonstra que na linhagem constava os nomes de reis de Judá e governadores de Jerusalém; os nomes apresentados em Lucas (3.23-38) são menos ou nada famosos, com exceção de Davi, Judá e os patriarcas; por exemplo, aqui Jesus (ou José) seria descendente de Natã, outro filho de Davi, e não do rei Salomão como registrou Mateus. (os filhos do rei Davi estão registrados em Samuel II 3.2-5 e Samuel II 5.13-16). No episódio da tentação de Jesus, diferentemente de Mateus e Marcos, neste livro o tentador não está como Satanás mas sim como o termo "diabo" (4.3), não descrito seu significado. Mais conteúdo é acrescentado por Lucas ao episódio da pregação em Nazaré; lá, na sinagoga, afirma-se em 4.17 que Jesus leu um trecho do livro de Isaías sendo que, com diferença de termos, o trecho mais semelhante no VT é Isaías 61.1-2; daí Jesus sentou-se e disse que aquela profecia havia se cumprido, dando a entender que ele era o ungido que viera conforme afirma a profecia; todos estavam maravilhados até que ele afirmou que um profeta nunca é bem recebido na sua terra, dando exemplos de Elias que, apesar de haver seca em Israel a nenhum deles foi enviado senão à uma viúva da cidade de Serepta em Sidom (está em Reis I 17.9) e também apesar de haver vários leprosos em Israel, nenhum deles foi purificado por Eliseu senão Naamã da Síria (no capítulo 5 de Reis) (vale lembrar que os profetas eram perseguidos naquela época por Jezabel, mulher do rei Acabe, porque ela adorava outros deuses); e por causa desses exemplos, todos que estava até o momento estavam maravilhados na sinagoga apesar de já terem questionado se ele era filho de José, ficaram irados e o expulsaram da cidade e até o levaram a um monte para jogá-lo abaixo, mas conseguiu se retirar. Em 4.43 o autor registra que Jesus disse que foi enviado para pregar o "evangelho do reino de Deus", mas não registra mais detalhes do conteúdo de tal evangelho (observa-se que Lucas também não confirma em seu livro o "Sermão do Monte"). Lucas confirma que os escribas mestres das Leis e os fariseus entenderam como blasfêmia o fato de Jesus perdoar os pecados do paralítico, pois segundo eles só Deus teria esta autoridade, mas conforme 5.24 Jesus afirma ter ele aquela autoridade e acrescenta ordenado ao paralítico que levantasse e andasse, deixando todos atônitos conforme afirmado em 5.26. Lucas concorda com marcos sobre o publicano convidado à seguí-lo por vocação, registrando que o nome deste era Levi (5.27) e não Mateus conforme registrado no livro de Mateus em 9.9. Aqui, como em Mateus, no episódio do "Senhor do Sábado" o autor não registra que Jesus tenha citado o nome de Abiatar como o sumo sacerdote na época que Davi comeu os pães da proposição. Apenas Marcos fez este registro em Marcos 4.26. Na escolha dos doze apóstolos dentre os discípulos, Lucas diverge no registro da escolha de um deles, pois não cita Tadeu como fez Mateus e Marcos e no lugar de Tadeu registra que Jesus escolheu um certo "Judas filho de Tiago" (na versão Ave Maria registrado como irmão de Tiago) além de Judas Iscariotes. De acordo com 6.17-19 Jesus curava uma grande multidão não só da Judéia, mas incluindo estrangeiros de Tiro e Sidom. O trecho conhecido como as "bem- aventuranças" são reduzidas a apenas 4 nesse evangelho de Lucas (6.20-23) dedicados aos que tem fome, aos que choram, os que forem perseguidos e acrescentado um aos pobres, que não consta na versão de Mateus 5.1-11, onde são apresentadas 9 "bem- aventuranças"; Há também nesta versão a apresentação de "Os ais" (6.24-26) que são quatro ais dedicado aos ridos, fartos aos que riem, formando tudo um contraponto às bem-aventuranças. Como em Mateus, em Lucas não há mais explicações nos livros sobre a justificativa de tais afirmações. Não há em Lucas registro de que Jesus tenha comentado sobre "mudança da Lei"; aqui ele apenas prega aos discípulos as suas leis sobre passividade e a surpreendente prática de "fazer o bem aos que vos odeiam" conforme tudo descrito em 6.27-31 com o antagônico subtítulo "Da vingança". Há uma pequena diferença na afirmação conclusiva de Lucas que, em 6.31, inicia com "Como quereis.." sendo que em Mateus 7.12 inicia com "Tudo quanto, pois, quereis..." o que num preciosismo dos termos, pode-se afirmar que enquanto em Mateus há uma generalização, em Lucas reduz-se apenas a forma, a maneira do que quereis e não tudo o que quereis. Em 6.23 Lucas registra também que Jesus anuncia o "galardão no céu" como objetivo dos que seguirem suas orientações. Nesta versão, em 7.15 há um registro de ressurreição que Jesus faz ao filho de uma viúva, ato semelhante ao realizado por Elias em Reis I 17.22. Um raciocínio de lógica de proporções é apresentado por Lucas no episódio da pecadora que ungiu os pés de Jesus (7.36-50), onde Jesus propõe uma questão a Simão, perguntando quem amaria mais o credor, se o que ele perdoou uma dívida de quinhentos denários ou o que ele perdoou uma dívida de cinqüenta denários e ambos concordaram que o de maior dívida amaria mais o credor e assim Jesus justifica a aceitação e perdão dados a mulher pecador que lhe ungia. Em 8.1 o autor registra que Jesus andava de cidade em cidade pregando o "evangelho do reino de Deus" o que é uma evidência que tal evangelho fosse as suas próprias palavras, pois não há registro em livros anteriores sobre um "evangelho do reino de Deus". Em 8.3 registras que a esposa do procurador do rei Herodes era uma das mulheres que prestava assistência a Jesus durante suas pregações; havia ainda Maria Madalena da qual saíram sete demônios e uma certa Suzana. Na explicação da parábola do semeador este não faz alusão direta a palavras do profeta. No episódio da cura do endemoniado, Lucas também diverge de Mateus, registrando como Marcos que se tratava não de dois, mas apenas um endemoniado e que sua origem era geraseno e não gadareno como registrou Mateus; adicionando aos demais, Lucas registra em 8.37 que o motivo de os moradores da cidade pedirem para que ele se retirasse de lá depois da expulsão dos demônios, era porque eles estavam "possuídos de grande medo", eliminando a hipótese que pudesse ser porque eles não quisesse perder mais porcos afogados. Em 8.39, apesar de Jesus ter sido o condutor da expulsão dos demônios ele diz ao geraseno em 8.39 para contar aos outros o que "Deus fez por ele" e não o que Jesus fez, deixando evidências que Jesus era o próprio Deus ou um instrumento de Deus. Em 9.27 Jesus afirma que alguns daquela época não passariam pela morte até que vissem o "reino de Deus", fazendo subentender que para se ver o "reino de Deus" não seria necessário morrer e que as evidências indicam que o "reino de Deus" seria um reino naquela terra e naquela época; Em Mateus 16.28 o fechamento deste trecho está assim:" até que vejam vir o Filho do Homem no seu reino", ou seja, o reino seria naquele local que viria o Filho do Homem. No episódio da transfiguração Lucas dá mais informações do que Mateus e Marcos, pois, segundo ele, Moisés e Elias falavam com Jesus sobre a sua partida que ele estava para cumprir em Jerusalém (9.31). No episódio da criança ("o maior no reino dos céus"), como em Marcos 9.33-37, Lucas 9.46-48 não faz afirmação direta de que os discípulos deveriam se igualar a criança e nem que ela se humilhava como disse Mateus 18.4, os dois se limitam apenas a registrar que Jesus apenas referiu-se sobre recebê-la. Lucas acresce um episódio sobre samaritanos que não queriam receber Jesus, então os discípulos em 9.54 perguntam se Jesus queria que eles mandassem descer fogo do céu para consumi-los (ato semelhante aos que o Senhor praticava dizimando os homens conforme relatos no Velho Testamento, por exemplo Números 16.35), mas conforme 9.56 Jesus afirma que veio não para destruir mas para salvar as almas. Segundo Lucas, além de Jesus enviar os doze apóstolos para pregar o "reino de Deus" e fazer curas, ele enviou outros setenta discípulos com os mesmo propósitos e para esses recomendou que, para os que não os recebesse, falassem que haveria "menos rigor para Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade"; Em Mateus, que não registra este envio dos setenta, tal ameaça comparada a Sodoma e Gomorra teria sido orientada apenas aos doze discípulos conforme Mateus 10.15; em Marcos não consta tal orientação e também não consta registro dos "setenta". Em Lucas o pronúncia das duas leis (amar a Deus... e amar o próximo...) é atribuído a um "interprete da Lei" que responde a Jesus sobre o que estava escrito na Lei; esta "pergunta resposta" foi feita por Jesus ao responder o interprete que perguntou o que fazer para "herdar a vida eterna" e a tréplica de Jesus diz: "faze isto e viverás", estabelecendo um pressuposto de que de fato haveria a "vida eterna", mas o livro não detalha sobre como ela se daria; o interprete ainda pergunta a Jesus quem seria o seu "próximo" questão esta que realmente não havia sido esclarecida até aqui; então para chegar a resposta Jesus conta a história de um certo "bom samaritano": a história não está registrada como parábola e resume-se em um homem ferido na estrada que depois de ser ignorado por um sacerdote e um levita foi socorrido por um samaritano, então Jesus questionando faz com que o próprio interprete responda que o que teve mais misericórdia com o homem ferido, era o próximo daquele homem, ou seja o próximo seria aquele que ajuda e tem misericórdia, logo "amar o próximo como a ti mesmo" leva a tradução de que seria amar aqueles que te ajudam e tem misericórdia de você como você ama a si mesmo (vale ainda ressaltar que os personagens da história de Jesus tem toda uma carga de significado, pois os sacerdotes e levitas eram tidos oficialmente como os representantes de Deus e um samaritano alguém que renega-o e que inclusive evitou Jesus conforme 9.51.56, mas que acaba por sendo o herói da história tudo, muito provavelmente, para afirmar que o próximo não é necessariamente o que tem proximidade e designação oficial, mas qualquer um que ajuda, inclusive o tido como "fora do grupo" ou "inimigo") Apesar de ainda restrita, esta é uma ampliação do significado do termo "próximo" quando comparado com a época em que tal ordem foi proferida a primeira vez conforme registrado em Levítico 19.18, naquele tempo os isarelitas estavam isolados em peregrinação pelo deserto e literalmente próximo deles só haviam eles mesmos, assim estabelecendo a evidência de que o "próximo" de um israelita era outro israelita; tal evidência é consolidada em registro mais adiante, antes dos isarelitas se encontrarem com outros povos pois de acordo com o registrado em Deuteronômio 20.16-17 a ordem divina era destruí-los e não amá-los, pois o objetivo era tomar-lhe as terras e evitar que os israelitas se contaminassem com a cultura deles conforme afirmado em seguida em Deuteronômio 20.18. Observando em 11.2-4, a "oração dominical" que Lucas registra Jesus ter ensinado é mais curta e sucinta que o "pai nosso" registrado por Mateus em 6.9-15. Apesar de registrar em 11.38 que Jesus ao fazer refeição não se lavou e disso ficou admirado um fariseu, Lucas não registra que Jesus tenha afirmado que o que entra pela boca do homem não o contamina, conforme registrado em Mateus 15.11; em vez disso ele discursa sobre os fariseus que limpam o interior do copo e do prato mas não limpam seus próprios interiores prosseguindo com mais acusações também contra os "interpretes da Lei" que também se pronunciaram; Jesus afirma 11.50-51 que serão pedidas contas a eles por causa dos profetas mortos desde Abel até Zacarias e no versículo 52 os acusa de terem "tomado a chave da ciência" mas não entraram e impediram o que estavam entrando; ainda nesse trecho, segundo descreve o autor em 11.51 (Há registro de um profeta Zacarias morto a pedradas no pátio da casa do Senhor em Jerusalém por mando rei Joás de Judá conforme registrado em Crônicas II 24.20-21). Diferentemente de Mateus, Lucas costuma registrar várias afirmações de Jesus em um único episódio ou situá-lo em episódios diferentes, por exemplo: o trecho sobre os pardais que pronunciado em Mateus 10.29 está junto do episódio das instruções aos discípulos, aqui em Lucas 12.6 consta junto ao episódio do "fermento dos fariseus" ocorrendo depois do retorno dos discípulos, consta também aqui neste mesmo episódio o trecho em 12.10 sobre blasfemar contra "Espírito Santo", enquanto em Mateus tais palavras se encontram em 12.31 junto ao episódio da "cura do endemoninhado cego e mudo" que naquele foi registrado como episódio anterior à cura. Aproveitando a citação, vale observar que o mesmo endemoninhado aqui em Lucas não é registrado como cego, mas apenas como mudo (11.14). Jesus pronuncia uma lógica de proporções em 12.48 dizendo "àquele que muito foi dado, muito lhe será exigido e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão", tal afirmação foi dada em resposta a Pedro que perguntou se a parábola dos servos vigilantes aguardando o seu Senhor servia à todos, incluindo os apóstolos (que receberam a dada a grande responsabilidade de pregar o evangelho (9.2)). Apesar de Jesus já ter sido batizado conforme registro em 3.21, ele afirma em 12.50 que receberá outro batizmo e ainda afirma que veio para lançar fogo sobre a terra e que bem quisera que ela estivesse a arder e que também ele não veio para dar paz à terra e sim divisão dentro das casas (12.49-53); não há registro no livro sobre esclarecimentos dessas afirmações negativistas de Jesus. Não há registros nos demais livros da Bíblia sobre o desabamento de uma torre chamada Siloé, fato citado por Jesus em 13.4. Sobre a parábola da figueira sem frutos amaldiçoada por Jesus de acordo com Mateus 21.18-22 e Marcos 11.12-14e21, as evidências apontam que aqui em Lucas 13.6-9 se trata de uma versão que é contada diferentemente, pois o fato não teria ocorrido com Jesus mas se trata de uma parábola contada por ele que falava sobre um homem que ordenou cortar a figueira por não dar frutos a 3 anos, mas o viticultor pediu que a mantive pois iria adubá-la e só se isso não funcionasse, ela seria cortada. (Enfim nesta versão há mais compaixão para com a árvore). Além do episódio da "cura da mão ressequida" em que Jesus é criticado por curar no sábado, aqui em Lucas há uma segunda ocorrência que é, em argumento de Jesus, semelhante a Mateus 12.11, mas aqui em 13.15 em vez de salvar os animais, os homens os levaria a beber água nos sábados; somente numa terceira cura no sábado ele justifica com o salvamento de animais (14.5). De acordo com o registro de Lucas em 13.31, os fariseus afirmaram que Herodes queria matar Jesus e em 13.32 Jesus chamou Herodes de raposa e no versículo 34 diz que intencionava reunir os filhos de Jerusalém como a galinha ajunta os do seu próprio ninho, mas Jerusalém não quis. Apesar dos subtítulos não registrarem a correspondência, a parábola da "grande ceia" registrada nessa versão em 14.15-24 apresenta os mesmos fatos da "parábola das bodas" registrada em Mateus 22.1-14 porém com fechamento de "moral da história" diferente, pois em Mateus encerra-se com "muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos" e em Lucas "nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia". Os autores descrevem em vários trechos que Jesus pronunciava a frase: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" o que pode ser entendido como um reforço para impregnar o conteúdo da sua pregação ou para apontar quem se enquadra na pregação (14.35). Semelhante a parábola da ovelha perdida também contada em Mateus em 18.10-14, Lucas acrescenta mais duas parábolas para reforçar a mesma idéia de satisfação psicológica de se comprazer mais sobre algo recuperado do que o que não estava perdido, são essas a parábola da "dracma perdida" 15.8-10 e a do "filho pródigo" 15.11-32. A "parábola do administrador infiel", também acrescentada por Lucas em 16.1-13 e atribuída à Jesus, conta que um administrador estava a defraudar os bens do seu senhor e sendo descoberto, para que não ficasse sem amigos , chamou os devedores do seu senhor e diminuiu-lhes a dívida de cada um; e mesmo que isso compreendesse mais uma ação de corrupção do administrador contra o seu patrão, conta a parábola que o seu senhor (patrão) o elogiou pela "habilidade"; e para finalizar Jesus faz um pré-fechamento da parábola recomendado em 16.9 o seguinte: "Eu recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos..." o que compreende evidências de um conivência; ainda nesta parábola Jesus narrou em 16.8 que "os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz", mas o livro não registra quem seriam os "filhos da luz"; tal parábola encerra ao todo como "moral da história" com a frase: "Ninguém pode servir a dois senhores...Não podeis servir a Deus e às riquezas" (mesma frase dita dispersamente em Mateus 6.24), porém observa-se que a parábola aqui tratou apenas de questões de riquezas, já que nenhum dos senhores era "divino". Diferentemente de Mateus 19.3-12 e Marcos 10.2-12, Lucas 16.18 não registra o debate em relação ao episódio a cerca do divórcio, apenas registra o que decreta Jesus. Sem qualquer introdução, apresentação ou atribuição de que seja palavra de Jesus, Lucas insere em 16.19-31 uma história sobre um "rico e um mendigo doente" que depois de morrerem o rico teria ido para um certo "inferno" (não explicando do que se trata este tal inferno) e o mendigo (de nome Lázaro) teria ido se encontrar com Abraão que fala que eles não mais se misturariam e que o rico agora ficaria em tormento e o mendigo consolado; o rico, chamando Abraão de pai, pede que ele mandasse o mendigo a casa dele para alertar os irmãos para que também não viessem para o tal inferno, mas Abraão recusa dizendo que bastava que eles ouvissem a Moisés e aos Profetas. Nesta versão de Lucas, em 17.4 registra-se que a quantidade que se deve perdoar um irmão é de apenas 7 vezes, logo bem menor que as 490 vezes (70 x 7) registradas em Mateus 18.22. Dos versículos 5 a 10 do capítulo 17, apesar de estarem sob o mesmo subtítulo sobre "vezes a perdoar", na verdade o 5 e 6 tratam de pregação sobre fé que neste caso o exemplo dado sobre transplantar um amoreira e de 7 a 10 pregação sobre fazer "mais do que ordenado". Em 17.27 Jesus faz citação de Noé e o dilúvio que ocorrera na época (Gênesis 17.24) e na seqüência em 17.28-29 cita ao que ocorreu nos dias de Ló, que pode ser conferido em Gênesis 19.24 que narra a destruição de Sodoma e Gomorra e ainda em 17.32 diz para se lembrar da mulher de Ló, que conforme pode-se ler em Gênesis 19.26, virou uma estátua de sal por ter olhado para trás; isso tudo para demonstrar comparação do que iria acontecer "no dia do Filho do Homem", porém não há nos livros registro, depois de Jesus, de dramática e catastrófica ocorrência semelhante àqueles dois episódios de Gênesis; ainda neste episódio Lucas mixando as falas de Jesus em ocasiões diferentes de Mateus ,registra que foi quando, além de citar Noé, Jesus falou sobre tirar um homem do campo e uma mulher do moinho, o que consta em Mateus 24.37-41 introduzido pela "parábola da figueira que no caso de Lucas está registrada separadamente em 21.29; porém toda esta comparação catastrófica de Lucas é incompatível com sua introdução em 17.20 onde, segundo o autor, Jesus disse o "o reino de Deus não vem com visível aparência". Sobre o registro da "moral da história: Quem a si mesmo exalta será humilhado e a quem a si mesmo humilhar será exaltado", registrado em Mateus no episódio que censurava os fariseus em Mateus 23.1.12, aqui em Lucas esta moral e incluída em 18.14 como um fechamento de uma parábola sobre a oração de um fariseu e um publicano, sendo o publicano citado como o que será exaltado, conveniente a quem escrevia para autoridades, como é o caso de Lucas conforme prefácio Lucas 1.1-4 e que da mesma forma incluiu nas falas de João Batista uma ordem de os soldados se contentarem com o soldo conforme está em 3.14. No episódio do "jovem rico" em que Jesus faz uma síntese dos mandamentos, aqui registrado em 18.18-23, segundo o autor, diferentemente de Mateus 19.16-22, Jesus não acrescentou o mandamento "Amar o próximo como a ti mesmo" igualmente como não consta em Marcos 10.17-22. Igualmente a Marcos em 10.46 Lucas em 18.35 registra que apenas um cego fora curado em Jericó e não dois como afirma Mateus em 20.30. Igualmente a Marcos 11.2, Lucas em 19.30 registra que se tratava de apenas um jumentinho que foi pedido por Jesus para entrar em Jerusalém e não uma Jumenta e um jumentinho conforme registrou Mateus em 21.2, também, diferentemente de Mateus, aqueles dois não registram relação deste fato com nenhuma profecia. Em 19.40 Jesus diz que se fizer calar seus discípulos, as pedras clamarão ( a sua entrada triunfal em Jerusalém) e de acordo como autor, Jesus teria chorado nesta entrada (19.41). No episódio do debate sobre a ressurreição, diferentemente de Mateus 22.29 e Marcos 12.27, Lucas não registra em nenhuma parte do trecho 20.27-40 que Jesus tenha afirmado que os saduceus tenham errado na interpretação das Leis, ele apenas respondeu a pergunta. Mas reitera o pronunciamento da questão enigmática sobre Davi em 20.41-44 conforme registrado também em Mateus 22.41 e Marcos 12.35-37. Como os demais evangelistas, Lucas reitera em 21.32 que não passaria aquela geração se que as tribulações que viriam como "reino de Deus" acontecessem. Segundo Lucas 22.3 , Judas traiu Jesus porque Satanás entrou nele, afirmação esta não registada por Mateus nem por Marcos. Em 22.30 Lucas registra afirmação semelhante a registrada em Mateus 19.28 que diz que Jesus afirmou que os doze apóstolos assentarão em tronos para julgar as doze tribos de Israel. O trecho referente as duas espadas em 22.35-38 é obscuro, sem esclarecimentos. O registro de "Jesus no Getsêmani" por Lucas em 22.39-46 apresenta variações dos registrados por Mateus em 26.36-46 e Marcos 14.32-42, pois Lucas diz que "os discípulos foram orar com ele e não apenas Pedro e os filhos de Zebedeu; ainda Lucas registra que um anjo teria aparecido à Jesus e que Jesus havia suado como gotas de sangue, fatos estes não registrados pelos outros evangelistas. No episódio que Jesus é preso e que o servo do sumo sacerdote tem a orelha cortada por um dos seus, de acordo com Lucas Jesus teria curado tal orelha (em 22.51) , fato não registrado por Mateus 26.51 nem Marcos 14.47. No episódio de Jesus perante Pilatos Lucas acrescenta acusações diretas feitas à Jesus que não foram registradas pelos outros evangelistas, pois conforme 23.2 os sacerdotes teriam dito que Jesus vinha "pervertendo a nação, vedando pagar tributo à César e afirmando ser ele o Cristo Rei" e Pilatos teria dito "não vejo neste homem crime algum", mais ainda Lucas registra um episódio que não consta nos demais evangelhos, pois ele afirma em 23.8-12 que Pilatos enviou Jesus à Herodes porque ele era da Galiléia, mas Herodes sem nada ouvir de Jesus o retorna à Pilatos que não queria crucificá-lo mas atende ao veemente pedido o povo (Este veemente pedido do povo causa grande estranhamento, pois segundo todos os relatos anteriores todos o adoravam e inclusive o acompanharam em entrada triunfal em Jerusalém, porém o livro não explica esta estranha sinistra e contraditória reação do povo). Lucas acrescenta em 23.39-43 mais dois malfeitores crucificados junto a Jesus e registra diálogo entre eles. De acordo que Lucas Jesus antes do suspiro final Jesus teria clamado apenas: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!" sem registro da pronúncia "...porque me abandonaste!" registradas por Mateus 27.46 e Marcos 15.34. Os evangelistas divergem em relação as mulheres que foram ao sepulcro de Jesus: segundo Mateus 28.1 Maria Madalena e outra Maria, segundo Marcos 16.1 se tratava de Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e Salomé e segundo Lucas 24.10 se tratava de Maria Madalena, Maria Mãe de Tiago e Joana. Em 24.44 o autor registra que Jesus disse "importava se cumprisse tudo que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos" e em 24.46 diz que "assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia..," porém não consta tais termos nos livros do Velho Testamento que compõem a Bíblia de hoje.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio; 1.5:Zacarias e Isabel; 1.8:Predições referentes a João Batista; 1.24:A felicidade de Isabel; 1.26:Predito o nascimento de Jesus; 1.39:Maria visita Isabel; 1.46:O cântico de Maria; 1.57:O nascimento de João Batista; 1.67:O cântico de Zacarias; 2:O nascimento de Jesus Cristo; 2.8:Os anjos e os Pastores; A circuncisão de Jesus; 2.22:A apresentação de Jesus no templo; 2.25:O cântico de Simeão; 2.36:A profetisa Ana; 2.39:O menino Jesus em Nazaré; 2.41:O menino Jesus no meio dos doutores; 3:A pregação de João Batista; 3.15:João dá testemunho de Jesus; 3.21:O batismo de Jesus; 3.23:A genealogia de Jesus Cristo; 4:A tentação de Jesus; 4.14:Jesus volta para a Galiléia e principia a sua missão; 4.16:Jesus prega em Nazaré. É rejeitado pelos seus; 4.31:A cura de um endemoniado em Cafarnaum; 4.38:A cura da sogra de Pedro; 4.40:Muitas outras curas; 4.42:Jesus vai a um lugar deserto; 5:A pesca maravilhosa; 5.12:A cura de um leproso; 5.17:A cura de um paralítico; 5.27:A vocação de Levi; 5.29:Jesus come com pecadores; 5.33:Do jejum; 6:Jesus é senhor do sábado; 6:O homem da mão ressequida; 6.12:A escolha dos doze apóstolos; 6.17:Jesus cura muitos enfermos; 6.20:As bem aventuranças; 6.24:Os ais; 6.27:Da vingança; 6.32:Do amor ao próximo; 6.37:O juízo temerário é proibido; 6.39:A parábola do cego que guia outro cego. 6.43:Árvores e seus frutos; 6.46:Os dois fundamentos; 7:A cura do servo de um centurião; 7.11:A ressurreição do filho da viúva de Naim; 7.18:João envia mensageiros a Jesus; 7.24:Jesus dá testemunho de João; 7.36:A pecadora que ungiu os pés de Jesus; 8:As mulheres que assistiam; 8.4:A parábola do semeador; 8.16:A parábola da candeia; 8.19:A família de Jesus; 8.22:Jesus acalma uma tempestade; 8.26:A cura do endemoniado geraseno; 8.40:O pedido de Jairo; 8.43:A cura de uma mulher enferma; 8.49:A ressurreição da filha de Jairo; 9:As intrusões para os doze; 9.7:Herodes e João Batista; 9.10:A primeira multiplicação de pães e peixes; 9.18:A confissão de Pedro. Jesus prediz a própria morte; 9.23:O discípulo de Jesus deve levar sua cruz; 9.28:A transfiguração; 9.37:A cura de um jovem possesso; 9.44:De novo prediz Jesus a sua morte; 9.46:O maior no reino dos céus; 9.49:Jesus ensina a tolerância e a caridade; 9.51:Os samaritanos não recebem Jesus; 9.57:Jesus põe à prova os que queriam seguí-lo; 10:A missão dos setenta; 10.13:Ai das cidades impenitentes; 10.17:O regresso dos setenta; 10.21:Jesus, o Salvador dos humildes; 10.25:O bom samaritano; 11.38:Marta e Maria; 11:A oração dominical; 11.5:A parábola do amigo importuno; 11.9:Jesus incita a orar; 11.14:A cura de um endemoniado mudo. A blasfêmia dos fariseus. Jesus se defende; 11.24:A estratégia de Satanás; 11.27:A exclamação de uma mulher; 11.29:O sinal de Jonas; 11.33:A parábola da candeia; 11.37:Jesus censura os fariseus; 11.45:Ai dos interpretes da Lei!; 11.53:O plano para tirar a vida de Jesus; 12:O fermento dos fariseus. Algumas admoestações; 12.13:Jesus reprova a avareza; 12.22:A ansiosa solicitude pela vida; 12.35:A parábola do servo vigilante; 12.49:Jesus traz fogo e dissensão à terra; 12.54:Os sinais dos tempos; 13:A morte dos galileus e a queda da torre de Siloé; 13.6:A parábola da figueira estéril; 13.10:A cura de uma enferma; 13.18:A parábola do grão de mostarda; 13.20:A parábola do enfermo; 13.22:A porta estreita; 13.31:A mensagem de Jesus a Herodes. O lamento sobre Jerusalém; 14:A cura de um hidrópico; 14.7: Os primeiros lugares; 14.15:A parábola da grande ceia; 14.34:Os discípulos, sal da terra; 15:Jesus recebe pecadores; 15.3:A parábola da ovelha perdida; 15.8:A parábola da dracma perdida; 16:A parábola do administrador infiel; 16.14:Jesus reprova os fariseus; 16.18:Acerca do divórcio; 16.19:O rico e o mendigo; 17:Os tropeços; 17.3:Quantas vezes se deve perdoar a um irmão; 17.11:A cura de dez leprosos; 17.20:A vinda do reino de Deus; 18:A parábola do Juiz iníquo; 18.9:A parábola do fariseu e do publicano; 18.15:Jesus abençoa as crianças; 18.18:O jovem rico; 18.24:O perigo das riquezas; 18.31:Jesus outra vez prediz sua morte e ressurreição; 18.35:A cura do cego de Jericó; 19:Zaqueu, o publicano; 19.11:A parábola das dez minas; 19.28:A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém; 19.41:Jesus chora à vista de Jerusalém; 19.45:A purificação do templo; 19.47:O Mestre ensina no templo; 20:A autoridade de Jesus e o batismo de João; 20.9:A parábola dos lavradores maus; 20.19:A questão do tributo; 20.27:Os saduceus e a ressurreição; 20.41:O Cristo, filho de Davi; 20.45:Jesus censura os escribas; 21:A oferta da viúva pobre; 21.5:A destruição do templo; 21.7:O princípio das dores; 21.30:Jerusalém é sitiada; 21.25:A vinda do Filho do Homem; 21.29:A parábola da figueira. Exortação À vigilância; 21.37:O povo vai ter com Jesus para o ouvir; 22:O plano para tirar a vida de Jesus; 22.3:O pacto da traição; 22.7:Os discípulos preparam a Páscoa; 22.14:A última Páscoa; 22.19:A Ceia do Senhor; 22.24:Seja o maior como o menor; 22.31:Pedro é avisado; 22.35:As duas espadas; 22.39:Jesus no Getsêmani; 22.47:Jesus é preso; 22.54:Pedro nega a Jesus; 22.63:Os guardas zombam de Jesus; 22.66:Jesus perante o Sinédrio; 23:Jesus perante Pilatos; 23.8:Jesus perante Herodes; 23.26:Simão leva a cruz de Jesus; 23.27:Jesus rumo ao calvário; 23.33:A crucificação; 23.39:Os dois malfeitores; 23.44:A morte de Jesus; 23.50: O sepultamento de Jesus; 24:A ressurreição de Jesus; 24.13:Os discípulos no caminho de Emaús; 24.36:Jesus aparece aos discípulos; 24.44:Jesus explica as escrituras; 24.50:A ascensão de Jesus.
