Hitórico do Linux

Foi no ano de 1991, na Universidade de Helsinque (Finlândia), que Linus Torvalds, na época um estudante de 21 anos, começou com o desenvolvimento de um sistema operancional que seria "um Minix melhor que um Minix", ou seja, baseado em seus estudos sobre o Minix (Unix Like) de Andrew S. Tanenbaum.

Linus desenvolveu o kernel (núcleo) do sistema e depois de um tempo disponibilizou-o abertamente na Internet. Daí, com a ajuda de um grande grupo de usuários da grande rede, para ser o que é hoje foi um pulinho.
Para se ter a idéia da revolução que foi o Linux é só dizer que os Unix disponíveis comercialmente custavam 5.000 dólares e rodavam em máquinas de 10.000 dólares. Assim podemos ver as vantagens que ele trouxe e ainda trás.
Com o código aberto e disponível de graça pela internet, rodando em todo tipo de máquinas, o Linux passou a ser um sistema operacional indispensável nas universidades. Assim podemos ter PC's rodando Unix (like). O Linux, vale lembrar, é um "clone" do sistema operacional Unix, que é o de melhor desempenho em várias áreas da computação.

Outra vatagem super importante é que, com o código aberto, também temos correção de bugs (erros) muito rápido, devido à grande quantidade de desenvolvedores e usuários linux (linuxers) que participam desta cultura.

A história do Linux se confunde com a história do Unix

Falando-se em Linux, Unix, clone do Unix, Unix-like, você deve estar pensando o que têm a ver entre sí. Bem, consultando um ótimo livro que tenho por aqui (Sistemas Operacionais Modernos, de Andrew S. Tanenbaum - pág. 180) vou contar um pouco a "estorinha" do Unix.

Por incrível que pareça o Unix também é resultado de um, digamos, passatempo de outro jovem pesquisador, na época. Esse passatempo hoje engloba universidade, multinacionais, pesquisadores, órgãos governamentais, etc.

Na história dos computadores podemos constatar que nos anos de 40 a 50 os computadores eram utilizados por uma pessoa de cada vez. Essa pessoa devia reservar um horário para a utilização do computador, ficando então a máquina dedicada a esta pessoa.

Já nos anos 60 uma pessoa passava seu programa para o centro de processamento, em cartões perfurados (jobs) e eram processados quando tivesse um número suficiente de jobs, que eram processados em sequência (processos batch) um a um.

Para tentar resolver esse problema uma galerinha do M.I.T tentou desenvolver um sistema operacional que compartilhasse o tempo de processamento. Esse sistema era o CTSS, que foi um grande sucesso em toda a comunidade científica. Essa mesma galerinha, junto aos da General Eletric e os da Bell Labs, começou a desenvolver um sistema de "segunda geração", o Multics (MULTiplexed Information and Computing Service). Ele não deu certo e um dos motivos foi a linguagem utilizada para o seu desenvolvimento, a PL/I.

O Bell Labs abandonou o projeto e foi então que Ken Thompson resolveu reescrevê-lo em linguagem de montagem, em um computador PDP-7, dando origem ao chamado UNICS (UNIplexed Information and Computing Service - uma paródia ao MULTICS). Mais tarde o sistema passa a ser chamado de UNIX.

Depois de um tempo o Unix passou do PDP-7 para os PDP-11, havendo assim uma necessidade de escrevê-lo em uma linguagem de mais alto nível. Foi escrito então em Linguagem B, porém uma linguagem ruim, por falta de "estruturas convenientes" para a escrita do sistema. Assim Thompson e um colega chamdado Dennis Ritchie, se engajam no desenvolvimento de uma outra linguagem: a linguagem C, que foi a medida certa para o Unix.

A versão que se tornou padrão no mundo acadêmico foi a versão 6, e logo substituída pela 7. A AT&T que controlava o Bell Labs, começou a distribuir uma versão comercial chamada System III, que não emplacou e foi substituído pelo System V, que teve versões 2,3 e 4.

Outro sistema Unix foi o desenvolvido pela Universidade de Berkley, o BSD (Berkley Software Distribution). Esse sistema foi muito importante, principalmente no processo de padronização do Unix e do seu uso com o TCP/IP.

Com mais de uma empresa desenvolvendo e distribuindo Unix, no fim dos anos 80 haviam sistemas diferentes e incompatíveis, como o 4.3BSD e o System V Release 3. Assim houve a necessidade de padronização, que só foi possível com a criação de um projeto, por parte do Comitê de Padronização do "IEEE", chamado POSIX. As trê primeiras letras vêm de PORTABLE OPERATION SYSTEM e o IX vem do Unix. Assim um desenvolvedor que escrevesse um programa para um sistema Unix poderia ter certeza que seu programa rodaria em qualquer sistema Unix.

E o que o Linux tem a ver com isso? O Linux se enquadra nesse padrão POSIX, assim como o HP UX, entre outros.

