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BB-Educar - Experiência da comunidade de N. S. dos Navegantes
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Números do analfabetismo
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Bairro Beira-rio:    Escolha e História

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O BB-Educar é um Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos do Banco do Brasil, desenvolvido por funcionários da Empresa e voluntários das comunidades, destinado àqueles a quem foi negado o direito da alfabetização.

O analfabetismo está intrinsecamente ligado à fome e à miséria no seu aspecto mais desumano: a apartação social. A pessoa não alfabetizada tem reduzida suas múltiplas possibilidades de desenvolvimento assim como tem limitada a sua participação nos processos sociais.

A partir de uma experiência bem sucedida de escolarização de funcionários da carreia de serviços gerais (carpinteiros, eletricistas, pedreiros, pintores, etc.), o Banco do Brasil resolveu colocar a serviço da sociedade, através de sua rede de agências, cuja capilaridade favorece um trabalho extensivo e simultâneo, um Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos.

Em janeiro de 1992 foi então criado o BB-Educar. Através deste Programa, o Banco do Brasil dá sua contribuição para a solução de um grave problema social brasileiro. É a resposta da Empresa à meta constitucional - artigo 205, da Constituição Federal - de erradicação do analfabetismo até o ano 2000. A exemplo de outros países, um resultado mais efetivo só ocorre quando a sociedade civil - cidadãos, instituições, empresas - participa e exige que o Estado cumpra o seu papel.

O BB-Educar abre ainda perspectivas para a ampliação da função social do Banco e para a motivação do seu funcionalismo e alfabetizadores da comunidade ao exercício da cidadania. Abre, sobretudo, a possibilidade concreta de transformação da realidade social do nosso País, num processo onde o educador também se educa através da prática refletida.

O programa de propõe:

-acentuar o exercício da cidadania dos alfabetizandos e alfabetizadores;
-ampliar a função social do Banco, colaborando na erradicação do analfabetismo no País;
-fortalecer a integração da Empresa com as comunidades.

A metodologia é concebida com base nos princípios de uma educação libertadora e na prática da leitura de mundo, considerando-se a realidade do educando.

Optou-se, por isso, pela linha teórica identificada com os pressupostos filósofico/metodológico de Paulo Freire e com a psicopedagogia de Emília Ferreiro.

A prática pedagógica, assim, pressupõe uma construção coletiva, a participação do educando e do educador como sujeitos do processo, uma relação dialógica, dinâmica, contínua e principalmente crítica, que tenta resgatar a cultura e a cidadania desses sujeitos.

As pessoas interessadas em alfabetizar dirigem-se às agências do Banco do Brasil, onde recebem orientações sobre o programa.

As dependências do Banco solicitam aos Centros de Formação Profissional, localizados em diversas capitais do País, Cursos de Formação de Alfabetizadores, que serão ministrados por instrutores do Banco.

Após o Curso, o alfabetizador elabora o Plano de Ação Comunitária, procurando envolver entidades diversas como associações de moradores, empresas, igrejas, clubes de serviços, comitês de cidadania, prefeituras e outros órgãos públicos nos municípios, especialmente os de educação, a fim de que o programa se vialibize através de parcerias.

O trabalho do alfabetizador consiste ainda na formação de turmas que são cadastradas junto à Coordenação do Programa. As aulas são ministradas em locais cedidos pelas instituições envolvidas, buscando sempre que possível proximidade com a residência ou o local de trabalho dos alunos. As entidades contribuem também na concessão de material didático e merenda dos alunos.

Os alfabetizadores dedicam seis horas por semana, durante seis a oito meses, para alfabetização de grupos de 20 a 25 alfabetizandos. As aulas podem ser ministradas três dias por semana, com a duração de duas horas ou dois dias com a duração de três horas. No caso dos funcionários do Banco, o trabalho é desenvolvido sem prejuízo da jornada de trabalho na empresa.

O acompanhamento aos alfabetizadores realiza-se através de encontros, seminários regionais e plantão pedagógico realizado pela Coordenação do Programa. Existem comitês de alfabetização e grupos para estudo e troca de experiências em diversas localidades do País. Há ainda o Jornal do BB-Educar, criado com o objetivo de integrar os alfabetizadores, divulgar as diversas práticas educativas, esclares dúvidas e publicar temas ligados à educação.

Introdução da  apostila do BB-EDUCAR