Evangelho de João
DESTAQUES: João (Batista), Jesus, Lázaro, "A mulher Adúltera", "aquele que Jesus amava", "O Consolador", Pedro.
TEMAS: tom poético, parábolas, Deus pais dos judeus X Deus Pai de Jesus, curas,
CURIOSIDADES: Esta quarta versão da vida de Jesus inicia de forma poética e simbolicamente faz alusão a criação do mundo contada no capítulo um de Gênesis. Um termo utilizado nesta introdução é o termo "Verbo" (com V maiúsculo) denominado como o princípio, e que hora afirma-se que ele estava com Deus, e hora que ele era Deus e por fim em 1.14 diz-se que "o Verbo se fez carne" como o "unigênito do Pai", uma evidência dentre as demais do trecho 1.1-114 de que se falava de Jesus. Como o evangelho de Marcos, depois dessa introdução, o evangelho de João também inicia a partir da pregação de João Batista, não registrando consequentemente a concepção e fase infantil de Jesus. Em 1.17 o autor registra que João Batista disse que "a lei foi dada por intermédio de Moisés e a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo". A curta frase do versículo 18 do capítulo 1 revela duas grandes inovações em relação a todos os demais livros da Bíblia, no que diz respeito aos conceitos sobre "Deus" ; a primeira é que, segundo o autor, João Batista denominou o unigênito também como um "Deus" e a segunda é que "o Deus" citado em todos as demais histórias não seria o mesmo Deus revelado por Jesus, pois assim está a frase completa: "Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou"; é muito provável que as duas afirmações desta frase gerariam aquecido debate e bastante controvérsia entre os autores e personagens bíblicos se eles se encontrassem para discuti-las, pois conforme já registrado, desde Adão, passando por Caim, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Josué, Samuel, Davi, Salomão e todos os Profetas como Isaías, Jeremias, Ezequiel, Jonas, Zacarias (3.5) e todos os demais teriam tido contato com o "SENHOR Deus", mais explicitamente em visão, ou seja os registros que afirmam os que viram literalmente o Senhor tem-se, por exemplo: Abraão em Gênesis 15.1, Jacó na visão da escada em Gênesis 28.13 e em luta corporal com o próprio Deus em Gênesis 32.28, Moisés, Arão e todo os filhos de Israel conforme Êxodo 24.10-11:("E viram o Deus de Israel") e por afirmação do próprio Senhor em Números 12.5-8, Isaías conforme sua própria afirmação em Isaías 6.1, Ezequiel em 1.28, Zacarias 3.1 e 5, etc.; A afirmação de João em 1.18 vai contra todas essas ocorrências, levantando a dúvida sobre: se não era Deus, quem era aquele que os antigos do Velho Testamento viram e se interagiram? Em 1.41 registra-se entre parênteses que Cristo significa Messias e que ambas as palavras se referiam a Jesus, mas não há registros destes vocábulos nos textos do Velho Testamento (exceto em subtítulo acrescido em Miquéias 5.2). Segundo o autor em 1.45 Filipe, se referindo a Jesus, disse a Natanael: "Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei..." porém não se observa explicito nas leis escritas por Moisés nenhuma citação de Jesus, Messias, Cristo ou qualquer outro pessoa, senão somente as leis cruas e objetivas orientadas por Deus. E quanto ao "quem se referiram os Profetas", conforme já comentado anteriormente, também não se observam citações diretas àqueles termos ou a "Jesus Nazareno, filho de José" ou explicitamente características e objetivas referidas à Jesus. Apesar de Jesus não ter o título oficial e nem Natanael ter autoridade para outorgar, ele diz em 1.49 que Jesus é o "Rei de Israel!". De acordo com esta versão, conforme 2.11, Jesus "deu princípio a seus sinais" pela transformação de água em vinho num casamento em Caná na Galiléia conforme narrado em 2.1-12 (este episódio não foi narrado pelos demais evangelistas). Em Mateus 26.61 durante o julgamento de Jesus perante o Sinédrio, registra-se que duas testemunhas teriam dito que Jesus afirmou que poderia destruir o santuário de Deus e reconstruí-lo em três dias, afirmação esta não dita por Jesus em Mateus, mas dita sim segundo esta versão de João em 2.19, o que é uma evidência da acusação citada em Mateus, apesar de no versículo 21 o autor registrar que ele se referia ao seu corpo e a ressurreição em três dias; segundo João Jesus disse isso no episódio em que ele "purifica" o templo expulsando os comerciantes e citando algo que estava escrito e que pode ser observado em tempo verbal diferente no Salmo 69.9 (68.10 de acordo com a versão Ave-Maria) "Pois o zelo da tua casa me consumiu" e também sendo uma citação diferente da registrada pelos demais evangelistas (Mateus 21.13, Marcos 11.17 e Lucas 19.46) onde a citação refere-se a Isaías 56.7 e Jeremias 7.11. Em 3.3 Jesus pronuncia que: "se alguém não nascer de novo não pode ver o reino de Deus" tal como um enigma, a afirmação não é compreendida por Nicodemos que é tido como um mestre em Israel (conforme citado em 3.10) e Jesus complementa com mais enigma, dizendo em 3.5: "quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus" e como Nicodemos não compreendeu Jesus diz a ele 3.12" Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?" sendo, então, esta uma evidência de que o enigma não seria solucionado por falta de competência no entendimento de "coisas celestiais" ficando o enigma, para avaliações subjetivas, pois não se observa mais explicações e esclarecimentos objetivos para aquelas afirmações no texto subsequente. "Para que todo que nele crê tenha vida eterna" Jesus diz em 3.14 que o "Filho do Homem" seja levantado, igualmente "Moisés levantou a serpente no deserto"; a alusão possível que Jesus tenha feito refere-se a Números 21.9 onde observa-se que Moisés levantava um serpente de bronze na ponta de uma haste e os que olhavam para ela sarava; mas é importante registrar aquele episódio se referia uma severa violência que "o Senhor" (Deus) havia cometido aos israelitas que já vinham impacientes e cansados da peregrinação e, conforme Números 21,5, havia reclamado de falta de pão e água e então para retaliar a reclamação "O Senhor mandou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel" (Números 21.6) e aqueles que ainda viviam se arrependeram da reclamação quando então Moisés, a mando do Senhor, construiu e ergueu a tal serpente de bronze para curar os picados que ainda viviam. Em 4.5 o autor registra que houve "terras que Jacó dera a seu filho José" perto de Sicar, porém não consta registros dessa afirmação no Velho Testamento, pois o que se sabe é que José, logo jovem, foi vendido pelos próprios irmãos conforme contado em Gênesis 27.28 e seu pai Jacó (Israel) só volta a vê-lo quando ele já é um homem de poder e rico no Egito (Gênesis 46.29). Em 4.9 o autor registra que os Judeus não se davam com os samaritanos. Ao pedir água a uma samaritana, Jesus afirma em 4.12 sua descendência de Jacó, pois diz "Jacó nosso pai" e complementa dizendo que quem bebesse daquela água do poço tornaria a ter sede mas aquele que beber da água que ele der nunca mais terá sede, o que aparentemente tratava-se de uma afirmação simbólica e metafórica em relação ao que ele ensinava e da mesma forma falou aos discípulos sobre comida 4.34, porém mais objetivo e direto, dizendo: "A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou a realizar a sua obra". Uma samaritana, por não fazer parte dos Judeus e por ter se comovido com as palavras de Jesus, anuncia em 4.42 que Jesus era o "Salvador do mundo". Cheia de episódios não narrados pelos outros evangelistas, João conta em 5.1-4 sobre um tanque de água em que descia um anjo em certo tempo agitando as águas para curar o primeiro que nele entrasse. Em 5.18 o autor sintetiza que os judeus procuravam matar Jesus não só porque violava o sábado (fazendo cura-5.16), mas também porque dizia que Deus era seu próprio Pai, segundo eles fazendo-se igual a Deus (cabe registrar que, sendo estes os pontos, os judeus, de acordo com suas interpretações, estavam sendo coerentes com as leis de Deus passadas à Moisés, mais especificamente o 1º mandamento: "Não terás outros deuses diante de mim" e o 4º mandamento: "Lembra-te do dia de sábado...qualquer que no dia de sábado fizer alguma obra morrerá"- Êxodo 20.1-17 e 31.15), vale lembrar que o próprio Moisés mandou matar apedrejado um homem que simplesmente colhia lenha no sábado conforme registrado em Números 15.32-36. Num longo trecho argumentativo em 5.19-47 Jesus, que antagonicamente se intitula "Filho do Homem" e ao mesmo tempo se diz "filho do Pai" (que era Deus conforme 6.27) que o enviou, reitera o que foi afirmado por João Batista em 1.18 dizendo em 5.37 que: "O Pai, que me enviou...Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma...porque não credes naquele a quem ele enviou"; o que compreende uma evidência que "o Deus" a que Jesus se referia não seria o mesmo "Deus" registrado em todo o Velho Testamento (Nenhum dos outros evangelhos registra tal afirmação). Em 5.46, questionando a crença dos judeus em Moisés, segundo o autor, Jesus afirma que Moisés escreveu a respeito dele, porém, pelo menos nos livros atribuídos a Moisés (pentateuco) que compõem o Velho Testamento atual, não se observa de forma direta citações sobre Jesus, apenas há em Deuteronômio 18.15-19 a anunciação de um profeta, mas sem mais detalhes e podendo qualquer um dos tantos surgidos depois de Moisés; e então Jesus conclui na sua lógica argumentativa e sofisticada em 5.47 sobre os judeus: "não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras". Tal como Marcos 6.45-52, João em 6.16-21 também não faz registro de que Pedro tenha também caminhado sobre o mar para se encontrar com Jesus como contado em Mateus 14.22-33. Em 6.31 o autor registra uma citação "maná no deserto" feita pela multidão à Jesus (o episódio em que o Senhor faz chover pão do céu nomeado por maná é contado em Êxodo 16.4 e 16.31) e descrito não identicamente ao afirmado pela multidão, mas semelhante no Salmo 78.24. E em 6.35 Jesus sintetiza pregação sobre "comer e beber" que já vinha pronunciando: "Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede"; vale observar que esta afirmação é complexa e ambígua, podendo ser interpretada literalmente e/ou metaforicamente, pois a multidão que a quem ele falou tinha vindo atrás dele após ele ter multiplicado os pães e peixes que os mataram a fome. Em 6.45 Jesus afirma que esta escrito nos profetas: "E serão todos ensinados por Deus", o trecho mais semelhante é observado em Isaías 54.13: "Todos os teus filhos serão ensinados do Senhor". Mais um vez registra-se, em 6.46, que Jesus reiterou que ninguém viu o Pai". Registra-se em 6.47 que Jesus disse "quem crê em mim tem a vida eterna" porém não se registra o significado desta afirmação, que certamente não se trata da vida física a menos que nenhum daqueles creu em Jesus. Em 6.48-51, fazendo analogia com o pão de maná que veio dos céus para o povo comer na época da peregrinação (Êxodo 16.1-36) Jesus diz que ele é um outro pão que veio dos céus e faz uma afirmação repetida que escandaliza a todos, pois em vários trechos de 6.50-58 diz que quem comer da sua carne e beber do seu sangue terá vida eterna, entendendo a afirmação como literal os judeus ainda questionam em 6.52: "como pode este dar-nos a comer a sua própria carne" e Jesus reponde em 6.53,55,57: "se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue não tendes vida em vós mesmos...minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida... quem de mim se alimenta por mim viverá"; e conforme 6.61, observando que os discípulos ficaram escandalizados com tais colocações, Jesus questiona então em 6.62 "o que será quando virem o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava" e complementa em 6.63: "O espírito é que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida"; não havendo mais explicações, com esta última afirmação fica a questão se Jesus ratifica que deve ser entendido literalmente o que disse sobre "comer sua carne e beber o seu sangue" , ou se ele substitui as palavras "carne e sangue" por "espírito e vida". Em 6.69 registra-se que Pedro disse a Jesus que ele era o "Santo Deus" não havendo registradas mais considerações a cerca de tal afirmação, ficam as questões: Jesus era Deus? ou um outro Deus, um "Santo Deus" e filho de outro Deus, pois ele afirmara em 6.27 que o seu "Pai" de quem ele falava e ninguém teria visto, era Deus. Em 6.70, o autor registra que Jesus afirmou que um dos "doze" que ele havia escolhido era "diabo" referindo-se a Judas Iscariotes que o trairia, mas não há mais explicações do significado do termo "diabo". De acordo com registro de 7.12-13, havia controvérsias a respeito de Jesus na época, pois uns o achavam bom e outros achavam que ele enganava o povo e ninguém falava abertamente sobre ele por terem medo dos judeus. Procurando se defender da acusação de violar o sábado, Jesus comenta em 7.23 uma pressuposta contradição sobre a lei de Moisés, dizendo que os judeus praticaram circuncisão no sábado, o que seria a violação de uma lei para não violar outra. Em 7.49 registra-se que os fariseus comentando sobre quem acreditava em Jesus afirmaram que a plebe era maldita e nada sabia sobre a lei. Apenas neste evangelho de João registra-se um episódio sobre uma mulher (não se registra o nome) adúltera levada pelos escribas e fariseus visando testar a coerência de Jesus com a lei de Moisés (que pode ser observada em Levítico 20.10), porém Jesus, conforme 8.7, apenas diz que "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra" e assim ele livra a mulher da condenação de morte e nem ele mesmo a condena conforme mandava a lei. Somente nesta versão de João consta a afirmação (em 7.32) de Jesus: "conhecereis a verdade e a verdades vos libertará" se referindo a suas palavras. Em 7.33 registra-se que o povo daquela época não eram escravos, pois os fariseus disseram "jamais fomos escravos de alguém" e assim argumentavam com Jesus que não precisariam de libertação, mas Jesus em seguida diz que eles eram escravos do pecado. Uma intrigante revelação é feita por Jesus 7.42-44 respondendo a colocação dos Judeus que disseram em 7.41 que o pai deles era Deus: Jesus afirma que "o diabo" é o pai dos judeus e explica que o diabo era homicida desde o princípio e que ele não se firmava na verdade, sendo o "pai da mentira"; de fato o "Senhor" que os judeus chamavam de "Deus seu pai" em todo o Velho Testamento era homicida, como pode-se observar em vários episódios desde o dilúvio em Gênesis 7.44, Sodoma e Gomorra em Gênesis 19.24-25, as pragas do Egito em Êxodo 7.14 até 12.36 e as mais cruéis sobre os próprios que chamava de seu povo, na maioria das vezes apenas porque reclamavam da fome e sede no deserto, começando por pragas lançadas em Números 11.1, 11.33 e 21.6 e genocídios em Números 16.31-35 e 16.44-49 (vale observar que não há registros explícitos no V.T. que Satanás tenha cometido algum homicídio, não compondo evidências de que o tal "diabo" seja Satanás) . De fato toda o debate do subtítulo "Jesus defende a sua missão e autoridade" em 8.21-59 é deveras interessante. Replicando Jesus que disse em 8.51 que "não provará a morte aquele que guardar a palavra dele", os judeus dizem que Abraão (pai deles) morreu e também os profetas, e então questionam Jesus se ele era maior que eles e Jesus reponde dizendo que Abraão se alegrou por ver o dia dele, então os judeus duvidam: "Ainda não tens cinqüenta anos e viste Abraão?" e Jesus encerra enigmaticamente dizendo: "Antes que Abraão existisse, EU SOU"; não há registro de explicações obre esta afirmação, sendo então as evidências é de que Jesus já existia antes e se existia era ele mesmo um ser diferente que aparentava menos de cinqüenta anos, mas já tinha milhares de anos sem envelhecer, ou ele teria tido mais de uma existência na terra ou que ainda existia um tipo de vida paralela a vida terrestre; eis as questões!; o fato é que depois de daquele caloroso debate Jesus acendeu a ira dos judeus que, segundo 8.59, eles pegaram em pedras para atirar nele, mas ele conseguiu escapar do templo. Em 9.16 registra-se que os próprios fariseus as vezes se desentendiam em relação a ser Jesus um pecador ou não, pois se perguntavam como podia um pecador curar. "Em verdade, em verdade vos digo" é o bordão do Jesus do evangelho de João (Ex: 10.1). Narrando uma parábola que faz analogia de um pastor e ovelhas com o pregador e o povo, ou seja Jesus e o povo conforme ele mesmo diz em 10.14, ele afirma que "todos quanto vieram antes de mim são ladrões e salteadores", mas não diz exatamente a quem se referia. Apesar de ter, em outros trechos, se referido ao "Pai" como um terceiro, em 10.30 Jesus afirma mais um enigma: "Eu e o Pai somos um" e por isso os judeus entenderam que assim ele se fazia Deus e procuraram apedrejá-lo conforme 10.33, então Jesus em resposta de defesa cita o versículo 6 do Salmo 82 "Eu disse: sois deuses" e argumenta em 10.35 a lógica de que se chamou deuses àqueles a quem foi dito a palavra de Deus, então acusam ele de blasfêmia porque disse que era apenas "Filho de Deus", mas os judeus não ficaram convencidos com o argumento (de fato de complexa decifração no todo 10.34-38) e então tentaram prendê-lo e mais uma vez ele escapa. Em 11.2 registra-se que "aquela Maria" irmã de Lázaro era a mesma que ungiu "o Senhor" com bálsamo e enxugado os pés dele com os cabelos (episódio adiante em 12.1-8); Em 11.35 registra-se que Jesus chorou pela morte de Lázaro, uma pessoa que ele amava conforme 11.3 e que faz ressuscitar depois de 4 dias morto e inexplicavelmente tal episódio não foi contado pelos demais evangelistas. Em 11.48 registra-se que em discussão no Sinédrio, os sacerdotes e fariseus tinham medo todos passassem a crer em Jesus e que os romanos tomassem seus lugares e toda a nação, mas não se explica que relação tinha o fato de Jesus com os romanos. Quanto ao episódio que Jesus é ungido em Betânia, há divergências desta versão de João com a versão de Mateus 26.6.13e Marcos 14.3-9, pois enquanto esses registraram que o bálsamo foi derramado sobre a cabeça de Jesus, segundo João 12.3 o óleo foi usado para ungir os pés e para os outros autores os discípulos se indignaram sugerindo que se vendesse o óleo e arrecadasse dinheiro para os pobres, mas segundo João 12.4.-5 quem se manifestou e pronunciou tal coisa foi Judas Iscariotes que inclusive aqui em 12.6 é registrado como ladrão e na verdade não se preocupava com os pobres mas sim em desviar o dinheiro. No episódio da entrada triunfal em Jerusalém, tal como Marcos 11.1-11e Lucas 19.28-40, João 12.12-19 não cita "uma jumenta" mais apenas um jumentinho, mas tal como Mateus, o autor cita a profecia que ao consultar encontra-se semelhança em Zacarias 9.9 sobre a "entrada em Sião montado em jumenta" mas que no contexto de Zacarias é seguida de ações bélicas do "Senhor". Metáfora interessante acerca do poder do mito é pronunciada por Jesus em 12.24: "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto." inclusive a evidência é de que ele atribuía essa metáfora ao que ocorrer a ele mesmo. Mais um episódio narrado por João que não consta nas demais versões é a ocorrência de que veio uma voz do céu e falou com Jesus que pediu ao Pai para glorificá-lo e ele respondeu conforme 12.28: "Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei" e dentre a multidão uns achavam que era um trovão outros achavam que era um anjo. Tal como feito por Mateus 13.10, João 12.40 cita o nome de Isaías e sua profecia a respeito do entendimento (Isaías 6.9-10) os outros (Marcos 4.10-20 e Lucas 8.9-15) parafraseiam Isaías, mas não citam seu nome e nem que se trata de uma profecia e diferente dos outros três João não a citou no episódio da explicação da parábola do semeador mas sim em episódio num contexto sobre a "incredulidade dos judeus" aberto também por outra citação de Isaías 53.1. Em 13.2 o autor registra que o já apresentado "diabo" havia posto no coração de Judas que traísse Jesus. Segundo 13.15- 16 Jesus afirma que executou a "lavagem dos pés dos discípulos" para lhes dar exemplo e diz que o servo não é maior que o seu Senhor e que o enviado não é maior que o que enviou, porém o exemplo dele dá evidência de analogia mais profunda, pois o ato de ele se baixar aos pés dos seus discípulos revela que o "Mestre" baixou aos seus discípulos, subentendendo-se que o Senhor baixava aos pés dos servos, neste instante mostrando que o Senhor não era maior que o servo como ele afirma. Vale dizer que as evidências indicam que esta lavagem dos pés ocorreu na ceia de Páscoa com os discípulos (João 13.1 até 14.31), mas, além deste, muitas outras falas e atos não foram incluída na ceia narrada pelos demais evangelistas (Mateus 26.26-30, Marcos 14.22-26 e Lucas 22.14-20) e vale dizer que aqui em João se narra que na ceia encontravam-se discípulos, que podem ser mais e diferentes pessoas que exclusivamente os apóstolos. Segundo João em 13.18 Jesus citou o versículo 9 do Salmo 41 (40.10 da versão Ave-Maria) para aludir a traição que faria Judas Iscariotes. Em 13.21 registra-se que Jesus ficou angustiado no momento de anunciar o seu traidor que ele diz em 13.36 que é aquele que ele der um pedaço de pão molhado, diferentemente do que disse na versão dos outros evangelistas Mateus 26.23 e Marcos 14.20 que registraram que ele disse que o traidor seria aquele que metesse com ele a mão no prato; O evangelista Lucas não registra frase alguma que seja um ato que revele o traidor, apenas registra em 22.21 que Jesus disse que "a mão do traidor está comigo à mesa". Ainda de acordo com João 13.27, Satanás entrou em Judas após ele comer o pedaço de pão molhado que Jesus lhe dera. Em 13.34 Jesus anuncia que está dando um novo mandamento aos seus discípulos: "ameis uns aos outros" e dá o exemplo: "assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros". Igualmente a Mateus 26.34 e Lucas 22.34 João13.38 registra que o galo não cantaria até que Pedro negasse Jesus três vezes; somente Marcos em 14.30 registrou que o galo cantaria pelo menos uma vez: "antes que duas vezes cante o galo, tu me negará três vezes". Em 14.1 Jesus orienta que se acredite em Deus, mas vale lembrar que ele já havia diferenciado o "seu Deus" do "Deus" que os Judeus acreditavam que era o pai deles, pois em João 5.37 Jesus afirmou: "O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma..." e complementa em 8.42 e 44: "Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar...vós sois do diabo, que é vosso pai... ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade". Em 14.2-6 João registra que Jesus disse "na casa de meu Pai há muitas moradas" e que quando para lá fosse, iria preparar lugar para os discípulos que lhe questionam o caminho para tais moradas e Jesus responde que ele próprio é o caminho e que "ninguém vai ao Pai se não por mim"; as evidências demonstram que se tratam de afirmações enigmáticas e ambíguas, pois fazem um pré-alusão sobre a ida de Jesus depois da ressurreição a mesmo tempo que "o caminho" para tal lugar é uma referência simbólica, enfim um trecho ao mesmo tempo vago e ao mesmo tempo profundo, aberto a interpretações. Respondendo pedido de Filipe para mostrar-lhes o Pai, Jesus reitera em 14.10 sobre a representatividade e interatividade entre ele o Pai e seu papel de instrumento do Pai: "Não crês que estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, fazes suas obras". Em 14.15 Jesus orienta: "guardareis os meus mandamentos", porém além do "novo mandamento" anunciado em 13.34, não há enumerado no evangelho de João outros mandamentos de Jesus, pois há somente orientações indiretas e/ou simbólicas por meio de parábolas e atos... Em 14.26 Jesus afirma que o Pai enviará em nome dele um "consolador", "Espírito Santo" que ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito", mas não dá mas detalhes sobre tal "Consolador" além de mais uma nomeação como "Espírito da verdade" conforme 15.26 e quando ele vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo conforme 16.8 e continua nos versículos subsequentes explicando que "pecado" referia-se a não acreditar nele, "justiça" porque ele iria para o pai e eles não os veriam mais e "juízo" porque o príncipe deste mundo já está julgado, três afirmações enigmáticas sem mais esclarecimentos seguidas do comentário suspense em 16.12: "Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora" e sobre o "consolador" encerra em 15.13-14 anunciando a evidência que teria esse conteúdo profético pois diz: "o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar". Em 14.30 Jesus cita que virá um certo "príncipe do mundo" e que ele "nada tem em mim", mas também não dá mais informações sobre quem seria tal príncipe. Em 15.4-5 Jesus faz uma analogia sobre ele e os discípulos em relação a videira e seus ramos afirmando que como os ramos, registrando que como os ramos não dão frutos sozinhos e sem a videira, os discípulos não também não produzirão frutos se não "permanecerem nele" e complementa em15-6-7 com a dura conseqüência de que se alguém não permanecer nele "será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam." e registra que a recompensa aos que "permanecerem nele" é: "pedireis o que quiserdes, e vos será feito." sem citar exceções a tais pedidos. Em 15.12 Jesus reitera que o seu mandamento aos discípulos é: "vos amei uns aos outros, assim como eu vos amei" e continua em 15.12 afirmando que "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.", de acordo com as evidências, fazendo alusão ao seu sacrifício na crucificação que viria, mas quanto ao "maior amor" observa-se registrado em Mateus 5.44 afirmação concorrente ou "maior" pois lá orientou ele: "Amai os vossos inimigos e orai pelo que vos perseguem" e complementa em 5.46 com uma divergência ao trecho de João, questionando o "amor a amigos": "Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes?". Em 15.19 o autor registra que Jesus disse: "Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu" o que pode ser uma afirmação exclusiva e profética voltada àqueles discípulos, pois considerando-a de uma forma generalista, não se confirma que "o mundo", necessariamente, ama o que é seu, como pode ser observado na época dos Reis em que lutavam e se destruíam entre si e até a ocorrência da "Mulher Adúltera" narrada no capítulo 8 versículos 1 a 11, onde os "homens do mundo" demonstram desprezo por uma "mulher do mundo" (o pressuposto dessa afirmação de Jesus é de que ele não pertencia ao "mundo" dos discípulos, pois ele diz no mesmo versículo: "dele vos escolhi"). Em 15.25 o autor narra que, em relação ao ódio do mundo para com Jesus, ele citou que seria para se cumprir a palavra escrita na lei dos discípulos: "Odiaram-me sem motivo", sendo que trecho semelhante é observado no versículo 4 do Salmo 69, um canto que o rei Davi fala de si rogando a Deus, logo sendo um fato ocorrido, não compreendendo uma profecia que deveria ser cumprida (Jesus seria uma reencarnação de Davi? ou somente se apropriou do autor porque o seu "pai adotivo"- José pertencia a linhagem de Davi - segundo Mateus 1.6 e Lucas 3.32, pois João não registra ratificação e nem cita os pais de Jesus). Em 16.21 Jesus usa analogia de uma mulher que tem tristeza quando está para dar a luz mas tem prazer depois de ter nascido um homem, simbolizando o sofrimento que sentiria os seus discípulos na sua morte e prazer na sua ressurreição como é evidenciado nos versículos seguintes. Em 16.33, ainda antes da sua prisão, registra-se que Jesus disse "eu venci o mundo". Em 17.9 segundo o registro do evangelista João, Jesus restringe uma seleção por quem ele roga ao "seu Pai": "É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus;" referindo-se aos discípulos que ele considerava como "amigos" conforme dito em 15.14, mas complementa em 17.20 se dirigindo à Deus: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra". Com relação ao episódio da prisão de Jesus narrado por João no capítulo 18 versículos 1 a 11, não se registra que Jesus tenha orado na companhia de discípulos conforme conta Mateus em 26.36-46, Marcos 14.32-42 e Lucas 22.39.46, também, apesar de dizer que Judas surgiu com eles, não relata que houvera o beijo de Judas conforme registra Mateus em 26.49 e Marcos 14.45 ou apenas a intenção como registrou Lucas em 22.47; um fato não narrado pelos demais evangelistas é que de acordo com João 18.6 os que o vieram buscar caíram por terra quando ele respondeu que ele era Jesus de Nazareno. Em 18.9 o autor registra que Jesus citou uma "palavra que dissera": "Não perdi nenhum dos que me deste" (não identificado nos livros). João também identifica o que cortou a orelha do servo do sumo sacerdote e também o nome do sumo sacerdote, sendo eles Simão Pedro e Malco respectivamente conforme registrado em 18.10. João acrescenta também, em relação aos outros evangelistas, mais um personagem que é Anás, sogro do sumo sacerdote Caifás para o qual Jesus foi levado primeiramente conforme 18.12 e que o interroga, quando então Jesus levou a primeira bofetada conforme registrado em 18.22. O versículo 31 do capítulo 18 demonstra uma evidência que Pilatos (apresentado pelos outros evangelistas como governador da Judéia) não era Judeu pois ele diz: "Tomai-o vós outros e julgai-o segundo a vossa lei." e os judeus responderam: "A nós não nos é lícito matar ninguém", logicamente se Pilatos poderia matar ele não era Judeu o que também é ratificado em 18.35; e em 18.32 o narrador informa que este fato era para que se cumprisse a palavra de Jesus significando o modo por que havia de morrer (mas não se identifica de que escritura se refere). O interrogatório de Pilatos registrado por João em 18.33 até 19.16 é mais rico em informações e manifestações de Jesus que afirma que o reino dele não era daquele mundo, e que teria vindo para dar testemunho da verdade, mas Pilatos apenas diz "Que é a verdade?" (resposta não dada a Jesus e não esclarecida diretamente no texto; este episódio apresenta uma certa aflição dos judeus perante o paradoxo das suas leis, pois afirmaram em 18.31 que não lhes eram lícito matar, ao mesmo tempo que dizem em 19.7 que possuem uma lei que de conformidade com ela Jesus deveria morrer, como então resolver a questão? deveriam eles ter sempre por perto alguém não judeu para fazer cumprir a lei? As evidências de 19.12 demonstram que César (ratificado em 19.15) era o rei da época e os judeus incitam Pilatos a matar Jesus por ele ter se feito rei, pressuposto que ameaçaria César; isso porque Pilatos já havia declarado que não via nele crime algum conforme 19.6. Em 19.17 o narrador informa que o próprio Jesus carregou a sua cruz, diferentemente de Mateus 27.32, Marcos 15.21 e Lucas 23.26 que registram ela ter sido carregada por um certo Simão Cireneu. Sobre a placa pregada na cruz de Jesus, cada evangelista registrou os dizeres de forma diferente, tendo Mateus registrado em 27.37: "ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS", Marcos em 15.26: "O REI DOS JUDEUS", Lucas em 23.38: "ESTE É O REI DOS JUDEUS" e João em 19.19: "JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS", sendo que Lucas e João citam que foi escrito em três línguas: hebraico, grego e latim (Lucas chamou esta última de "romano"). De acordo com João em 19.24, os soldados sortearam as vestes de Jesus para cumprir a Escritura que dizia: "Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes", trecho que pode ser identificado no versículo 18 do Salmo 22, mas observa-se que tal Salmo não é uma profecia que se deveria cumprir pois registra uma lamentação de Davi ao "Senhor" (vale observar ainda a divisão das vestes é uma evidência de que Jesus tenha ficado crucificado nu). Em 19.26 registra-se que Jesus, na cruz, teria dito a mãe dele que o "discípulo amado" (não identificado no texto) era o filho dela e além desta fala somente mais uma em 19.34 ("Está consumado!"), compreendem as manifestação verbais de Jesus, enquanto crucificado, de acordo com João e estas não constam nas versões dos demais evangelistas, como a deles não constam em João. Mais um novo fato contado apenas pelo evangelista João se refere ao ato em que um soldado perfura Jesus com uma lança conforme narrado em 19.34 e segundo o narrador este ato faria cumprir as escrituras que diziam: "Nenhum dos seus ossos será quebrado" (19.35) e "Eles verão aquele a quem traspassaram" (19.36); como não foram identificadas as fontes no evangelho, trechos semelhantes podem ser lidos em Êxodo 12.46, mas se trata apenas de orientação sobre como sacrificar um carneiro, nada tendo a ver com profecia ou com um "messias" e para a segunda pode-se observar em Zacarias 12.10, mas que também consta em um contexto de muitos acontecimentos, não sendo precisa em se definir que se trata exatamente de Jesus sendo traspassado pela lança, até porque em Zacarias 12.11-14 se registra que o pranto seria grande em Jerusalém, pranteando todas as famílias, o que de fato não aconteceu na condenação e morte de Jesus, pois todo o povo pediu sua crucificação (Mateus 27.22, Marcos 15.13, Lucas 23.23, João 19.6), à exceção dos apóstolos, sua mãe e algumas mulheres. Nessa versão de João (20.1-18) registra-se somente Maria de Madalena como quem primeiro foi ao sepulcro de Jesus e também não se registra que haviam guardas; depois de ela vê-lo vazio correu para contar os discípulos, sendo que Pedro e outro discípulo estranhamente não identificado, apenas anunciado como "o discípulo a quem Jesus amava" foram conferir e voltaram para casa, ficando Maria de Madalena que depois vê dois anjos dentro do sepulcro e ao se virar vê também Jesus que a orienta ir anunciá-lo (De acordo com Mateus 28.1-2 foram duas Marias e apenas um anjo apareceu sobre a pedra que fechava o sepulcro; de acordo com Marcos 16.1 e 5 eram duas Marias e Salomé e apenas um jovem de branco apareceu dentro do sepulcro e de acordo com Lucas 24.10 eram duas Marias, Joana e outras mulheres e apareceram-lhes dois varões em roupas resplandecentes, conforme 24.4). Segundo o narrador, em 20.9, os discípulos que foram conferir o sepulcro não compreendiam a "Escritura" que era necessário Jesus ressuscitar dentre os mortos, o texto não identifica tal escritura e quanto ao verbo "ressuscitar" e suas terminações, encontra-se no Velho Testamento apenas duas vezes num cântico de louvor a Deus registrado no capítulo 26 de Isaías, versículos 14 e 19, sendo que somente no versículo 19 canta que mortos ressuscitarão num contexto do dia ("naquele dia") da destruição de Tiro conforme Isaías 23.17, e a outra aparição do verbo é em Daniel 12.2 que conta que na época em que se levantar um certo príncipe "Miguel", haverá angústia e os que "dormem" no pó da terra ressuscitarão, logo, aparentemente, as evidências são que nenhuma daquelas escrituras referenciam objetivamente a ocorrências relacionadas à Jesus ou ao seu tempo. De acordo com esta versão 20.26, depois da ressurreição Jesus volta a aparecer aos discípulos 8 dias depois. Em uma "autorização" do seu conteúdo em 20.31, o autor registra que os conteúdo registrado no livro tem a função de que o leitor creia que "Jesus é o Cristo, o Filho de Deus". Numa terceira aparição além da ressurreição, Jesus ajuda os discípulos numa pesca, de acordo com 21.1-14. Em 24.20, de novo o autor cita o tal misterioso "discípulo que Jesus amava", desta vez debatendo se ele teria vida eterna ou não. Encerrando sua narrativa e seu livro, o autor se anuncia-se em 21.24 como o discípulo que deu testemunho e escreveu o conteúdo registra a frase "sabemos que o seu testemunho é verdadeiro" e exalta no último versículo que acredita que "nem no mundo inteiro caberia os livros que seriam escritos" sobre todas as coisas que Jesus fez.