Particionamento do HD para instalação

Muitas pessoas nos enviam email perguntando se é possível instalar o Linux no mesmo HD que o Win 95/98.
Para isso você prescisará particionar o disco, ou seja, dividí-lo em duas partições. Como se dividisse uma laranja dando um pedaço para o Linux e outro para o Win.
Qualquer programa que faça isso irá precisar de espaço livre no HD. Você deverá ter algumas centenas de megas livres para esse fim. Para a instalação do Linux pode-se utilizar de 500 a 700 Megas livres (em média).
A utilização normal do disco grava dados aleatoriamente, fazendo com que estes fiquem espalhados pelo disco. Quem usa o Defragmentador do Disco (Win) sabe do que estou falando. Por causa disso você deverá usar este utilitário (Defrag) para mover os dados para o início do disco. Uma alternativa muito melhor é usar o Norton Speed Disk, para quem já o tem, e torcer para que não sobre nenhum arquivo lá para o fim do disco (mais para a frente explicamos porquê).

Usando o Fips para o particionamento

O Fips é um utilitário para você particionar o disco em dois para a instalação do Linux. Você acha ele onde o Linux estiver sendo distribuído. Há necessidade em usar este utilitário para liberar espaço no HD. Isto não é o mesmo que usar o defrag ou apenas apagar arquivos. Esse programazinho vai particionar o HD e depois, usando o fdisk (DOS) o fim do disco terá espaço livre, sem nenhum tipo de partição (FAT, FAT32 , Linux Native, ...). Será somente espaço livre.
Depois de usar o Fips e particionar o HD em dois, você usará o FDISK para remover a "segunda" partição (criada com o FIPS), e, assim, liberar o espaço. Outro utilitário muito mais fácil é o Partition Magic da PowerQuest. Realmente vale a pena, pois ele já cria as partições Linux (/) e Linux Swap. Deixa no ponto para a instalação.

Criando as partições durante a instalação

Existem vários processos de instalação do Linux, sendo os mais comuns a intalação através do CD-Rom ou através dos pacotes copiados para o HD, baixados anteriormente pela Internet (meio inviável pelo tamanho - mas para viciado não tem problema (c:)
As BIOS mais recente já permitem dar o "boot" pelo CD-Rom, ou seja, é só colocar o CD do Linux no drive de CD e reiniciar a máquina com a opção de "boot primário" pelo drive de CD. Depois do boot você entra no processo de instalação do Linux.
Outra alternativa é dar boot pelo disquete de instalação do Linux (mais à frente daremos as dicas de criação do disco).
Mais uma alternativa é, pelo prompt do DOS, executar um arquivo chamado autoboot.bat disponível no CD.

Já dentro do processo de instalação você deverá escolher o programa a usar: fdisk (linux) ou o Disk Druid. Com uma ou duas instalações você já fica "craque" neles. Não é lá um bicho-de-7-cabeças.
A instalação personalizada e escolhendo pacote por pacote é a mais recomendada. No Linux distribuído pela Conectiva tem uma descrição de pacote por pacote em português. Recomendo a instalação do programa "setup".

Usando o Linux pela primeira vez

Logo que tiver instalado o Linux pela primeira vez você vai ser perguntar: "- E agora?? O que eu faço??" Como você não terá um objetivo inicial, como montar uma Intranet, por exemplo, acho que testar o ambiente gráfico é uma boa. (c:
No processo de instalação você teve a opção de configurar o XFree86, através de um programa chamado Xconfigurator. Basta digitar Xconfigurator para rodá-lo novamente. Lá você escolhe o monitor, mouse, e ele detecta a maioria das placas de vídeo. Se o seu monitor não estiver na lista use o "Generic" ou "Generic Multisync". Para saber qual o "servidor" de vídeo rodar você pode executar um programa que detecta as configurações de vídeo: basta digitar SuperProbe (lembre-se de respeitar as maiúsculas).
Você pode ainda rodar o Xconfig ou xf86config, ou ainda editar manualmente o arquivo.
Para ver se está tudo ok digite startx para entar no amibente gráfico. Pronto! se tudo deu certo você irá ficar maravilhado com o ambiente gráfico. Uma alternativa ao Windows do Tio Bill.
Se você tiver instalado o KDE é só digitar kde no ambiente de comando.

Terminais do Linux (multiusuário - alt+F1,alt+F2,alt+F3,...,alt+F6)

O Linux é multiusuário, ou seja, mais de um usuário pode usá-lo ao meso tempo. Para mudar de um terminar para outro é só pressionar as telcas alt+Fx (x = 1,2,3,4,5,6), e efetuar o login.

Procurando arquivos

O comando para procurar arquivos é o find
Utiliza-se da seguinte forma: find / -name nome.do.arquivo
Onde está a barra é o diretório onde procurará. Pode ser /usr ou /home ...

Ajuda no Linux

No Linux existe as ManPages (Páginas Manuais) que "dissecam" comando por comando entre outras coisas. Ela serve para você aprender os parâmetro e usos dos comandos. Para saber sobre o comando find ,por exemplo, é só digitar man find