Um dia, alguém me falou: "Não sei qual o prazer que vocês, vicentinos, têm em trabalhar  nos fins de semana, para construir casa para pobres".

Eu lhe respondi: "Você não sabe e nem saberá, se não fizer como nós fazemos".

"Perder" um sábado e um domingo construindo  um barracão para quem precisa, nos faz ter a certeza que podemos ser úteis. As consócias fazendo café e almoço para a turma; cada um de nós dando uma pequena contribuição — é o fazer a massa; carregá-la em uma lata, jogada às costas; é o carregar tijolos e telhas; é o bater soquete para aplainar o piso; rebocar paredes e pintá-las — é ver, finalmente, a família abrigada.

Duvido que quem quer que seja que participe de um mutirão, saia dele como entrou e não se sinta feliz ou gratificado. Afinal "o que fizerdes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que fizestes".

Quem não quer construir um barracão para Jesus morar?

Texto: Confrade Aluizio da Mata (pela internet)