SUBTÍTULOS: 1:A encarnação do Verbo; 1.15:O testemunho de João; 1.19:João Batista repete o seu testemunho; 1.29:João Batista torna a repetir o seu testemunho; 1.32:O batismo de Jesus; 1.35:Dois discípulos de João Batista seguem Jesus; 1.43:Felipe e Natanael; 2:As bodas de Canaã; 2.13:Jesus purifica o templo;2.23:Muitos crêem em Jesus; 3:Nicodemos visita Jesus; 3.22:Outro testemunho de João Batista; 3.31:O filho em relação ao mundo; 4:A mulher da Samaria; 4.31:A ceifa e os ceifeiros; 4.39:Muitos samaritanos crêem em Jesus; 4.43:Jesus volta a Galiléia; 4.46:A cura do filho de um oficial do rei; 5:A cura de um paralítico; 5.19:Jesus explica sua missão; 6:A multiplicação de pães e peixes; 6.16:Jesus anda por sobre o mar; 6.22:Jesus o pão da vida; 6.41:As murmurações dos judeus; 6.60:Os discípulos escandalizados; 6.66:Muitos discípulos se retiram; 7:A incredulidade dos irmãos de Jesus; 7.10:Jesus na festa dos Tabernáculos; 7.14:A controvérsia entre Jesus e os judeus; 7.25:Os guardas mandados para prender Jesus; 7.37:Jesus, a fonte da água viva; 7.45:Os guardas voltam sem Jesus; 8:A mulher adúltera; 8.12:Jesus, a luz do mundo; 8.21:Jesus defende a sua missão e autoridade; 9:A cura de um cego de nascença; 9.13:Os fariseus interrogam o cego; 9.35:Jesus revela-se ao cego; 10:Jesus o bom Pastor; 10.19:Nova dissensão entre os judeus; 10.22:A Festa da Dedicação. Jesus é interrogado; 11: A ressurreição de Lázaro; 11.47:O plano para tirar a vida de Jesus; 12:Jesus ungido por Maria em Betânia; 12.9:O plano para tirar a vida de Lázaro; 12.12:A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém; 12.20:Alguns gregos desejam ver Jesus; 12.37:A explicação da incredulidade dos judeus; 12.44:O resumo do ensino de Jesus; 13:Jesus lava os pés aos discípulos; 13.21:O traidor indicado; 13.31:O novo mandamento; 13.36:Pedro é avisado; 14:Jesus conforta os discípulos; 14.16:Jesus promete outro consolador; 15:A videira e os ramos; 16:A missão do Consolador; 16.25:Palavras de despedida; 17:A oração sacerdotal de Jesus; 18:Jesus no Getsêmani; 18.12:Jesus perante Anás; 18.15:Pedro nega a Jesus; 18.19:Anás interroga a Jesus; 18.25:De novo Pedro nega a Jesus; 18.28:Jesus perante Pilatos; 18.33:Pilatos interroga a Jesus; 19.17:A crucificação; 19.23:Os soldados deitam sortes; 19.28:A morte de Jesus; 19.38:O sepultamento de Jesus; 20:A ressurreição de Jesus; 20.11:Jesus aparece a Maria de Madalena; 20.19:Jesus aparece aos discípulos; 20.24:A incredulidade de Tomé; 20.26:Jesus aparece novamente aos discípulos; 20.30:O objetivo deste evangelho; 21:Jesus aparece a sete discípulos; 21.15:Pedro é interrogado
Atos dos Apóstolos
DESTAQUES: Pedro, Paulo de Tarso (Saulo), Barnabé, Ananias, Safira, Gentios, Herodes, Júpiter, Mercúrio, Comandante Cláudio, Imperador Cesar, Roma, Atenas, epicurismo, estoicismo, governador Félix, governador Festo, Rei Agripa e Berenice, Públio de Malta.
TEMAS: Conversão, Pregação, Circuncisão, Deuses Gregos, viagens, curas, divisão de idéias, desavenças entre os apóstolos, dois Tiagos?, julgamento, justiça romana, controvérsia, divisão entre os judeus e entre povos, aparições de Jesus, orientações de Jesus a Paulo, prisão, tumulto, viagem marítima, Ásia, deusa Diana, ressurreição, convivência de nações judia subordinada a romana, Itália, Roma, Escrituras, narrações intermitentes em 1ª pessoa.
CURIOSIDADES: Trata-se de um livro que dá continuidade a história dos apóstolos de Jesus depois da sua morte. As evidências do capítulo 1 versículo 1 em que é citado novamente o certo Teófilo e a nomeação dos discípulos em 1.13, apontam que tal livro é de autoria do evangelista Lucas. Segundo o autor em 1.3, depois da ressurreição Jesus ficou 40 dias com os apóstolos falando do "reino de Deus" e nessa conversa, os discípulos questionam em 1.6 sobre o tempo que de "restauração do reino a Israel", evidência de que Israel não era de reinado dos israelitas na época de Jesus e evidência que eles desejavam retomar tal reinado que fora deles em tempos anteriores (registrado nos livros de Reis do Velho Testamento). Em 1.11 registra-se que uma vez que Jesus tornou ao céu, ele retornaria. Em 1.26 um certo Matias é eleito a compor com os 11 discípulos, tornando eles a serem 12. Em 2.3 registra-se que em uma reunião línguas de fogo desceram sobre os apóstolos e eles ficaram cheios do "Espírito Santo" e passaram a falar em outras línguas, despertando a atenção de estrangeiros "vindo de todas as nações debaixo do céu" e citados em 2.9-11: partos, medos, elamitas, mesopotâmios, da Capadócia, de Ponto e Ásia, além da Judéia, da Frígia, da Panfília, do Egito, Líbia, Cirene e romanos, prosélitos, cretenses e arábios, que ficaram todos surpresos, alguns até zombando dizendo que os discípulos estavam embriagados (2.13). Pedro e João, seguindo exemplo de Jesus curam um coxo conforme registrado em 3.6. Para o autor deste livro, em 3.13, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus dos pais deles, "glorificou a seu Servo Jesus". Em 3.22 o autor cita Moisés, que na verdade é uma paráfrase do trecho observado em Deuteronômio 18.15-19, sobre a vinda de um profeta induzindo que se tratava de Jesus, mas vale observar que o trecho do Velho Testamento é genérico e pode se referir a qualquer dos diversos profetas surgidos depois de Moisés e vale observar ainda que no trecho de Deuteronômio o Senhor "avisa que pedirá contas" daquele que não ouvir o profeta, não falando necessariamente, pelo menos dessa vez, em "exterminar" os que não ouvir, como está registrado nesta paráfrase de Atos 3.23; o autor ainda registra que todos os profetas a começar de Samuel teriam anunciado "estes dias", mas não cita trechos. Em 3.25, sem anunciar o livro, apenas referenciando um contato de Deus com Abraão, cita trecho observado em Gênesis 22.18. Conforme 4.2 os apóstolos Pedro e João são presos a mando da linhagem dos sumo sacerdotes por pregarem a ressurreição de Jesus, mas mais fortes do que eram antes da crucificação de Jesus, agora são intrépidos (4.13) e embora "não negam" mais à Jesus, ainda que ameaçados pelas autoridades religiosas (4.18-19), acabam sendo soltos. Versículos 1 e 2 do Salmo número 2 são citados de forma semelhante em 4.25-26, aplicados aqui à Jesus como referência e não à Davi. Em 4.32 o autor registra que ocorria entre os "crentes" seguidores de Pedro e João, uma espécie de comunismo, pois "não consideravam exclusivamente sua nem uma das coisas que possuíam" tudo lhes era comum e inclusive havia uma certa "rigidez sobrenatural" defendendo esta prática, pois um certo Ananias e Sua esposa Safira caíram e morreram de súbito ao serem chamados a atenção por Pedro porque venderam sua propriedade e não deram todo o dinheiro à comunidade, episódio este narrado no trecho 5.1-11, e o temor tomou conta de todos, conforme afirma o final dessa história. De acordo com 5.17, Pedro e João são novamente presos, com os demais apóstolos, pelo sumo sacerdote que estava "tomado de inveja" deles, mas de noite "um anjo do Senhor" os liberta (5.19) e eles voltam a pregar e foram chamados atenção mais uma vez e açoitados, mas ainda "mais dignificados" continuaram a pregar sobre Jesus. Com o crescimento da comunidade surgiu queixa de helenistas aos hebreus pois alegavam que suas viúvas eram esquecidas "na distribuição diária", então os apóstolos dividem a administração nomeando os: Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau que cuidariam de "servir as mesas" (6.1-7), mas logo uma conspiração promovida pelos sacerdotes leva Estêvão, o de maior destaque dentre eles, à prisão, onde ele, em sua defesa, narra uma síntese da história dos judeus desde Abrãão até Jesus conforme os versículos de 1 a 53 do capítulo 7, mas tal defesa deixou mais irados os sacerdotes que o matam apedrejado, que morrendo, semelhante ao que dissera Jesus em Lucas 23.34 diz em 7.60: "Senhor não lhes impute este pecado". A "comunidade cristã" era também chamada de igreja, conforme 8.1. O autor registra em 9.5 que a voz de Jesus falou a Saulo (Tarso conforme 9.11) depois que uma luz do céu brilhou ao redor dele que perseguia os discípulos e ele ficou cego por 3 dias sendo curado depois pelo discípulo Ananias enviado pela mesma voz de Jesus, conforme 9.17. Depois de Saulo, registra-se em 9.31 que a "igreja" tinha paz por toda a Judéia, Galiléia, e Samaria. Como havia feito Jesus, Pedro também curava e ressuscitava pessoas em nome dele (9.34 e 9.40). Em 10.9.16 narra-se um episódio que Pedro viu descer do céu uma espécie de lençol cheio de quadrúpedes, répteis e aves e em seguida uma voz que lhe disse "Pedro! Mata e come." e ficou Pedro a refletir sobre tal visão que a princípio ele achava literal, pois estava com fome, mas se recusou a obedecer a voz porque não comia "coisa comum e imunda", então apesar de não relacionado diretamente, as evidências indicam que Pedro demonstrou o entendimento da sua visão ao falar para uns homens em 10.28 o seguinte: "Vós sabeis que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se a alguém de outra raça; mas Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo" e reforça em 10.34-35: "Reconheço por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas, pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável" e explica em 10.36 que "Esta é a palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhe o evangelho da paz, por meio de Jesus Cristo"; observa-se que são orientações inovadoras em relação as orientações "do Deus" dos livros do Velho Testamento que vinham desde a determinação direta Dele em Êxodo 34.12: "Abstém de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais...", passando pela declaração de Moisés em Deuteronômio 7.1-11 afirmando que "o próprio povo de Deus" era os israelitas e até o capítulo 10 de Esdras que narra o episódio em que os judeus puseram para fora de Jerusalém todos as suas esposas que eram estrangeiras, juntamente com seus filhos, sob o pretexto de obedecer a "Lei de Deus"; conforme já dito, "tais inovações" (além de atos isolados de Elias e Eliseu em Reis I 17.8-24 e Reis II 4.8-37 e 5.1-19) foram introduzidas pelas pregações e comportamento de Jesus registradas nos evangelhos tais como: "amai vossos inimigos" em Mateus 5.44, a cura da filha da estrangeira grega em Marcos 7.24-30 e a refeição com os publicanos e Pecadores em Lucas 5.29-32; Esta mudança reiterada por este episódio e afirmações de Pedro, reforçam as afirmações sobre "o Pai", "o Deus" de Jesus, que segundo João Batista no evangelho de João 1.18: "Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito que está no seio do Pai, é quem o revelou" e ratificado pelo próprio Jesus em João 5.37: "O Pai que me enviou...Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma". No trecho 11.1.18, respondendo ao questionamento dos apóstolos sobre ter entrado na casa e comido com os "incircuncisos", Pedro narra à ales a interpretação da sua visão considerando que a palavra que ouvira era de Deus e o significado era que ele "concedera arrependimento para vida" aos gentios (pagãos idólatras) que glorificaram a Deus depois que neles veio o "Espirito Santo" (conforme 10.44-48). De acordo com o registrado em 11.26, foi em Antioquia que os discípulos de Jesus foram chamados de cristãos pela primeira vez. As citações "nos dias de Cláudio" em 11.28 é uma evidência de que "Cláudio" fosse um imperador da época em que veio uma fome anunciada pelo profeta Ágabo. O rei Herodes volta a cena no capítulo 12, primeiro mandando prender alguns discípulos, mandando matar Tiago e prendendo Pedro, que novamente é salvo por um anjo e por fim Herodes é ferido por "um anjo do Senhor" por ele não haver dado glória à Deus pela reconciliação com Tiro e Sidom e pelo ferimento ele morre "comido de vermes", conforme registrado em 12.23; uma vez registrada esta morte nessa época pós crucificação de Jesus amplia a divergência registrada em Mateus 2.15 que disse que Jesus criança voltou do Egito depois da morte de Herodes, mas o próprio autor do evangelho de Mateus já havia caído em divergência em Mateus 14.1 onde reaparece Herodes "ouvindo" falar da fama de Jesus já adulto. A revelação da "identidade" do "Espírito Santo" nos livros é algo enigmático, normalmente registrado como uma espécie de "aura", sentimento, uma "idéia", uma comoção, influência sobrenatural que promove mensagem e as vezes até fala diretamente como registrado em 13.2, quando orienta Saulo e Barnabé a sair em pregação (em Lucas 3.22 registra-se que o Espírito Santo assumiu forma de pomba, o mesmo que em Mateus registrou-se como: Espírito de Deus e, sem forma alguma citada, "desceu" sobre os que ouviam a Pedro aqui em Atos 10.44 e eles passaram a "falar em línguas e engrandecer a Deus"). Conforme 13.11-12, Saulo (Paulo de Tarso) amaldiçoou Elimas, um mágico falso profeta e ele ficou imediatamente cego e o procônsul Sérgio Paulo ainda ficou "maravilhado" com a doutrina do Senhor (porém vale registrar que, não há registro que Jesus na sua doutrina tenha amaldiçoado e feito mal a algum homem, pelo contrário, ele apenas os curou). O trecho 13.16-41 registra uma pregação de Paulo numa sinagoga em Antioquia, sendo que ele faz uma breve síntese da história dos judeus iniciando que "o Deus deste povo de Israel escolheu nossos pais..." enumera os 40 anos de peregrinação e depois de terem as terras de Canaã mais 450 anos, depois Juizes até Samuel depois o rei Saul num espaço de mais 40 anos e depois não registra mais o tempo, apenas dizendo que Deus trouxe o "Salvador que é Jesus", prossegue resumindo a condenação de Jesus, cita uns Salmos e encerra citando um trecho "dito nos profetas" que vem a ser bastante conveniente e sofismático para a ocasião, visando validar suas palavras; o trecho semelhante é encontrado em Habacuque 1.5 que foi dito por Deus: "Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vos não crereis, quando vos for contada"; Ou o trecho é divergente ou pode-se dizer que Paulo numa sutil provocação substituiu a parte "entre as nações" por "ó desprezadores" conforme se observa em 13.41, e parece que deu certo, pois em 13.42 registra-se que os ouvintes pediram bis, apesar de que pregações de e sobre Jesus não eram bem recebidas nas sinagogas, uma vez que os sacerdotes que as comandavam perseguiram Jesus e continuaram a perseguir os apóstolos e discípulos de Jesus como pode-se observar em 4.1-2 e tornam a ser perseguidos conforme 13.44-52, pois no bis de suas pregações, registra-se que os judeus invejosos instigaram os "principiais" da cidade para que expulsassem Paulo e Barnabé do território, mesmo apesar de eles parafrasearem o trecho do versículo 6 do capítulo 49 do livro de Isaías onde lá se registra no início do capítulo que aquele era a luz dos gentios. De acordo com 14.4, as pregações em Icônio de Paulo e Barnabé geram divisão do povo na cidade, uns a favor dos judeus e os outros pelos apóstolos, então mais uma vez eles se retiram para outras terras, no caso para Listra e Derbe na Licaônia, segundo 14.6, e em Listra ele cura um coxo e segundo 14.12 os dois apóstolos, pela cura, são considerados pela multidão os dois deuses da mitologia grega (de Homero), Barnabé é chamado de Júpiter e Paulo de Mercúrio, este fato é uma evidência de que aqueles deuses eram considerados "deuses reais" por aquele povo que inclusive queria oferecer sacrifícios aos apóstolos, certos de que eles eram os seus deuses. Conforme 14.19 os judeus que perseguiam Paulo e Barnabé chegaram a apedrejar Paulo e pensaram que ele estava morto, mas registra-se nos versículos seguintes que ele não morreu e continuou a pregar. De acordo com 15.13, um certo Tiago deu um parecer a uns ouvintes, mas não se registra quem era este Tiago, pois o Tiago apóstolo e irmão de João não poderia ser, pois havia sido "passado ao fio da espada" por ordem do rei Herodes, conforme 12.2. Tal Tiago anuncia na sua fala trecho dos Profetas Amós 9.11 seguidos de dois trechos de autoria não identificada" como sempre ditos tais trechos parafraseados, adaptativos visando reforçar e dar endosso as suas pregações que nesse caso Tiago em 15.19 defende "não perturbar" os gentios que se convertiam, uma vez que discutiam se os gentios deveriam ser circuncidados ou não, conforme proposto pelos judeus em 15.1; Tiago estava apoiando Pedro que já tinha se posicionado a respeito em 15.9 afirmando que "a purificação se fazia pelo coração"; a conclusão de tal deliberação se deu em reduzir consideravelmente todas as leis do livro Levítico em se "abster dos ídolos, das relações sexuais ilícitas, da carne de animais 'sufocados'" como orientação aos gentios convertidos, esta síntese foi dita por Tiago em 15.20 e repetida 15.29 criando o pressuposto então (já que não foi dito diretamente) de que a circuncisão dos gentios não era obrigatória, e assim os apóstolos, ao estilo de Jesus, deixam as evidências que alteraram as leis Deus ditadas à Moisés registradas nos livros pentateucos. Apesar da dedicação a suas missões e objetivo "maior" da pregação, Paulo e Barnabé entram em desavença, conforme registrado em 15.39, porque Barnabé queria levar João (chamado Marcos) em uma viagem e Paulo não queria porque aquele os teria deixado uma vez conforme acontecido registrado em 13.13. Apesar de não se registrar que a circuncisão era obrigatória na deliberação de Jerusalém conforme subentendido pela posição de Pedro em 15.9 e Tiago 15.19, registra-se em 16.3 que Paulo circuncidou a Timóteo que era filho de grego e que o acompanharia. Registra-se em 16.6 que o "Espirito Santo" proibiu Paulo e Timóteo de pregarem na Ásia, tendo o próprio "Espírito de Jesus" não os permitido ir a Bitínia, conforme narrado em 16.7. Surpreendentemente a narrativa passa a ser em primeira pessoa a partir do versículo 11 do capítulo 16 até o versículo 18, apresentando evidência de que Timóteo (ou Silas?) seria o narrador, autor dos escritos. Apesar de Paulo ter saído em viagem com Timóteo, inexplicavelmente, quem é preso com ele nas andanças na Macedônia é "Silas" conforme contado pelo narrador em 16.19 (Silas aparece assim no texto sem ser anunciado); eles foram presos porque Paulo expulsou o espírito adivinhador de uma jovem que com as adivinhações dava lucro aos seus senhores, conforme contado em 16.16. Paulo e Silas são presos e açoitados e presos a um tronco até que conforme 16.29, depois de eles cantarem hinos de louvor, veio um terremoto e abriu todas as celas da prisão e o carcereiro acabou por liberta-lhes e levá-los para a própria casa conforme dito em 16.34 e Paulo exige que os próprios pretores (magistrados) venham pessoalmente libertá-los, pois afirmava que eles eram cidadãos romanos presos sem "processo formal" conforme 16.37 e os pretores vão e pedem desculpas conforme 16.39. Em 17.14 registra-se que Paulo se retirou para outro local, ficando Silas e Timóteo na Beréia, apenas aqui se fazendo saber que além de Paulo e Timóteo, andava com eles Silas, que não fora antes anunciado no texto. Conforme 17.16, Paulo havia ido para Atenas e as evidências é de que lá também existiam judeus, pois dissertou em sinagogas entre eles conforme 17.17 e debateu inclusive com filósofos epicureus e estóicos conforme 17.18 que contendiam acerca da ressurreição de Jesus. Em 17.34 registra-se que um certo Dionísio e Dâmaris de Atenas se agregaram a Paulo. Cláudio é citado novamente, desta vez em 18.2 e apesar de não registrado diretamente, as evidências são de que ele era o imperador romano da época, pois conta-se que ele emitiu um decreto expulsando os judeus de Roma, motivo que faz com que um certo Áquila e Priscila sua esposa se encontrem com Paulo em Corinto, onde eles trabalharam juntos fabricando tendas, conforme narrado em 18.3. Semelhante ao posicionamento de Pilatos em Mateus 27.24, Gálio o procônsul de Acaia se recusa a julgar Paulo que foi levado pelos judeus ao tribunal acusado de "persuadir os homens a adorar a Deus de modo contrário à lei" conforme narrado em 18.13, segundo Gálio tratava-se de uma "questão de palavra, de nomes e da lei dos judeus" e completou em 18.15: "tratai disso vós mesmos", então os judeus decidiram espancar um certo Sóstenes (18.17), principal da sinagoga, como não se explica o porquê de tal espancamento, a dedução possível é de que ele, a exemplo de Crispo em 18.8, teria sido favorável a Paulo, mas fica a questão: porque não espancaram a Paulo que eles haviam levado ao tribunal? Registra-se em 18.9 que Paulo teve uma visão do Senhor (Jesus?) que orientou que ele não se calasse. Segundo o narrador em 18.24-28, existiu um certo Apolo de Alexandria, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras, que "convencia publicamente os judeus, provando por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus"; vale ressaltar que este é o principal argumento apresentado como conteúdo das pregações dos discípulos e apóstolos nesse livro, não sendo citados os ensinamentos específicos de Jesus. Em 19.8 registra-se que Paulo pregou sobre o "reino de Deus". De acordo com 19.26, Paulo também pregou por quase toda a Ásia. No trecho 19.23-41 registra-se que os efésios adoravam uma deusa chamada Diana, adorada por toda a Ásia e que um certo Demétrio provocou uma assembléia tumultuada, pois estava receioso de que as pregações de Paulo interferissem na adoração e comércio das imagens da deusa, mas a reunião foi dissolvida por um escrivão que afirmou que os pregadores não blasfemavam contra a deusa e orienta Demétrio que leve as acusações ao procônsul, se ele as tivesse e alerta para o perigo de acusação do grupo por sedição, pois se reuniam sem motivo; esta preocupação e outras registradas, tal como o trecho em que demonstra a preocupação dos que fizeram a prisão de Paulo em 16-35.40 forma evidências que demonstram que havia grande seriedade e severidade nas leis dos romanos na época. A partir de 20.5 o narrador volta subitamente a narrar em primeira pessoa, dessa vez difícil de identificar de quem se trata, pois em 20.1 registra-se que Paulo despediu-se dos discípulos e partiu para a Macedônia, mas não se registra se foi só ou com quem estaria. O trecho 20.7-12 conta que em Trôade Paulo discursou até a meia-noite, sendo que um homem adormeceu e caiu do terceiro andar, depois de verificar o homem, ele retomou o discurso e foi até o "romper da alva". Em 20.35, Paulo cita conceitos relacionados aos ensinamentos de Jesus: "é mister socorrer os necessitados" (Ex: Mateus 9.12) e uma "bem-aventurança" não registrada por Mateus (5.1-12), mas também coerente com os ensinamentos de Jesus: "Mais bem-aventurado é dar que receber". As afirmações de 21.21 ratificam que Paulo ensinava os judeus a apostatarem (desertarem) Moisés, suspendendo a circuncisão (na verdade ordenada por Deus antes de Moisés em Gênesis 17.10) e orientando não andar segundo os costumes da sua lei, mas em 21.24, intencionando proteger Paulo de perseguição, Tiago e os presbíteros o orientam a "purificar-se" com outros quatro homens para aparentar que Paulo também guardava e lei. Conforme 21.27-40, Paulo é reconhecido pelos judeus que eram contra ele (21.28) e é espancado, mas capturado pelos soldados faz um discurso resumindo sua conversão, deixando o povo mais irado, é recolhido à uma fortaleza, onde não foi açoitado porque mais uma vez o comando teve receio de desobedecer as leis romanas (22.29), que foram alertadas mais uma vez pelo próprio Paulo conforme 22.25, pois ele era romano. Levado ao Sinédrio Paulo gerou controvérsia entre os saduceus e fariseus que tinham crenças divergentes acerca da ressurreição segundo afirmado em 23.8. O Senhor apareceu e recomendou coragem a Paulo segundo 23.11. De acordo com 23.25-26 o comandante da guarda romana que prendera Paulo era Cláudio Lísias e Félix era o governador da Cesaréia para que Paulo foi enviado e preso por dois anos conforme 24.27 ( não se informa se os judeus que fizeram pacto conforme 23.21 morreram de fome, pois não comeriam nem beberiam até matar Paulo). Em 24.27 e25.9 registra-se atitude política de Pórsio Festo, sucessor de Félix que manteve Paulo preso para ter apoio dos judeus. Em 25.13 cita-se um certo rei Agripa e Berenice e para eles, mais uma vez desde a época de Jesus, as autoridades romanas separam as questões dos judeus da lei romana, não vendo crime em Paulo, conforme registra-se em 25.18-19, apenas observando com surpresa a alegação sobre "o morto" Jesus, estar vivo, segundo Paulo, que de acordo com 25.11 requereu que fosse julgado por César e não pelo Sinédrio dos judeus. Em 25.25, definitivamente e literalmente confirma-se que César era o imperador da Época, logo Cláudio era o comandante, conforme também já verificado. Em 26.5 Paulo declara que era fariseu. No seu discurso de defesa perante o rei Agripa, Paulo repete mais uma vez e com mais detalhes a visão de Jesus que o converteu ao cristianismo (Atos 9.1-9) e o rei Agripa admite em 26.28 que quase Paulo o converteu ao cristianismo com o seu discurso, mas se retira. Conforme 28.1 o navio que levava Paulo à Itália para ser julgado por César naufragou com mais 266 pessoas (27.37) próximo a ilha de Malta para onde todos foram e se salvaram e o principal da ilha era um senhor chamado Públio, conforme 28.7. Os judeus de Roma recebem Paulo (ainda como prisioneiro) e pedem que ele fale da sua ceita que por toda a parte vinha sendo impugnada, conforme registrado em 28.22. Este livro encerra contando que Paulo, prisioneiro, ficou por dois anos pregando em Roma (28.30), pregação que gerava discordância pois uns ficaram persuadidos sobre suas provas de Jesus nas escrituras dos Profetas e Moisés e outros não conforme afirmado em 28.23-24; e quanto a isso, o autor afirma em 28.26.28 que foi dirigido a Paulo o mesmo trecho de Isaías 6.9-10, também citado em Mateus 13.15 sobre tirar os sentidos do povo para que se convertessem e fossem curados. De acordo com 28.31, Paulo nesse tempo pregou o "reino de Deus" e as coisas referentes a Jesus Cristo.
