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março/2001
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Editorial

Novelas repetidas

As emissoras de televisão têm por costume repetirem novelas antigas, principalmente aquelas de sucesso ou cujos personagens marcaram de modo especial o dia-a-dia dos telespectadores.

E tomem lá reapresentações as mais variadas, como se não fossem bastante a repetição de inúmeros filmes enlatados, alguns, verdadeiras porcarias.

Mas dentro de nossa cara Sociedade de São Vicente de Paulo, temos, também, nossas multiplicações de procedimentos, alguns bem antigos sem conseguirmos encontrar uma solução adequada para eles.

Vejamos por exemplo à elaboração de mapas. Muitos vicentinos de cabelos já embranquecidos, lembrar-se-ão das lutas para se conseguir arrancar das unidades subordinadas, dentro de prazos nem sempre obedecidos, os famosos relatórios estatísticos. Se a Conferência deveria entregá-lo em janeiro, o fato acontecia em março ou abril, provocando um efeito cascata até o escalão nacional superior.

De nada adiantam cartas, visitas, telegramas ou modernamente, apelos pela internet.

A pontualidade não é levada a sério, sendo relegada a um segundo plano.

Mas não pense o prezado leitor ou leitora, principalmente vicentino, ser esta a principal repetição de fatos, a exemplo das novelas e filmes.

O pior, o mais grave e por todos os aspectos lamentáveis, é a ausência quase absoluta de análise dos documentos estatísticos recebidos. Conselhos de vários escalões com raríssimas exceções, preocupam-se tão somente em fazerem a transcrição para seus modelos, enviando-os para o Conselho imediatamente superior.

Para eles o importante é ficar livre desta responsabilidade. Quem quiser, faça a conferência e deduções.

Não importa a eles saber se a proporção de famílias assistidas é compatível com o número de membros da Conferência. Se num mapa, surgem as exorbitâncias de tantas mil missas assistidas ou de quatrocentas e noventa e sete conversões, ainda assim são transferidas como em brancas nuvens para os outros relatórios, sem um questionamento sério ou até uma palavra de ensinamento.

Estes procedimentos, valem repetir, são corriqueiros e acontecem de antanho(*), sem uma tomada de posição. Nem o Conselho Nacional consegue escapar desta rotina, principalmente pelo fato de receber mapas com até dois anos de atraso, embora devesse, também, fazer a competente análise com publicação no Boletim Brasileiro.

Entra ano e sai ano e as novelas se repetem exaustivamente .

Este jornal já se pronunciou alguma vez sobre o assunto. Não adiantou.

As faltas de pontualidade e zelo falam mais alto.

Infelizmente.

(*) Antanho = Antigamente

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