Heidegger, Martin (1889 - 1976), filósofo alemão, desenvolveu a fenomenologia existencial e é considerado como o mais original filósofo do século XX. A obra de Heidegger foi influenciada por Sócrates e Nietzche e em seu trabalho mais importante, "Being and Time" (1927), ele esteve particularmente envolvido com a questão da existência do ser humano. Os seres humanos são, segundo ele, colocados num mundo que eles não fizeram, mas que é constituido de coisas potencialmente úteis, incluindo objetos naturais e culturais. Como estes objetos chegaram à humanidade vindos do passado e são usados no presente para atingir objetivos futuros, Heidegger defendeu uma relação fundamental entre o modo de ser dos objetos, a humanidade e a estrutura do tempo. O indivíduo, entretanto, está sempre em risco de ser submerso num mundo de objetos, rotina diária e no comportamento trivial das pessoas. Daí, a sensação de medo e angústia trás o indivíduo a uma confrontação com a morte e com a inutilidade da vida, mas apenas com essa confrontação é que se pode alcançar a autêntica sensação de liberdade e exististência. Depois de 1930, Heidegger fez interpretações de concepções ocidentais do ser, como em "An Introduction to Metaphysics" (1953). Ele percebeu que, em contraste com a concepção Grega do ser, a moderna sociedade da tecnologia favoreceu simples atitudes manipulativas, que retiraram o significado da vida. A humanidade esqueceu-se de sua vocação original, que é recuperar um profundo entendimento do ser, que foi conseguido pelos Gregos e perdido pelos filósofos subsequentes.
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