SUBTÍTULOS: 1:Prólogo; 1.6:Ascensão de Jesus; 1.12:Os discípulos em Jerusalém; 1.15:A escolha de Matias; 2:A descida do Espírito Santo; 2.5:O dom das línguas;2.14:O discurso de Pedro; 2.37:Três mil batizados; 2.42:Como viviam os convertidos; 3:A cura de um coxo; 3.11:O discípulo de Pedro no templo; 4:Pedro e João são presos; 4.5:Pedro e João perante o Sinédrio; 4.23:A igreja em oração; 4.32:A comunidade Cristã; 4.36:A oferta de Barnabé; 5:Ananias e Safira; 5.12:Os apóstolos fazem muitos milagres; 5.17:A prisão dos apóstolos; 5.33:O parecer de Gemaliel; 6:A instituição dos diáconos; 6.8:Estêvão perante o Sinédrio; 7:A defesa de Estêvão; 8:A primeira perseguição à igreja; 8.4:Filipe prega em Samaria; 8.14:Pedro e João em Samaria; 8.9:Simão o mágico; 8.14:Pedro e João em Samaria; 8.26:Filipe e o eunuco; 9:A conversão de Saulo; 9.10:A visita de Ananias; 9.20:Saulo prega em Damasco; 9.26:Saulo em Jerusalém e em Tarso; 9.31:A igreja cresce; 9.32:A cura de Enéias; 9.36:A ressurreição de Dorcas; 10:O centurião Cornélio; 10.9:Pedro tem uma visão; 10.17:Os enviados de Cornélio chegam a Jope; 10.23:Pedro vai com eles; 10.44:O Espírito Santo desce sobre os gentios; 11:A defesa de Pedro; 11.19:Os discípulos são chamados cristãos em Antioquia; 11.27:Ágabo prediz grande fome; 12:Herodes persegue a Tiago e a Pedro; 12.20:A morte de Herordes; 13:Barnabé e Saulo. A primeira viagem missionária; 13:Elimas, o mágico; 13.13:João Marcos volta a Jerusalém; 13.16:O testemunho de Paulo em Antioquia; 13.42:Instados a pregar no sábado seguinte; 13.44:Paulo e Barnabé vão para os gentios; 14:Paulo e Barnabé em Icônio; 14.8:A cura de coxo em Listra; 14.19:Paulo é apedrejado; 15:A controvérsia sobre a circuncisão de gentios; 15.6:A reunião dos apóstolos e presbíteros em Jerusalém; 15.12:O parecer de Tiago; 15.22:A decisão enviada a Antioquia; 15.30:A leitura da mensagem; 15.36:A segunda viagem missionária. Separação entre Paulo e Barnabé; 16:Paulo leva consigo a Timóteo; 16.6:A visão em Trôade; 16.11:Paulo em Filipos. Lídia convertida; 16.16:A cura de uma jovem adivinhadora; 16.19:Paulo e Silas açoitados e presos; 16.27:A conversão do carcereiro; 16.35:Paulo e Silas livres da prisão; 17:Paulo e Silas em Tessalônica; 17.10:Paulo e Silas em Beréia; 17.16:O discurso de Paulo em Atenas; 17.32:Uns zombam, outros crêem; 18:Paulo em Corinto; 18.5:Paulo anuncia a Jesus; 18.12:Paulo perante Gálio; 18.18:O final da segunda viagem missionária de Paulo; 18.24:A terceira viagem missionária de Paulo. Apolo em Êfeso; 19:Paulo em Êfeso; 19.8:Paulo na escola de Tirano; 19.21:Paulo envia à Macedônia Timóteo e Erasto; 19.23:Demétrio excita grande tumulto; 20:De novo, Paulo visita a Macedônia e a Grécia; 20.7:Paulo em Trôade; 20.13:Paulo embarca em Assôs. Chega a Mileto; 20.17:Em Mileto, fala aos presbíteros da igreja de Êfeso; 20.36:Paulo ora com eles; 21:Paulo chega a Tiro; 21.7:Paulo em Cesaréia; 21.17:Paulo chega a Jerusalém; 21.27:A prisão de Paulo; 22:Paulo apresenta sua defesa; 22.22:Paulo livra-se de ser açoitado; 23:Paulo perante o Sinédrio; 23.11:O Senhor apareceu a Paulo; 23.12:A cilada dos judeus; 23.26:A carta de Cláudio a Félix; 23.26:Paulo no pretório de Herodes; 24:Ananias e Tértulo acusam Paulo perante Félix; 24.10:Paulo apresenta a sua defesa; 25:Paulo perante Festo. Apela para César; 26:Paulo discursa perante o rei Agripa; 26.24:Paulo é interrompido por Festo; 26.30:Paulo teria sido solto, se não tivesse apelado para César; 27:Paulo enviado para a Itália; 27.9:Os perigos da viagem; 27.27:O naufrágio; 28:A ilha de Malta; 28.7:Públio hospeda Paulo; 28.11:A continuação da viagem; 28.16:Paulo em Roma; 28.23:Paulo prega em Roma; 28.30:Paulo prisioneiro dois anos.
Epístola aos Romanos
DESTAQUES: o autor, Abraão, Tércio, Priscila, Áquila, Timóteo.
TEMAS: circuncisão, fé, lei, auto diálogo retórico, montante de citações das Escrituras,
CURIOSIDADES: Apesar de no título bíblico esta epístola (carta) estar atribuída à Paulo e o prefácio citá-lo, de acordo com 16.22 quem afirma que a escreveu foi um certo Tércio. Não há evidências objetivas de que Tércio (ou o narrador) estivesse preso quando escreveu , mas de acordo com 16.7 ele anuncia uns companheiros de prisão não afirmando se tratava do presente ou passado. Contudo a introdução desta carta é feita pelo nome Paulo, deixando estes indícios questões sobre o real autor. Sendo Paulo, esta é uma continuidade da história narrada em Atos, se não, então é uma carta contemporânea àquela história, o que pode ser muito provável, pois em 15.24.28, o narrador anuncia que fará viagens à Espanha e Jerusalém por motivos da sua campanha, ações dificilmente permitidas a um prisioneiro, como Paulo que foi levado escoltado à Roma conforme narrado no final do livro de Atos. Por ser uma carta, o livro inicia com uma saudação e é narrado em 1ª pessoa e tem conteúdo de pregação argumentativa das convicções do autor dirigidas a destinatários de Roma, comporem 1.7. Segundo 1.1, Paulo foi também chamado para ser apóstolo, ele passa a ser então o 13º convidado e o mais influente e atuante de todos por causa de suas ações que são narradas desde o livro anterior, curiosamente nenhum dos 12 escolhidos antes por Jesus pessoalmente, conforme: Mateus 10.1-4, Marcos 3.13.19 e Lucas 6.12-16 foram tão influentes como ele convidado por Jesus em visão, com esclarecimentos de Ananias, conforme narrado em Atos 9.1-19; vale lembrar que ouve também apóstolos nomeados pelos próprios apóstolos, tal como Matias que veio a substituir Judas Iscariotes, conforme contado em Atos 1.26 e outros que, apesar de não nomeados "oficialmente" se agregaram pelo comportamento de apóstolos tal como Estêvão (Atos 6.8-10). O termo "santos" é introduzido em 1.7 remetendo-se aos "amados e chamados em Roma", destinatários do texto do narrador (santo = que vive sobre os preceitos religiosos). Segundo o autor em 1.20-21 os atributos, o eterno poder e a divindade de Deus são "claramente reconhecidas desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas" e por não notarem isso "Tais homens são indesculpáveis" por não glorificar Deus; dado o reducionismo e simplicidade do argumento, observa-se que se trata de uma "lógica de fé", que se apoiaria nas escrituras de Gênesis capítulos 1 e 2, não configurando uma explicação científica. Em 1.27 o autor denuncia o homossexualismo que observou na época e classifica-o como um ato torpe e um erro que tinha uma merecida punição (mas não registra que punição ocorrera). De acordo com 1.28 o próprio Deus entregava os homens que o desprezava, à prática de coisas inconvenientes e dá uma lista de tais coisas: malícia, avareza, maldade, homicídio, etc.; sendo este argumento uma afirmação que a maldade também vem por Deus. Como era citada pelos autores do Velho Testamento em vários episódios, o autor deste livro retoma a expressão "ira de Deus" contra os homens como se pode ver em 1.18 e 2.5, mas vale lembrar que não consta o registro de tal expressão nos evangelhos e nem atribuídas a fala de Jesus. O autor registra uma preferência e prioridade ao judeu e ao grego, conforme 2.9-10. No trecho 2.25-29 retoma-se a discussão sobre circuncisão, onde o autor encerra afirmando que a circuncisão física nada garante pois a verdadeira é "a que é do coração", revogando definitivamente ordenação dada à Abraão em Gênesis 17.9-10 e que vinha sendo praticada até então, inclusive com Jesus, conforme Lucas 2.21-22. Em 3.4 o autor cita algo que "segundo está escrito" porém não se identifica nos demais livros que compõem a Bíblia trecho igual. Apesar da priorização o autor iguala judeus e gregos nos pecados aos demais povos, fazendo no trecho 3.1-18 outras citação do que está escrito que é observada como um misto de trechos verificados em Salmos 14,6,10, Isaías 59.7-8 e novamente um Salmo 36.2, ( o autor não citou essas fontes). Cheio de questões retóricas no trecho 3.21-31 o autor argumenta sobre fé e lei, justificar a fé como circuncisão do incircunciso, na tentativa de confirmar que ele obedecia a lei, conforme encerra afirmando que a fé confirma a lei (inclusive criou em 3.27 a expressão "lei da fé"). Um forte argumento é usado pelo autor contra a circuncisão e a favor da fé na argumentação do trecho 4.1-25, pois ele lembra que Abraão era "homem de Deus" pela fé, pois ele não era circuncidado, citando o autor Gênesis 15.6 e de fato a circuncisão só ordenada depois em Gênesis 17.9-10 aos primogênitos descendentes de Abraão, porém o próprio narrador registra em 4.15 que "a lei suscita a ira; mas onde não há lei, também não há transgressão", (observa-se que essa afirmação seria um depoimento contra o próprio narrador pois na sua época a lei da circuncisão já vigorava). No trecho 5.12-21 o narrador faz um contraponto entre Adão como responsável pela introdução do pecado e morte no mundo e Jesus pela graça e vida eterna. Segundo o pregador, quem morreu está justificado do pecado conforme 6.7. Em 6.23 o pregador narrador diz que "o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor", mas como explicar o ocorrido com Estêvão homem que apesar de "cheio de graça e poder que fazia prodígios e grandes sinais entre o povo (Atos 6.8)", foi apedrejado e morto conforme Atos 7.58,60 ? (não há registro de que houvesse pecados em Estêvão); seria então essa vida eterna, espiritual? pois Estêvão, conforme Atos 7.59, disse: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito!"- logo o pressuposto implicaria que o "espírito pecador" morre. Alcançando cada vez mais profundidade filosófica acerca da análise da lei versus a influência de Jesus, definitivamente o narrador (Paulo?) declara em 7.9 que "a letra da lei" a qual eles eram sujeitos (leis de Moisés conforme evidência em 7.7 onde cita o mandamento "Não cobiçarás" anunciado em Êxodo 20.17) fica caduca depois dos que "morreram por meio do corpo de Cristo", conforme dito em 7.4; tal conclusão vem depois de uma analogia (7.1-6) entre o que "a lei determina à mulher no casamento" e ao homem perante às leis, pois segundo o autor, depois que o marido morre a mulher não é considerada adúltera (pois pode casar-se com outro homem-Deuteronômio 24.2) e se o homem é devoto à Jesus ele não mais se submete a lei no que fizer; as evidências são de que todos esses argumentos são esforços para justificar as orientações do apóstolo divergentes da lei, como por exemplo a suspensão da circuncisão, conforme já comentado. O narrador, ainda dissertando filosoficamente sobre as influências da lei, (entre divergir e justificá-la) faz reflexões auto analíticas sobre o seu "eu" versus "sua carne", afirmando em 7.18 que nela (sua carne) não habita nenhum bem, este só estaria no seu "eu", "em mim"; e conclui em 7.24 declarando-se "desventurado" e desejando livrar-se do corpo, resumindo em 7.25 duas leis a que se submete: que o seu "eu" ("sua mente") é escravo da lei de Deus e "sua carne" escravo da "lei do pecado" (supostamente lei de Moisés). "Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus", afirma-se em 8.1, mas vale lembrar que há registro em João 15:22 que o próprio Jesus afirmou que: "Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado.", logo aqueles que com Jesus estavam vinha o pecado. Em 8.11 o narrador diz que o "corpo mortal" será vivificado por meio do Espírito daquele que ressuscitou a Jesus, se na pessoa habitar tal Espírito, afirmação esta que as evidências indicam que pode se tratar de algo simbólico ou metafórico, pois apenas Jesus e os que ele e os discípulos ressuscitaram, tiveram o "corpo mortal" vivificado, ou então muitos dos outros homens que morreram antes e depois dele não tinham neles "habitado tal Espírito", como por exemplo Estêvão (morto em 7.60) e Tiago (morto em 12.2) que não tiveram seus corpos mortais ressuscitados e ainda todos os "grandes homens" do Velho Testamento para os quais não se tem também registros de seu corpo mortal ressuscitado, apesar de se ter registrado aparições sobrenaturais de Samuel depois de sua morte no capítulo 28 de Samuel I e de Moisés contada por três dos evangelistas, como exemplo Mateus 17.3. Em 9.6-7 o narrador lembra aos destinatários da sua epístola que nem todos os descendentes de Abraão são "filhos de Deus" e justifica citando Gênesis 21.12 onde Deus disse a Abraão que "em Isaque será chamada a tua descendência", apesar de Abraão ter tido outros filhos. No trecho 9.1-18 o narrador disserta sobre a independência e parcialidade das escolhas de Deus sobre os seus, ou seja a quem ele aprouver e a quem lhe apraz, independente das obras do escolhido, conforme sintetizado em 9.11 onde se alude Gênesis 25.19.26 e se afirma que os gêmeos Esaú e Jacó "nem tinham praticado o bem ou o mal" e a escolha de Deus já estava sobre Jacó, pois sem critérios aparentes e justificados, Deus pronunciou à Malaquias (Malaquias 1.3) conforme citado pelo narrador "Amei a Jacó e me aborreci de Esaú" e atesta em 9.18 que Deus tem misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz conforme justificada a afirmação do autor pela citação que ele faz em 9.15 de Êxodo 33.19 onde Deus fez tal afirmação à Moisés. (Observa-se que o narrador remetendo-se àquele Deus atuante no Velho Testamento, ele não faz distinção daquele em relação ao "Deus Pai" de Jesus segundo o evangelho de João, ou seja "o Deus jamais visto" conforme anunciado por João Batista em João 1.18 e ratificado pelo próprio Jesus em João 5.37 e complementado por ele em João 8.42 e 44, onde aquele "Deus pai dos judeus" é classificado por Jesus como "diabo e homicida desde o princípio"). O autor em 9.25 cita trecho que seria de Oséias, contudo não se encontra tal pronunciamento no breve livro de Oséias que compõe o V.T. As duas citações seguintes referente a Isaías em 9.27 e 9.29 procedem sobre Isaías 10.22 e 1.9 respectivamente e ainda Isaías 8.14. Citação semelhante atribuída ao narrador à "Escritura" sem que ser anunciado o autor, é feita em 10.13: "Todo aquele que nele crê não será confundido", porém esta pronunciação também não é identificada no livros da Bíblia. Já a citação de 10.13 é encontrada em Joel 3.32. Antes, fazendo um obtuso e sofismático paralelismo da "justiça de Moisés" citada em 10.5, com o que institui o narrador como a "justiça da fé" ele explica que sobre ela não se faz questões sobre quem "sobe" ou "desce" sobre a relação de Deus com a vinda e ressurreição de Jesus, metaforizadas pela vinda do céu e retirada do abismo. O trecho 10.16-21 compõe uma argumentação intencionando dizer que o "evangelho" (pregação de Jesus) havia sido anunciado e para justificar sua afirmação o narrador cita trechos dispersos e de diferentes contextos no Velho Testamento, encontrados em: Isaías 53.1(em 10.16), Salmo 19.4(10.18), Deuteronômio 32.21(em 10.19), Isaías 65.1-2(em 10.20-21). Em 11.1, o narrador (se Paulo, pois não há afirmação objetiva disso) declara-se israelita descendente da tribo de Benjamim (filho de Jacó, filho de Isaque) descendente de Abraão). O narrador para justificar que "Deus não rejeitou o seu povo", recorre ao diálogo de Deus com Elias que pode ser observado em Reis I 19.14-18. Observa-se que o narrador adotou e prossegue seu recurso de montante de citações, intencionando justificar suas argumentações, pois mais uma coleção de trechos dispersos no V.T., que foram pronunciados sobre aquele tempo e direcionados aquelas ocasiões e contextos específicos, são lançados como anunciações aplicáveis no presente do narrador, tal como a citação de 11.8 que remete a Deuteronômio 29.4 que é parte do discurso de Moisés ao final da sua jornada, declarando que "O Senhor não vos deu coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até o dia de hoje" ou seja até aquele dia do discurso de Moisés, logo tal afirmação só se aplica aos dias do narrador, não por si mesma, mas pelo próprio desejo e afirmação do narrador, como o faz em 11.7 quando anuncia tal a citação, seguida de outra citação de reforço em 11.10 que é identificada como o versículo 23 do Salmo 69. Vale observar que grande deve ter sido a dificuldade dos destinatários em verificar as citações do narrador que não identificou os trechos a que se referia, pois muitas vezes nem o autor foi registrado e grandes são os textos das "Escrituras" e muitos são eram os livros que a compunham e que hoje formam o Velho Testamento da Bíblia (ainda hoje isso é viável apenas com recursos tecnológicos). Em 11.26-27 cita-se mais uma vez Isaías, composto de dois trechos: Isaías 59.20-21 com o complemento "quando eu tirar os seus pecados", por conta do autor, ou por ele interpretado da escritura. Em 11.32 o narrador registra que "Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos", ou seja próprio Deus fazia o povo desobediente para ele mesmo usar com eles misericórdia; vale observar que este comportamento de "manipulação dupla" é observada, de fato, como uma prática comum de Deus no Velho Testamento, como pode-se ver em Êxodo 10:1 onde "Disse o SENHOR a Moisés: Vai ter com faraó, porque lhe endureci o coração e o coração de seus oficiais, para que eu faça estes meus sinais no meio deles" e se repete semelhança em Josué 11.20 e outros episódios em que ocorrem as quedas dos Israelitas e Jesrusalém. Quanto ao Deus o qual o narrador fala, ele admite em 11.33 que os juízos daquele são insondáveis e os caminhos dele inescrutáveis, mas inexplicavelmente e aparentemente contraditória a esta afirmação, o narrador classifica a "vontade de Deus" como "boa, agradável e perfeita" conforme descrito em 12.2. Enfim orientações de bondades semelhantes as pregadas por Jesus narradas nos evangelhos, são recomendadas pelo narrador deste livro aos seus destinatários, no trecho 12.9-18: "amor sem hipocrisia, detestar o mal e apegar-se ao bem, amor fraternal, paciência na tribulação, perseverança na oração, hospitalidade, abençoar os que te perseguem, alegrar com os que alegram, chorar com os que choram (rapport), não ser orgulhoso, mas ser condescendência com o humilde, fazer bem perante todos os homens", mas em 12.19, orientando que não se vingue a si mesmo, o narrador posicionando um oposto, orienta "dar lugar a ira" porque segundo ele está escrito que o Senhor disse: "A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei", que de fato é identificado como o versículo 35 do cântico de Moisés quando da sua despedida, registrado no final, capítulo 32 do livro Deuteronômio; tal cântico versa sobre uma síntese da peleja, adversidade e lamentações de Deus para com o seu povo e inimigos deles até aquele momento de Moisés, sendo especificamente o versículo 35 um posicionamento do Deus do Velho Testamento acerca dos adversários. Sem avisar que se trata também de um trecho das Escrituras, o narrador complementa ainda em 12.20 com um trecho que é encontrado em Provérbios 25.21-22, em que a "bondade" de "dar pão e água ao que te aborrece amontoará brasas sobre sua cabeça e o Senhor de retribuirá", denotando que a bondade feita refere-se a uma estratégia de vencer, superar literalmente e se sobrepor no embate contra o opositor (o mal) utilizando o bem, conforme conclui o narrador em 12.21 dizendo: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem". Pregando em 12.12 o que pregou semelhantemente pregou Jesus segundo Mateus 5.44, acerca dos inimigos, o narrador também prega em relação aos tributos em 13.6 igualmente a Jesus em Mateus 17.24-27 e 22.17-21. Na verdade prega obediência às autoridades em todo o trecho 13.1-7, pois segundo ele "não há autoridade que não proceda de Deus". Ainda parafraseado as palavras de Jesus em Mateus 22.39.40, o narrador após citar alguns dos mandamentos de Êxodo 20.1-17 cita a lei que está em Levítico 19.18 "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" como o resumo de qualquer outro mandamento, desprezando o primeiro mandamento enumerado por Jesus em Mateus 22.37: "Amarás o senhor teu Deus de todo o teu coração". O narrador encerra em 13.10 declarando que "o cumprimento da lei é o amor" (mas se nos limitarmos ao termo "próximo", tal amor se resume entre os judeus ou a quem deles tivesse misericórdia, pois na época em que a lei foi descrita em Levítico, o termo se restringia aos israelitas da época e na época de Jesus ganhou ampliação para quem tivesse misericórdia do outro, conforme explicado na história do bom samaritano contada por Jesus em Lucas 12.29.37 ). O narrador anuncia em 13.11 que a salvação deles está próxima, mas não dá detalhas sobre "salvação de quê" ele se refere, a menos que considerarmos que tal narrador é Paulo e, como ele estava detido, escreveria para outros detidos e ambos aguardavam salvação da prisão. Em 14.2, sem explicações, o narrador classifica de débil o que come legumes, utilizando tal como metáfora para que os seus destinatários "acolham ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões". pois diz em 14.5 que "Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente" pois "todos compareceram perante o tribunal de Deus", conforme 14.10, justificado pelo narrador com mais uma citação das Escrituras, e novamente Isaías, desta vez 45.23. O narrador afirma em 14.14 que sabe e está persuadido no Senhor Jesus de que "nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura." e complementa em 14.22 diz: "Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas é condenado... porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé, é pecado." evidências de que se trata de uma pregação "de liberdade pela própria fé". Refletindo de forma generalizada sobre esta lógica, um criminoso pode não achar que é "impuro" o que ele faz e assim permanecer em tal prática, prejudicando os demais, que permaneceram passivos, pois também recebem, pelo mesmo argumento (14.13), a orientação de não julgar, logo não promovendo reações. Em 15.3 O narrador afirma que Cristo não se agradou a si mesmo e exemplifica com um trecho da Escritura que é identificado como uma afirmação de Davi no versículo 9 do Salmo 69, mas vale observar que, diferentemente de Jesus que disse, conforme Lucas 23.34,: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." os desejos de Davi não eram nada resignados, pois naquele mesmo Salmo 69, ele faz pedidos a Deus contra seus opositores, como se lê nos versículos 23 e 24: "Obscureçam-lhes os olhos para que não vejam e faze que sempre lhes vacile o dorso. Derrama sobre eles a tua indignação e que o ardor da sua ira os alcance" e 28:"Sejam riscados do Livro dos Vivos". Novamente para valorizar suas argumentações o narrador apresenta mais um "montante de citações" recortes de dispersos trechos das Escrituras, sendo: em 15.9: identificado como trecho de um cântico de Davi em Samuel II 22.50; em 15.10: trecho do cântico de Moisés em Deuteronômio 32. 43; em 15.11: referente ao versículo 1 do Salmo 117 e em 15.12, conforme anunciado pelo narrador como Isaías, mas especificamente encontrado em Isaías 11.10. O narrador diz em 15.24-27 que deseja estar com os seus destinatários quando fizer uma viagem à Espanha, mas que por ora estava de partida para Jerusalém a serviço dos santos para levantar uma coleta em benefícios dos pobres e que depois passaria pelos destinatários antes de rumar à Espanha, logo estas afirmações são evidências de que sua prisão era bem relaxada, ou ele não estaria preso. Em 16.1 o narrado recomenda aos destinatários uma certa irmã Febe que serve a igreja de Cencréia. Em 16.3 o narrador cita Priscila e Áquila como seus colaboradores, sendo estes os mesmos citados em Atos 18.2, forma-se assim evidências de que o narrador pode ser Paulo que os encontrou aquela época. Em 16.7 um certo Andrônico e Júnias são citados como companheiros de prisão. Segundo 16.22, quem escreveu esta epístola foi Tércio e conforme 16.21, Timóteo é registrado como seu colaborador. Introduzido o termo latino "Amém" ao final do discurso conforme 16.27.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.8:O amor de Paulo pelos cristãos de Roma. Seu desejo de vê-los; 1.16:O assunto da epístola :a justiça pela fé em Jesus Cristo; 1.28:Entregues os gentios a reprováveis sentimentos; 2:Os gentios e os judeus igualmente culpados. O juízo de Deus; 2.17:Os judeus são indesculpáveis; 2.25:O verdadeiro israelita; 3:Paulo responde a objeções; 3.9:Todos os homens na condição de pecadores; 3.19:O judeu não constitui exceção; 3.21:A justificação pela fé em Jesus Cristo; 4:Abraão justificado pela fé; 5:A justificação pela fé e paz com Deus; 5.12:Adão e Cristo; 6:Livre do pecado pela graça; 6.15:A lei a escravidão e a graça; 7:A analogia do casamento; 7.7:A lei e o pecado; 8:Nenhuma condenação. O pendor do Espírito; 8.12:Filhos e herdeiros; 8.18:Os sofrimentos do presente e as glórias do porvir; 8.26:A intercessão do Espírito; 8.31:As provas e a certeza do amor de Deus; 9:Paulo e a incredulidade dos judeus; 9.6:A rejeição de Israel não é incompatível com as promessas de Deus; 9.19:A soberania de Deus; 9.30:Israel é responsável pela sua rejeição; 10:Os judeus rejeitam a justiça de Deus; 10.16:Israel não pode alegar falta de oportunidade; 11:O futuro de Israel; 11.11:A rejeição de Israel não é final; 11.25:O último desígnio de Deus é misericórdia para com todos; 11.33:A maravilhosa sabedoria dos desígnios divinos; 12:A nova vida; 12.3:O devido uso de dons espirituais; 12.9:As virtudes recomendadas; 13:Da obediência às autoridades; 13.8:O amor ao próximo é o cumprimento da lei; 13.11:O dia está próximo; 14:A tolerância para com os fracos na fé; 14.13:A liberdade e a caridade; 15:A imitação a Cristo. A simpatia e o altruísmo; 15.14:A explicação de Paulo; 15.22:Os planos de Paulo; 15.30:Paulo pede as orações; 16:Paulo recomenda a Febe; 16.3:As saudações pessoais; As admoestações; 16.21:As saudações dos companheiros; 16.25:A doxologia.
1ª Epístola aos Coríntios
DESTAQUES: Paulo, Sóstenes, os Coríntios
TEMAS: carta, pregação sobre Jesus Cristo, sentença de Paulo ao impuro, contradição de conceitos com a epístola aos romanos, amor, discriminação da mulher, alusão ao Velho Testamento, citação de profecias, normatização da igreja, lista de "coisas más".
