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A ilha do Faial sofreu a maior catástrofe de que há história no dia nove de Julho de 1998. Nem o vulcão dos Capelinhos causou tanta destruição.
No dia 9 de Julho de 1998 pelas cinco horas e dois minutos, um pequeno sismo, que atingiu o grau dois na escala de Mercali foi sentido por algumas pessoas, e apenas em algumas freguesias do Faial.

Dezassete minutos depois, pela cinco e dezanove, ainda a manhã estava escura, toda a ilha do Faial foi violentamente sacudida durante vinte segundos. Vinte segundos de medo, terror e pavor em que a força que sacudia a terra não mostrou qualquer abrandamento.

As ondas de choque que se precipitaram em direcção ao Faial entraram pela freguesia da Ribeirinha, situada a poucos quilómetros do epicentro, deixando apenas três casas habitáveis. No lugar dos Espalhafatos, pertencente à freguesia da Ribeirinha, não ficou uma casa de pé, quem entrava nos Espalhafatos, onde se encontrava um aglomerado de casas, via uma planície atulhada de escombros.

Nas freguesias do Salão e de Pedro Miguel, no meio das quais se situa a Ribeirinha, uma poucas casas resistiram. Nestas três freguesias os desmoronamentos causaram 8 mortos.
No lugar da Lombega, pertencente à freguesia de Castelo Branco e na freguesia dos Flamengos, no interior da ilha, também poucas casas resistiram.

 

wpeDC.jpg (718 bytes)Pedro Miguel

 

wpeD8.jpg (751 bytes)Ribeirinha

 

wpeDF.jpg (685 bytes)Espalhafatos

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wpeDE.jpg (744 bytes)Salão  

 

wpeDA.jpg (718 bytes)Flamengos

 

wpeE0.jpg (729 bytes)Lombega

Por toda a ilha, no entanto, notam-se efeitos deste sismo, quer por fendas bem visíveis nas casas, quer por derrocadas em muros e encostas.
Na própria cidade da Horta existem casas inabitáveis e  foram cortadas ruas ao trânsito por risco de desabamentos.

Em toda a ilha, ficaram desalojadas à volta 4.250 pessoas, cerca de 28% da população da ilha, 535 casas ficaram completamente destruídas ou irrecuperáveis e 739 a necessitar de reparação. Cento e trinta pessoas necessitaram de tratamento hospitalar e oito morreram.

O sismo foi também sentido nas ilhas do Pico, São Jorge, Graciosa, Terceira e São Miguel, tendo apenas na ilha do Pico se verificado o desmoronamento de casas e consequentemente desalojados, não tendo havido vítimas mortais.

Este sismo pela sua grande intensidade e duração terá provocado um grande desiquilibrio nas placas tectónicas, que na sua tendência normal em se ajustarem, originaram uma crise sísmica.

Entre as cinco e dezanove, hora do terramoto, e as sete horas ocorreram grande número de réplicas com intensidades consideráveis, réplicas que se continuaram a sentir ao longo do dia com alguma frequência. Ao longo das semanas seguintes, diversos sismos com intensidades variáveis, tendo o mais intenso atingido o grau 4 na escala de Mercali, continuaram sendo sentidos.

No dia 11/08/98, já haviam sido registados 8.424 sismos, 353 dos quais sentidos pela população.

 

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