CURIOSIDADES: Este livro trata-se de mais uma carta com o prefácio anunciando Paulo, que desta vez escreveu de fato, pelo menos a saudação, conforme registrado em 16.21. Um certo Sóstenes também é anunciado o que forma uma evidência de que ele tenha contribuído na epístola. Desta vez a carta é destinada à igreja que está no local de nome Corinto, conforme 1.2, onde, também, o narrador informa que os destinatários são chamados para ser santos. O narrador registra em 1.11-12 que havia contenda entre os destinatários da igreja de Corinto em relação aos seus líderes religiosos, pois uns diziam "ser de Paulo, outros de Apolo (companheiro-Atos 18.24) , outros de Cefas (Pedro-João 1.42) outros de Cristo", e por tal motivo ele vem pedir unidade. Em 1.14 o narrador afirma ter batizado Crispo, uma evidência cabal que tal narrador é mesmo Paulo, pois de fato ele batizou Crispo conforme Atos 18.8. Paulo afirma em 1.17 que Cristo o enviou para pregar o evangelho, mas "não com sabedoria de palavra", porém observa-se que tal afirmação é incompatível com a principal atividade de Paulo narrada em todo o livro de Atos, que registra várias de suas pregações, argumentações e convencimentos feitos "por meio de palavras", como por exemplo o episódio do discurso em Trôate conforme contado em Atos 20.5-12 quando Paulo falou até a meia-noite até que um jovem adormeceu caiu, recuperando o jovem ele continuou a discursar até o "romper da alva", também há o episódio da pregação na sinagoga de Beréia onde se registra em 17.11-12 que a avaliação da "palavra" de Paulo examinada junto as Escrituras, fizeram muitos crerem; ainda vale lembrar que 3 mil que "aceitaram a palavra" de Pedro em Atos 2.41 foram batizados e mais 5 mil que "ouviram e aceitaram a palavra" de Pedro e João em Atos 4.4. aumentaram o número da igreja; e acima de tudo, as epístolas do autor são "palavras" escritas. O narrador lança em 1.18 uma expressão denominada "palavra da cruz" mas não dá explicações diretas e objetivas do seu significado. O narrador cita algo "escrito" que diz: "Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos", porém tal pronunciamento não é identificado nos livros das Escrituras. Em 1.22 Paulo diz que naquele tempo os judeus pedem sinais assim como os gregos buscam sabedoria. Na visão do narrador em 1.26-29 os seus destinatários são comparados a "coisas loucas, fracas e humildes" que Deus havia escolhido para envergonhar os sábios, os fortes e reduzir a nada as coisas que são (algo). O narrador afirma em 2.4-5 que quando esteve com os coríntios as suas palavras e pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria para que a fé deles não se apoiassem em sabedoria humana, porém vale observar que trecho 18.1-4 onde se registra a estadia de Paulo em Corinto, afirma-se mais especificamente em Atos 18.4 que Paulo: "Todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos", este ato registrado e vários outros episódios, principalmente discursos como as epístolas e em especial a aos romanos, são registros evidentes de demonstração de uma "linguagem persuasiva" de Paulo apoiada na "sua sabedoria" sobre os textos das Escrituras; posto isto, há incompatibilidade das ações de Paulo e esta sua afirmação de Coríntios I 2.4-5, ou não está claro o que ele intencionava afirmar com tais colocações. Em 2.6 Paulo afirma que a sabedoria dos poderosos da sua época se reduziam a nada. Paulo faz uma citação em 2.9 de algo que segundo ele "está escrito", mas, como não identificado literalmente no V.T. , ao que parece por aproximação, pode ser uma paráfrase de Isaías 64.4. Ainda depreciando o que Paulo "sábios" e o que chama de "sabedoria deste mundo", Paulo em 3.19 diz que tal é "loucura diante de Deus" e justifica citando mais "alguma coisa escrita" que é encontrado em Jó 5.13, onde lá, Elifaz, um dos interlocutores de Jó, exaltando a Deus sobre todos, afirma que "Ele apanha os sábios na sua própria astúcia" e escreve ainda um trecho que se encontra no versículo 11 do Salmo 94, mas trocando a palavra "homens" que lá se encontra, por "sábios", de acordo com a conveniência da sua argumentação nesta carta. Paulo registra em 4.13 que até o momento daquela carta eles estavam sendo considerados "lixo do mundo e escória de todos". Paulo diz em 5.1 que se ouve dizer que entre os integrantes da igreja de Corinto há quem cometeu a "imoralidade" de possuir a mulher do próprio pai e por tal ato ele sentencia em 5.5 que, em nome do Senhor Jesus, "autor de tal infâmia" seja entregue a Satanás para a destruição da carne e justifica com uma metáfora sobre fermento e massa, dizendo em 5.7 para que eles lancem fora o "velho fermento" para que sejam nova massa; complementando em 5.9-11 Paulo diz que em carta que já os escreveu (evidência de que esta não é a primeira carta aos Corintos) orientou que eles não se associassem a "impuros", não os "do mundo", pois assim eles teriam que sair do mundo, mas aos impuros que se dizem irmãos que segundo eles são os: avarentos, idólatras, maldizente, beberrão, roubador e diz com este não se deve nem comer e encerra em 5.13 mandando expulsar dentre eles "o malfeitor"; mas sendo Paulo um apóstolo de Jesus, fica a questão se esta sua sentença aos coríntios estaria mesmo coerente com as atitudes registradas de Jesus, pois se considerarmos que este "malfeitor" citado por Paulo é um pecador, vale lembrar que em Mateus 9.10-12, Marcos 2.15-17 e Lucas 5.29-32 registra-se que o próprio Jesus comeu com pecadores e questionado sobre isto, ele afirmou :"Não vim chamar justos e sim pecadores ao arrependimento"; ainda sobre a sentença de Paulo, sabendo-se que uma sentença só se aplica depois de um julgamento, concluí-se que Paulo realiza então neste episódio um julgamento, ato tal o qual ele mesmo condenou na epístola enviada aos romanos, onde em Romanos 14.13 disse: "Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao nosso irmão" e quanto ao que é "impuro" ele registrou naquela mesma epístola Romanos 14.14: "Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si impura, salvo para aquele que assim a considera". Em 6.1, o uso do termo "injusto" em oposição ao termos "santo" (integrantes da sua igreja e destinatários da suas epístolas conforme 1.2) denota que os seu significado é semelhante ao significado no velho testamento, ou seja refere-se as pessoas não seguidoras da fé em Deus e nesse caso não seguidores da igreja de Paulo, sendo que neste versículo ele, com questões, sugere que os próprios coríntios façam seus julgamentos, não os submetendo aos de fora, "do mundo", os "injustos", entrando em contradição ou diferenciando os coríntios dos romanos, para aqueles os quais ele orientou que não se julgassem (Romanos 14.13). Em 6.2 Paulo de afirma que os santos julgarão o mundo. Em 6.9 Paulo dá uma lista dos que não herdarão o "reino de Deus": impuros, idólatras adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes e roubadores. Em 6.14 Paulo afirma que como Deus ressuscitou o Senhor (Jesus), ele os ressuscitaria, mas não há escrituras que registrem a ressurreição de Paulo. Em 7.5 Paulo dá orientações sobre o relacionamento de casais, dizendo: "Não priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente , vos ajunteis, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência", mas registra em seqüência 7.6 que tal orientação não é um mandamento, mas apenas uma "concessão", pois o que ele desejava é que todos os homens fossem como ele, deixando evidências em 7.8-9 de que ele era celibatário, pois diz: "E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado". Em 7.10-11 Paulo afirma que são ordens do Senhor que a mulher não se separe do marido, mas se separar não se case ou se reconcilie com seu marido e que o marido não se aparte da sua mulher. No trecho 7.12-14, ele diz ( e não o Senhor) que o que desposar incrédulo não o abandone, permitindo assim a união de crentes à incrédulos, justificando que o crente santificará o incrédulo na união e em 7.19 Paulo decreta definitivamente que "a circuncisão, em si não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é guardar as ordenanças de Deus", tais orientações compreendem mudanças em relação as orientações originais dos judeus (Êxodo 34.12 e Gênesis 17.9-10 ) e motivo o qual vinha colocando os judeus ortodoxos (fariseus e saduceus) contra os apóstolos, os perseguindo de morte (Atos 15.1-5 e 24.5). Em 9.9 Paulo cita o nome de Moisés e um registro da sua lei que diz: "Não atarás a boca do boi quando pisa o trigo", este pronunciamento é encontrado da seguinte forma em Deuteronômio 25.4: "Não atarás a boca do boi enquanto debulha" e esta frase encontra-se isolada sem mais explicações entre a lei da pena dos "quarenta açoites" e a lei do "destino da esposa com o cunhado" após a morte do marido; aqui Paulo interpreta em 9.7-10 aquela frase como o direito do boi comer pelo trabalho que faz e dessa afirmação faz analogia em 9.11 ao trabalho apóstolo que ele faz, mas nega em 9.15 que esteja pedindo algo em troca. Em 9.24-25 Paulo registra evidências da prática de esportes (corrida em estádio) naquele época, mas deprecia a premiação do chamando-a de "coroa corruptível", sendo incorruptível apenas a dos apóstolos na prática da pregação. No trecho 10.1-13 Paulo faz diversas alusões sobre a vida antiga do seus pais na época da peregrinação no deserto registrando que eles estiveram "sob a nuvem" (Levítico 40.34-38) e todos "passaram pelo mar" (Êxodo 14.22), "comeram de um só manjar" o que alude ao maná mandado por Deus para alimentar os israelitas da época (Êxodo 16.35), mas em 10.4 Paulo fala de uma "pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo", porém, uma nuvem os seguia, mas não há registros no V.T. de alguma pedra que os seguiam, naquela época, as duas rochas significativas no V.T. foram a rocha de Refidim da qual eles beberam água após Moisés feri-la com o bordão (Êxodo 17.1-7) e outra rocha a qual era para Moisés apenas "falar com ela" mas ele a feriu duas vezes (o que depois custou-lhe a vida), então os israelitas também beberam daquelas águas chamadas de Meribá (Números 20.2-13); Ainda sobre a época da peregrinação no deserto, Paulo em 10.6 acusa os seus pais de terem "cobiçado coisas más", porém observa-se naqueles episódios que os irrealistas, murmurando de fome e sede, cobiçavam apenas a comida que lhes era oferecida no Egito antes de lá saírem conforme escrito em Êxodo 16.3. Paulo ainda cita em 10.7 diretamente a escritura que narra aquele período, trecho que é encontrado em Êxodo 32.6, referente ao episódio da construção e adoração do bezerro de ouro conforme 32.1-8; o episódio dos que "pereceram pela mordedura das serpentes" e que é visto em Números 21.4-9 também foi lembrado em 10.9, porém Paulo afirma que aqueles sofreram porque teriam colocado o Senhor à prova, mas de acordo com Números 21.5 o povo sofreu o ataque das serpentes mandadas por Deus apenas porque reclamou da falta de pão e água e queixava-se do fastio do "pão vil" (o maná); Paulo ainda lembra os que foram destruídos por terem murmurado e ele mesmo afirma em 10.10 que eles foram destruídos pelo "exterminador"; Demonstrando conivência com todas aquela ocorrências, Paulo afirma em 10.11 que tudo aquilo sobreveio como exemplos e foram escritas como advertência para eles indicando sobre "quem os fins dos séculos têm chegado", mas não registra mais explicações sobre o significado desta sua última afirmação simbólica. Em 10.14 Paulo reitera a questão de todos os tempos registrados na Bíblia e em especial a mais condenada por Deus no V.T.: "fugi da idolatria". Repetindo um bordão de 6.12, Paulo diz em 10.23: "Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm" . Em 11.1, sem modéstia, Paulo recomenda aos seus destinatários da epístola que sejam seus imitadores, como também ele afirma ser de Cristo (apesar da "sentença" que ele decretou em 5.5 e a ordem em 5.11 sobre "não comer com o infame" que seriam atitudes antagônicas ao comportamento apresentado por Jesus registrado por três dos evangelistas como em Lucas 5.29-32 sobre "comer com pecadores"). Num arremedo de Moisés em Levítico, Paulo prescreve orientações estéticas sobre como os homens e mulheres devem se compor quando orarem na igreja, ou seja, ele afirma que 11.4 que há desonra no homem que ora com a cabeça coberta, pois segundo ele em 11.3 Cristo é o cabeça de todo homem" logo se o homem cobre a cabeça, desonra a Cristo e como o "homem é o cabeça da mulher" a mulher que ora sem véu desonra o homem; e com questões retóricas pergunta em 11.14: "não vos ensina a própria natureza ser desonroso para o homem usar cabelo comprido?" (vale observar que a natureza "comanda" o crescimento do cabelo do homem de maneira que ele fique tão longo quanto o da mulher, o que seria uma resposta natural à Paulo). Em 11.8 observa-se que Paulo faz uma alusão sobre as criações de Adão e Eva (Gênesis 2.7 e 2.22) pois afirma que "o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher do homem", apesar de lembrar depois em 11.12 que "tudo vem de Deus, pois também "o homem é nascido da mulher". No trecho 11.23-25 Paulo relembra a ceia de Jesus com os apóstolos contata por três dos evangelistas (ex: Lucas 19.23), quando ele parte o pão e chama de seu corpo e oferece o vinho e chama de seu sangue. Em 12.1-2 Paulo evidencia que os coríntios são pessoas convertidas, pois afirma que eles eram gentios (pagãos) conduzidos por ídolos. No trecho 13.1-13 Paulo faz uma exaltação ao amor (a versão Ave-Maria traduziu como "caridade", o que é uma grande diferença!) e encerra em 13.13 colocando-o acima da esperança e até, curiosamente acima da fé, pois em 13.2 chega a dizer que "ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei"; de fato Paulo qualifica o amor com poderes impressionáveis e ilimitados, nessas qualificações ele afirma que o amor é: "paciente, benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se recente do mal, não se alegra com a injustiça, regozija-se com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta e jamais acaba" (cabe então algumas questões: Havia amor naquele "exterminador" do Velho Testamento citado por Paulo em 10.10? havia amor no "Deus" do Velho Testamento, o "Senhor" que mandou serpentes ao seu povo conforme Números 21.4-9 e relembrado por Paulo em 10.9? Havia amor naquele anjo do Senhor que feriu Herodes e o fez morrer comido de vermes conforme contado em Atos 12.23? Havia amor no próprio Paulo que cegou Elimas conforme Atos 13.11?). No trecho 14.5 Paulo, abordando dons espirituais, defende que "profetizar" é melhor que "falar em línguas", salvo se as interpretar, pois caso contrário se não se compreende o que fala, é como se falasse ao ar, conforme ele afirma em 14.9. Paulo cita um trecho que segundo ele está escrito na lei e que foi dito pelo Senhor; tal trecho parece ser uma paráfrase de Isaías 28.11, pois há diferença nas estrutura literal do pronunciamento e aqui há um acréscimo. Em 14.34 Paulo determina que as mulheres se conservem caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar e diz que elas devem ser submissas como "determina a lei" (mas não especifica de que lei se trata e não se observa no V.T. orientações diretas à este respeito, ao contrário, existiu até uma juíza "Débora" em Juizes 4.4 que profetizava e julgava naquele tempo, além das significativas participações de Rute e Ester na história e Maria, a própria mãe de Jesus que teve contato direto com o anjo do senhor conforme Lucas 1.28);e Paulo continua orientando em 14.35 que se a mulher quiser aprender alguma coisa, que "interroguem em casa o seu próprio marido, pois é vergonhoso que elas falem na igreja" e arremata em 14.37 dizendo "reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo" (Paulo não esclarece se o "Senhor" que ele costuma citar é Jesus ou Deus). Sem modéstia Paulo afirma em 15.10 que trabalhou muito mais do que todos os outros apóstolos, mas reconheceu-se menor em 15.9 por ter perseguido a igreja. Em 15.17 Paulo coloca a ressurreição de Cristo como a condição para toda a fé deles: "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé". De acordo com 15.24-25, Paulo acreditava que viria o fim e que Cristo irá "entregar o reino a Deus e Pai, quando houver destruído todo o principado, bem como toda a potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés". Explicando as questões de como ressuscitam os mortos e em que corpo eles vem, questões que Paulo coloca em 15.35, ele mesmo explica em 15.40 que há corpos celestiais e corpos terrestres e em 15.44 afirma: "semeia-se corpo natural, ressuscita-se corpo espiritual" e justifica citando que está escrito: "O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente." e de fato isto está escrito em Gênesis 2.7 "o homem passou a ser alma vivente" referindo-se a formação do homem pelo do pó da terra que teve as narinas sopradas com o fôlego de vida por Deus e o homem passou a ser alma vivente; segundo Paulo há um "último Adão que é espírito vivificante". Então Paulo afirma em 15.51 que anuncia um mistério e repetindo o eufemismo "dormem" como utilizou em 15.6, dando o significado de "morrer" diz: "nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" e coloca que seu mistério mostra quando se cumprirá a palavra que está escrita, e semelhante ao que ele registra em 15.55, identifica-se em Oséias 13.14 "os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas?". No trecho 16.1-3 Paulo orienta coleta aos Coríntios para levar tais dádivas à Jerusalém. Paulo informa em 16.5 que visitará Corinto e também irá à Macedônia, evidência que indica que ele poderia não estar preso na época que escreveu esta carta. Em 16.21, Paulo registra que escreveu a saudação desta carta, evidência que a carta pode ter sido escrita por outro, talvez Sóstenes que é anunciado com ele em 1.1. No encerramento da carta em 16.22 Paulo utiliza os temos "Anátema" e "Maranata" na frase: "Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata!". Segundo o dicionário Aurélio, anátema significa: "excomungado, maldito, amaldiçoado" e maranata de acordo com o site "bibliaonline" significa: "Senhor vem".
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.4:Ação de graças; 1.10:Exortação à unidade; 1.26:A vocação dos santos; 1.30:Valores em Cristo; 2:O caráter da pregação de Paulo; 2.6:A verdadeira sabedoria. O ensino do Espírito Santo; 3:As dissensões demonstram a falta de uma espiritualidade; 3.10:A responsabilidade de quem ensina; 3.18:A sabedoria humana sem valor; 4:Os pregadores responsáveis a Deus; 4.6:Uma reprovação severa; 4.14:Pualo admoesta como pai; 5:A impureza da igreja de Corinto. Repreensões e exortações; 6:Paulo censura o litígio entre os irmãos; 6.12:A sensualidade é condenada; 7:Respostas a perguntas acerca do casamento; 7.10:A estabilidade da família; 7.25:Problemas com respeito ao casamento em tempos de tribulação; 8:Acerca das coisas sacrificadas aos ídolos; 9:A liberdade e os direitos do apóstolo Paulo; 10:Exemplos da história de Israel; 10.14:O cristão deve fugir da idolatria; 10.23:Os limites da liberdade cristã; 11.1:O véu e seu uso na igreja de Corinto; 11.17:Instrução quanto à celebração da Ceia do Senhor; 12:Acerca de dons espirituais; 12.12:A unidade orgânica da igreja; 13:O amor é dom supremo; 14:O dom de profecia é superior ao de línguas; 14.20:Os dons em face dos visitantes na igreja; 14.26:A necessidade de ordem no culto; 15:A ressurreição de Cristo, penhor da nossa ressurreição; 15.20:Cristo, as primícias dos que dormem; 15.29:A ressurreição em relação à vida prática; 15.35:Os ressuscitados terão corpo; 16:Acerca da coleta para as necessidades da Judéia; 16.5:Os projetos de Paulo; 16.10:Acerca de Timóteo e Apolo; 16.13:As exortações finais; 16.15:Estéfanas, Fortunato e Acaico; 16.19:Saudações e a bênção.
2ª Epístola aos Coríntios
DESTAQUES: Paulo, Tito,
TEMAS: formalidades, cumprimentos, saudações,
CURIOSIDADES: Como o nome do livro diz, trata-se de uma segunda carta em que na introdução se anuncia Paulo, desta vez acompanhado por Timóteo destinada aos "santos" da igreja de Corinto. Em 1.3 o narrador classifica Jesus Cristo como "Deus da consolação", desavisadamente, talvez, elegendo assim um segundo Deus, além do "Pai" de Jesus, ato que vai contra o primeiro mandamento em Êxodo 20.3: "Não terás outros deuses diante de mim". E em 1.4 o narrador afirma que Jesus os conforta em todas as suas tribulações, mas não dá detalhes de como se dava esta ação de Jesus sobre eles. Em 2.11 o narrador cita Satanás, como se ele estivesse sempre a espreita e receioso de que ele tenha vantagem sobre eles; quanto a isto vale lembrar que Satanás agiu contra Jó por permissão de Deus conforme Jó 1.12 e quanto a tentação de Jesus no deserto, o "Espírito" o conduziu até lá para ser tentado pelo Satanás conforme registrou os três evangelistas Mateus 4.1, Marcos 1.12 e Lucas 4.1, talvez por isso afirma-se no mesmo versículo que não se ignoram os desígnios de Satanás. Em 2.17 o narrador denuncia que havia alguns "mercadejando a palavra de Deus". Sem explicações o narrador afirma em 3.6 que "a letra mata" (seria "matar" a intenção dele ao escrever as epístolas?). Não identificada nas Escrituras que compõem a Bíblia a frase: "Eu cri; por isso, é que falei" citada pelo narrador em 4.13. Segundo a afirmação em 5.10 todos compareceriam perante o "tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo". Em 6.14-15 o narrador condena a união entre o crente e o incrédulo e orienta em 6.17 que se retirem do meio deles, justificando com citação de Isaías 52.11, mas fica a questão se o narrador estaria suspendendo as pregações para conversões, pois os próprios coríntios eram como incrédulos "conduzidos por ídolos" conforme Coríntios I 12.1-2 e se evitassem gente como eles eram, não trariam mais convertidos à igreja. Um certo Tito que recebe o narrador na Macedônia é anunciado em 7.3 com prazer (como em Coríntios I 16.5, Paulo havia informado que iria a Macedônia, esta afirmação é uma evidência que esta segunda carta é de fato posterior a 1ª epístola aos coríntios) . Em 7.8 registra-se que o narrador tinha conhecimento que os coríntios haviam se contristados com outra carta, e afirma paradoxalmente: "não me arrependo; embora já me tenha arrependido" (não se informa diretamente se a carta seria a 1ª epístola, mas, por ser posterior e considerando o teor da primeira as evidências indicam que sim). Sutil, educadamente e eloqüente o narrador fala aos coríntios da "dádiva à assistência dos santos" no trecho 9.1-15 (de maneira que não se pareça que se esteja "mercadejando a palavra de Deus") cita até o versículo 9 do Salmo 112 em 9.9. Em 11.8 Paulo afirma que despojou outras igrejas, recebendo salário, para servir os coríntios. Paulo denuncia falsos apóstolos de Cristo em 11.13 e precavendo-se contra os prováveis argumentos daqueles apóstolos, Paulo relata sua qualificação, formação e suas aventuras, perigos e sofrimentos nas suas viagens de pregação durante todo o trecho 11.22-33 contando inclusive o episódio de Damasco em que ele para a fugir de prisão o ajudaram a descer de corda dentro de um cesto, episódio narrado também em Atos 9.25 (essa recordação faz evidência de que é mesmo Paulo que narra esta 2ª epístola). Segundo Paulo o rei de Damasco naquela época era Aretas. Ainda relatando as suas vantagens, ainda que hesitante em se gloriar, Paulo conta em 12.1-4 que há catorze anos (dos seus dias) viu um homem subir ao "terceiro céu", mas não sabe se no corpo ou fora dele e ouviu "palavras inefáveis as quais não é lícito o homem referir". Paulo diz em 12.11 que deveria ter sido louvado pelos coríntios. Em 12.14 Paulo avisa que estará com os coríntios pela terceira vez. Paulo afirma em 13.1-2 que não poupará os que pecaram em Corinto quando lá voltar e decidirá as questões com duas ou três testemunhas, fazendo assim papel de juiz da sua igreja.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.3:Ação de graça de Paulo pelo conforto divino; 1.12:A sinceridade de Paulo; 1.15:Paulo explica a sua demora em ir a Corinto; 2.5:O penitente deve ser readmitido na igreja; 2.12:A intranqüilidade de Paulo não encontrando Tito; 2.14:A vitória de Cristo no ministério apostólico; 3:A excelência do ministério da nova aliança; 3.12:Onde há espírito do Senhor, aí há liberdade; 4:Paulo cumpre o seu ministério com fidelidade; 4.7:O poder de Paulo vem só de Deus; 4.16:O desígnio e efeito das aflições; 5.1:Ausentes do corpo e presentes com o Senhor; 5.11:O zelo apostólico de Paulo; 5.18:O ministério da reconciliação; 6.4:A abnegação de Paulo; 6.11:O amor com amor se paga; 6.14:Nenhuma comunhão com os incrédulos; 7.2:O afeto de Paulo para com os coríntios; 7.5:A chegada de Tito; 8:A oferta das igrejas da Macedônia para os pobres da Judéia; 8.16:O novo encargo de Tito; 9:Instruções de Paulo em referência à grande coleta; 9.6:A sementeira e a colheita; 10:Paulo defende a sua autoridade apostólica; 10.13:A esfera da ação missionária de Paulo; 11:Paulo continua a sua defesa; 11.7:o desprendimento do apóstolo; 11.16:Os sofrimentos de Paulo por amor do evangelho; 12:As visões e revelações do Senhor; 12.7:O espinho da carne; 12.11:As credenciais de um apóstolo; 12.14:Paulo deseja visitá-los; 12.19:Paulo apela para o juiz de todos; 13:Paulo promete investigar e castigar; 13.11:Saudações; 13.13:A bênção.
Epístola aos Gálatas
DESTAQUES: Paulo, os Gálatas, Abraão, Sara e Agar
TEMAS: citações, circuncisão, desvio dos gálatas tendendo aos ortodoxos, contenda com Cefas (Pedro), lista de coisas más e coisas boas,
CURIOSIDADES: O livro é mais uma carta de Paulo, como anunciado no prefácio e afirmado em 6.11 que ele afirma escrever do próprio punho. Paulo escreve em seu nome e de todos os seu companheiros às igrejas da Galácia conforme 1.2. Em 1.4 o narrador afirma que Jesus entregou a si mesmo pelos pecados deles, para assim desarraigai-los daquele "mundo perverso" (o termo perverso pode ser associado aos não crentes em Deus, conforme era aplicado no V.T.). Em 1.8 Paulo diz aos gálatas que amaldiçoa (anátema) eles mesmos ou até um anjo do céu que venha a pregar "evangelho" que vá além do que eles já haviam pregado. Em 1.12 Paulo afirma que não aprendeu o evangelho de homem algum, mas sim mediante a revelação de Jesus Cristo, o que só é possível se o próprio Jesus tenha repetido a sua história a Paulo e ele não tenha se baseado nas histórias contadas sobre Jesus e depois escritas pelos evangelistas (que eram homens). Em 1.19, Paulo registra que o apóstolo Tiago era irmão do Senhor. Em 2.9, Paulo diz que Tiago, Cefas (Pedro) e João foram dedicados a pregar aos circuncidados (os judeus) e ele aos gentios (pagãos). No trecho 1.11-14 Paulo narra uma certa contenda que teve com Pedro, chegando a não olhá-lo na face porque haveria visto nele dissimulação perante gentios e judeus e ele chegou a chamar a atenção de Pedro (Cefas). Em 1.19 Paulo reitera seu distanciamento da lei (dos judeus) afirmando que para ela havia morrido a fim de viver para Deus e questiona retoricamente os gálatas em 3.5 se os milagres operados entre eles eram feitos pelas obras da lei ou pregação da fé. Voltando a se apoiar na "teoria de Abraão" introduzida por ele em Romanos 4.1-25, Paulo cita em 3.6 Gênesis 15.6 e em 3.8 uma paráfrase de Gênesis 18.18 reforçando a força da fé sobre a força da lei que veio depois de Abraão aos judeus, com Moisés e ainda faz um forte argumento afirmando em 3.10 que "Todos, quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição", justificando com a citação de Deuteronômio 27.26 que é parte de uma coleção de "leis de maldição" que Moisés passa ao povo na sua época e que diz semelhantemente: "Maldito aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da Lei"; Paulo ainda recorre a Deuteronômio 21.23 para argumentar que Jesus já havia assumido maldição em nome deles, fazendo alusão a sua crucificação (pendurado em madeira) pois naquele trecho do V.T há uma afirmação que era maldito quem ficasse pendurado em madeira. Em 3.16 Paulo afirma que Cristo é descendente de Abraão, mas vale lembrar que conforme Mateus 1.20 Maria foi engravidada pelo "Espírito santo", logo não havendo descendência de Jesus por parte dos homens, a não ser por Maria, da qual não há registro nos livros sobre sua origem genealógica. Em 3.17 Paulo registra que a lei veio 430 anos depois das promessas à Abraão. Segundo Paulo em 3.19 a lei veio por causa das transgressões até que viesse o descendente de Abraão que conforme ele é Jesus, logo sendo Jesus a verdade precedente de lei, conforme 3.21. Em 3.25 Paulo conclui que, uma vez que veio a fé, eles não permanecem mais subordinados a lei (de Moisés-conforme contexto). E em 3.28 Paulo iguala judeus, gregos, escravos, lbertos, homens e mulheres como um em Cristo por causa da fé em Cristo. O trecho 4.12-20 demonstra evidências de que os gálatas estariam se distanciando de Paulo e voltando-se para a ortodoxia da lei dos judeus, motivo que ele teria escrito tal carta apelativa. No trecho 4.21-31 Paulo refere-se declaradamente como uma alegoria, as histórias de Sara e Agar (a esposa e a escrava que tiveram filhos de Abraão em Gênesis), isso para dizer que eles eram filhos da livre e não da escrava e apoiando tais argumentos são citados os trechos Gênesis 21.10 sobre a rejeição de Agar (em 4.30) e antes em 4.27 Paulo lança o trecho de Isaías 54.1 como uma interpretação de que aquele se referia a uma certa "Jerusalém lá de cima" que é livre e é a "mãe deles", mas também, na sua alegoria, tal também é referida à Sara, o que seria antagônico, pois Sara é que fora a casada, e a outra é que é exaltada na profecia de Isaías, logo tais observações tornam a argumentação alegórica confusa e controversa, apesar de evidentes as intenções. Como fez no capítulo 13 da epístola aos Romanos, Paulo reitera aqui em 5.14 que "a lei se cumpre em um só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo", deixando de fora a outra orientação de Jesus em Mateus 22.37: "Amarás o senhor teu Deus de todo o teu coração". No trecho 5.19-21 Paulo apresenta uma lista diferente da que descreveu em Coríntios I 6.9-10, sobre o que seriam "os males" carne que não farão herdar o "reino de Deus" e desta vez também enumera a contrapartida que são "os frutos do Espírito, ficando a lista começando pelos males: "prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias (contenda), ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias (voracidade) e coisas semelhantes" e como bem: "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio" (vale observar que por várias evidências mais explicitamente em 3.1 onde Paulo chama os gálatas de insensatos, esta carta pode ser entendida como uma contenda, além do que o Próprio Paulo conta uma contenda e dissensão que ele teve com Pedro-Cefas, conforme 2.11); cabe ainda recordar que em Romanos 14.14 Paulo afirmara que estava persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera. Diferentemente da forma orientada aos Coríntios em Coríntios I 5.1-13, Paulo orienta os gálatas em 6.1 a corrigir com "espírito de brandura" os que cometerem alguma falta. No trecho 6.6-10 Paulo ainda confrontando as "coisas da carne" com as "coisas do Espírito" orienta a fazer o bem por uma questão de conseqüência, pois ceifará o bem quem plantar o bem e o bem seria ações diferentes daquelas "coisas da carne" ambas enumeradas. Em 9.11 Paulo registra que escreve de próprio punho.
SUBTÍTULOS:1:Prefácio e Saudação; 1.6A inconstância dos gálatas; 1.10:O evangelho que Paulo recebeu e pregou; 1.18:Paulo vai a Jerusalém, Síria e Cilicia; 2:O apostolado aos judeus e aos gentios; 2.11:Paulo repreende a Pedro. A justificação pela fé em Cristo Jesus; 3:Paulo apela para a experiência dos gálatas; 3.6:A experiência de Abraão; 1.15:A lei não pode invalidar a promessa; 3.23:A tutela da lei para nos conduzir a cristo; 4:A nossa filiação em Cristo; 4.8:O valor transitório dos ritos judaicos; 4.12:A perplexidade de Paulo; 4.21:Sara e Agar, alegoria das duas alianças; 1.13:A liberdade é limitada pelo amor; 1.16:As obras da carne e o fruto do Espírito; 6:O auxílio mútuo e responsabilidade pessoal; 6.6:O que o homem semear isso também ceifará; 6.11:Paulo gloria-se na cruz de Cristo; 9.18:A benção.
Epístola aos Efésios
DESTAQUES: Paulo, Efésios, Tíquico
TEMAS: reiterações sobre a divindade de Jesus, submissão da mulher, orientações de educação familiar,
CURIOSIDADES: Conforme prefácio 1.1 , mais uma carta de Paulo, desta vez destinada aos "santos" de Éfeso. Em 1.7 Paulo registra que Jesus trouxe redenção e remissão dos pecados deles pelo seu sangue. Sem modéstia, Paulo afirma 1.4 que Deus havia escolhido eles antes da fundação do mundo para serem santos irrepreensíveis perante ele, mas não registra no livro como tomo conhecimento e quais as origens desta sua convicção. Em 4.8 Paulo atribui a atuação de Jesus o trecho do Salmo 68.18, porém observa-se que aquele é mais um Salmo de Davi e logo apresenta evidentes contextualizações da sua época, tais como, além dos louvores à Deus, demonstrações do seu poder violento nas batalhas da época, como se lê no versículo 21 daquele mesmo Salmo: "Sim, Deus parte a cabeça dos inimigos e o cabeludo crânio do que anda nos próprio delitos" e nos versículos 26 e 27 aborda as tribos israelitas ainda ativas na época: Benjamim, Judá, Zebulom e Naftali. Em 5.14 Paulo afirma que se diz: "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e cristo de iluminará", mas não registra as origens de tais palavras; o trecho que mais se aproxima é Isaías 26.19, sem é claro utilizar o termo "Cristo" que não consta no Velho Testamento. Paulo orienta o amor entre marido e mulher no trecho 5.25-33, mas antes em 5.24 prescreve que a mulher seja, em tudo, submissa ao marido, justificando em 5.23 com reiteração da "hierarquia" que introduziu em Coríntios I 11.3 onde escreveu que: "Cristo é o cabeça do homem, o homem o cabeça da mulher e Deus o cabeça de Cristo", só que agora acrescentou a Igreja, colocando Cristo como o cabeça desta e não mais seqüencial, compara a submissão da Igreja à Cristo, como a mulher deve ser submissa ao homem (vale observar que tal submissão da mulher é uma inovação imposta por Paulo, pois nem no V.T. há tal determinação, pelo contrário, conforme já dito existiu inclusive a juíza Débora em Juizes 4.4 que liderava e julgava as questões dos israelitas) . Apesar de em 6.9 Paulo reiterar que para o "Senhor dos céus" não há acepção de pessoas, ele prescreve aos servos que obedeçam aos seus senhores com temor e tremor. Em 6.12 Paulo diz que a luta deles não é contra o "sangue e a carne", era contra os principados e potestades, contra os dominadores daquele mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes", "contra as ciladas do diabo", conforme 6.11 e que o "escudo da fé" os protegeriam dos dardos inflamados do "Maligno", mas Paulo não registra mais explicações sobre a composição, estratégias e objetivos do "inimigo". Paulo encerra registrando em 1.22 que enviara Tíquico aos efésios
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; As bênçãos de Deus em Cristo, autor da nossa redenção; 1.15:Paulo ora pelos crentes; 2:Do pecado pela salvação pela graça; 2.11:Os gentios e os judeus são unidos pela cruz de Cristo; 3:A vocação dos gentios e o apostolado de Paulo; 3.14:Paulo ora novamente; 4:A unidade da fé; 4.7:O santo ministério e o serviço dos santos; 4.17:A santidade cristã oposta à dissolução; 4.25:Exortações a santidade; 5.3:O fruto da luz e as obras das trevas; 5.22:O lar cristão: marido e mulher; 6:O lar cristão: filhos e pais; 6.5:O lar cristão: servos e senhores; 6.10:A armadura de Deus; 6.21: Tíquico; 6.23:A benção.
Epístola aos Filipenses
DESTAQUES: Paulo, os destinatários filipenses, Timóteo, Epafrodito,
TEMAS: algemas e situação de presidiário de Paulo, disseminação do evangelho, pregação
CURIOSIDADES: Mais uma carta de Paulo, em companhia de Timóteo, desta vez dedicada aos bispos e diáconos que vivem em Filipos. Em 1.7 e 1.13 Paulo cita "suas algemas" e em 1.13 fala da "suas cadeias" e da guarda pretoriana, evidências de que ele estaria preso quando escreveu a carta. Em 1.15 Paulo declara que havia pessoas que pregavam Cristo por inveja. Em 1.15 Paulo declara que os seus destinatários estavam no meio de uma geração pervertida e corrupta, mas não relata justificativa para suas acusações. Reiterando Romanos 11.11, Paulo registra em 3.5 mais uma vez que era da linhagem de Israel, descendente de Benjamim, hebreu dos hebreus e que foi circuncidado e que também era fariseu e conforme sua história contada em Atos, perseguidor da igreja no início. Em 1.12, demonstrando humildade, Paulo admite que não tinha ainda "obtido a perfeição", mas logo adiante em 1.15, sem modéstia, declara que eles "são perfeitos" e em 1.17 orienta os destinatários filipenses que sejam imitadores dele. No trecho 3.17-20 Paulo cria a classificação de "inimigos da cruz de Cristo" para aqueles que andavam no meio deles e se preocupavam apenas com as "coisas terrenas", justificando que a pátria da sua igreja estava nos céus, de onde também aguardava o "Salvador, Senhor Jesus Cristo", mas não registra quando ele viria. Prescrevendo aos filipenses sobre o que ter em pensamento, Paulo dá uma breve lista de objetos de características subjetivas: "no que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, que tem boa fama, que tenha virtude e que possua louvor". Em 4.13 Paulo lança a frase: "tudo posso naquele que me fortalece". Em 4.18 Paulo agradece os suprimentos que recebeu dos filipenses. Como de costume Paulo encerra com as bênçãos e acrescenta em 4.22 que todos os santos saudavam os filipenses e em especial (e surpreendentemente) "os da casa de César", evidência de que pode se referir aos Romanos.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.3:Ação de graças e súplicas em favor dos filipenses; 1.12:A situação do apóstolo contribui para o progresso do evangelho; 1.27:A unidade cristã na luta; 2:Exortação ao amor fraternal e à humildade; 1.12:O desenvolvimento da salvação; 1.19:Paulo e seus companheiros Timóteo e Epafrodito; 3:A Exortação referente à igreja cristã; 3.2:O aviso contra falsos mestres; 3.12:A soberana vocação; 1.17:Os inimigos da cruz de Cristo; 4.2:Apelo de Paulo para Evódia e Síntique. Regozijo e oração; 4.8:O em que pensar; 4.10:A gratidão de Paulo, para com os filipenses; 4.21:Saudação e bênção.
Epístola aos Colossenses
DESTAQUES: Paulo, Timóteo, colossenses, Tíquico e Onésimo, Aristarco (prisioneiro com Paulo), Jesus cooperador de Paulo, Lucas o médico amado,
TEMAS: pregação sobre Jesus, submissão da mulher, lista de coisas más,
CURIOSIDADES: Outra carta de Paulo e Timóteo, desta vez aos que se encontram em Colossos. Paulo declara em 4.18 que, pelo menos a saudação, é do seu próprio punho e assina. Em 1.23 Paulo afirma que o evangelho foi pregado a toda criatura debaixo do céu. Em 2.8 Paulo alerta os colossenses sobre uma certa "filosofia e vãs sutilezas, conforme tradição dos homens, conforme rudimentos do mundo" mas não registra mais esclarecimentos sobre o conteúdo de tal tradição. No trecho 2.12-14 Paulo reitera que a realização de Jesus com sua morte e ressurreição foi trazer o perdão aos delitos daquele povo, "cancelando o escrito da dívida". Em 3.2, permanecendo na sua lógica, Paulo orienta aos destinatários que "buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus" e pensem nas coisas "lá do alto, não nas que são aqui da terra". Refazendo novamente a lista das "coisas más" que lançou primeiro em Coríntios I 6.9-10 e depois em Gálatas 5.19-21, Paulo descreve aos colossenses uma lista com alguns acréscimos em 3.5 e 3.8 que são a causa da "ira de Deus", sendo que paradoxalmente um dos elementos da lista é evitar a "ira"; repete-se nesta lista a condenação à "prostituição" e para tal vale observar que tal termo era comumente aplicado no V.T. em relação ao fato dos israelitas judeus deixarem de adorar a Deus e passar a adorarem outros deuses, até porque não se observa nas práticas registradas no V.T. condenação a "prostituição sexual" de mulheres, pelo contrário, algumas prostitutas até foram consideradas heroínas, como é o caso de Raabe que ajudou o exército de Josué a tomar Jericó, conforme contado no capítulo 2 trecho 6.22-25 do livro de Josué e ainda de acordo com Mateus 1.5, José marido de Maria mãe de Jesus é descendente de Raabe; e tem-se ainda a simulação de Tamar como prostituta para se relacionar com Judá conforme contado em Gênesis 38.15-26. Em 3.13 , diferente ao que orientou os coríntios em Coríntios I 5.3.-5, Paulo prescreve aos colossenses em 3.13 o perdão caso alguém tenha motivo de queixa contra alguém. A exemplo do que recomendou os efésios em Efésios 5.22, Paulo recomenda às esposas dos colossenses que sejam submissas ao próprio marido, registrando que se trata de algo e "convém ao Senhor" e prossegue nos versículos de 20 orientando os filhos que "em tudo obedeçam os pais", em 21 que os pais não irritem os filhos e em 22 que os servos que também obedeçam em tudo os seus senhores. Em 4.3 Paulo declara que está algemado, evidência de que estava preso, conforme contara a história ao final do livro de Atos. Igualmente feito aos filipenses, Paulo promete em 4.7 enviar Tíquico aos colossenses, na companhia de Onésimo. Definitivamente Paulo declara-se em 4.10 na situação de prisioneiro, quando anuncia Aristarco que com ele estava preso. Em 4.11 Paulo cita um cooperador seu que tem também o nome de Jesus. Em 4.14 Paulo registra na carta que "Lucas, o médico amado" saúda os colossenses, logo se tal Lucas é o evangelista, sabe-se então que ele era médico, e talvez por isso, diferentemente de Mateus 15.11 e Marcos 7.15 , ele, entendendo de contaminações, não tenha registrado que "o que entra pela boca não contamina o homem" e sim preferiu registrar no episódio que narra em Lucas 11.38-40 que Jesus teria sugerido aos fariseus que deveriam cuidar do interior como cuidam do exterior. Em 4.18 Paulo registra que a saudação da carta ele escreve de próprio punho e assina seu nome, pedindo depois que os destinatários lembrem das suas "algemas", uma provável alusão pela causa que as usa.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.3:Ação de graças; 1.9:Paulo ora pelos colossenses; 1.13:A excelência da pessoa e da obra de Cristo; 1.24:A missão de Paulo. O mistério do evangelho; 2:O interesse de Paulo pelos colossenses; 2.6:O desejo de Paulo pelo progresso espiritual dos colossenses; 2.8:A advertência contra falsos ensinos. A divindade de Cristo e a sua obra redentora; 2.16:O cerimonialismo, sombra de coisas futuras; 2.20:A obediência a tais práticas não vence o pecado; 3:A união com Cristo glorificado; 3.5:Os resultados dessa união. Os vícios devem ser abandonados; As virtudes devem ser cultivadas; 3.18:Os deveres da família; 4.2:A oração e a prudência; 4.7:Tíquico e Onésimo; 4.10:As saudações finais; 1.18:Saudação pessoal. A bênção.
1ª Epístola aos Tessalonicenses
DESTAQUES: Paulo, Silvano, Timóteo
TEMAS: reconhecimento do trabalho dos Tessalonicenses, a convicção do retorno do Senhor.
CURIOSIDADES: Carta curta de Paulo acompanhado por um certo Silvano e Timóteo, destinada aos tessalonicenses (a 1ª delas); a evidência de que Paulo é o narrador está em 2.18. Paulo registra em 1.5 Paulo declara que o evangelho chegou aos tessalonicenses por palavras e também pelo "Espírito Santo". Paulo conta em 2.16 que uma certa "ira" veio definitivamente sobre os judeus da Judéia, mas não dá mais detalhes obre o que ocorrera. Em 1.20 resume-se que a carta é de grande reconhecimento aos tessalonicenses. Paulo diz em 1.18 que Satanás barrou o seu caminho, mas não detalha como se deu o fato, ou se a afirmação seria apenas uma força de expressão. Paulo apresenta em 4.16-17 registra sua convicção de que o Senhor, após ressoar a trombeta de Deus, desceria dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitariam primeiro, depois, eles como também Paulo, os vivos, os que ficaram seriam arrebatados juntamente com eles entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares e assim estariam para sempre com o Senhor; resta saber se tão convicção se realizou com Paulo e aqueles e se constam registros, em escrituras, deste episódio; vale ainda observar que como Paulo relata que ele estaria vivo, tal fato deveria se consumar naquela época de Paulo, observação que é compatível com a previsão dada por Jesus em Mateus 24.34 e Marcos 13.30 e Lucas 21.32 onde diz que não passaria aquela geração sem que as tribulações e sua vinda pelas nuvens que previu naqueles capítulos, acontecessem, e como Paulo fazia parte daquela geração, tais fatos deveria ocorrer ainda naquele tempo.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.2:Ação de graças; 2:O proceder do apóstolo Paulo e seus cooperados na evangelização de Tessalônica; 2.13:O proceder fiel dos tessalonicenses nas tribulações; 2.17:O interesse de Paulo pelos tessalonicenses; 3:Paulo envia-lhes Timóteo. As boas notícias trazidas por este ao apóstolo; 3.11:Oração de Paulo pelos tessalonicenses; 4:Exortação à prática da santidade; 4.9:Exortação à prática do amor fraternal; 4.13:A situação dos mortos em Cristo e a vinda do Senhor; 5:A vinda do Senhor é certa e repentina; 5.4:A necessidade de vigilância; 5.12:Diversos preceitos; 4.23:O voto do apóstolo; 5.25:A saudação final e a benção.
2ª Epístola aos Tessalonicenses
DESTAQUES: Paulo, Silvano, Timóteo
TEMAS: vinda de Jesus e sua vingança e destruição aos que não seguiam seu evangelho, .
CURIOSIDADES: Segunda carta de Paulo, ainda acompanhado de Silvano e Timóteo aos tessalonicenses. Em 1.6 Paulo declara que deseja que Deus dê atribulação aos que atribulam os tessalonicenses e no trecho seguinte em 1.7-9 afirma que "o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo, tomará vingança contra os que não obedecem a Deus e contra os que não obedecem o evangelho do nosso Senhor Jesus, sendo que tais sofrerão penalidade de eterna destruição". Dando continuidade sobre a vinda de Jesus no seu tempo, conforme iniciou em Tessalonicences I 4.16-17, Paulo afirma em 2.3 que Jesus viria após ser revelado "o homem da iniquidade", o filho da perdição, o qual se levanta e se opõe contra tudo... ostentando-se como se fosse Deus", mas não registra a origem dessa sua "profecia" ou esclarece a quem se refere, mas afirma em 2.8 que Jesus o destruiria com o sopro da sua boca; vale observar que Mateus em 24.15 e Marcos em 13.14, no contexto sobre a tribulação e volta de Jesus, registram um certo "abominável da desolação", que talvez seja o mesmo que Paulo denomina "o homem da iniquidade", mas quanto a afirmar que Jesus destruiria tal homem, há aí uma incompatibilidade com os ensinamentos de Jesus de acordo com o registrado em Mateus 5.44, pois lá consta que Jesus orienta amar os seus inimigos. Em 3.15 Paulo orienta aos destinatários não tomarem como inimigo os que dentre eles não obedecerem a palavra, diz apenas para que não se associem com ele para que ele fique envergonhado e façam a ela advertência como irmão. Em 4.17 há a afirmação de Paulo que escreve a saudação de próprio punho e assina seu nome, afirmando que aquele é o sinal em cada epístola de que é assim que ele assina, evidência de que desejava dar confiabilidade ao documento pela sua assinatura.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.3:Ação de graças; 2:A vinda do Senhor. A revelação da apostasia. O homem da iniquidade; 2.7:O homem da iniquidade e a sua derrota; 2.13:Ação de graças e exortação; 3:Paulo pede as orações dos tessalonicenses; 3.6:Exortação à prática de vários deveres cristãos pessoais, sociais e coletivos; 3.17:A saudação final e a benção.
1ª Epístola a Timóteo
DESTAQUES: Paulo, Timóteo
TEMAS: orientações de comportamento, incoerência de orientação e ação,
CURIOSIDADES: Desta vez a carta de Paulo não se destina a cidadão ou santos de sua igreja em alguma localidade, mas sim ao seu companheiro Timóteo, conforme anuncia o prefácio em 1.1. Em 1.4 Paulo diz que orientou Timóteo a evitar que os efésios não se ocupassem de "fábulas e nem de genealogias se fim". No trecho 1.8-11, Paulo, em um reducionismo sobre lei, afirma, ironicamente, que a "lei é boa...tendo em vista que não se promulga lei para quem é justo, mas para transgressores... e para tudo quanto se opõe a sã doutrina, segundo o evangelho... do qual ele foi encarregado". Em 1.20 Paulo registra que entregou o uns certos Himeneu e Alexandre à Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem (Paulo não esclarece se afirmara uma força de expressão ou se de fato teve contato com Satanás e fez efetivamente a "entrega", como foi Jó, de fato, submetido à Satanás por Deus, conforme Jó 1.12 e 2.6), observa-se ainda que por tal atitude tenha faltado em Paulo o "espírito de brandura" que prescreveu aos gálatas em Gálatas 6.1 quando da necessidade de correção de alguém que cometesse falta. Em 2.1-2 Paulo confessa que exorta: súplicas, orações, intercessões e ação de graças em favor de todos os homens, inclusive reis e autoridades com a finalidade de que ele e os demais vivessem uma vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Mais uma vez o celibatário Paulo registra restrições às mulheres, condenando em 2.9 para uso delas os cabelos frisados, o uso de ouro, pérolas e vestiário dispendioso e em 2.11 prescreve que elas "aprendam em silêncio, com toda submissão", reiterando suas orientações nas outras cartas: Coríntios I 14.34, Colosensses 3.13, Efésios 5.24. Definitivamente ele determina em 2.12: "Eu não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem" e a sua justificativa simplória vem em seguida em 1.13: "Porque, primeiro, foi formado Adão, depois Eva"; assim Paulo lembra o capítulo 2 de Gênesis, mas outra vez não lembra da juíza Débora que exerceu autoridade sobre os homens conforme contado nos capítulos 4 e 5 de Juizes. Em 3.2 Paulo recomenda que para a função de bispo o aspirante seja esposo de uma só mulher e que não seja dado ao vinho, mais inovações de Paulo, pois os homens do Velho Testamento tinham várias esposas, como por exemplo Davi e Salomão que chegou a ter mil delas conforme Reis I 11.3 e quanto ao vinho, está de acordo com Levítico 10.9 e Números 6.3 (orientações aos sacerdotes da época), mas vale lembrar que o próprio Jesus transformou água em vinho para as bodas de Caná conforme contado em João 2.7-9. Em 4.7 Paulo recomenda que se rejeite fábulas profanas e de velhas caducas, mas não dá exemplos de que fábulas e velhas se refere e ainda nesse versículo Paulo recomenda à Timóteo que exercite a piedade, mas vale observar que a ação do próprio Paulo registrada por ele em 1.20 apresenta incompatibilidade com "exercício de piedade", pois ele entregou Himeneu e Alexandre a Satanás para serem castigados, além de outras ações dele que também apresentam esta incompatibilidade, como em Atos 13.11 que cegou o mágico Elimas e em Coríntios I 5.5 que sentenciou que um "infame" fosse também entregue à Satanás para destruição. Em 5.1-2 Paulo recomenda não repreender o homem idoso respeitar as idosas como mães e em 5.3 orienta honrar as viúvas, mas em 5.6 afirma que aquela viúva que se entrega aos prazeres, "mesmo viva, está morta" e ainda prescreve em 5.9-11 que se rejeite na igreja viúvas mas novas (menos de sessenta anos) e que tenham pertencido apenas à um marido e completa depondo em 5.15 que algumas viúvas já se desviaram e seguiram a Satanás. Em 5.17 Paulo prescreve dobrados honorários aos presbíteros (sacerdotes), justificando com citações em 5.18 de dois trechos das "Escrituras", mas sem dizer qual fonte exatamente; sendo assim a primeira citada identifica-se em Deuteronômio 25.4 e a segunda citação que diz: "O trabalhador é digno do seu salário", aparenta, surpreendentemente, ser a primeira citação de livros do Novo Testamento, no próprio conjunto do Novo Testamento, pois frase com a mesma afirmação só é identificada em Lucas 10.7 quando Jesus diz "digno é o trabalhador do seu salário" naquela ocasião, orientando os apóstolos na saída de suas missões, mas vale observar que naquele episódio, o "salário" que Jesus se referia não era necessariamente sobre dinheiro, mas sim em relação a comida e bebida, pois a frase completa dita por ele foi: "Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem; porque digno é o trabalhador do seu salário"; esta citação do "evangelho de Lucas" é uma evidência cabal de que seu livro já fora escrito pelo menos antes desta carta à Timóteo. Paulo legisla em 5.19 de que apenas com duas ou três testemunhas é que se deve aceitar acusação contra os presbíteros. Em 5.23 Paulo orienta a Timóteo: "Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades." demonstrando assim que as recomendações era diferenciadas, pois ao bispo, recomendou em 3.3 que não seja "dado ao vinho". Em 6.1 Paulo orienta honrar os servos (porém o fato de ser servo, "se escravo", já não é uma desonra humana?). Segundo Paulo em 6.9 os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscência insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.3:O ministério de Timóteo em Éfeso. Falsas doutrinas e suas características; 1.8:A lei e os seus objetivos; 1.12:A graça e a sua eficácia na experiência do apóstolo Paulo; 1.18:O bom combate; 2:A prática de oração por todos os homens. Um só mediador; 2.8:Proceder conveniente no culto público; 3:As qualificações dos bispos e dos diáconos; 3.14:A igreja de Deus coluna e baluarte da verdade. O grande mistério da piedade; 4:A apostasia dos últimos tempos; 4.6:Exortação à fidelidade e à diligência no ministério; 5:Os deveres dos pastores para com várias classes de pessoas; 5.17:Acerca dos presbíteros. Vários conselhos; 6:Dos senhores e dos servos; 6.3:Os falsos mestres e os perigos da riqueza; 6.11:Apelo para Timóteo; 6.17:Acerca dos ricos; 6.20: O conselho final e a bênção apostólica.
2ª Epístola a Timóteo
DESTAQUES: Paulo, Timóteo, Lóide e Eunice vó e mãe de Timóteo, Lucas, Demas, Alexandre
TEMAS: poema de Paulo, nomes não identificados no V.T., 1ª defesa de Paulo, Paulo se sente abandonado, previsão do seu fim..
CURIOSIDADES: Uma segunda carta de Paulo destinada a Timóteo. Em 1.8 Paulo, lançando de duplo sentido, se diz "encarcerado" do Senhor, pois em 1.16 registra que Onesíforo nunca se envergonhou da suas algemas, evidencias de que permanecia preso; nesse mesmo versículo Paulo conta a Timóteo que todos da Ásia o havia abandonado. Como já tinha feito em Timóteo I 3.16, Paulo escreve um breve poema no trecho 2.11-13. Em 3.8 Paulo refere-se a uns certos "Janes" e "Jambres" que teriam resistido à Moisés, porém tais nomes não constam nos livros do Velho Testamento (pelo menos na versão estudada). Em 3.11 Paulo diz que o Senhor o livrou de "todas as perseguições", mas deixa de citar a última, pela qual fora aprisionado e ainda se encontrava preso em Roma conforme escreveu em 1.16-17. Em 3.16 Paulo afirma que: "Toda a Escritura é inspirada por Deus", mas não detalha sobre qual escritura se refere, já que são vários os textos que compõem o Velho Testamento, de vários autores e ainda há os considerado hoje "apócrifos". Em 4.6 Paulo diz que "o tempo da sua partida é chegado". As coisas pareciam não andar bem para Paulo , que no trecho 4.9-21 pede três vezes na carta que Timóteo vá ter com ele depressa, que um certo Demas o deixou, que Alexandre o fez muitos males, que na primeira defesa dele ninguém foi ao seu favor, antes todos o abandonaram, mas que acabou por ser livrado da "boca do leão" e registrou a esperança de que o Senhor o livraria e o levaria a salvo para o reino celestial. Em 4.11 registra que apenas Lucas estava com ele. Em 4.13 Paulo pede a Timóteo que quando for ter com ele leve a capa que deixou na casa de Carpo em Trôade, os livros e os pergaminhos. Apesar das dificuldades, Paulo demonstra em 1.17 sua preocupação maior em realizar sua pregação aos gentios: "por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem".
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.3:Ação de graças; 1.6:A prática do zelo, da firmeza e da fidelidade; 1.15:A situação do apóstolo preso e o procedimento de alguns de seus colaboradores; 2:Os estímulos no combate da fé e no sofrimento por Cristo; 1.14:As falsas doutrinas e os falsos crentes. Como corrigi-los; 3:Os males e as corrupções dos últimos dias; 3.10:Paulo elogia a Timóteo por sua firmeza e exorta a permanecer leal à verdade; 3.14:A inspiração, valor e utilidade das Santas Escrituras; 4:A fidelidade e o zelo na pregação; 4.6:O apóstolo prevê o seu martírio; 4.9:O apóstolo abandonado pelos homens, não por Deus; 4.19:As saudações finais e a bênção.
Epístola a Tito
DESTAQUES: Paulo, Tito
TEMAS: concorrência de pregadores, fábulas judaicas,
CURIOSIDADES: Desta vez Paulo escreve carta ao seu companheiro Tito, conforme 1.4. Em 1.6 novamente reitera sua valorização pela monogamia aos bispos. Em 1.10-11 Paulo declara que havia concorrência de pregadores, sendo seus opositores os "da circuncisão" (judeus ortodoxos) e que, segundo ele, eram enganadores e em 1.14 recomenda que Tito repreenda os homens para que não se ocupem de "fábulas judaicas". Em 3.1-2 Paulo prescreve a Tito que respeitem as autoridades e não difamem ninguém. Em 3.9 recomenda que evitem debates sobre a lei e genealogias, porque não tem utilidade e são fúteis o que pode ser uma evidência de que Paulo pode ter evoluído seu entendimento, pois vários trechos das suas próprias cartas foram dedicados a discutir a lei, em especial na carta aos Gálatas 3.19, 3.25, 5.13, etc. Em 1.10 Paulo orienta Tito que evite homem faccioso (que já pertença a uma facção) depois de tentar admoestá-lo uma segunda vez. Em 3.12 Paulo registra que pretende ir a Nicópolis e pede a Tido que lá o encontre.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.5:Deveres e qualificações dos ministros; 1.10:Os falsos mestres e as falsas doutrinas; 2:Os deveres das várias classes de pessoas crentes; 2.11:Os gloriosos benefícios da graça salvadora de Cristo; 3:A obediência às autoridades. A salvação pela graça leva às boas obras; 3.12:As recomendações particulares. As saudações finais. A benção.
Epístola a Filemôn
DESTAQUES: Paulo, Timóteo, Filemôn, Áfia e Arquipo, Onésimo, Epáfras prisioneiro com Paulo, Marcos, Aristarco, Demas e Lucas.
TEMAS: Paulo velho, sobre Onésimo.
CURIOSIDADES: A mais curta das cartas de Paulo escrita de próprio punho conforme 1.19 e também Timóteo conforme anunciado em 1.1 a um certo Filemôn, Áfia e Arquipo e a igreja que está na "casa" dele, conforme 1.1-3. A evidência explícita de que Paulo é o autor está em 1.9: "sendo que sou Paulo, o velho". Logo na primeira linha da carta Paulo lança frase de duplo sentido, considerando sua condição de detido (afirmado em 1.13) em Roma: "prisioneiro de Cristo". Apesar de em Coríntios I 7.8-9 haver evidências de que Paulo era celibatário, ele declara aqui em 1.10 que Onésimo era seu filho e que "gerou entre suas algemas", o que pode ser literal ou uma força de expressão, metaforizando que produziu um apóstolo enquanto preso, porém não há explicitação dessa possibilidade. Em 1.24 Paulo diz que Demas é seu cooperador, porém em Timóteo II 4.10 ele havia escrito que Demas o havia abandonado, logo: ou Demas retornou para ele ou esta carta precede a segunda carta à Timóteo. Também em 1.24 ele registra que Lucas estava com ele, fortes evidências que se trate mesmo de Lucas o evangelista por ter cito citado em três cartas (Colossenses 4.14 , Timóteo II 4.11, Filemôn 1.24) e ser, em evidências, o autor de Atos, além ainda da citação de Paulo que se refere ao seu evangelho como "Escritura" em Timóteo I 5.17.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.4:Ação de graças; 1.8:Paulo interfere em favor de Onésimo; 1.21:Comunicações pessoais. Saudações e bênçãos.
Epístola aos Hebreus
DESTAQUES:
TEMAS: Exaltação ao Filho de Deus, salvação,
CURIOSIDADES: Este texto é tido como uma carta aos Hebreus, porém não há prefácio como as demais epístolas o que evidenciaria o remetente e destinatário. Apesar de o subtítulo adaptado à escritura em 1.5 registrar que "Cristo é o Filho" de que o texto aborda, as citações no trecho de 1.5 à 1.14, aparentemente não se referem à Jesus em especial a citação de "Eu serei pai, e ele me será Filho" que é identificada em Samuel II 7.14 como parte de um relato do profeta Natã (Samuel II 7.3-17) ao rei Davi sobre o seu descendente (Salomão) que iria edificar a casa ao nome de Deus e o próprio Deus confirma posteriormente essas palavras à Salomão em Reis I 6.11-12 depois que ele concluiu a edificação do templo em Jerusalém: "cumprirei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai"; e a primeira citação em 1.5 :"Tu é meu filho, eu hoje te gerei" está no versículo 7 do Salmo 2 que contém o versículo 9 referindo-se ao "Filho" e as nações, diz: "Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro", evidentemente, atitude esta, incompatível com o perfil, ensinamentos e atos de Jesus descritos pelos evangelistas, pois condenou até o ataque que um dos seus companheiros fez com espada à um dos que o ia prender, conforme contado em Mateus 26.52; outra incompatibilidade com Jesus que orientou amar até os inimigos, conforme Mateus 5.44, é a citação de 1.13 que é identificada como sendo o versículo 1 do Salmo 110 que diz mais adiante nos versículos 5 e 6 que aquele "Senhor" a que se dedica o salmo: "esmagará os reis. Ele julga entre as nações; enche-as de cadáveres; esmagará cabeças por toda a terra.". Para justificar que o mundo não foi sujeitado aos anjos, mas sim aos homens o narrador cita versos identificados como Salmo 8.4-6. Em 2.11 o narrador cita que um certo "ele não se envergonha lhes chamar irmãos", mas as citações que coloca a seguir se referem a mais de um "ele", pois a citação de 2.12 é uma narração de Davi no seu Salmo 22.22 dizendo: "A meus irmãos declarei o teu nome..." e a terceira citação é identificada como narração de Isaías falando do que lhe disse o Senhor a partir de Isaías 8.11 e então fala em Isaías 8.18: "Eis-me aqui, e os filhos que o Senhor me deu...". Em 3.3 o narrador afirma que Jesus tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés. Em 3.7-11 o narrador atribui como um dito pelo "Espírito Santo" um trecho que é identificado como o que está escrito nos versículos de 7 a 11 do Salmo 95 que por sua vez remete à época da peregrinação no episódio em que os hebreus pediram por água e Moisés tirou água da pedra em Meribá, como contado em Números 20.2-13. Há um erro de impressão em 4.16 na palavra: "oportuna.r". O narrador insiste em 5.10 que foi Jesus que foi nomeado sumo sacerdote por Deus "segundo a ordem de Melquisedeque", conforme sua citação 5.6 que remete ao registro no versículo 4 do Salmo 110, apesar deste salmo apresentar incompatibilidade com Jesus, conforme já observado acima. Em 5.12 o narrador anuncia o título "princípios elementares do oráculo de Deus", mas não detalha do que se trata, apenas aplica uma metáfora sobre leite x alimentos sólidos, comparando a crianças x adultos que remete a ter x não ter experiência. No trecho 7.1-3 o narrador registra fatos sobre a figura de Melquisedeque, afirmando que ele era sem pai , sem mãe e sem genealogia, que não teve princípio de dias nem fim de existência, de fato, se valer só o que consta nas escrituras, de fato nenhuma informação desta consta, pois além de ser relembrado no Salmo 110, a única informação sobre Melquisedeque constam em Gênesis 14:18, onde está escrito: "Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo", mas o narrador não informa a origem de suas convicções sobre Melquisedeque, e ainda compara suas características semelhantes ao "Filho de Deus", mas em se tratando de Jesus, não há equivalência na comparação, pois os evangelhos de Mateus e Lucas registram a mãe, o "pai" a genealogia e o dia do nascimento, o princípio dos dias da Jesus. Como o narrador comparou Jesus a Melquisedeque, depois de colocar Jesus acima de Moisés, sofisticadamente agora em 7.6-10 ele argumenta que os sacerdotes levíticos eram inferiores a Melquisedeque, pois aquele recebeu dízimo deles por meio de Abraão (conforme Gênesis 14.20), todo este esforço argumentativo para tornar o Cristo superior aos patriarcas hebreus, a fim de convencer e converter seus destinatários à sua igreja. Em 7.19, referindo-se a lei dos levíticos, o narrador dá o ultimatum: "a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma". Dando continuidade aos seus argumentos de que são ultrapassadas as crenças, tradições e patriarcas judeus em detrimento do Cristo, o narrador implementando a afirmação de que Jesus é a nova aliança e a outra é antiquada, conforme afirma em 8.13, ele transcreve longo trecho sobre as alianças que é encontrado em Jeremias 34.31-34. Recordando os rituais e sacrifícios dos hebreus na época do deserto e que estão recomendados e escritos no livro Levítico, o narrador definitivamente, classifica-os em 9.9-10 como: "ineficazes no tocante a consciência para aquele que presta culto, os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas e bebidas" e sentencia o fim delas continuando: "impostas até o tempo oportuno de reforma", mas vale lembrar que no livro Levítico aqueles rituais e sacrifícios constam como ditados por Deus à Moisés e sendo este registro, neste livro, o único que requalifica aqueles rituais, sem atribuir tal requalificação a nenhum outro ser, a conclusão é de que tal entendimento é de inteira opinião do narrador deste livro; e o narrado continua o argumento em 9.13-14 comparando e sobrepondo: "o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto a purificação da carne , muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo!". Em 9.22 o narrador afirma sanguinariamente que "sem derramamento de sangue não há remissão". O Salmo 40 de Davi, versículos 6,7 e 8 são lançados pelo narrador em 10.5-7 para justificar o afastamento dos rituais. Para aqueles que profanarem o "sangue da aliança" conforme 10.29, o narrador apela para tom de vingança do Velho Testamento citando Deuteronômio 32.35: "A mim pertence a vingança" e conclui com a ameaça em 10.31: "Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!". O narrado conceitua a fé em 11.1 como: "a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem" e exemplifica em 11.3 dizendo que a fé é quando se entende que o universo foi formado pela palavra de Deus. O narrador ainda classifica, no longo trecho 11.4-38, como fé as ações dos patriarcas do livro de Gênesis e outros personagens da história dos hebreus nos demais livros, que tinha fé baseado nos seus diálogos com Deus (não se via mas se ouvia), tais como Noé, Abraão, Jacó, José e Moisés que segundo o narrador tudo que fez, fez pela fé e ainda cita a meretriz Raabe que acolheu os espias de Josué (Josué 2.1), Gideão, Sansão, Jefté, Samuel, Davi, etc., mas sendo coeso a história o narrador observa em 11.39 que eles não obtiveram a concretização da promessa, segundo ele, por causa deles, pois aqueles precisavam deles para serem "aperfeiçoados", conforma afirma em 11.40. O narrador reforçando o verbo cita Provérbios 3.11 em 12.5-6, explicando como o Senhor trata o filho, falando da "aplicação de disciplina", refletindo em 12.11 que :"Toda disciplina, com efeito,, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que tem sido por ela exercitados, fruto de justiça". O narrador considera Esaú profano, meramente porque vendeu o seu direito de progenitura (Gênesis 25.33-34). Continuando na argumentação intimidadora aos destinatários hebreus da sua carta, o narrador avisa em 12.26 que "aquele que adverte do céu" promete: "Ainda uma vez por todas, farei abalar não só a terra mas também o céu", que é uma citação que parafraseia Ageu 2.6. e fecha o contundente e ameaçador argumento em 12.28-29 com: "Sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor", linguagem que os hebreus ortodoxos conhecem bem, por conta das ações de Deus contadas nas Escrituras. Apesar de ter criticado o sacrifício de animais em 9.9-10 classificando-os de ineficazes, o narrador em 13.11denuncia que pratica deles em que o sangue de animais era trazido para dentro do "Santo dos Santos", pelo sumo sacerdote, como ablação pelo pecado, mas que o animal tem o corpo queimado fora do acampamento. O narrador informa em 13.23 que Timóteo foi posto em liberdade, evidência de que ele estava preso. E em 13.24 registra que "a Itália vos saúdam", evidência de que ele estava na Itália e pode até vir a ser Paulo que estava preso em Roma, mas o que por falta de evidências mais objetivas, é mera especulação.
SUBTÍTULOS: 1:A revelação Deus; 1.5:Cristo é o filho, os anjos são ministros; 2: O perigo da negligência; 2.5:Jesus coroado de glória: sumo sacerdote idôneo e compassivo; 3:Cristo é superior a Moisés. O perigo da incredulidade e da desobediência; 4:A entrada no descanso de Deus pela fé; 4.14:Jesus, o sumo sacerdote que se compadece de nós; 5:Cristo, superior ao sacerdócio da antiga aliança; 5.11:Os cristãos hebreus não tinham progredido; 6:Exortação ao progresso na fé; 6.4:Os perigos espirituais; 6.9:As coisas melhores e pertencentes à salvação; 6.13:A imutabilidade da promessa de Deus; 7:Melquisedeque, tipo de Cristo; 7.4:O sacerdócio de Cristo é superior ao levítico; 7.11:O sacerdócio levítico teve fim, mas o de cristo é eterno; 7.20:Cristo, sacerdote único e perfeito; 8:A antiga aliança era símbolo transitório da nova, superior e eterna, da qual Cristo é mediador; 9:Os ritos, ofertas e sacrifícios mosaicos eram imperfeitos e ineficazes; 9.11:O sacrifício de Cristo não se repete, é perfeito e eficaz; 9.23:O sacrifício de Cristo é eficaz para sempre; 10:Os sacrifícios antigos eram humanos e transitórios. A expiação feita por Cristo é divina e permanente; 10.19:O privilégio de acesso dos crentes à presença de Deus; 10.26:O castigo do pecado voluntário; 10.32:Apelo para o passado. A recompensa não tarda; 11:A natureza da fé; 11.4:Exemplos de fé extraídos do Antigo Testamento Os primeiros heróis; 11.8:Os patriarcas; 11.23:Moisés; 11.30:Os israelitas em Canaã; 12:Devemos imitar o exemplo de Cristo, que foi perseverante em meio as provações; 12.4:As provações revelam o amor paternal de Deus para com seus filhos; 12.14:A exortação à paz e à pureza; 12.18:O contraste entre Sinai e Sião; 13:Os deveres sociais; 13.7:Os deveres espirituais; 13.18:Algumas recomendações pessoais.
Epístola de Tiago
DESTAQUES: Tiago, as "doze tribos",
TEMAS: ataque aos ricos
CURIOSIDADES: De acordo com o prefácio desta carta em 1.1, Tiago a dedica às "doze tribos que se encontram na Dispersão"; o que é conhecido como as "doze tribos", de acordo com o Velho Testamento, referem-se a divisão dos descendentes de Jacó conforme inicialmente discriminada na sua profecia no leito de morte conforme capítulo 49 de Gênesis, que pelo fato de ao final da profecia, em Gênesis 49.28, afirmar-se que se enumerou doze tribos, observa-se citados na profecia os doze filhos de Jacó: Rúben, Simeão junto a Levi, Judá, Zebulom, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, José e Benjamim; mas apesar de inicialmente serem estas as doze tribos anunciadas, posteriormente na divisão das terras de Canaã (Números 32.33 e Josué: 13.14, 14.4, 15.20, 17.1, 18.11, 19.1, 19.10, 19.17, 19.24, 19,32 e 19.40) a descendência de Levi não foi considerada uma tribo, porque eram os sacerdotes, e a descendência de José foi considerada como duas tribos, pela descendência de seus dois filhos Efraim e Manassés, fazendo este ajuste histórico, permanecer ainda o número de doze tribos que depois de dominar por muitos anos as terras de Canaã, acabaram por se dispersar por vários territórios depois de derrotados definitivamente nas guerras por adversários que tomaram a Samaria (Reis II 17.6) e Jerusalém (Reis II 25.4), suas dois centros do poder, e desde aquela época, não mais tomaram poder nem fizeram reis oficialmente formais. Em 1.13 o narrador afirma que Deus a ninguém tenta, mas, se ele se refere ao Deus do V.T., vale lembrar que ele autorizou que Satanás tentasse a Jó por duas vezes conforme Jó 1.12 e Jó 2.6. Em 1.10 o narrador, sem apresentar justificativa, declara generalizadamente que considera os ricos insignificantes. Em 1.25, o narrador fala sobre uma certa "lei perfeita, lei da liberdade" mas não registra mais informações que descrevam ou explique tal lei, ou do que se trata, mas quanto ao que chama "religião pura, sem mácula" ele descreve em 1.27 que é, reduzidamente: "visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo", mas não dá explicações sobre o que seria a "contaminação do mundo". Contraditório a classificação dos ricos que fez em 1.10 o narrador orienta em 2.9 os destinatários a não fazer acepção de pessoas e em sua argumentação no trecho 2.1-13, em defesa dos pobres discrimina os ricos como os difamadores. O narrador discursa, no trecho 2.14-26, contundente argumento de que "a fé, se não tiver obras, por si só, é morta", inclusive chega a dizer 2.19 que até os demônios crêem e tremem e quanto as obras, dá exemplo do que são elas em 2.15: que seria o equivalente a dar roupas e alimentos a irmãos carentes. Abordando o poder da língua, o narrador a compara em 3.4 ao leme de um navio e em 3.5 como uma fagulha que põe em brasas uma grande selva, mas alerta em 3.10 que da boca pode proceder benção e maldição. Em 3.17 o narrador refere-se a uma certa "sabedoria lá do alto" que seria "pura, pacífica, plena de misericórdia e imparcial" mas não diz exatamente a quem se refere, vale apenas ressaltar que os adjetivos são incompatíveis com aquele "Deus" que guia os isarelitas no V.T, pois tal era declaradamente parcial quanto ao povo que escolheu e defendia, conforma vários trechos como em Êxodo 3.10, 6.7, etc. e ações que lutava sempre a favor dos israelitas, sendo parcial quanto ao seu povo, que era somente os israelitas e por eles realizava atitudes não pacíficas, que vão desde as pragas contra os egípcios contada em Êxodo, os castigos de morte contra o próprio povo, conforme contado em trechos de Números e contra os inimigos do seu povo como contado em vários trechos dos livros de Reis e alguns trechos desse últimos livros, endurecia o coração dos inimigos do seu povo para que atacassem o seu próprio povo que o havia desobedecido e assim sofria sem a misericórdia, até perderem todo o reinado, até mesmo contra o rei Josias que foi completamente "reto perante o Senhor" conforme Reis II 22.2 sofreu nas mãos dos inimigos por causa da ira daquele Deus, conforme escrito em Reis II 23.26-27. Mas segundo o narrador, diferentemente daquelas épocas remotas, as guerras do seu tempo, diferentemente das motivações manipuladas por Deus no V.T. seriam no tempo do narrador motivadas por "prazeres que militavam na carne do povo" tais como a cobiçai, inveja etc., conforme 4.1-2. Em 4.5 o narrador cita algo que afirma a "Escritura", porém a afirmação não é identificada nos livros da Bíblia, já a outra citação em 4.6, encontra-se algo semelhante em Provérbios 3.34 onde se troca o termo "escarnecedor" por "soberbos". O narrador recomenda aos destinatários em 1.11 a não falar mal uns dos outros, condenando aquele que fala mal do "irmão", nessa afirmação há evidência de que a orientação era para os integrantes das tribos anunciadas em 1.1, caso contrário o narrador entraria em contradição com as afirmações de 1.10-11 e 1.6, quando ele mesmo fala mal dos ricos. Em 5.4, ainda maldizendo os ricos, o narrador os acusa ter "retido com fraude" o salário dos ceifadores e lançando uma expressão muito comum no Velho Testamento, que era atribuída à Deus (Samuel II 7:26), diz que "O Senhor dos Exércitos" ouviu os clamores dos ceifeiros e ainda em 5.6 acusa os ricos também de ter matado "o justo", que é um termo muito utilizado no V.T. para fazer referência aos devotos de Deus. Em 5.8 o narrador afirma naquele seu temo que a vinda do Senhor estava próxima. Em 5.11 o narrador cita a "paciência de Jó" e alude ao fim que Deus deu à ele. Em 5.12, sem dizer o motivo, o narrador prescreve aos destinatários "não jurar". Em 5.15 o narrador afirma àqueles que a oração da fé salvará o enfermo e se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados, tal como Jesus comandou o paralítico em Lucas 5.17-26, mas naquele episódio, sem usar de oração. Em 5.16 prescreve também que os destinatários confessem seus pecados uns com os outros para serem curados. Em 5.17, para demonstrar o poder da oração diz que Elias era homem como eles e orou para não chover sobre a terra e assim não choveu por três anos e seis meses não choveu, porém, quanto a história de Elias contada no livro de Reis I, houve de fato suspensão de chuva e orvalho conforme Reis I 17.1 e depois de apenas três anos veio a palavra do Senhor a Elias e falou que daria chuva sobre a terra conforme Reis I 18.1, mas não consta no livro que Elias tenha orado para tais fatos ocorrerem, apesar do subtítulo desta versão da bíblia também fazer esta afirmação em Reis I 18.41, quando de fato a chuva vem às vistas de Acabe que dialogava com Elias.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio e saudação; 1.2:Os benefícios das provações; 1.5:Como obter sabedoria; 1.9:As circunstâncias terrenas são transitórias; 1.12:A origem do pecado; 1.16:A origem do bem; 1.19:A prática da palavra de Deus; 2:Não se deve fazer acepção de pessoas; 2.14:A fé sem honras é morta; 3:Os pecadores da língua e o dever de refreá-la; 3.13:A sabedoria lá do alto; 4:A origem das contendas; 4.11:A maledicência é condenada; 4.13:A falibilidade dos projetos humanos; 5:Deus condena as riquezas mal adquiridas e mal empregadas; 5.7:A necessidade, bênçãos e exemplo da paciência; 5.12:O juramento proibido e o proceder cristão em várias experiências da vida.
1ª Epístola de Pedro
DESTAQUES: Pedro, judeus dispersos, Silvano Marcos.
TEMAS: Exaltação, esperanças, prescrições de submissão da mulher.
CURIOSIDADES: De acordo com o prefácio 1.1-2 esta é uma carta do apóstolo Pedro, contemporâneo de Jesus e escolhido por ele para esta função conforme consta nos evangelhos, e ele destina esta carta aos que ele chama de "eleitos forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia", que conforme explicado anteriormente sobre a epistola de Tiago, a evidência dos termos indica que os destinatários são judeus dispersos em vários territórios, depois da dissolução da sua nação e queda dos reinados na Samaria (Reis II 17.6) e Jerusalém (Reis II 25.4) e ainda em 1.2 o narrador utiliza do termo "aspersão do sangue de Jesus Cristo" que remete ao significado metafórico utilizado por Jesus na ceia com os apóstolos quando afirmou que o vinho que bebiam simbolizava seu sangue que por sua vez compreendia a "nova aliança" (Mateus 26.28, Marcos 14.24 e Lucas 22.20), sendo que aqui nesta carta a expressão utilizada por Pedro significava o compartilhamento daquela tal "aliança" com os destinatários, como reitera em 1.19. Em 1.14 o narrador recomenda aos destinatários não se amoldarem às "paixões que eles tinham anteriormente", mas não detalha sobre que paixões se tratavam e recomenda, como contrário, que os destinatários sejam "santos", termo normalmente utilizado nos prefácios das epístolas de Paulo para indicar os que faziam parte da Igreja, apesar de que nesta carta o narrador cita em 1.16, como escritura, uma frase que diz: "Sede santos, porque eu sou santo", igualmente as demais citações das epístolas, o narrador não indica o autor da frase ou em qual livro das escrituras se encontra, mas observa-se que tal frase consta em Levítico 11.44 como um comando do Senhor à Moisés, ao final de um capítulo em que o Senhor classifica o que ele chama de "animais imundos" e que não devem ser consumidos e devem ser evitados. Exaltando Deus, focalizando sua palavra, o narrador, em 1.24-25, em meio as suas palavras, insere um trecho correspondente à Isaías 40.6-8. O narrador em 2.6, falando da metáfora da pedra, cita trecho que é encontrado em Isaías 28.16, realizando mudança apenas no final onde se troca "aquele que crê não foge" por "quem nela crer não será de modo algum envergonhado" e contrapondo em 2.7 inclui trecho encontrado no versículo 22 do Salmo 118 seguido de Isaías 8.14, citação que esta última que já havia sito feita em Romanos 9.3. todos coesos em relação ao termo "pedra". Em 2.18-20 o narrador prescreve aos destinatários da sua carta que sejam submissos aos seus senhores porque isto é grato que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, justificando que com tal atitude "é grato à Deus", exemplificando com as atitudes de Jesus Cristo que não revidou aos ultrajes que recebeu (que é observado na narrativa dos evangelistas). Compactuando com as prescrições de Paulo em Timóteo I 2.9, Pedro (o narrador) reitera em 3.1-3 que as mulheres sejam submissas aos maridos, condena o uso de adereços de ouro, aparato de vestuário e que não frisem os cabelos, mas recomenda em 3.7 que os maridos tratem as mulheres com dignidade, como se isso fosse possível e compatível com a recomendação de que elas devam ser submissas. O narrador em 3.6 dá exemplo de Sara como uma mulher submissa a Abraão, casal esse apresentado no livro de Gênesis, mas tal como Paulo, não observou Débora, a juíza (mulher) que foi autoridade sobre os judeus (submissos à ela) como apresentada em Juizes 4.4. O narrador recomenda que os destinatários em 3.8 que sejam fraternalmente amigos e humildes, não paguem o mal com mal ou injúria por injúria e que pelo contrário, paguem bendizendo, orientação compatível com os ensinamentos de Jesus registrados em Mateus 5.44 e que o narrador justifica citando, sem anunciar, o trecho 12-16 do Salmo 34. Em 3.20 o narrador recorda a arca de Noé e os oito que se salvaram (Gênesis 7.13), três filhos e as esposas e sua mulher. O narrador anuncia em 4.7 que "o fim de todas as coisas está próximo" mas não registra o quão próximo estaria daquela época, tal fim. Em 4.16 o narrador orienta que não se envergonhem os que sofrerem como cristão, evidências de que ainda permanecia uma certa perseguição aos cristãos, tal como vinha ocorrendo com o próprio Pedro, Paulo e os demais, conforme contado no livro Atos. Em 5.4 o narrador registra sua esperança em que o "Supremo Pastor" se manifestaria trazendo a "coroa da Glória" à eles. Em 5.5 o narrador declara que "Deus resiste aos soberbo, contudo, aos humildes concede a sua graça". O narrador cita em 5.12 um certo Silvano e seu filho Marcos em 5.13. Em 5.8 o narrador alerta os seus destinatários de que: "O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" mas não explica a origem da sua percepção daquele fato, ou se tratava apenas de uma força de expressão; vale lembrar que o termo "diabo" ( em letra minúscula) foi introduzido no evangelho, na narração do episódio da "tentação de cristo" no deserto, onde se registra que o próprio Espirito Santo conduziu Jesus para tal experiência, conforme Mateus 4.1, Marcos 1.12 e Lucas 4.1.; no diálogo de Jesus com tal diabo naquele episódio, segundo Mateus 4.10 ele chega a chamá-lo de Satanás (como também fez à Pedro em Mateus 16.23 e Marcos 8.33) e em Marcos 1.13 registrou-se diretamente que a tentador era Satanás, relação esta entre "diabo e Satanás" que não consta nos evangelhos de Lucas e João, de qualquer modo, desde Jó 1.12 até essas ocorrências, observa-se que Satanás ou o diabo, atuava com permissão e conivência do "Senhor" e do "Espírito Santo", resta saber se seria também este caso narrado nesta epistola.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio de saudação; 1.3:Ação de graças; 1.13:A santidade na vida; 1.22:A santidade no amor; 2:Os crentes são a casa espiritual edificada em Cristo; 2.11:A vida exemplar cristã: deveres para com os não crentes e para com as autoridades; 2.18:A vida exemplar cristã: deveres do que prestam serviços a outrem; 3:A vida exemplar cristã: deveres dos casados; 3.8:A vida exemplar cristã: o amor fraternal; 3.13:A prática do bem. A longanimidade segundo o exemplo de Cristo; 4:A morte para o pecado e a pureza de vida; 4.7:Alguns deveres dos crentes uns para com os outros; 4.12:O sofrermos por Cristo é privilégio glorioso; 5:Os deveres do ministério; 5.5:Vários conselhos. Votos, saudações finais e bênção.
2ª Epístola de Pedro
DESTAQUES: Simão Pedro, Paulo, destinatários
TEMAS: vinda do Senhor, escarnecimento sobre a vinda, alusões ao V.T.
CURIOSIDADES: Conforme o prefácio em 1.1, esta é a segunda carta do apóstolo Pedro, porém sem designação de destinatário, sendo que tais só são identificados como sendo os mesmos da primeira epístola por causa da afirmação em 3.1. Ainda no prefácio o narrador dá a classificação de "Salvador" à Jesus, classificação declarada diretamente por um anjo de acordo com registro em Lucas 2.11, mas naquele livro não consta registro sobre que tipo de salvamento Jesus realizaria; e outra referência a Jesus como "salvador" refere-se a profecia em Zacarias 9.9, aludida nos evangelhos em Mateus 21.4-5 e João 12.14-15 (Marcos e Lucas apesar de também narrarem o episódio da "entrada triunfal de Jesus em Jerusalém", não registram diretamente que se trata de uma profecia), mas observa-se na história que "o salvador" prometido na profecia de Zacarias apresenta, incompatibilidade com a participação que Jesus teve, pelo menos no campo político, pois exceto as pessoas que curou, não consta que ele tenha realizado um "salvamento" de fato, pois os judeus permaneceram como estavam, um povo subordinado ao império romano e os que se converteram ao cristianismo, foram inclusive perseguidos, presos e mortos, por ação direta dos próprios judeus ortodoxos, como exemplo o que fizeram com o próprio Jesus, com Estêvão, Tiago, Pedro, Paulo, como pode ser verificado no livro de Atos. Em 1.4 o narrador registra desejo que os destinatário se livrem das "corrupção das paixões que há no mundo", mas não registra especificações sobre do que afirma. No trecho 1.5-11, o narrador enumera uma seqüência que será suprimento para a entrada "no reino eterno" de Jesus: "fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor". No trecho 1.13-15 o narrador registra que está prestes a deixar o seu "tabernáculo" que induz a uma metáfora que estaria prestes a "deixar os seu corpo", ou seja falecer. Em 1.16-18 o narrador contrapondo "fábulas engenhosamente inventadas", registra que ele foi testemunha ocular "da majestade" de Jesus (evidência de que se criavam histórias sobre Jesus); e como prova ele cita o que ouviu que Deus enviou a Jesus a frase:" Este é meu Filho amado, em quem me comprazo"; verifica-se nos evangelhos que tal pronunciamento ocorreu no episódio em que Elias e Moisés aparecem a Jesus num monte, onde ele levou consigo Pedro, Tiago e João; tal episódio e contado pelos evangelistas, com pequenas diferenças nas frases que surgiram de uma nuvem, sendo que a de Mateus 17.5 é a única exatamente como diz Pedro nesta carta a frase completa é: "Este é meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.", em Marcos 9.7, mais reduzida: "Este é meu Filho amado; a ele ouvi" e em Lucas 9.35, uma pequena modificação: "Este é meu Filho amado, o meu eleito; a ele ouvi". Em 2.3 o narrador alerta para falsos mestres que farão comércio dos destinatários. Em 2.4 o narrador afirma que "Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas", porém não cita a fonte de sua informação e os significados dos termos lançados na sua afirmação, uma vez que não constam nos livros anteriores da Bíblia. Em 2.5-7 cita os episódios da destruição com o dilúvio e Sodoma e Gomorra, que se encontram no livro de Gênesis, capítulos 6 a 8 e 19, também cita Balaão em 2.15, personagem apresentado no capítulo 22 de Números, tais citações são utilizadas para indicar os que foram destruídos como os maus. Em 2.20 o narrador cita que se tornam piores os que escapam das "contaminações do mundo" pelo "conhecimento de Jesus" e depois se enredam de novo para tais "contaminações" que só são genericamente classificadas em 2.18 como "paixões carnais e libertinagens", e vale observar que também não há especificação do "mal" que teriam cometido os que morreram no dilúvio e em Sodoma e Gomorra, pois apenas se acusou sobre as vítimas do dilúvio em Gênesis 6.5: "a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração" e sobre Sodoma em Gênesis 13.13: "os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor" e sobre Gomorra não registro de acusação; dificulta a dedução do que eles teriam feito de mal naquela época, se considerar os registros dos tipos de coisa que o próprio "Senhor" ordenou a Saul contra Amaleque em Samuel I 15.3 :"destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito..." tudo isso enquanto Saul era um homem ungido do Senhor (Samuel I 10.1). O narrador registra categoricamente em 3.1 que esta é "a segunda carta que vos escrevo", uma evidência que os destinatários são os mesmos da "Dispersão" para que escreveu a primeira epístola, conforme Pedro I 1.1. Abordando no trecho 3.3-13 sobre o retorno do Senhor que o apóstolo como os demais aguardavam, o narrador demonstra a preocupação através do alerta de que viriam "escarnecedores com os seus escárnios"... dizendo :"Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" e ele justifica a provável demora da "vinda" fazendo a afirmação em 3.8 de que "para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia", mas não registra o fundamento ou origem dessa proporção que apresenta, ainda que válida esta proporção apresentada, vale observar que segundo os evangelhos a afirmação que Jesus havia dito em resposta ao questionamento dos discípulos, é de que toda a "tribulação" e a sua vinda, ocorreriam ainda naquela geração (Mateus 24.34, Marcos 13.30 e Lucas 21.32). Em 3.15 o narrador cita que Paulo havia escrito àqueles destinatários e denuncia em 3.16 que o que ele escreveu havia sido deturpado como também as demais Escrituras, mas não relata exatamente os trecho que haviam sido deturpados; (como neste versículo o narrador usou o verbo no presente referindo-se a Paulo "costuma", evidencia que Paulo ainda estaria vivo).
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio de saudação; 1.3:A prática progressiva das graças cristas e seus resultados; 1.12:O apóstolo dá os motivos porque escreveu a carta; 1.16:A superioridade da palavra de Deus; 2:Os falsos mestres, seu caráter, obras e justo castigo; 3:A vinda do Senhor e o seu significado; 3.14:O cristão deve esperar o Senhor viver vida reta, estudar as Escrituras e crescer em Cristo.
1ª Epístola de João
DESTAQUES: Jesus
TEMAS: temática e narrativa compatível com o evangelho de João, um Deus "jamais visto", falsos profetas, amor.
CURIOSIDADES: Diferente das outras epístolas, esta não apresenta um prefácio anunciador do remetente e do destinatário. O uso do termo "Verbo" logo na introdução evidencia o estilo do evangelista João logo no início do seu evangelho. Em 1.8 o narrador assume que ele e eles tem pecados, mas logo em seguida em 1.9 prescreve que se confessarem os pecados, tais são perdoados por Jesus e conclui dando um título inédito à Jesus como "Advogado junto ao Pai" para aqueles que pecam, do mundo inteiro. Em 2.13 e 14 o narrador afirma que os destinatários venceram um certo "Maligno", mas não registra mais detalhes do que ou de quem se trata. Em 2.15 o remetente recomenda os destinatários a não amar o mundo nem as coisas que há no mundo e afirma que o amor do Pai não está nele, mas vale atentar que no versículo seguinte sua recomendação se baseia em um absoluto reducionismo, pois ele resume "as coisas do mundo" em: "concupiscência da carne, dos olhos e a soberba da vida", suas delimitações, restrições e generalização de abrangência de mundo. Em 2.18-19 o narrador denuncia que "anticristos" saíram do próprio meio deles e conforme 2.22, seriam aqueles que nega que Jesus não seria ao Cristo (messias, salvador). O narrador se refere aos destinatários como "Filhinhos" conforme se lê em 2.1, 2.28, etc. Em 3.4 o remetente afirma que o pecado é a transgressão da lei, que, apesar de não declarado, até agora tem sido referenciada como "as leis decretadas por Moisés". Em 3.8 há mais expressões semelhantes ao evangelho de João, pois o narrador alude a procedência dos pecadores oriunda do "diabo", semelhante afirmação de Jesus afirmada em João 8.44. Em 3.12 o narrador condena Caim, que assassinou seu irmão, como sendo homem de obras más e como sendo do Maligno (com letra maiúscula), porém vale observar que não há registro de influência externa ou personalizada em nome de um "Maligno" no capítulo 4 que conta o assassinato realizado por Caim, logo conclui-se sobre tais evidências de que o termos "Maligno" aqui é uma personificação do narrador da carta sobre atos maus. Em 3.23 o narrador recorda o mandamento de eles se "amarem uns aos outros" como mandamento de Jesus, o que de fato foi dito por Jesus segundo o evangelho de João 13.34. Em 4.1 o remetente alerta os destinatários para a existência de falsos profetas. Em 4.8 o narrador afirma que "Deus é amor" e justifica nos versículos que seguem pelo fato de ele ter enviado Jesus e em 4.12 repete o que está escrito em João 1.18 onde se diz que "Ninguém jamais viu Deus" o que reitera, conforme analisado, que o Deus a que ele se refere não seria do "Deus do Velho Testamento" visto pelos personagens e profetas daqueles tempos. Em 5.14 o narrador diz aos destinatários que se pedirem alguma coisa a Jesus ele os ouve, um afirmação que se vê apoiada no evangelho de João em 15.7. A última recomendação nesta carta é uma velha orientação, que quando não seguida era a maior causa da "ira do Senhor" no V.T.: "guardai-vos dos ídolos", contextualmente na Bíblia, conhecido como "outros deuses" ou objetos de adoração, como o deus "Baal" e o "Bezerro de Ouro", do livro Êxodo.
SUBTÍTULOS: 1:Prólogo. O verbo da vida e a comunhão com Deus; 1.5:Deus é luz. O pecado, a confissão, o perdão, a propiciação; 2:O antigo e o novo mandamentos: o amor fraternal; 2.12:A vitória sobre o Maligno; 2.15:Não se deve amar o mundo; 2.18:Os anticristos; 2.27:A unção do espírito santo; 3:Deus é Pai e é santo. Seus filhos são também santos; 3.7:Os filhos de Deus e os filhos do Maligno; 3.11:O amor aos irmãos e o ódio ao mundo; 4:Os falsos profetas e os verdadeiros crentes; 4.7:Deus é amor; 5:A fé que vence o mundo; 5.6:O tríplice testemunho sobre Cristo; 5.13:O poder da intercessão; 5.20:Cristo é verdadeiro Deus e deve ser adorado
2ª Epístola de João
DESTAQUES: "o presbítero", "senhora eleita"
TEMAS: enganadores,
CURIOSIDADES: Um brevíssima carta com introdução que não cita nomes, apenas anuncia um "presbítero à senhora eleita e seus filhos" a quem ele o narrador registra que ama, mas não passa mais informações das identidades. Em 1.1 o narrador dedica palavras "aos que conhecem a verdade", mas não declara quem eram e de que verdade se trata exatamente. O narrador reitera em 1.5 o que disse na sua primeira carta (João I 3.23) sobre o mandamento de Jesus descrito no evangelho de João 13.34 "que se amem uns aos outros". Sobre os "enganadores" o narrador prescreve aos destinatários e em 1.10 que não os receba nem os dê boas-vindas, pois assim seria cúmplice de suas obras más, conclui em 1.11. Em 1.12 o remetente, explicando a curta carta, diz que ainda havia muitas coisas para escrever, mas que não quis fazê-las com tinta e papel pois esperava ir ter com eles para conversarem de viva voz e finaliza em 1.13 emitindo saudações dos também não identificados "filhos da tua irmã eleita" (irmã da "destinatária").
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio de saudação; 1.4:O amor fraternal; 1.7: Os falsos ensinadores e como tratá-los; 1.12:Informações finais. Saudações.
3ª Epístola de João
DESTAQUES: Gaio, Diótrefes, Demétrio
TEMAS: intrigas na igreja.
CURIOSIDADES: Tão breve quanto a segunda epístola, esta carta anuncia na introdução o mesmo "presbítero" que desta vez escreve a um certo "Gaio". Em 1.9-10 o remetente se queixa de um certo Diótrefes que não o acolhia na igreja e dizia palavras maliciosas contra eles e expulsa irmãos da igreja e em 1.12 cita também um certo Demétrio, que "todos lhe dão testemunho". Semelhante ao encerramento da 2ª epístola, o remetente tampem afirma em 1.13-14 que tinha muito a escrever mas não fará a tinta e pena pois espera ver o seu destinatário.
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio de saudação; 1.5:O bom exemplo de Gaio; 1.9:Diótrefes, o ambicioso. Demétrio, fiel cristão; 1.13:Informações finais. Saudações.
Epístola de Judas
DESTAQUES: Judas, Tiago
TEMAS: denúncia de dissimulados, citações não identificadas nos demais livros da Bíblia
CURIOSIDADES: O prefácio desta carta anuncia Judas, irmão de Tiago aos destinatários genéricos: "chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo"; revisando os livros, observa-se que no lugar do apóstolo Tadeu, nomeado em Mateus 10.3 e Marcos 3.18, outro Judas, além do Iscariotes, encontra-se nomeado em Lucas 6.16 como um apóstolo, porém naquele evangelho ele é registrado não como irmão, mas como filho de Tiago. Em 1.4 o remetente como os demais autores de epístolas, denuncia "indivíduos dissimulados" que se introduziram. Em 1.5-8 o narrador, em ton de ameaça, relembra que "o Senhor tendo libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram", uma alusão da história narrada no livro Êxodo; e prossegue repetindo uma afirmação feita em Pedro II 2.4 sobre anjos condenados às trevas, ocorrência esta não identificada no V.T. e ainda plagiando os ditos naquela epístola de Pedro (Pedro II 2.6) também relembra o castigo sobre Sodoma, acrescentando por sua conta cidades circunvizinhas e também direciona sua provocação aos que "rejeitam governo e difamam autoridades superiores. Em 1.9 o narrador cita um episódio que não consta registrado nos livros que compõem o Velho Testamento, que seria: "o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: o Senhor de repreenda!". Continuando na repetição das citações da segunda epístola de Pedro, o narrador também cita, no versículo, Balaão e Caim como exemplos de erro, mas, tanto na carta de Pedro como esta, os narradores não fizeram a consideração que Balaão se redimiu naquela época e passou a "instrumento" do Senhor e até a abençoar o os israelitas, conforme pode se ler nos capítulos 23 e 24 de Números, o que talvez o fizesse deixar de ser um "mal exemplo". O narrador ainda acrescenta citação aos que pereceram na "revolta de Corá" quando "o Senhor", violentamente, fez a terra se fender e tragar os homens que pertenciam ao líder Corá que, em nome dos demais israelitas, exigiu igualdade de "santidade" à Moisés, episódio contado no capítulo 16 de Números e cuja as causas da condenação não são exatamente compatíveis com as acusações que o narrador faz aqui em 1.4 aos "indivíduos", pois as alegações de Corá, não eram de um "ímpio" mas, pelo contrário, eram de crentes que reivindicavam ser reconhecidos pelo Senhor, conforme Números 16.5. Em 1.14 o narrador faz a terceira citação de fala não encontrada nos livros que compõem a Bíblia e que ele atribui à Enoque "o sétimo depois de Adão", de acordo com Gênesis 5.21 Enoque é de fato o sexto descendente de Adão, mas além daquele da genealogia que ele consta, não há registros nos livros que compõem a Bíblia, de profecias que ele tenha feito (resta saber se há apócrifos com tal conteúdo). Finalmente o narrador declara saber sobre a pregação de conteúdo da 2ª epístola de Pedro, pois em 1.17 diz: "lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelo apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, o quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo suas ímpias paixões.", paráfrase do versículo 3 da 2ª epístola de Pedro. Em 1.22 o narrador declara que alguns estão na dúvida quanto a "vida eterna" e no versículo 23 chega ao extremo de recomendar aos destinatários que detestem até a "roupa contaminada pela carne".
SUBTÍTULOS: 1:Prefácio de saudação; 1.3:É dever cristão pelejar pela fé; 1.5:Exemplos da punição dos ímpios; 1.17:A profecia apostólica. Exortações; 1.24:A doxologia.
Apocalipse de João
DESTAQUES: João, o anjo interlocutor, as sete igrejas, tronos, as tribos de Israel, nova Jerusalém
TEMAS: profecia, visões simbólicas e alegóricas, número sete, precisão numérica, contradição com as epístolas, flagelos, destruição, ira e cólera de Deus, anjos violentos e destruidores
CURIOSIDADES: Depois das profecias de Jesus registradas nos evangelhos, está a única profecia declarada no Novo Testamento e que conforme registrado no trecho 1.1 ela foi notificada a João, mas por intermédio de anjo enviado por Jesus que por sua vez recebeu a revelação de Deus. Em 1.3, naquele tempo em que a profecia foi escrita, o narrador escreve que o tempo estava próximo. Em 1.4 o profeta dedica o escrito à sete igrejas da Ásia e em 1.7 faz reafirmação que Jesus viria "com as nuvens", tal como anunciado nos evangelhos. Em 1.8 registra-se que Deus afirmou ser "Alfa e Ômega" ( a primeira e última letra do alfabeto grego), mas não dá mais esclarecimentos dessa analogia, apenas prossegue descrevendo que "ele é e que era e que há de vir". Narrando em primeira pessoa, o autor, se identificando como João no trecho 1.9-11 conta que teve sua visão na ilha de Patmos e prossegue relatando que achou-se em espírito no "dia do Senhor", quando ouviu uma voz como de trombeta que o disse para que escrevesse um livro e mandasse às sete igrejas: "Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodizéia. No trecho 1.13-16 João descreve que o homem que lhe falava tinha vestes talares e cingida a altura do peito, com uma cinta de ouro e a sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve e os olhos como chama de fogo e da boca saía uma afiada espada de dois gumes e o seus rosto brilhava como o Sol (feito o rosto resplandecente de Moisés quando teve com Deus no monte-Êxodo 34.30). Em 1.17 o interlocutor de João afirmou que era o "primeiro e o último", talvez uma referência às letras gregas e em 1.18 avisa que tinhas as chaves "da morte e do inferno" ("inferno" este, não descrito nos livros da Bíblia). Junto ao interlocutor haviam sete estrelas e sete cadeeiros de ouro que representavam as sete igrejas e seus respectivos sete anjos, segundo o interlocutor em 1.20; A partir daí o interlocutor começa a ordenar as palavras que deveriam ser escritas seqüencialmente às igreja, assuntos normalmente relativos aos acontecimentos históricos e realidades e dificuldades delas. Em 2.6 o interlocutor declara que odeia as obras de uns certos "nicolaítas". Em 2.8 o interlocutor manda registrar que quem diz é o "que esteve morto e tornou a viver" (o que pode ser uma referência à Jesus). Em 2.9 o interlocutor, em linha dura, denuncia a blasfêmia dos componentes da igreja de Esmirna que se declaram judeus e não são. Em 2.13 o interlocutor cita um fiel e testemunha dele nos dias de um certo Antipas o qual foi morto dentre os da igreja de Pérgamo (não há registro sobre "Antipas" nos outros livros da Bíblia). Tal como Pedro e Judas citaram Balaão em Pedro II 2.15 e Judas 1.11, o interlocutor também despreza sua remissão, conforme já explicada, e o cita como mal exemplo em 2.14. Também acusa os da igreja de Pércamo de sustentarem a doutrina de uns certo "nicolaítas" e por tais motivos, registra ameaças aos destinatários mandando escrever: "arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca", ameaça tal incompatível com as pregações de "amar uns aos outros" pregadas por Jesus no evangelho de João (13.34) e "amar os inimigos" conforme registrado no evangelho de Mateus (5.44.). Mais ameaças de violência o interlocutor de olhos semelhantes a chama de fogo faz à igreja de Tiatira, quando diz em 2.23 que matará os filhos da igreja por causa de uma certa Jezabel que ele acusa de prostituição e de comer coisas sacrificadas aos ídolos conforme escrito em 2.20 (mais uma ameaça incompatível com Jesus, que inclusive livrou uma mulher adúltera de ser apedrejada conforme contado no evangelho de João em João 8.3-11). Em 2.26-27 ainda informa os da igreja de Tiatira que dará à eles autoridade sobre as nações e que com cetro de ferro eles as regeria e as reduziria a pedaços como se fossem objetos de barro. Em 3.9 a igreja da Filadélfia também é acusada de ter quem se declara como judeu e não era. Em 3.12 o interlocutor fala de uma "nova Jerusalém que desce do céu", mas sem mais explicações. Depois de escrever as sete cartas às sete igrejas, João conta no capítulo 4 que foi convidado pela voz de trombeta a entrar no céu por uma porta e que lá viu um trono com alguém sentado semelhante a pedra de jaspe e sardônio, havia um arco-iris em volta do trono que também soltava relâmpagos, vozes e trovões e na frente do trono havia um mar de vidro semelhante a cristal e ainda em volta do trono havia quatro seres viventes com seis asas cada um e cheio de olhos na frente e atrás, os viventes era um semelhante a um leão, outro águia e outro novilho e o último semelhante a homem e ele proclamavam ao Senhor Deus dia-e-noite; ainda envolta do trono principal, haviam mais 24 tronos com 24 anciãos sentados que se prostariam diante do trono e louvariam um verso à Deus (importante observar como esta visão de João se assemelha, em alegorias, às visões dos profetas do Velho Testamento, em especial a visão de Isaías no capítulo 6 do livro daquele profeta, onde ele também viu o trono e seres de seis asas que também proclamavam como santo o Senhor; ainda há a visão de Ezequiel no capítulo 1 do livro daquele profeta, onde ele relata que também viu o trono e 4 seres viventes com rostos de leão, boi e águia, rodas cheio de olhos e firmamento semelhante a cristal brilhante; Ezequiel também utilizou a metáfora de "rugido muitas águas" para explicar o som da voz que ele atribuiu ao "Onipotente", sendo que aqui João usa o termo em 1.15). A visão seguinte de João narrada no capítulo 5 foi a visão de um livro com sete selos na mão do que estava sentado no trono e que digno de abri-lo só foi um Cordeiro de sete chifres e sete olhos, o qual é chamado de "Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi" e para o quem os anciãos com arpas entoaram cânticos que apresentam trechos que fazem alusões aos ocorridos com Jesus, que podem ser interpretadas como sendo aquele Cordeiro, porém não há registro de confirmação. No capítulo 6 o Cordeiro abre cada selo do livro, sendo que os quatro primeiros fizeram surgir quatro cavaleiros em quatro cavalos de cores branca, vermelho, preto e amarelo, sendo designados para cada um sucessivamente ao branco: um arco e uma coroa para vencer, ao vermelho: uma espada para tirar a paz da terra (para os homens se matassem uns aos outros), ao preto: uma balança e para o qual não se diz uma ordem do que fazer, apenas se comenta enigmaticamente "vendas de trigo e cevada um denário e não danificar azeite e vinho" e quando ao cavalo vermelho, veio nele um cavaleiro que é dado o nome de "Morte", seguido pelo "Inferno" que teria autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome e por meio das feras da terra; o quinto selo referia-se aos que "morreram por Deus" e que ganharam vestes brancas, o sexto selo provocou um terremoto, o sol ficou negro e a lua como sangue e as estrelas caíram pela terra, como frutos de uma figueira que é balançada, visão esta última que só cabe entendimento simbólico, pois conforme já dito a respeito da profecia de Jesus em Mateus 24.29, Marcos 13.25 como se sabe hoje que os astros são do tamanho ou imensamente maior do que a Terra, logo elas não cairiam sobre a Terra (a menos que se trate de cometas, mas que não são considerado estrelas), o que poderia ocorrer seria uma grande colisão e bastaria apenas uma "estrela" para que provocasse uma colisão em que todo o planeta seria destruído, não havendo sequer oportunidade de nenhum ser vivente se esconder em cavernas como a profecia registra que ocorreria em 6.15. E em 6.17 retoma-se um característica muito recorrente e registrada no V.T. que se refere a "ira de Deus ou ira do Senhor" que aqui é também dada à "ira do Cordeiro", quando fariam acontecer tais catástrofes. O capítulo 7 é dedicado à anunciar, em meio a catástrofe, os escolhidos, os que seriam "selados servos de Deus", inclusive com precisão numérica, pois seriam 144 mil e exclusivamente das tribos de Israel, a saber: 12 mil de cada tribo, sendo elas todas citadas: Judá, Rúben, Gade, Aser, Naftali, Manassés, Simeão, Levi, Issacar, Zebulom, José e Benjamim; apenas vale observar que ou João errou no registro da profecia, ou os anjos, propositadamente e sem explicação, deixaram de fora as tribo de Dã e a tribo de Efraim e ainda consideraram os escolhidos de Levi como uma tribo, o que não ocorreu no VT.; logo, novamente para explicar sobre as tribos, vale repetir explicação já feita que diz que conforme capítulo 49 de Gênesis, que pelo fato de ao final da profecia, em Gênesis 49.28, afirmar-se que se enumerou doze tribos, observa-se citados na profecia os doze filhos de Jacó: Rúben, Simeão junto a Levi, Judá, Zebulom, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, José e Benjamim; mas apesar de inicialmente serem estas as doze tribos anunciadas, posteriormente na divisão das terras de Canaã (Números 32.33 e Josué: 13.14, 14.4, 15.20, 17.1, 18.11, 19.1, 19.10, 19.17, 19.24, 19,32 e 19.40) a descendência de Levi não foi considerada uma tribo, porque eram os sacerdotes, e a descendência de José foi considerada como duas tribos, pela descendência de seus dois filhos Efraim e Manassés; Ainda sobre os escolhidos, vale observar que entre os tais, os "selados", não há pessoas de outra origem que não judeus, logo estes não estariam diante de Deus e do "Cordeiro", uma seleção contraditória às afirmações dos apóstolos feitas sobre Deus e Jesus nas epístolas, pois registraram que aquelas divindades "não faziam acepção de pessoas" conforme disse Pedro em Atos 10.34 e Pedro I 1.17, Paulo em Romanos 10.11 e em Efésios 6.9, e Tiago chega a registrar o ato de fazer acepção de pessoas como pecado, conforme escrito em Tiago 2.9. (por outro lado, tal seleção é coerente com o Velho Testamento onde os israelitas são tido como "escolhidos" de Deus ser evidente e diretamente afirmado como em Êxodo 24.11, Crônicas I 16.13, Salmo 105.6, etc.). O sétimo selo é revelado no capítulo 8 e refere-se a sete trombetas que quando tocadas pelos anjos uma-a-uma provocariam destruições espetaculares sobre a terra, com fogo, estrelas venenosas, escuridão, cavalos que soltavam fogo pela boca e gafanhotos venenosos que saíram de um abismo e deveriam destruir apenas os homens que não tinham o selo de Deus, conforme registrado em 9.4; os gafanhotos tinham como rei um certo "anjo do abismo" que tinha nome hebraico Abadom ou grego Apoliom, conforme denunciado em 9.11. João registra em 9.20-21 que os homens que não foram mortos por tais flagelos não se arrependeram de adorar demônios, ídolos de ouro, de prata, nem se arrependeram das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos (muitos males desses condenados nas leis Prescritas por Moisés, como pode se ver no livro Êxodo e Levítico). Vele lembrar a associação das trombetas com ataques e destruições, que vem desde a derrubada dos muros de Jericó pelo toque das trombetas, conforme conta o capítulo 6 do livro Josué. Semelhante ao ocorrido com o profeta Ezequiel no capítulo 3 versículos 1 a 3 do seu livro, onde registra-se que ele comeu um rolo que lhe foi entregue por uma mão dos céus para falar a casa de Israel, e o rolo era doce como mel, João em 10.10-11 também come um livrinho dado pela mão de um anjo para profetizar mais a respeito de muitos povos e nações, e o livrinho também era doce como mel, apesar de amargo no estômago. Em 11.8, inexplicadamente o interlocutor afirma que o Senhor foi também crucificado em Sodoma e Egito. No trecho 11.15-19 anuncia-se como efeito da sétima trombeta um coro de vozes louvando o Senhor Cristo e Deus diante do trono, encerrando com espetaculares relâmpagos, trovões e terremotos. O capítulo 12 João conta sobre a visão de uma mulher grávida "vestida de sol com a lua debaixo dos pés e um coroa de 12 estrelas na cabeça" e que dá a luz e seu filho é entregue a deus no se trono, então um dragão de sete cabeças e dez chifres persegue a mulher, um certo Miguel e seus anjos pelejam contra o dragão que é expulso para a terra junto com a "antiga serpente" que João diz se chamar "diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo" e com ele também foi atirado "seus anjos" (a "serpente antiga" pode ser uma alusão a serpente que ofereceu a fruta proibida à Eva, conforme Gênesis 3.1-6, mas não consta confirmação direta desta relação nesta profecia e muito menos no livro de Gênesis) e se registra um coro de comemoração sobre tal derrubada. No capítulo 13 conta-se que, na terra, o dragão passou seus poderes a uma besta semelhante a um leopardo e que como o dragão tinha também 7 cabeças e 10 chifres e sobre as cabeças tinha diademas com blasfêmias e a besta foi adorada pelos homens que não tinham o nome escrito no "Livro da Vida do Cordeiro", depois surgiu uma segunda besta com dois chifres parecendo cordeiro e que vinha endossar a idolatria à primeira besta, fazendo também com que os homens tivessem uma marca na mão direita ou sobre a fronte para que só assim pudessem comprar ou vender e no versículo 18 deste capítulo 12, o narrador lança um enigma, afirmando uma sabedoria e aquele que tem entendimento calcule o número da besta que é 666. Em 14.1 João registra que viu o Cordeiro sobre o monte Sião com os 144 mil escolhidos que tinham os seus nomes e o "nome do seu Pai" escrito na fronte e em 14.4 registra que eles eram castos pois não se "macularam com mulheres", um pressuposto de que ter com mulheres seria uma maculação, depois disso o profeta ouve quatro vozes de anjos, que anunciam pregação do evangelho, queda da Babilônia, condenação a adoração à besta e sobre obras dos mortos. Em 15.1 anuncia-se os sete últimos flagelos que se consumariam a "cólera de Deus" (cabe a questão se tendo Deus cólera, seria isso compatível com alguém misericordioso, piedoso e cheio de amor, conforme escrito nas epístolas e outros livros da Bíblia?). No trecho 15.3-4 registra-se que entoaram nos céus o cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro, sendo os versos registrados do cântico do Cordeiro, pois não aparecem no cântico de Moisés que consta no capítulo 15 de Deuteronômio. Em 15.7 registra-se que os anjos apresentaram sete taças de ouro cheias da "cólera de Deus" que foram derramadas uma de cada vez sobre a terra esparramando os sete últimos flagelos que são contados no capítulo 16, atacando na forma de fogo, úlceras, morte de vida marítima e rios, escuridão, dor, chuva de pedras e terremoto que dividia as cidades em três partes. Sobre o sexto flagelo registra-se em 16.12 que ele provocou a seca do rio Eufrates e em 16.16 registra-se que os homens se ajuntaram no lugar que em hebraico se chamava Armagedom. No capítulo 17 um dos sete anjos apresenta a João a interpretação de uma visão que inclui uma mulher meretriz e uma besta de sete cabeças e dez chifres; na fronte da mulher estava escrito "BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA", em resumo a mulher significava a grande cidade que dominava sobre os reis da terra conforme 17.18 e os chifres e cabeças da besta representavam os reis com os quais a meretriz se prostituía e que por fim os reis despojariam a meretriz (logo a interpretação trata de questões políticas de conflitos de guerra entre reinados, e vale lembrar que a Babilônia foi quem provocou definitivamente a queda de Jerusalém, tirando-a do domínio dos judeus, conforme contado no capítulo 25 do livro Reis II e por tal motivo há várias citações de rancor contra Babilônia desde as profecias do Velho Testamento, em especial no livro de Isaías). O capítulo 18 desta profecia também é dedicado a comemorações sobre a queda e devastação da Babilônia e a primeira parte do capítulo 19 (19.1-8) registra o coro realizado para comemorar a "vingança do sangue dos seus servos" conforme trecho do verso em 19.2. João registra em 19.9-10 que ia se prostrar perante o anjo que lhe falava "palavras de Deus" mas o anjo o impediu dizendo que era conservo dele e dos demais que mantinham o testemunho de Jesus. No trecho 19.11-21 João fala sobre um cavalo brando e um homem montado com olhos de fogo e "manto tinto de sangue" e que tinha escrito na coxa "REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" e que tinha o nome de "Verbo de Deus" e que destruiu a besta e lançou ela e seus seguidores dentro de um lago de fogo que arde com enxofre e que matou outros com a espada que saia da sua boca Os títulos dados ao cavaleiro remetem todos à Jesus, e o próprio subtítulo adicionado a este trecho afirma que se tratava de Cristo, mas no texto não explicitação desta idéia e se de fato se tratava de Jesus, ele teria mudado muito depois da ressurreição, pois em vida não demonstrou nenhuma violência e sequer reagiu a sua prisão e crucificação, conforme contado nos evangelhos). Em 20.2 João registra que viu o diabo, Satanás ser preso no abismo por um anjo e lá permanecer por mil anos (quanto a associação de Satanás com o diabo que João faz nesta profecia, vale observar que, conforme já dito, Jesus afirmou no evangelho de João 8.44 que o diabo era homicida desde o princípio, o que não corresponde à Satanás, para o qual não consta nenhum registro explícito nos livros da Bíblia de que ele tenha matado alguém, sendo suas ações a tentação a Jó e a Jesus, sob permissão de Deus e do Espirito Santo, conforme escrito no livro de Jó e nos Evangelhos). Depois de mil anos, João registra que Satanás foi solto mais logo derrotado e, mantendo o sinônimo com o diabo, diz que ele foi lançado no lago do fogo e enxofre conforme 20.10 tal como os que não constavam no "Livro da Vida" na hora do julgamento dos mortos, conforme contado no trecho 20.11-15. Inexplicadamente "Gogue e Magogue" são citados em 20.8 quando Satanás é solto; estes dois nomes aparecem nos capítulos 38 e 39 do livro do profeta Ezequiel, sendo que Gogue era príncipe de Rôs, da terra de Magogue os quais enfrentariam alguns conflitos contra a terra de Israel sob o comando do Senhor de acordo com aquela profecia. No capítulo 21 João registra que viu novo céu e nova terra, pois as anteriores passaram e o mar não havia mais e viu ainda descer do céu uma nova cidade de Jerusalém, e a relata como noiva, analogia tal a mesma utilizada pelo em Isaías 62.5. Em 21.8-9 João dá uma lista dos que foram para o lago de fogo e enxofre: covardes, incrédulos, abomináveis, assassinos, impuros, feiticeiros, idólatras e mentirosos. No trecho de 21.9 até 22.5 João descreve a estrutura e engenharia da nova cidade de Jerusalém que desceu do céu. Acerca das palavras ditas à João, ele registra em 22.6-7 o que o anjo atestou: "Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor , o Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer. Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro". Em 22.10 o anjo orienta a João que não sele a profecia, pois reitera o "tempo estava próximo" e que ele viria sem demora conforme 22.12. E em 22.16 o autor de toda a profecia declara literalmente que era Jesus: "Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da Manhã" ( o fato da dedicação da profecia às igrejas-7 igrejas forma uma evidência da contextualização da profecia àquela condição e época e o fato de ser Jesus o autor do conteúdo da profecia que fala do que ocorrerá na sua vinda e que formam detalhes da mesma vinda que ele havia prometido enquanto vivo, conforme Mateus 24.29-31, Marcos 13.24-27 e Lucas 21.25-28, logo tal vinda deveria ocorrer "antes que passasse aquela geração", conforme Mateus 24.34, Marcos 13.30 e Lucas 21.32 ). Em 22.18 o próprio Jesus promete uma ameaça, caso alguém fizesse qualquer acréscimo à profecia: "Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro"; e mais uma vez reitera em 22.20: "Venho sem demora! Vem, Senhor Jesus". E finaliza a última frase do último livro que compõe a Bíblia: "A graça do Senhor Jesus seja com todos."
SUBTÍTULOS: 1:O título, o autor e o assunto do livro; 1.4:Dedicatória às sete igrejas da Ásia; 1.9:A visão de Jesus glorificado; 2:Carta à igreja de Éfeso; 2.8:Carta à igreja de Esmirna; 2.12:Carta à igreja de Pérgamo; 2.18:Carta à igreja em Tiatira; 3:Carta à igreja de Sardes; 3.7Carta à igreja em Filadélfia; 3.14:Carta à igreja em Laodicéia; 4:A visão do trono de Deus; 5:A visão do livro selado com sete selos e a do Cordeiro; 6:O Cordeiro abre os selos. O primeiro selo; 6.3:O segundo selo; 6.5:O terceiro selo; 6.7:O quarto selo; 6.9:O quinto selo; 6.12:O sexto selo; 7:Os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel; 7.8:A visão dos glorificados; 8:O sétimo selo. Os sete anjos com as sete trombetas; 8.7:A primeira trombeta; 8.8:A segunda trombeta; 8.10:A terceira trombeta; 8.12:A quarta trombeta; 9:A quinta trombeta; 9.13:A sexta trombeta; 10:Os anjos e os sete trovões. João e o livrinho; 11:Ordens para medir o santuário de Deus; 11.3:As duas testemunhas mártires; 11.15:A sétima trombeta; 12:A mulher e o dragão; 12.7:Anjos pelejam no céu contra o dragão. A vitória de Cristo e do seu povo; 12.13:O dragão persegue a mulher; 13:A besta que emerge do mar; 13.11:A besta que emerge do terra; 14:O Cordeiro e os seus remidos no monte Sião; 14.6:A primeira voz; 14.8::A segunda voz; 14.9::A terceira voz; 14.13::A quarta voz; 14.14:A ceifa; 14.17:A vindima; 15:Os sete flagelos; 15.2:Os remidos entoam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro; 15.5:Deus envia os flagelos; 16:O primeiro flagelo; 16.3:O segundo flagelo; 16.4:O terceiro flagelo; 16.8:O quarto flagelo; 16.10:O quinto flagelo; 16.12:O sexto flagelo; 16.17:O sétimo flagelo; 17:A descrição da grande meretriz; 18:O anúncio da queda da Babilônia; 18.9:Os lamentos dos admiradores de Babilônia; 18.21:A ruína de Babilônia completa e definitiva; 19:O júbilo do céu; 19.11:Cristo, o vencedor da besta e do falso profeta; 20:A prisão de Satanás por mil anos. A primeira ressurreição; 20.7:Satanás é solto e derrotado; 20.11:O juízo de Deus; 21:O novo céu e a nova terra; 21.9:A nova Jerusalém; 22.6:A certeza do cumprimento da profecia deste livro; 22.8:As admoestações e as promessas finais; 22.18:A conclusão do livro; 22.21:A benção.
Bibliografia: